De acordo com o Human Rights Watch, que tem uma longa e honrável história de documentação e contestação dos abusos do antigo governo de Hussein, a execução no sábado de manhã cedo representou “uma profunda falha de julgamento” e “marca um significantemente passo longe do respeito pelos direitos humanos e as regras da lei no Iraque.”
“O teste de um comitê governamental dos direitos humanos é medido pela maneira que ele trata seus piores agressores”, disse Richard Dicker, diretor do Human Rights Watch International Justice Program. “A história irá julgar essas ações duramente.”
Parte da nota que a revista de esquerda norte americana The Nation publicou sobre a execução de Saddam Russein nesse sábado de manhã. Junto com ex-ditador, morreram hoje no Iraque mais de 70 civis em atentado após a execução. Bush disse que a morte do ditador de nada irá mudar a situação no Iraque. A longo prazo, acho que ele está certo. A curto prazo, acho que periga piorar e muito. Então é ruim.
É difícil julgar o acontecimento num lugar onde a morte e barbárie acontece diariamente. O porta-voz do Vaticano, Frederico Lombardi, disse que "a pena de morte é sempre uma notícia trágica, uma razão para tristeza, mesmo quando é relacionada a uma pessoa que é culpada de crimes graves". A morte de uma pessoa e a morte de 70 – fica difícil mensurar as coisas.
Mas a morte de Saddam me deixou com uma sensação muito ruim por nenhum lado dessa história representar algo contra a barbárie. A cobertura dos jornais do mundo (e o título da nota do The Nation foi "A Show Trial and a Show Execution") me lembrou dos vídeos da execução de jornalistas por membros da Al-Quaida. Estranhamente, não consegui festejar nem achar positivo a morte de um tirano.
Esta sexta-feira amanheceu com multidão em frente à Assembléia Legislativa do Rio Grande do Sul. Hoje é o último dia de atividades da casa em 2007 e também o dia em que os deputados estaduais votarão o pacote da governadora eleita Yeda Crusius, que inclui manutenção do aumento de impostos do governo anterior e um novo aumento de impostos. Entre os protestantes presentes à Praça da Matriz estão, claro, funcionários públicos preocupados com o congelamento de salários por dois anos anunciado por Yeda, mas também representantes da indústria, que serão penalizados pelo aumento das alíquotas de ICMS.
Segundo informou um representante da Corja que está no local neste momento (que não é servidor nem industrial, mas sim um bebedor de cerveja preocupado com o aumento das alíquotas da bebida que é paixão nacional), manifestantes de esquerda acabam de ressuscitar o velho chavão para enquadrar a futura governadora:
– Au au au, abaixo a cobra neoliberal!
O pior do governo Yeda, sem dúvida, vai ser agüentar os gritos de ordem petistas. Aguardem cobertura da votação na Assembléia ao longo do dia de hoje, aqui no blog.
Os leitores da Corja saúdam mais um ano caótico na República das Bananas:
"Essa madrugada foi muito ruim aqui no Rio. Vários ataques com muitas mortes.
Mas o pior mesmo é que as nossas forças de segurança, em todos os degraus da hierarquia, não têm a menor idéia do que devem fazer. Elas ficam paradas, babando pelo canto da boca, perplexas, agindo como se a coisa não fosse com elas. 2007 vai ser um ano de merda."
Comentário do leitor Queijo, em 28.12.2006, às 16:36
Na mesma semana em que o número de americanos mortos no Iraque (2.978) superou as mortes dos atentados do 11 de setembro (2.973), a Corte de Apelações iraquiana manteve a sentença de morte por enforcamento a Saddam Hussein, que ocorrerá dentro de 30 dias sem nenhum aviso prévio.
Só dementes defendem ditadores, mas a guerra no Iraque e mais essa sentença de morte a Saddam simplesmente não é algo que parece correto. São horripilantes as barbaridades que o ex-ditador realizou em seu país. Mas chega a ser bobinho o motivo da condenação de Saddam, a morte de 148 xiitas curdos que ele dizimou na aldeia de Dujail, em 1982, após sofrer um atentado contra sua vida. Até nosso finado coronel Ubiratan chegou perto, com 111, número que usou para se eleger deputado estadual por São Paulo.
Comparado ao número de mortes no Iraque, o massacre pelo qual Saddam está sendo condenado é docinho. Ficam claras a ilegitimidade e o absurdo do julgamento. Toda semana vemos notícia das mortes por atentados no Iraque. Só ontem, em cinco atentados, morreram 60 pessoas. Semana passada, outras 70. Entre setembro e outubro, segundo um documento da ONU com fontes do IML de Bagdá, o número de mortos civis no Iraque foi de 7.054. Faz muito tempo que mortes no Iraque viraram apenas números e notícias desinteressante nos jornais.
A boa notícia que virá da morte de Saddam? Nenhuma. Morrerá, mas não terá nenhum impacto positivo para trazer algum tipo de solução para o Iraque. Ao contrário, ameaça um agravamento da guerra entre sunitas e xiitas, e enraíza a necessidade da Jihad no Oriente Médio. Vivo ou morto, os Estados Unidos continuarão sem saber o que fazer com o Iraque.
"Aumento de alíquota de ICMS penaliza o trabalhador. Quem paga o ICMS é quem consome produtos. (...) O objetivo é válido mas a medida não é eficaz. (...) A atividade econômica só melhora com menos dinheiro nos cofres do governo e mais dinheiro na sociedade, em quem empreende, em quem gera renda, emprego e consumo."
O vice-governador eleito Paulo Feijó mal consegue disfarçar a irritação com o estelionato eleitoral.
Do Correio do Povo de hoje:
"Questionada sobre a reação da sociedade à prorrogação do aumento, Yeda ressaltou ter deixado claro durante a campanha que faria o que fosse preciso para enfrentar a crise estrutural: 'Não preciso pedir desculpas por isso. Outras pessoas devem pedir primeiro', disse.
Yeda não deixou claro a quem se referia. Mas vamos ficar com os dois últimos governos nos quais o PSDB teve o vice-governador e diversas secretarias. Antônio Britto (1995/1999) e Germano Rigotto. Vamos botar a culpa das finanças esfarrapadas em Vicente Bogo (vice de Britto) e Antônio Hohlfeldt (vice até sair do PSDB no início do ano).
Tenho certeza de que eles podem esclarecer a razão do partido ter se eximido da responsabilidade sobre a administração do Estado, pois eram apenas vice-governadores, coitados. O fato de que o PSDB gaúcho não existe e é um feudo de Yeda Crusius também não deve ser levado em conta, claro.
Se é assim, o silêncio do PSDB enquanto o PMDB ferrava as finanças do Rio Grande do Sul pode ser uma das explicações para que os tucanos entrem em chamas toda vez que Paulo Feijó (PFL/ RS) abre a boca. O próximo vice-governador não é entendido em política. Parece que estão fazendo um intensivo nele. Não vai dar certo.
Yeda ainda não assumiu e as pessoas não agüentam mais a conversa mole dela. No plano de governo dela não tinha esse Novo Jeito de Mentir.
Reação de Yeda à reação do povo contra o pacote:
— "Tudo está escrito no plano de governo."
É isso aí. A culpa é dos eleitores, que não se deram o trabalho de ler o plano de governo. Preferiram acreditar nas constantes garantias verbais da candidata de que não aumentaria impostos. São uns trouxas, né, governadora?
A governadora eleita Yeda Crusius anunciou na tarde desta terça-feira um pacote de medidas para engordar a caixa do Estado em 2007. Como já era esperado, o chamado tarifaço será mantido no próximo ano. Além disso, Yeda anunciou aumento das alíquotas do ICMS para armas, munições, perfumes e brinquedos.
O pacote econômico de Yeda prevê ainda o congelamento dos salários do funcionalismo por dois anos. Conforme a RBS TV, os refrigerantes também terão o ICMS aumentado.
Mais detalhes devem sair em seguida, mas uma coisa já se prova: o tal "novo jeito de governar" era uma balela na qual a governadora eleita jamais acreditou. Aliás, qualquer pessoa com senso crítico não acreditaria nisso. O eleitorado, cego pelo antipetismo hidrófobo, caiu feito um patinho. Não que Olívio ou Rigotto fossem boas alternativas, mas o currículo de Yeda como deputada, ministra e até professora não autorizava pensar que ela fosse se dar melhor no Piratini do que o bigodudo ou o guri chorão.
Ainda em outubro, quando reclamava que os candidatos tucanos não tinham idéias (aliás, nem os petistas), choveram críticas. Aí está. Agora, Yeda comprova a tese de que a mediocridade virou tendência e os gaúchos foram a vanguarda. Como os leitores consideram petismo qualquer ataque ao PSDB, melhor reforçar: não se quer aqui defender a canalha sindicalista, mas apenas mostrar que ser anti-PT pode dar resultados tão ruins quanto ser petista. Chega de bipolaridade, tchê!
O governo termina antes mesmo de começar. Se Yeda quisesse fazer algum bem ao Estado, deveria renunciar e deixar o vice Paulo Feijó assumir.
Novo jeito de comandar a polícia
O novo jeito de governar da governadora eleita Yeda Crusius começa a transparecer entre os secretários. Ênio Bacci, por exemplo, tem dado indícios que vem por aí mais do mesmo no combate à criminalidade. Ele prometeu dar uma dura na bandidagem e garantir maior "operacionalidade" à secretaria de Segurança. Como vai fazer isso?
Para garantir a operacionalidade prometida, Ênio Bacci explica que a secretaria terá funções distintas. A Brigada Militar é responsável pela linha de frente, o policiamento de rua. Já a polícia, comandada por Pedro Rodrigues e Francisco José Tubelo, investigará e centralizará as informações necessárias para "completar o ciclo", segundo Bacci: a Brigada prende, a polícia apura e levanta provas, e o Judiciário mantém, assim, o bandido preso.
Bacci disse que hoje mesmo se reunirá com os dois comandantes da Brigada Militar. O secretário defende uma "união entre várias forças".
Ou seja, Bacci não tem a menor idéia do que vai fazer para manter os cidadãos seguros e por isso reproduz apenas as mesmas generalidades de todos os secretários anteriores aos repórteres.
O novo jeito de governar que elegeu Yeda Crusius (PSDB/ RS) é o mesmo dos antigos novos jeitos de governar. A personalidade política de 2006 segundo a revista IstoÉ usou o tarifaço de Rigotto e os históricos números negativos da economia gaúcha durante a campanha e agora ela deve enviar hoje um pacote à Assembléia Legislativa para aumentar a tungada dos impostos. A pane foi geral na base governista e no empresariado que a apoiou na campanha - e depois dela, como foi o caso da Votorantim.
Se Cláudio Lembo (PFL/ SP) conta os dias para sair do governo de São Paulo, Yeda quer que o tempo pare. O secretariado, que estava completo, teve dois integrantes que pediram demissão antes mesmo da posse. Um fato inédito. Os partidos que compuseram a chapa eleitoral revêem o que fazer diante da situação.
Na AL, a próxima governadora vê sua então maioria absoluta definhar. Compreensível. Enquanto os que praguejavam contra as bandalheiras do PT e se auto-denominaram defensores da queda de impostos – embora sem explicar tecnicamente como fazer isso – estão perplexos com os planos de Yeda para o Rio Grande do Sul. A tucana aplicou o verdadeiro estelionato eleitoral.
Esqueçam Lula (PT/ SP) e Germano Rigotto (PMDB/ RS). Aquilo é coisa de amador. Rigotto ainda esperou o meio do mandato para nos tungar e todos viram o que aconteceu ao Guri Chorão. O caso de Yeda é diferente: ela tinha plena consciência da situação financeira do Estado e em momento algum admitiu a permanência ou sequer o aumento dos impostos. Mas sabia que esses recursos seriam essesciais para para fechar o caixa. Esse é novo jeito de governar: termina antes de começar.
Aumentar o imposto do laquê está fora de cogitação
Muitos culpam a personalidade, hmm, obssessiva da tucana. Relatos de ex-assessores descrevem o que é criticado agora por todos: o autoritarismo de Yeda mas, acima de tudo, sua intolerância quando as coisas não acontecem do seu jeito. A falta de equilíbrio da futura governadora era visível em eventos e debates ao vivo. Ela conseguia se conter, mas dava para notar pelos trejeitos e maneirismos que alguma coisa estava fechada para balanço.
O melhor de tudo é ver constrangimento de quem caiu na conversa do "déficit zero em dois anos" – outra proposta que só gente transtornada poderia acreditar. Até os reacionários do programa Guerrilheiros da Notícia ficaram indignados. Mas levantaram uma questão interessante: nenhum deputado da base aliada apareceu no programa a semana passada inteira para defender o pacote de Yeda a quem votou nela e se sente traído porque acreditava no "novo jeito de governar". Claro que não apareceram. Alguns pretendem concorrer a prefeito daqui a um ano e meio.
A reação da tucana a toda essa confusão confusão foi de um estadismo que lembrou George W. Bush: se entocou com a família em um sítio e só fal com qualquer pessoa – se quiser falar – depois do natal. Imagino que esse recurso também será usado a cada crise. A primeira começa dia 1°. Ao invés de anunciar as primeiras medidas de seu governo, Yeda retornará ao sítio e depois do Dia dos Reis Magos com solução mágica – dentro da sua cabeça. Assim pastam os bovinos.
Em entrevista à revista F no ano passado, Fausto Wolff comparou Lula a Jesus no imaginário dos intelectuais brasileiros que lutaram pela democracia no Brasil e precisavam de um ícone que não fosse bunda mole como eles com a seguinte frase: "Sigam o filho do carpinteiro".
Lula acusa aéreas de overbooking e diz que crise acaba amanhã
Lula diz ter "absoluta confiança" na inocência de Mercadante
"O governador Cláudio Lembo (PFL) quebrou uma tradição de família neste Natal. Pela primeira vez em muitos anos, ele mesmo não montou o presépio que herdou de seu pai na residência da rua Itararé, centro da capital.
Apaixonado por presépios, o governador tem uma coleção com mais de uma centena.
O presépio do pai do governador é tradicional, feito de barro. "Hoje, a gente encontra tudo de plástico por aí. NEM JESUS CRISTO MAIS TEM QUALIDADE." (Folha On-line)
Só pode ser brincadeira.
Você já viu alguma boa medida do governo brasileiro entrar em vigor do jeito certo?
A história se repete mais uma vez:
"Pressionado por bancos e Estados, governo adia conta-salário - O CMN (Conselho Monetário Nacional) cedeu hoje a pressões de bancos e Estados e decidiu adiar a entrada em vigor da conta-salário. Esse instrumento permite que trabalhadores transfiram dinheiro do banco em que sua empresa deposita o salário para outra instituição financeira automaticamente e sem nenhum custo." (Folha Online)
"Pressionado" = acorvardado + intimidado + ataque de bunda-molismo.
A medida foi imposta aos bancos há três meses. A lorota oficial dos bancos é a de que as instituições não conseguiram se adaptar. O Brasil tem um dos sistemas bancários mais informatizados do mundo. Falta de tempo para se adaptar - definitivamente - não é desculpa.
Mas a derrota não pára por aí. O CMN abriu as pernas e decidiu que 1) a conta-salário só entrará em vigor para os novos funcionários da iniciativa privada dia 2 de abril, ao invés de 1º de janeiro de 2007; 2) para as empresas que usavam algum banco para pagar o salário desde 5 de setembro, a mudança só entrará em vigor em 1º de janeiro de 2009.
Isso para os funcionários de empresas privadas. Para os servidores públicos estaduais e municipais, a conta-salário só vai começar a funcionar em 2012. Os culpados? PSDB e Pê Tê: os novos governadores José Serra (PSDB-SP), Aécio Neves (PSDB-MG) e Jaques Wagner (PT-BA) reclamaram que não poderiam abrir mão da graninha extra do leilão de disputa pela mamata das folhas de pagamento.
Se você aí do RS é mais um que tem que agüentar a bandidagem do Banrisul, pode ir se resignando para muito mais tempo de sofrimento.
O repórter Rodrigo Vianna, da TV Globo, caiu atirando. Demitido na última terça-feira, Vianna divulgou uma carta contando os podres da cobertura eleitoral da Globo, que teria favorecido Geraldo Alckmin, seguindo orientações superiores. A carta é longa e os fatos descritos soam absolutamente plausíveis. Mas o tom emocional do texto tira um pouco o crédito da suposta indignação do repórter. Quer dizer, ninguém mais cai nesse papo do "injustiçado que foi afastado por querer fazer o bem em meio aos corruptos". Se tiver paciência, leia a carta na íntegra aqui.
CORREÇÃO: Na primeira versão deste post, troquei as bolas e afirmei que Rodrigo Vianna era o repórter da Globo afastado pelo envolvimento com a máfia dos bingos. Não era ele. O repórter acusado pela Polícia Federal e afastado pela Globo é José Messias Xavier. Obrigado ao leitor Jorge Rocha pelo alerta do equívoco.
"O relator do processo contra o deputado Edir Oliveira (PTB-RS) no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar, deputado Fernando Coruja (PPS-SC), considerou inverossímel a explicação de Rafael Zancanaro para os dois depósitos de R$ 15 mil dos Vedoin na sua conta em 2002. Zancanaro assegurou que Darcy Vedoin, dono da Planam, fez o depósito como ajuda para que ele organizasse o lançamento de candidaturas apoiadas pela Juventude Trabalhista, ligada ao PTB.
Em depoimento no Conselho de Ética, Zancanaro admitiu ter se encontrado com Darcy Vedoin, pai e sócio de Luiz Antônio, no restaurante da Câmara dos Deputados em março de 2002. 'Marcamos o encontro no gabinete e nos dirigimos para o restaurante, onde conversamos', afirmou. Segundo ele, Darcy se mostrou interessado em ajudar os candidatos apoiados pela Juventude Trabalhista e concordou em dar apoio financeiro, o que acabou acontecendo em abril e agosto.
Coruja achou estranho que um empresário de Mato Grosso concordasse em entregar R$ 15 mil a um pré-candidato a deputado federal pelo Rio Grande do Sul sem pedir nada em troca. Zancanaro explicou que, como membro da Executiva Nacional do PTB, estava responsável pela viabilização de candidaturas em vários estados e, por essa razão, teria recebido o dinheiro. Em agosto, já sabendo que não seria candidato a deputado federal, Zancanaro pediu e recebeu outros R$ 15 mil dos Vedoin.
Zancanaro negou que os recursos se destinassem ao deputado Edir Oliveira e que tivesse trabalhado no seu gabinete, como chegou a ser afirmado pelos Vedoin. Ele disse ter usado parte dos recursos para dar entrada num apartamento em Porto Alegre e que não tinha uma contabilidade do movimento organizada. Em razão disso, ele usou sua conta pessoal para receber a ajuda, que não foi declarada na prestação de contas da campanha, nem em sua declaração do Imposto de Renda.
Zancanaro admitiu que fez um depósito de cerca de R$ 3 mil na conta de Edir, mas argumentou que todos os membros do partido com cargos em comissão na Assembléia Legislativa, como era o seu caso a época, tinham orientação de dar contribuição para a campanha dos deputados. 'Não tem qualquer relação com a ajuda dos Vedoin', assegurou Zancanaro".
O Dahmer, dos Malvados, começou a campanha pela libertação da senhora que esfaqueou ACM Neto.
Além de enviar e-mails pessoais aos deputados e senadores para lhes encher o saco, os cidadãos indignados com o aumento também estão fazendo um abaixo-assinado para tentar sensibilizar os paras... — perdão, parlmantares. Não que qualquer uma dessas coisas tenha uma grande influência sobre os congressistas, mas na pior das hipóteses ajuda a aliviar a raiva. E, quem sabe, a soma de tudo até funcione.
Enviei o seguinte texto a eles, criado pelo Rico Ferrari:
Caros parlamentares, desembargadores, ministros, autoridades e
funcionários públicos graduados em geral,
Como cidadão e contribuinte quero lavrar meu protesto contra a
aprovação da equiparação dos vencimentos dos deputados federais aos
dos ministros do Poder Judiciário que custará UM BILHÃO E SETECENTOS
MILHÕES anuais aos COFRES PÚBLICOS.
Sabemos que as próximas eleições estão distantes e que os nobres
deputados e senadores só têm respeito pela opinião pública nestas
épocas, mas acredito que como cidadão o meu papel é o de alertar os
senhores de que esse tipo de desaforo ao contribuinte não será
esquecido, principalmente por que o país já está sufocado e manietado
pelo volume de recursos drenados da sociedade pelo poder público.
Na certeza de que os nobres deputados e senadores terão grandeza e
espírito público para arquivarem tal ofensa à nação, subscrevo-me,
Chico Alencar me lembrou de que ele votou contra. Vittorio Medioli, do PV, respondeu com uma matéria sobre medidas judiciais que o partido pretende tomar. Telma de Souza, com uma nota em que classifica de "absurdo" o aumento. Já o senador tucano Alvaro Dias preferiu ser grosseiro:
Para começo de conversa deixe-me esclarecer que sempre fui contra qualquer aumento para parlamentares e disse isso com todas as letras do plenário do Senado. Não participei da reunião que decidiu pelo aumento e não votei a seu favor.
Cordialmente
Alvaro Dias
alvarodias@senador.gov.br
Visite nossa página na internet: www.alvarodias.com.br
Ao que retruquei informando que "para começo de conversa" não me parece a forma adequada de um representante do povo se dirigir a um cidadão.
Abaixo, segue uma lista de endereços eletrônicos das excelências, para você copiar e colar direto no seu cliente de e-mail preferido. Só lembrem que Chico Alencar, Henrique Fontana e Heloísa Helena foram contra o aumento.
Continue lendo...
Três horas fora de casa e, quando volto, só demência.
Acho que vou me filiar ao PSDB-RS. Dizem por aí que a nova Secretária de Cultura de Yeda vai proibir o teatro. E o novo secretário de Segurança Pública, Ênio Bacci, parece que vai botar a Brigada para funcionar.
Meu sonho de RS = fim do teatro, fim dos curtas gaúchos e torcedor de futebol apanhando da Brigada.
Melhor que Paris. Volltarei.
PSDB passa a viver uma vida dupla
Os tucanos foram os primeiros políticos tupiniquins a abrir uma sede no Second Life. Em desgraça desde que perdeu as eleições para Lula, talvez Geraaaaaaaldo possa encontrar uma alternativa para sua carreira e vir a gerenciar um país no mundo virtual. Ao menos lá ele terá a chance de eliminar sua careca, um dos principais fatores de rejeição do eleitorado segundo pesquisas informais de Nova Corja.
A vereadora e socialaite Mônica Leal (PP-RS), herdeira política de Pedro Américo Leal (Arena-RS), acaba de ser confirmada como Secretária da Cultura do Estado do Rio Grande do Sul.
Morri, morremos.
O Brasil precisava desse gerente?
A turma do Serra presenteou a turma do Alckmin com um dossiê de 400 páginas desancando a gestão do ex-governador na área dos presídios, justamente a mais polêmica durante os oito anos de mandato. Antes de entregar o presente, porém, a tucanada cuidou de divulgá-lo com requintes para lá de sadomasoquistas. No catatau de fraudes, tem de tudo que se possa imaginar: desvio de combustível, notas frias, facilitação de fugas e até uma ONG ligada a membros do PCC recebendo dinheiro do Estado.
(...)
O Sherlock das investigações do dossiê dos presídios foi o secretário da Administração Peninteciária, Antonio Ferreira Pinto, que desmontou uma rede de ONGs ligadas aos tucanos responsável por manipular, durante as duas gestões de Alckmin, R$ 31,4 milhões em verbas de 16 presídios. Contratadas pelo ex-secretário Nagashi Furukawa, as entidades fizeram a farra com a grana pública.
Do jeito que a coisa anda, logo vamos descobrir o quanto as pessoas que pretendiam votar em Alckmin para eliminar a bandidagem do Planalto estavam equivocadas.
"Sem-teto da Bolívia invadem embaixada brasileira - Ao chegar a La Paz para responder pela embaixada brasileira, há pouco mais de um mês, o embaixador Frederico Araújo se surpreendeu com a agitação que cerca a residência oficial: além de estar cheia de inquilinos adicionais, de quebra ela abriga em seus jardins, (sic) uma rica criação de carneiros.
(...)
Tudo começou quando o antigo jardineiro da embaixada se aposentou e mudou-se, com a família, para o interior do país, deixando vazia a pequena casa que lhe era destinada, agregada à residência oficial. Antes de sair, pediu autorização para que seus filhos permanecessem na casa do jardineiro por alguns dias. Os filhos ficaram por bem mais que alguns dias.
(...)
À medida que os meses passavam, o grupo foi crescendo, encorpado por parentes e agregados do antigo jardineiro. Além de ficar maior, o grupo passou a diversificar seus "interesses" e negócios. Os invasores passaram a utilizar o amplo gramado da mansão, que já não recebia cuidados há um bom tempo, como pasto para sua criação de carneiros.
(...)
Recentemente, o grupo recebeu a pedradas funcionários da prefeitura de La Paz que tentavam tirar as medidas topográficas do terreno - num prenúncio claro da resistência que preparam a qualquer tentativa de expulsão." (Estado)
Do Painel da Folha de S. Paulo:
"O apetite dos parlamentares não vai se esgotar com 91% de aumento salarial. O próximo passo será uma campanha pela realização de obras orçadas em R$ 110 milhões, que incluem reforma de gabinetes e apartamentos, construção de um minishopping e de uma nova biblioteca e até a abertura de um túnel sob a Esplanada dos Ministérios. Um lobby particularmente ativo é o que visa a construção de 71 banheiros em gabinetes que não dispõem desse conforto. No momento, como a reação do público ao aumento é a pior possível, os presidentes Aldo Rebelo (Câmara) e Renan Calheiros (Senado) dizem que vão congelar as obras. Mas parlamentares com lugar nas Mesas Diretoras garantem que o tema voltará logo à pauta."
Enquanto isso, até o Maluf acha que o aumento de 91% no salário dos parlamentares é "ilegítimo". Quando se começa a concordar com o Maluf é que a coisa tá feia.
Tudo pronto para fechar o Congresso
O novo Parlamento nem tomou posse mas já está como o presidente Lula quer: desmoralizado e irrelevante. É como o PT sempre quis governar. Sem empecilhos dessa gente do Legislativo, um ranço republicano tão antidemocrático. Ou compra, ou coopta com cargos em estatais para o governo de coalizão. A reeleição dos presidentes da Câmara e do Senado é o próximo passo.
Eu não duvido que surja um novo Severino Cavalcanti dentro dos acordos que Lula tem feito para que dê vistas à nulidade dos congressistas para o desenvolvimento do país. Nesse cenário, o presidente é o único a lucrar. Ganha respaldo público para propor e corroborar entre o povão e os intelectuais alinhados o que comenta aqui e ali: fechar o maldito Congresso, essa praga que atormenta os pobres petistas. Os coitados precisaram recorrer ao mesmo recurso que os governos anteriores, tadinhos.
Se um acordo entre os principais dirigentes do Congreso avalizou o aumento irreal de 91% para a pior legislatura da hitória da República, imagine com que mentalidade os deputados que substituírão os sanguessugas defenestrados nas urnas vão assumir os cargos. Se Ney Suassuna (PMDB) disse que "não somos menos do que os ministros do Supremo", o brasileiro deve apenas ficar sentado e concordar. Ao menos não reelegeram o senador, inocentado das acusações na CPI das Sanguessugas, outra perda de tempo e dinheiro para todos vocês.
Como o mensalão nunca existiu, o mais coerente é trazer de volta os deputados que confessaram ter recebido grana do Valerioduto, claro. É o tal julgamento das urnas. Espero com ansiedade o anúncio da refundação do PT, encomendada por Tarso Genro depois do escândalo dos dólares na cueca. O episódio derrubou José Genoino da presidência do partido, mas pelo visto contribuiu para a imagem de seu irmão no Ceará. Ele foi eleito para o seu primeiro mandato como deputado federal.
A condenacão de José Dirceu (PT/ SP) foi uma injustiça, uma vingança política. Pobrezinho, isso nunca aconteceu no Brasil ou em qualquer parte do mundo. Então lá vão os idiotas assinar e defender a honra, a história e a humildade do Zé para que ele receba anistia e volte a se tornar elegível. Sei, não existem provas concretas contra ele. Mas se é assim, vamos trazer de volta Roberto Jefferson (PTB/ RJ). O principal motivo da cassação dele ainda não apareceu: o destino dos tais R$ 4 milhões recebidos por ele em 2004 para redistribuir no partido continua incerto.
O cenário está montado e os papéis foram distribuídos. Resta saber até quando a audiência suporta essa farsa que está em cartaz.
Tá ali no link do post do Träsel a lista dos parlamentares que votaram pela equiparação de seus salários aos dos ministros do Supremo Tribunal Federal (R$ 24.500), mas não custa nada ENFATIZAR a lista completa, com os votos contra e a favor. A chinelagem está por tudo: PT, PFL, PSDB, PMDB etc:
Quem votou a favor
SENADORES
- Renan Calheiros (PMDB-AL), presidente do Senado;
- Ney Suassuna (PB), líder do PMDB;
- Ideli Salvatti (SC), líder do PT
- Demóstenes Torres (PFL-GO);
- Tião Viana (PT-AC);
- Efraim Moraes (PFL-PB).
DEPUTADOS
- Aldo Rebelo (PCdoB-SP), presidente da Câmara;
- Wilson Santiago (PB), líder do PMDB;
- Rodrigo Maia (RJ), líder do PFL;
- Miro Teixeira (RJ), líder do PDT;
- José Múcio Monteiro (PE), líder do PTB;
- Inácio Arruda, líder do PCdoB;
- Arlindo Chinaglia, líder do governo;
- José Carlos Aleluia (BA), líder da minoria (oposição);
- Luciano Castro (RR), líder do PL;
- Bismarck Maia (CE), vice-líder do PSDB.
- Ciro Nogueira (PP-PI);
- Inocêncio Oliveira (PL-PE);
- Givaldo Carimbão (PSB-AL);
- Mário Heringer (PDT-MG);
- Jorge Alberto (PMDB-SE);
- Sandro Mabel (PL-GO);
- Coubert Martins (PPS-BA);
- Carlos Willian (PTC-MG);
- Sandra Rosado (PSB-RN);
- Benedito de Lira (PP-AL).
Quem votou contra
- senadora Heloísa Helena (AL), líder do PSOL;
- deputado Chico Alencar (RJ), líder do PSOL;
- deputado Henrique Fontana (RS).
Lula mandou esquecerem tudo o que ele disse, já que, ao contrário de FHC, não sabe escrever.
Parlamentares dobram o próprio salário
Cada parlamentar receberá o valor de R$ 24,5 mil 15 vezes ao ano, já que, além do 13º, eles recebem outras duas vezes, uma no início e outra no final do ano.
Nem dá mais vontade de analisar a situação. Criticar os parlamentares brasileiros é como vaiar as Olimpíadas para deficientes. Salvo duas ou três exceções honradas, todos não passam de um bando de parasitas semi-analfabetos, incapazes de perceber a situação grave vivida pelo país. No momento em que o presidente assume ares autoritários e os outros dois poderes insistem em se desmoralizar, o povo precisa de algum incentivo para continuar acreditando na democracia. Em vez disso, os parlamentares se esforçam em comprovar a própria irrelevância. Aliás, antes fossem irrelevantes: são mesmo é prejudiciais.
P.S.: As nobres excelências não tiveram nem a hombridade de levar o projeto à votação em plenário. Como houve acordo entre as mesas das duas casas, já está aprovado. Do Renan Calheiros até se esperava algo assim, mas do Aldo Rebelo, um comunista... Se bem que ele é o mesmo sujeito que propôs o Dia do Saci e obrigar a inclusão de farinha de mandioca no pão.
Esqueçam tudo o que eu disse, ops, não... vollta
"O presidente Luiz Inácio Lula da Silva tentou desfazer o mal-estar causado pela declaração que fez na última terça-feira, em São Paulo, de que "quem tem 60 anos e se diz de esquerda tem problemas, e quem é jovem e se diz de direita também tem". Para ele, afirmação foi apenas uma "brincadeira"."
Lula também disse que não pretende proççeççar A Nova Corja:
"As pessoas perderam o humor. Me desculpem, mas acho que o humor é uma coisa que o País não pode perder. Eu fiz uma brincadeira. Lamentavelmente, parece que tem gente, no Brasil, que não gosta mais de humor, que acha que o humor é pecado."
E não faltou uma alfinetada do Príncipe:
"Eu ouvi o Lula dizer que não é mais de esquerda. Ele agora é de centro. E centro, para ele, é o Delfim. Que maravilha, hein?" (Estadão para todas as citações)
"É ali que fica o gabinete da transição?"
Poucas coisas podem ser mais engraçadas do que as reações dos comunas (na Folha de S. Paulo de hoje) sobre a declaração de Lula dizendo que só pode ter problema quem, depois de uma certa idade, continua sendo de esquerda:
- Francisco de Oliveira, ex-integrante do PT e hoje no PSOL: "Tenho 73 anos e continuo de esquerda, com muito orgulho. Tenho pena dos que se afastaram dela, embora respeite as razões de alguns e leve outros na brincadeira. Essa do Lula não é brincadeira, é lamentável".
- Marilena Chaui, filósofa que não lê jornal nem vê TV: "Procurada pela Folha, a professora de filosofia da USP Marilena Chaui, uma das principais ideólogas do PT, disse não ter tomado conhecimentos das declarações de Lula e acrescentou que não fala com o jornal."
- Plínio de Arruda Sampaio, também ex-integrante do PT e hoje no PSOL: "Há muito tempo Lula não tem mais posição de esquerda, o que é novo é a discussão médica. Não sabia que ele entendia disso, mas às vezes, na andropausa, o cara descobre vocações novas".
- Hélio Bicudo, advogado, que também se desligou do PT: "Estou com 84 anos e sou mais de esquerda hoje do que quando tinha 60 anos."
- Raul Pont, membro da corrente Democracia Socialista do PT: "Eu tenho mais de 60 anos e luto pelo socialismo. Estou no PT por causa disso. Não me criei na clandestinidade porque gostava, mas em função da ditadura".
Finalmente decidiram tornar público o Sistema Integrado de Administração Financeira, o Siafi, antes restrito a parlamentares e altos funcionários do governo.
A medida já deveria ter sido tomada há muito tempo. Mérito do governo Lula, portanto; mas é bom lembrar que os gastos com cartão de crédito da Secretaria de Administração da Presidência ainda não estão lá.
As consultas podem ser feitas no Portal da Transparência.
Assim não dá. Depois do Chuchu, agora Antonio Palocci e José Genoino também darão "aulas" na Casa do Saber. Tucanos e petistas. Ui, como a Daslusp é pluralista.
O curso de Paloffi será sobre "crescimento da economia" (jdhgajkhd) e o de Gegê, sobre “política e sistema eleitoral” (hadskajhd). Se fosse escrever todas as piadas que meu cérebro arruinado elaborou depois de ler isso, ia ocupar todo o espaço do Insanus.
Agora só nos resta lançar a campanha Rigotto no StudioClio djá!, afinal de contas, gaúcho é melhor em tudo e não pode ficar atrás da Daslusp.
Que o Mídia Sem Máscara, site encabeçado pelo Olavão, é um dos melhores canais de humor da Internet brasileira, disso ninguém tem dúvida. Concorrendo lado a lado está a agência Carta Maior – o equivalente esquerdista do picadeiro do Olavão. Mas, vez por outra, o Mídia Sem Máscara exagera na dose do ridículo – e do absurdo. Dois textos se destacam nas edições mais recentes.
Um deles é do nosso dinossauro gaúcho Percival Puggina, preocupado com uma questão que, na verdade, preocupa a família brasileira: a perda dos verdadeiros valores e da essência do Natal. Ou seja, os presentes, o consumo e a manutenção do sistema liberal e do mercado saudável. Puggina está preocupado com o fato de as pessoas estarem esquecendo esse lado tão bonito.
Mas a aberração do ano é, sem dúvida, o texto de Julio Severo, autor de Avança o imperialismo homossexual no Brasil . Severo, uma figura bizarra que faz inveja ao Inri Cristo, lamenta o Projeto de Lei nº 5003/2001, que torna crime qualquer manifestação contrária em razão da orientação sexual e identidade de gênero: "Os ativistas pró-homossexualismo de todo Brasil conseguiram em uma primeira fase tornar crime qualquer tentativa de mostrar que o caminho da homossexualidade não é correto segundo os preceitos bíblicos." E complementa: "O imperialismo americano chega até o Brasil devidamente camuflado no imperialismo homossexual, feminista, abortista, etc."
MORRI.
O Olavão vive dizendo que a direita brasileira precisa reafirmar-se e ousar dizer o seu nome. Mas é desse jeito, embasando-se em fanáticos religiosos, que ela pretende conquistar algum respeito?
Texto enviado dia 9/12 à lista interna do blog pelo nosso ex-colaborador Daniel Gallas sobre o perrengue da Bandeirantes com o Grupo Abril:
"Todo dia o Jornal da Band tem feito matérias sobre a Abril em resposta às denúncias da Veja de que a Band é favorecida por verba publicitária do governo (a Abril disse nas suas matérias que a Band está ganhando dinheiro público ao negociar espaço em um canal seu
com o grupo do Lulinha).
A Band respondeu com um editorial dizendo que a Abril está com medo que o Canal 21 tome o espaço da MTV, o que de fato parece estar acontecendo aos poucos.
A primeira matéria do Jornal da Band, na semana passada, falou que uma parte das ações da Abril foi comprada por um grupo sul-africano de comunicação que foi um dos principais patrocinadores do Apartheid (isso é fato conhecido). Segundo eles, a compra excede
a quantidade permitida para grupos estrangeiros participarem em grupos de mídia no Brasil.
Ontem, a Band falou da questão dos hotéis Quatro Rodas, uma parceria da Abril com o regime militar brasileiro, que foi alvo até de CPI nos anos 80. E para hoje eles anunciaram uma matéria sobre a compra de revistas da Abril para escolas brasileiras em um negócio que seria supostamente uma fraude, com dinheiro público. Como, exatamente, eles não explicaram na chamada, tem que ver a matéria hoje.
Chama atenção que a Abril não se manifestou nem nas reportagens da Band e nem nas suas próprias revistas. E parou de bater na Bandeirantes. A matéria da semana passada na Veja bate de leve, mas meio que tira o pé.
Nessa semana, nada".
Ataca e submerge. E assim vai a imprensa brasileira. O ano que vem promete.
"Você acha que, com o tráfico de drogas, consumidas pela classe média e alta, eles precisam de rifa? Isso é um passatempo. Vamos deixar de ser ingênuos."
Essa foi a resposta do governador de São Paulo, Cláudio Lembo (PFL) à matéria de ontem do Estadão que denunciou a organização do PCC para o sorteio de prêmios - inclusive apartamentos - entre seus membros por meio de rifas nos presídios do Estado. Elas custariam R$ 15.
Depois dessa do Lembo e a última do Lula no post abaixo, pensei em organizar as frases mais grotescas do ano, mas como as festas estão aí e o pessoal fica mais emotivo – e conseqüentemente fala mais demência –, vou esperar até dia 31.
"Se uma pessoa de 20 anos não é socialista, ela não tem coração. Se uma pessoa de 40 anos é socialista, ela não tem razão."
(...)
"Quanto mais cabelo branco um homem tem, menos de esquerda ele é."
Sardenberg na CBN essa manhã comentando a essência das frases que o presidente Lula disse ontem ao receber o prêmio Brasileiro do Ano da revista Isto É. Amo o Lula.
EXCLUSIVO: Troca de favores tranca verbas para educação no Detran-RS
Há mais de um mês a Assessoria de Publicidade e Educação para o Trânsito do Detran está sem poder investir em projetos de educação para o trânsito por conta de defesa de interesses pessoais e de aproveitamento indevido de dinheiro público. O Detran conta com uma verba alta para publicidade, quase R$ 6 milhões anuais. Principalmente por causa da porcentagem obrigatória que vem das multas e que deve ser destinada para educação no trânsito. Todos os projetos de investimento em propaganda e educação são elaborados pela equipe de publicidade do Detran, mas tem de passar pela secretaria de publicidade do Governo Estadual antes de serem aprovadas. É ali que a coisa está trancando.
Segundo fontes ouvidas por A Nova Corja , os projetos não estão sendo aprovados porque caciques da publicidade do governo exigem que os seus próprios "projetos" de publicidade sejam também implementados.
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A governadora eleita do Rio Grande do Sul, Yeda Crusius, resolveu acabar com o Gabinete da Primeira-dama. Seu marido, o também economista Carlos Crusius, será somente "consultor administrativo", sem receber nada por isso, o pobre coitado.
Falando nisso, a Rosane de Oliveira antecipa uma das próximas caras de Caras:
"No próximo fim de semana, a governadora eleita Yeda Crusius vai trocar as dores de cabeça da formação da equipe por um programa mais ameno: assistir ao espetáculo do Natal Luz e posar com toda a família para a revista Caras, em Gramado."
Cinemateca Paulo Amorim pode fechar
As salas de cinema da Casa de Cultura Mário Quintana podem fechar. Elas compõem a Cinemateca Paulo Amorim, que até pouco tempo atrás hospedava o Espaço Unibanco em Porto Alegre. O banco, porém, abriu já há algum tempo salas em um shopping center. Este ano, compreensivelmente, decidiu encerrar o patrocínio. A partir de janeiro, a cinemateca não receberá mais nem um centavo.
O valor de manutenção das salas de cinema não é alto: R$ 10.800 por mês, que pagam os salários dos funcionários e algumas outras despesas. O espaço é cedido pelo governo do Estado, que é gestor da CCMQ. Aí começam os problemas. Conforme a assessoria, a Lei de Incentivo à Cultura não permite o uso dos recursos para despesas de manutenção, que são justamente salários e quetais. Assim, uma empresa que queira patrocinar a cinemateca não poderá abater o valor do Imposto de Renda.
O diretor das salas vem tentando uma reunião com o secretário de Cultura do Estado, mas Victor Hugo se nega a recebê-lo, informam nossas fontes. Limitou-se a mandar um recado dizendo que "apóia toda e qualquer iniciativa do diretor". Como a cinemateca não faz parte da CCMQ juridicamente, o Estado não é realmente obrigado a mantê-la. Porém, está tão incrustada num órgão estatal que só se vai descobrir ser uma entidade separada quando se tenta entrar em contato com sua diretoria.
O ideal seria que algum empresário resolvesse doar os R$ 10.800 mensais — ou alguns empresários. A exposição vale o investimento, já que só o que os marqueteiros gostam de chamar de "formadores de opinião" freqüentam os cinemas. O que não pode acontecer é de fechar um dos poucos cinemas BARATOS a passar filmes que prestem na cidade. O novo Espaço Unibanco cobra numa tarde de dia de semana o mesmo preço do ingresso de domingo na Paulo Amorim.
Botei uma sunga para comprar ceva
Assessores compram cerveja com carro oficial no ES
"Assessores da deputada Janete de Sá (PSB/ES) foram flagrados usando o carro oficial da Assembléia Legislativa do Estado para comprar cerveja em um posto de gasolina. (...) As imagens mostram um rapaz que vestia uma camiseta e uma mulher descendo do carro da AL. Eles entram na loja de conveniência e a funcionária pega uma latinha de cerveja. Logo depois, a deputada desce do carro e se junta ao grupo.
Apesar das imagens, a deputada nega que tenha ocorrido alguma irregularidade. 'Eu estava em uma missão oficial. Não havia ninguém no carro oficial em trajes de banho e muito menos tomando cerveja', afirmou Janete de Sá."
Anotação mental: ninguém falou em trajes de banho.
O Gabriel era tinhoso. Na última vez que peguei uma carona com ele, no fim de semana do segundo turno das eleições – agora não consigo me lembrar se foi na madrugada de sexta ou sábado –, ele insistiu em argumentar inutilmente para tentar me convencer em um esforço derradeiro a votar no seu candidato ao governo do Rio Grande do Sul.
O mesmo partido defendido – o PT – fez com que ele chegasse pálido em agosto do ano passado ao Via Imperatore no aniversário do Walter. O Gabriel nos avisou que precisou intervir no A Nova Corja porque havia recebido uma ameaça de processo contra todo o Insanus. Ele não nos advertiu nem nada a respeito do que fazer a respeito daquilo – até porque não adiantaria. Hoje imagino a decepção que ele deve ter sentido com o PT à época.
Não levou meu voto. Mas sempre teve meu respeito.
Querido Presidente:
Hay muchas razones para felicitarlo. La primera es por esta ocasión de los festejos de sus ochenta años.
Pero queremos ampliar el significado de este saludo y transformarlo en un mensaje de los dirigentes y de la militancia del Partido dos Trabalhadores (PT) al líder de una revolución latinoamericana que conquistó derechos básicos para su pueblo y es ejemplo hasta hoy con los mejores índices de desarrollo humano de la región.
Um fuerte abrazo,
Agradeça ao Otávio Germano, Yeda
Roubaram o carro da governadora eleita. Um amigo de Yeda Crusius estava fazendo um test-drive ontem à noite, quando foi rendido por dois homens. O Passat vermelho foi encontrado agora há pouco na Cidade Baixa, conforme a RBS TV.
A polícia resolveu tratar a governadora eleita melhor do que faz com o resto dos contribuintes:
Crimes semelhantes costumam ficar sob responsabilidade das delegacias distritais, no caso, a 10ª DP. Mas foi acionado o Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) e a Delegacia de Furtos e Roubos de Veículos (DFRV).
Rigotto também viu a violência passar perto de si, quando um segurança seu matou um ladrão. Nada mudou na política de Segurança do Palácio Piratini, tocada de forma incompetente por Otávio Germano. Quem sabe com isso a Yeda pensa bem antes de chamar qualquer bunda-mole para a secretaria.
À primeira vista parece coisa de república bananeira a batalha campal entre deputados mexicanos, por causa da troca de faixa presidencial na calada da noite. Deputados de esquerda e direita estavam acampados havia um mês no Congresso, porque a esquerda acusava Calderón, presidente eleito, de ter fraudado as eleições. A briga começou porque os esquerdistas não queriam deixar Calderón entrar no local para fazer o juramento.
Parece mesmo coisa de república bananeira, não é? Exceto quando você compara com os parlamentares brasileiros. Seria bonito de ver nossos representantes levando qualquer coisa a sério o suficiente para brigarem entre si. Em Brasília, porém, tudo sempre termina em conchavo e tapinha no ombro. Fazem qualquer coisa e jogam qualquer ideal no lixo para manter a ação entre amigos que distribui a grana do contribuinte.
Isso sem falar que, durante um mandato inteiro, não devem completar dentro do Congresso o mesmo número de horas que os parlamentares mexicanos fizeram só nesse mês.
É simplesmente assustadora a proposta de criação de Bacharelados Interdisciplinares (BIs) que está sendo discutida no 1.º Seminário Nacional da Universidade Nova - Reestruturação da Arquitetura Acadêmica da Educação Superior no Brasil, na UFBA. Entre os apoiadores do evento estão as Universidades Federais do Rio de Janeiro (UFRJ), da Bahia (UFBA), do Ceará (UFC) e de Brasília (UnB).
Os BIs funcionariam da seguinte forma: selecionada pela chinelagem do Enem, a MASSA estudantil entraria nas universidades para fazer um “bacharelado” de TRÊS ANOS em alguma área de escolha: saúde, artes, humanidades, ciências e tecnologia.
”Após a conclusão do BI, o estudante receberia o diploma de bacharel na área de conhecimento escolhida e poderia optar por fazer complementação profissionalizante (estima-se que dure de um a dois anos), bacharelado ou licenciatura em uma disciplina específica, como Física, Matemática ou História (mais um ou dois anos) ou uma pós-graduação na área de interesse.”
Não é uma maravilha? É quase como se o Brasil fosse um país nórdico... todo mundo sai do ensino médio pronto para entrar no ensino superior, todo mundo tem condições de ficar 3 anos adquirindo cultura geral não específica, e o mercado de trabalho absorve todos que se formam (portanto, 3 anos a mais não farão diferença alguma).
Os argumentos em defesa da proposta, citados pela matéria do Estadão, são de um comunismo acadêmico estarrecedor. Vamos a eles:
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"O sociólogo petista Emir Sader é o representante oficial do PT nas comemorações de 80 anos do líder cubano Fidel Castro.
No início de novembro, Emir Sader foi condenado pela Justiça de São Paulo a um ano de detenção em regime aberto por crime de injúria contra o senador Jorge Bornhausen, presidente nacional do PFL. A Justiça determinou ainda a perda do cargo de professor de Emir Sader na Universidade do Rio de Janeiro (UERJ). A decisão é de primeira instância, e o sociólogo ainda pode recorrer. A sentença não impede que o sociólogo saia do país." (G1)
Pelo jeito, apesar de toda amizade entre nosso presidente e Fidel Castro, ser brasileiro não conta muitos pontos em Cuba. Um bando de comunistas se deu mal ao hospedar-se em uma casa não-autorizada pelo governo. Os apparatchiks não são bobos para deixar cidadãos cubanos ganharem dinheiro sem pagar a taxa de US$ 150 por quarto para se tornar uma hospedaria legalizada:
Logo foram pedindo nossos passaportes, vistos e explicações do porquê de estarmos em Cuba. Apresentamos a carta do Consulado e a conversa amenizou-se. O soldado que fazia as perguntas iniciais ligou para seu chefe, pois, com a intervenção do Consulado brasileiro, qualquer atitude tomada contra nós poderia gerar um problema internacional. Em 5 minutos, o comandante da imigração, Julio Cesar, apareceu e assumiu o papel de inquisidor. Desqualificou-nos de todas as maneiras possíveis, e tratou-nos como criminosos e delinqüentes. Falou que deveríamos dormir numa casa autorizada e levar, no dia seguinte, o comprovante de pagamento. Discutimos muito, falávamos que não tínhamos dinheiro para hospedagem. Respondeu que se não tínhamos dinheiro era para voltarmos de onde tínhamos saído, chamando-nos de loucos por estarmos viajando sem dinheiro. Argumentamos que Che e Fidel também foram dois loucos sem dinheiro. Julio César somente riu.
Deviam ter dito que sempre usaram camisetas do Che Guevara e defendem o regime cubano no Fórum Social Mundial.
Dica do Láudano.
Do Bestial ao Genial – Frases da Política
É este o título do livro de Paulo e André Buchsbaum que está sendo lançado pela Ediouro e que promete ser o melhor presente na categoria "para o cunhado chato" do Natal deste ano. Os irmãos (um jornalista e um "rato de internet") coletaram frases ditas por políticos brasileiros e estrangeiros, além de frases de jornalistas e humoristas falando sobre política. É como se fosse aquela página de "frases da semana" da Veja, mas em 294 páginas, com a vantagem de podermos comparar as frases (ou bravatas?) de Lula em 1989 e em 2006. Aliás, o livro mostra como Lula, ainda no fim de seu primeiro mandato, já entrou para a galeria dos grandes frasistas da história do país. Na maior parte do tempo o livro arranca risadas – muitas –, mas tem seu lado miserável, com sentenças daquelas que nunca deveriam ter saído de boca nenhuma pessoa. Aí vai uma amostra:
"Fico muito satisfeito quando um empresário me chama de filho-da-puta... Isso é sinal de que a gente está fazendo alguma coisa pelos trabalhadores" – Lula, comunista do mal, na Playboy, em 1979
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Folha - O sr. está gostando da experiência de jornalista?
José Dirceu - Estou adorando! Primeiro porque eu me educo, leio de maneira organiza e sistemática as informações, inclusive econômicas que me interessam, participo da vida política do país, discuto. Três pessoas trabalham comigo no blog.
Trechos memoráveis na entrevista de José Dirceu (PT/ SP) ao jornal Folha de S. Paulo. Negar a necessidade do diploma para ser jornalista foi a melhor pegadinha que a repórter poderia ter aplicado.
Com todo mundo fugindo feito o diabo da cruz da pasta de Segurança do futuro governo Yeda Crusius (PSDB/RS), o nome mais forte para assumir a bronca – e o único que falta para completar o primeiro escalão – é o do deputado Moroni Torgan (PFL/ CE). Antes que comece a bater a tradicional xenofobia gaúcha, ele é natural de Porto Alegre e se formou na UFRGS. Construiu a carreira política no Ceará e atuou na CPI das Armas. Só espero que o corporativismo da Brigada Militar evite retaliações geográficas. Para começar o dia, anunciaram que a Varig será rebatizada: passará a se chamar Nordeste.
Dica para as próximas eleições
Juvenil, Valdebran e Gedimar, Cleuber, Feu, Helenildo, Ildeu, Jonival, Basílio, Cornélio, Eber, José Alekandro, Laíre, Magno, Aroldo e Arolde, Genebaldo...
Incrível a quantidade de nomes bizarros envolvidos em escândalos. É claro que não chegam a ser maioria, mas têm uma representação estatística muito maior nas falcatruas públicas do que na população brasileira. Ou seja, se você quiser moralizar a política, um bom começo é não votar em nenhum candidato de nome idiota. Injustiças serão cometidas, é claro, e nem os escândalos deixarão de aparecer, mas de repente dá para diminuir em 1/3 ou 1/4 com essa medida. E manter nomes patéticos fora da mídia ainda tem a vantagem de não incentivar ninguém a dá-los a seus filhos.
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