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Requinte e sofisticação

A mentecapacidade do Senado não alcança limite. Só para pinçar uma parte da demência assistida até agora durante a votação da CPMF - que, para desespero dos plantonistas, obviamente vai adentrar a noite -, o senador Arthur Virgílio (PSDB/ AM) teve seu discurso contra o imposto cortado no microfone várias vezes. Ele se esbaforia, e não saía som. Ei, nada contra calarem o Virgílio. O problema foi depois.

O deputado Paulo Renato (PSDB/ SP) viu a mesma coisa que eu e ligou para avisar o senador. Ele voltou à tribuna para reclamar do ocorrido, ao que foi novamente submetido ao silêncio e a um aparte interessante de um senador da tropa de choque governista:

"Vossa Excelência diga para o deputado aumentar o volume de sua TV em casa"

Agora há pouco, a senadora Kátia Abreu (Demo/ TO) também bradava contra a CPMF e teve o microfone cortado. Ao invés de Virgílio, cruzou os braços e ficou olhando para o novo presidente da Casa, Garibaldi Alves (PMDB/ RN), liberar a miséria.

O potiguar aliás, honrou a tradição dos últimos presidentes: amanheceu negando denúncias de Caixa Doi$. O melhor de tudo foi ver Pedro Simon (PMDB/ BOV) se queixar que "o PMDB que elegeu Garibaldi não é o meu partido". E emendou: "Eu poderia concorrer apesar da votação. A oposição me garantiu em carta 35 votos. Mas não quero constranger o partido".

Porra, crap or get off the pot. Tem mais é que se diverir com teu clubinho e a pagação de pau dos jornalistas gaúchos.

Por Rodrigo Alvares em 12.12.07 às 20:51 - comentários (2)

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