Re$enhando Velo$o
Ruth de Aquino, redatora-chefe da revista Época, re$enha O Poder que Seduz, livro de Mônica Velo$o. Imperdível. Seguem os melhores momentos:
"Um livro escrito nas coxas. Mas que coxas
Com um vestido verde-bandeira longo e esvoaçante, decote profundo, laçarote às costas, brincos de brilhante de R$ 60 mil, anel de brilhantes de R$ 70 mil, cabelos à moda de princesinha, penteados para trás com ajuda de laquê, Mônica Veloso (desculpe, não dá para chamar de jornalista) parecia estar num baile. Preparou-se para enfrentar a fila de autógrafos. Mas, não havia fila. Só flashes e imprensa. Quem comprou o livro “sobre os bastidores de Brasília” foi um bando de cupinchas. O advogado de Mônica, o dentista, a designer das jóias, a comadre, a amiga citada na página tal, o cineasta amigo que vê em Mônica uma atriz nata. Três horas após o início do lançamento, 10 exemplares do livro “explosivo” de Mônica tinham sido vendidos.
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As observações de Mônica têm, no mínimo, pouca complexidade: “Gente é coisa que às vezes não se vê em Brasília. Ao menos se locomovendo sobre as pernas”. Ou: “Quando você se deixa levar pela energia da natureza, percebe a religiosidade sussurrante que viaja com o vento de Brasília”. E ainda: “No começo, Brasília não tinha voz, alma ou sentimento, pois vivia em uma arte alienígena, em um olhar estrangeiro sobre o que ela ainda não era, mas deveria ser”.
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Na contracapa: “Os tentáculos cor-de-rosa da sedução infiltram-se pelas relações. Lascivos, eles cingem o lobista e o político em um mesmo abraço, assim como entrelaçam jornalistas e parlamentares. A jornalista (sic) Mônica Veloso, bela e talentosa, viveu esse mundo intenso de anseios e sensações que permeia a vida na Capital da República”.
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O prefácio do livro de Mônica é assinado pelo psicanalista Luiz Cuschnir, “precursor do Masculinismo” (!!!). Ele pontifica não ser coincidência que “a palavra Poder é masculina e a palavra Sedução é feminina”. Daí em diante, ele desfia pérolas como “um amor desfeito tem o poder de uma bomba de alto potencial bélico”. E, em defesa de Mônica: “A mulher, quanto mais bonita, tem de ressaltar seu potencial cultural, profissional e ético, para não ser colocada no rol das que se aproveitam da beleza para galgar seu espaço como Ser em sua totalidade”.
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O mais impressionante é o tom abertamente piegas do livro, não as revelações. “Música, perfume e um certo torpor. Champanhe na mão, conversávamos e sorríamos após o jantar (na casa do senador Ney Suassuna). Havíamos brindado por mais um ano, o intenso ano de 2002. Do jardim, apreciávamos a noite de Brasília, o céu riscado por fogos e luzes, miríades de cores e chuvas de prata abençoando a cidade”.
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A sensação é que os trechos mais sinceros de seu livro se referem aos do ensaio para a Playboy: “Na primeira foto em que apareceu o bumbum, o (fotógrafo) Duran vibrou com aquela visão de borboletas e flores em uma região tão íntima”.
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Escreve a ex-amante de Renan no parágrafo final: “A essência que cada um carrega dentro de si, por mais sufocada que seja, florescerá um dia para iluminar nossas escuridões e varrer nossos medos, como o sol vermelho e o vento noturno do Planalto Central”. Você daria esse livro a quem de presente de Natal?"
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