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O Bradesco do Azeredo

Como era de se esperar, o Senado arquivou o processo contra Eduardo Azeredo (PSDB-MG), co-criador do mensalão. Caso o PSOL fique emburrado e queira a pele do tucano de qualquer jeito, pode apelar para a prestação de contas da campanha de Azeredo em 2002. Uma das empresas patrocinadoras do ex-governador mineiro foi a Scorpus Tecnologia S.A, braço digital do Bradesco.

Para quem não se lembra, Azeredo apresentou um projeto de lei que exigia a identificação de usuários da internet antes de iniciarem qualquer operação que envolvesse envio de e-mails, conversas em salas de bate-papo, criação de blogs e captura de dados.

Para quem ainda não acredita na ação de lobistas no Congresso, vale postar novamente este trecho do documento estratégico “Building an Information Society”, de janeiro de 2003, descoberto e publicado aqui em novembro passado:

“Ao estabelecer links diretos com os provedores de Telecomunicações do Brasil (ao invés de comprar assinaturas de ISPs e distribuí-los entre os clientes do banco, embutindo os custos da assinatura na forma de tarifas mais altas), o Bradesco pôde evitar negociações com intermediários e estruturar o crescimento de uma rede de dados a um custo baixíssimo. Com sua base de usuários em crescimento, o Bradesco avançou em direção ao comércio on-line. O Scorpus é o braço eletrônico do banco e desenvolveu estratégicamente uma carteira on-line. Resumindo: onde ficam os dados de transações on-line, número de cartão de crédito, etc”.

Por Rodrigo Alvares em 23.10.07 às 14:07 - comentários (5)

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