Olha que eu conto tudo

O repórter Rodrigo Vianna, da TV Globo, caiu atirando. Demitido na última terça-feira, Vianna divulgou uma carta contando os podres da cobertura eleitoral da Globo, que teria favorecido Geraldo Alckmin, seguindo orientações superiores. A carta é longa e os fatos descritos soam absolutamente plausíveis. Mas o tom emocional do texto tira um pouco o crédito da suposta indignação do repórter. Quer dizer, ninguém mais cai nesse papo do "injustiçado que foi afastado por querer fazer o bem em meio aos corruptos". Se tiver paciência, leia a carta na íntegra aqui.

CORREÇÃO: Na primeira versão deste post, troquei as bolas e afirmei que Rodrigo Vianna era o repórter da Globo afastado pelo envolvimento com a máfia dos bingos. Não era ele. O repórter acusado pela Polícia Federal e afastado pela Globo é José Messias Xavier. Obrigado ao leitor Jorge Rocha pelo alerta do equívoco.

O Brasil precisava desse gerente?

A turma do Serra presenteou a turma do Alckmin com um dossiê de 400 páginas desancando a gestão do ex-governador na área dos presídios, justamente a mais polêmica durante os oito anos de mandato. Antes de entregar o presente, porém, a tucanada cuidou de divulgá-lo com requintes para lá de sadomasoquistas. No catatau de fraudes, tem de tudo que se possa imaginar: desvio de combustível, notas frias, facilitação de fugas e até uma ONG ligada a membros do PCC recebendo dinheiro do Estado.

(...)

O Sherlock das investigações do dossiê dos presídios foi o secretário da Administração Peninteciária, Antonio Ferreira Pinto, que desmontou uma rede de ONGs ligadas aos tucanos responsável por manipular, durante as duas gestões de Alckmin, R$ 31,4 milhões em verbas de 16 presídios. Contratadas pelo ex-secretário Nagashi Furukawa, as entidades fizeram a farra com a grana pública.

Do jeito que a coisa anda, logo vamos descobrir o quanto as pessoas que pretendiam votar em Alckmin para eliminar a bandidagem do Planalto estavam equivocadas.

Esperança

Sai Helô, volta Elle.

Dica para as próximas eleições

Juvenil, Valdebran e Gedimar, Cleuber, Feu, Helenildo, Ildeu, Jonival, Basílio, Cornélio, Eber, José Alekandro, Laíre, Magno, Aroldo e Arolde, Genebaldo...

Incrível a quantidade de nomes bizarros envolvidos em escândalos. É claro que não chegam a ser maioria, mas têm uma representação estatística muito maior nas falcatruas públicas do que na população brasileira. Ou seja, se você quiser moralizar a política, um bom começo é não votar em nenhum candidato de nome idiota. Injustiças serão cometidas, é claro, e nem os escândalos deixarão de aparecer, mas de repente dá para diminuir em 1/3 ou 1/4 com essa medida. E manter nomes patéticos fora da mídia ainda tem a vantagem de não incentivar ninguém a dá-los a seus filhos.

Empresas de celulose financiaram campanha de Yeda

A campanha da governadora eleita do RS, Yeda Crusius (PSDB) teve sua receita declarada em R$ 3.613.207,72. Um quarto desse valor foi bancado por empresas de celulose que têm investimentos no Estado, com R$ 825.954,72. A Copesul investiu R$ 330 mil parcelados harmoniosamente conforme os resultados da eleição. A Braskem doou R$ 100 mil no dia 22 de agosto.

O curioso vem agora: a Aracruz depositou módicos R$ 11.954,72 em 18 de agosto. Depois, pulou da esmola de R$ 1 mil depositados no dia 21 de setembro para R$ 200 mil em 20 de outubro, com a eleição da tucana garantida. A Votorantim demorou um pouco mais para contribuir. Esperou até a última quinta-feira (23 de novembro) para depositar R$ 200 mil no caixa de Yeda.

Para quem sentiu falta da empresa finlandesa Stora Enso na lista, não precisa se preocupar. Ela está lá. Ao Menos, o seu CNPJ (02424298000192). Nas contas da tucana, uma empresa inexistente chamada Stora Guso Brasil Ltda. doou R$ 1 mil à campanha. Pena que é só comparar com os CNPJs que a empresa forneceu a outros candidatos – Germano Rigotto (PMDB) e Francisco Turra (PP), por exemplo – e sem precisar escamotear o nome jurídico. Mas deve ter sido erro de digitação de algum estagiário. Naughty, naughty, Yeda.

O preço do pago

Como era esperado, os deputados gaúchos que fizeram o Tour da Celulose na Finlândia receberam doações das três maiores empresas de celulose que estão em fase de expansão no Estado. O único que ficou de fora da lista da finlandesa Stora Enso foi Berfran Rosado (PPS). São eles:

Vieira da Cunha (PDT)

Aracruz: R$ 11.225,27
Stora Enso: R$ 21.026,88

Edson Brum (PMDB)

Aracruz: R$ 12.872,79
Stora Enso: R$ 8.045,36
Votorantim: R$ 10.000,00

Berfran Rosado (PPS)

Aracruz: R$ 24.521,66
Votorantim: R$ 14.416,48

José Sperotto (PFL)

Aracruz: R$ 17.831,19
Stora Enso: R$ 7.996,9

Marco Peixoto (PP)

Aracruz: R$ 14.434,99
Stora Enso: R$ 8.014,89
Votorantim: R$ 9.610,99

Pedro Wesphalen (PP)

Aracruz: R$ 18,249,24
Stora Enso: R$ 8.033,17
Votorantim: R$ 9.135,01

No acumulado, as empresas doaram cerca de R$ 1,360 milhão para 75 candidatos a deputado e governador na última eleição. Os dados estão abertos ao público no site do TSE. Vale lembrar que hoje é o último dia para Yeda Crusius (PSDB/ RS) e Olívio Dutra apresentarem suas contas de campanha. Até o presidente já divulgou a sua lista.

Saudade do Edir Oliveira

Qual não foi a minha surpresa no Jantar da Nações da Sociedade dos Amigos de Cassino, nesse sábado, quando descobri que a simpática senhora que servia massa ao molho de nozes na temperatura ambiente do Balneário na banca italiana era mãe de uma assessora de imprensa do deputado Edir Oliveira (PTB/ RS). Ela que deve ter respondido os e-mails que enviei à epoca ao deputado sobre seu envolvimento na Máfia das Sanguessugas.

A Nova Corja: Ah, então a filha da senhora estudou na Famecos? E onde ela está trabalhando?

Mãe da assessora: Com o deputado Edir Oliveira (orgulhosa).

A Nova Corja: O que não se reelegeu por causa de todos aqueles rolos?

Mãe da assessora: É, pois é (acabrunhada). Acontece.

A Nova Corja: Mas ao menos ele pagou pelo serviço dela nas eleições, espero.

Mãe da assessora: Ah, isso ele fez.

A Nova Corja: Bom saber. Tchau.

Conexão Paris—Bom Fim

Reentrevistamos Manuela D'Ávila

Ela foi a candidata a deputada federal com mais votos no Rio Grande do Sul, mais de 270 mil. Nada desprezível para uma novata, ainda mais sendo do PCdoB. A Nova Corja entrevistou a vereadora há alguns meses e agora, com a mudança da paisagem política, faz mais algumas perguntas.

Esse questionário foi enviado no encerrar da contagem no primeiro turno. No entanto, a deputada eleita estave engajada na campanha do Partido dos Trabalhadores e só pôde responder ontem. Manuela nega que sua beleza tenha sido o principal motivo das aparições constantes em palanques — suposição que considera "machista" —, promete se focar nas questões do ensino em seu primeiro mandato e se esquiva quando perguntada se pretende sempre seguir o governo Lula nas votações.

Você saltou de vereadora estreante e mais jovem integrante da Câmara Municipal para a deputada federal mais votada no Rio Grande do Sul, com 70 mil votos a mais que o segundo colocado, e isso sendo candidata do PCdoB, um partido que não costuma fazer votação tão expressiva assim por aqui. A que você atribui esse sucesso?

São vários motivos. Em parte é um grande reconhecimento de nosso trabalho na Câmara. A prova é que em Porto Alegre fiz 7 vezes mais votos do que havia feito para vereadora. Aqui não sou novidade. Já testaram o meu trabalho. E acredito que 65 mil votos seja a aprovação dele. Durante estes dois anos, dialogamos com a população não só da capital, mas de todo o Estado. Fiz mais de trezentos debates em escolas e universidades sobe diversos temas: Reforma Universitária, Protagonismo Juvenil, Movimento Estudantil, etc; dialogamos com a população levando o nosso Gabinete Itinerante a praças, parques, feiras da cidade; aprovamos leis interessantes à juventude, como o dia da inclusão digital, a meia-entrada, semana da juventude, inúmeras emendas ao orçamento.

O bom espaço no horário eleitoral também foi importante para que os eleitores conhecessem nossas propostas e associá-las às propostas do Governo Lula. Além disso, os eleitores tinham um desejo de renovação, mas não só uma renovação nos nomes e sim na forma de fazer política. O respeito político do PCdoB também pesou muito. São 84 anos de lutas, nenhum envolvimento em nenhum mal uso do que é público e é, portanto, do povo.

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Bolsa-Família influenciou voto

Mas é o conjunto dos indicadores sintetizados no Índice de Exclusão Social que tem o melhor desempenho nas estatísticas. Ou seja, os eleitores de uma cidade em que as deficiências sociais são múltiplas e grandes tenderam a votar mais em Lula.
Causas? O Bolsa Família é um motivo forte (veja gráfico acima) nos municípios. Na avaliação de Timothy Powers, o declínio da miséria entre 2003 e 2005 explica 64% da variação dos votos estaduais de Lula.

A Folha de São Paulo produziu um estudo sociológico para averigüar os motivos do voto em Lula e descobriu o que já se esperava: o Bolsa-Família foi um dos motivos mais fortes para o voto dos pobres.

Daí a dizer que Lula "comprou votos" dos miseráveis com o Bolsa-Família, como gostam de alardear os tucanos, é cair em um raciocínio cínico e falacioso. Na verdade, como se depreende da matéria (íntegra abaixo), o importante mesmo foi a redução da miséria. Se o motivo foi o Bolsa-Família ou qualquer outro, não interessa: Lula reduziu a miséria, ganhou votos. Só a classe-média branca e perversa pode achar que isso não é importante. Se Lula distribuiu dinheiro por estar sensibilizado com as mazelas sociais, ou para ganhar votos, não importa. A miséria caiu. Ponto.

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À procura dos financiadores das campanhas

Enquanto os candidatos vencedores e derrotados não fornecem informações sobre os doadores da campanha de 2006, resta pesquisar os financiadores da eleição de 2002 para depois comparar quem continuou a acreditar nos financiados de quatro anos atrás. A governadora eleita do RS, Yeda Crusius (PSDB), por exemplo, recebeu a maior quantia de dinheiro da Copesul: R$ 60 mil. Defendeu os interesses do pólo petroquímico em audiência pública no dia 7/10/2004, destinada a discutir a evolução dos preços dos produtos derivados de petróleo e royalties. Yeda também recebeu R$ 6.857,37 da Klabin Riocell na sua campanha para deputada federal. Em 2004, integrou a Bancada da Celulose e fez lobby no Congresso para a defesa dos interesses da empresa.

O site doTSE mostra que a campanha de Yeda fechou o mês de agosto com um déficit de quase R$ 8 mil. Em setembro, a receita quadruplicou e ainda encerrou as despesas com R$ 113 mil sobrando na conta. Estou curioso para saber quem apostou no milagre tucano, dado o calote anunciado por Chico Santa Rita.

Fim de uma era?

O Jornal da Globo desta segunda-feira veiculou matéria em clima de obituário sobre as perdas do PFL, evidentes com o balanço final das urnas. As mais simbólicas talvez tenham sido o fim dos 16 anos de carlismo na Bahia e de 40 anos de sarnismo no Maranhão, com a derrota de Roseana Sarney. Além disso, a bancada pefelista na Câmara de Deputados encolheu.

O que mudou da última eleição para cá? O povo que tem dado votos ao PFL continua o mesmo, os candidatos continuam os mesmos. A única mudança é que, pela primeira vez em 500 anos, os coronéis se viram na oposição frente ao governo federal. A única conclusão a que se pode chegar é que em toda sua história o PFL usou a máquina federal para manter o poder. Sendo mais claro: é um partido que só se sustentava pelo fisiologismo. Demonstra ainda que algum nível de aparelhamento do Estado também aconteceu nos governos tucanos, apesar do que as carpideiras de Alckmin gostam de pensar. Afinal, agora que perdeu a influência sobre o presidente, o PFL perdeu votos.

O pefelê já vai tarde. O lado irônico da história toda é que o William Waack tentou dar uma força e classificou o partido na "centro-direita". A paixão pela Fabiana Scaranzi deve estar cegando o apresentador.

Quem te viu, quem te vê

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Yeda, nos bons tempos de ministra do Planejamento, pelo traço de Angeli.

Choque de gestão

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"Governadora eleita do RS, Yeda Crusius começa a compor sua equipe de governo"

Inclusão popular

Frase proferida por um fiscal petista agora há pouco no Cacau Lanches, na rua Santo Antônio: "Agora que a Yeda ganhou, eu quero mais é que o Rio Grande do Sul se foda".

Caça aos petistas parisienses

Estou no exílio, não sou obrigado a votar. Ainda bem. Escolher entre Lula e Alckmin não dá. Mesmo assim, me dei ao trabalho de ir até a Embaixada do Brasil em Paris para ver o movimento e investigar onde seria a festa petista. Caçada implacável aos petistas parisienses. Porque comemorar a vitória na Avenida Paulista é coisa de pobre. O Lula esperou o resultado final no Hotel Intercontinental, nos Jardins, em São Paulo. Pobre.

Em 2002, lembro de ter visto imagens de Paris EM CHAMAS com a festa petista. Desta vez foi difícil, os petistas estavam todos escondidos. Mas encontrei. Tirei as fotos que foram possíveis tirar com a câmera do celular. Enquanto o Lula não deposita o meu dinheiro, não posso comprar uma câmera decente para trabalhar direito. Cobertura completa no "Continue lendo..."


"Joga a bóia que tá afundando."

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Ponto Zero da segunda Onda Demente

13h06: saio de casa para almoçar. Tem um colégio estadual na minha rua e vejo militantes do PT e do PSDB nas duas esquinas.

Para o petista: "Hã, oi. Tu sabe que não pode agitar bandeira tão perto da zona eleitoral, né?"

Petista: "Que o quê. Some da minha frente, ô privatista".

Atravesso a rua.

Para a tucana: "Hã, oi. Tu sabe que não pode agitar bandeira tão perto da zona eleitoral, né?"

Tucana: "Por que tu não vai reclamar para o Lula, seu mensaleiro de merda?".

15h37: converso com dois pesquisadores de boca de urna na frente do colégio IPA – em uma das regiões mais conservadoras de Porto Alegre. Os dois admitem que Lula está disparado contra Alckmin e que Yeda e Olívio estão empatados. Eleição no RS é assim: maragato x chimango, Grêmio x Inter. Mas todos felizes pela choradeira ao vivo de Germano Rigotto quando ficou fora do segundo turno. Nisso, ele realmente uniu os gaúchos. Méritos para o Guri Chorão.

16h54: alguém avise ao comitê de Yeda que militantes dela foram vistos comprando cerveja no mercadinho Progresso – esquina da rua 24 de Outubro com a Ramiro Barcelos. Em humilde análise, eles já estavam devidamente entragolados.

17h43: com 16% dos votos apurados, Yeda Crusius lidera com folgados 150 mil a mais que Olívio Dutra.

17h53: a RBS declara Yeda governadora eleita do RS e os jornalistas começam a conjecturar como ela dialogará com o – suposto – presidente reeleito Lula. Com 31% dos votos apurados, a diferença já é de mais de 200 mil votos.

18h04: militantes petistas debandaram do comitê de Olívio e só devem voltar quando saírem os números da votação de Lula.

18h13: com 50% das urnas apuradas, Yeda amplia a vantagem para 300 mil votos em relação a Olívio. Praticamente garantido que o Rio Grande do Sul manterá a tradição de seguir na vanguarda da contramão: eleger governadores opositores ao ocupante do Palácio da Alvorada.

18h40: pode ser uma avaliação precipitada, mas o PT gaúcho sai fortalecido dessa eleição. A inesperada entrada no segundo turno e a perspectiva de ficar com cerca de 46% dos votos válidos – e a vitória em Porto Alegre – ressucita o partido com um resultado em uma eleição que era dada como perdida há menos de um ano. Mesmo com os escândalos que envolveram o diretório regional, petistas gaúchos saem com uma boa cotação em nível nacional dessa campanha e começam a se preparar para as eleições de 2008 na capital gaúcha. Se quiserem acabar com a miopia que impera no partido desde 1998, que aproveitem e apresentem um nome novo para disputar por Porto Alegre.

18h47: meu dia está ganho. Raul Pont (PT-RS) acaba de admitir a derrota de Olívio Dutra. Espero que amanhã não se arrependa da declaração e decida processar a imprensa.

19h09: Yeda Crusius é a nova governadora do Rio Grande do Sul. Aguardo ansiosamente a foto de Germano Rigotto (PMDB-RS) passando a bomba para ela depois de ter sido espinafrado durante todo o segundo turno e ficado magoadinho. Isso nenhum gaúcho esquece.

19h19: Lula está matematicamente reeleito presidente e o Rio Grande do Sul prossegue na luta contra o Império. Mais quatro anos de diversão. Ah, e 2007 é o ano do Fogaça no calendário A Nova Corja.

19h23: conversa com o Walter via MSN:

Rodrigo Alvares diz:
Estranho: nada de buzinaço pela vitória da yoda

Walter diz:
CLARO

Walter diz:
A YODA NÃO EXISTE

Walter diz:
ALUCINAÇÃO COLETIVA

ZH = PT ou RBS mente

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A saga da Foice de Plástico da Verdade

Tempos dementes exigem medidas dementes. Adoro andar no centro de Porto Alegre nos sábados à tarde, mas hoje precisei reagir à loucura eleitoral que assola o Estado. Diante dos derradeiros acossamentos de funcionários públicos petistas ressurgidos das cinzas e o desespero geral dos tucanos, me deram tantos panfletos e adesivos que comecei a imaginar o calote que as gráficas vão levar. Decidi me refugiar nas Lojas Americanas da Rua da Praia. Saí de lá com uma arma.

Na Esquina Democrática, uma aposentada com bandeira do PTB veio me entregar outro flyer da Yeda e empunhei contra ela a Foice de Plástico da Verdade, comprada por R$ 4,99 na promoção do Dia das Bruxas. Ela se assustou e voltou ao seu grupo. Alguns metros adiante, petistas haviam assistido à cena e me abordaram. Segui firme e disse "Não te ilude. Sai da minha frente ou sofra as conseqüências da Foice de Plástico da Verdade. Ceifarei os CCs de todos vocês". Fiz o teste e caminhei até minha casa no Bom Fim com a foice no ombro. Não só passavam longe de mim como algumas pessoas cheias de bandeiras atravessavam a rua para me evitar. Acho que finalmente entenderam a mensagem.

Opus Dei tocando o horror

Bateu o desespero na Opus Dei com a vitória do Lula. Recebi por email a seguinte carta de recomendação:

"Mensagem aos jovens e aos homens e mulheres de bem.

O que vimos ontem no debate?

O debate entre um homem digno, um homem de caráter, um estadista, um cristão ético, no confronto com um bandido, um canalha, um mentiroso, um prevaricador, um estelionatário, um corrupto, um mafioso, que poderá continuar governando o país pela vontade de uma massa de ignorantes que são feitos de palhaços e sustentados com doações de pratos de comida – compradores de votos – mas sem chances de lutar por uma vida digna e justa, se resignando a perpetuar-se como casta inferior da sociedade com direito apenas ao assistencialismo da bolsa-família.

Os caminhos de Deus podem ser incompreendidos, mas sempre chegarão às fontes da luz da libertação dos homens e mulheres de bem do jugo dos canalhas."

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Last Blogging

Em tempo surreal

22h12: William Bonner explica que os eleitores indecisos farão as perguntas de uma forma que conseguiu me deixar mais confuso.

22h14: os candidatos entram no palco.

22h16: Alckmin será o primeiro a responder. Ele toca em um quadradinho e aparece a pergunta de Rutilene, de Belém (PA), sobre educação básica.

22h17: Lula não tira os olhos de Alckmin durante a explicação sobre o Fundeb.

22h21: o formato do debate é igual e dinâmico como o do segundo turno de 2002. Os candidatos ficam dando umas bandas pelo palco com um olhar de "Te esgano" para o outro. Projac Fashion Week total.

22h25: os candidatos têm muito pouco tempo para replicar.

22h28: Lula começa o biriri habitual e Alckmin e pouco resta a Alckmin a não ser se sentar na cadeira e esperar sua vez.

22h37: "Fiz a maior obra de saneamento básico do país", diz Alckmin, em resposta a um coitado que perdeu todos os móveis de casa nas enchentes costumeiras em São Paulo. Chegou a mencioanr a criação de 22 piscinões no Estado.

22h45: quatro eleitores perguntarão aos candidatos. Cristiane é cabeleira e fala do desemprego. Quer saber quando de fato essa praga vai diminuir. Acorda, mulher.

22h49: ainda não falaram de São Paulo. Que milagre.

22h50: "O Serra tá ali. Pergunta para o Serra sobre o Paraguai", acusa Lula.

22h53: Jucilene quer fazer uma pergunta sobre o Meio Ambiente e pergunta o plano dos senhores a respeito disso. Para variar, Alckmin diz que sua pergunta é "extremamente importante".

22h56: Lula menciona os números do desmatamento na Amazônia e Alckmin circunda o presidente pela arena rindo da resposta.

22h58: o tempo está SEMPRE esgotado para os dois candidatos.

23h03: enquanto Alckmin fala que as fronteiras estão abandonadas, Lula passa em segundo plano rindo da resposta tucana.

23h15: um morador de Porto Alegre pergunta sobre corrupção para Alckmin.

23h21: Chuchu vai para o ataque e fala do Mensalão, Francenildo e afins.

23h24: Lula chamou Alckmin de "Meu Querido". Assim não dá.

23h39: deus, biriri interminável. Tempo esgotado, candidato.

23h45: último bloco do debate. Alckmin fala sobre os problemas elencados pelos espectadores. É cortado por Bonner. Lula pode dar a conversa mole que quiser, mas ainda tem uma puta empatia com a câmera. o Chuchu elenca os problemas do Brasil e é cortado de novo por Bonner.

23h50: finalmente, Lula fala do PCC. Alckmin responde perguntando sobre o dinheiro do Dossiê Tabajara – risadas na platéia.

23h59: encerra o debate. Bonner agradece esse exemplo de democracia. ABRASSO.

A seguir: Last Blogging

21h22: Quando a Globo anuncia a transmissão ao vivo do último debate recai a desconfiança que surgiu durante as eleições: se tu precisa chamar um estilista, psicólogas e políticos – além da reportagem on-line direto do estúdio –, é um sinal de que esse formato de cobertura está desgastado. Geraldo Alckmin (PSDB) acaba de apresentar seu último programa eleitoral em um clima de velório. Não creio que o debate retire a cal.

Chama o Zveiter

O site de Yeda Crusius já está desativado por determinação do TSE, que proíbe a veiculação de propaganda política na internet desde 48 horas antes da eleição. Enquanto isso, Olívio Dutra – torcedor assumido do Inter – aproveita os minutos finais para mostrar o apoio recebido pelo árbitro Carlos Simon.

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Simon:não há outro candidato com melhores propostas e capacidade para governar o RS

A Nova Corja NÃO entrevista Yeda Crusius

Cerca de duas semanas atrás, recebi mensagem no Orkut de uma assessora da candidata Yeda Crusius (PSDB/ RS) na qual ela admitia que “Eu leio teu blog. Mesmo quando tu detonas a minha candidata..rs!!”. Aproveitei a brecha e negociei com ela uma entrevista via e-mail. Como a equipe de imprensa estava realmente atolada de pedidos de entrevistas – mais de 130 apenas para rádios do interior, na primeira vez que liguei para lá –, as questões enviadas na terça-feira da semana passada (17/10) continuam sem resposta. Abaixo, a não entrevista com Yeda Crusius:

1) A senhora pretende honrar os contratos e manter o patrocínio do Banrisul nos uniformes de Grêmio e Inter no seu governo?

Yeda: ...

2) O governador Germano Rigotto (PMDB/ RS) declarou que o Desfile da Semana Farroupilha seria um dos maiores eventos turísticos do Brasil em poucos anos. A senhora pretende mantê-lo ou não existem formas mais criativas para divulgar a cultura do Estado?

Yeda: ...

3) Qual a sua opinião sobre os debates do segundo turno? O excesso de discussões sobre o Banrisul e a Ford não acaba por esvaziar o interesse das pessoas para, assim, evitar assuntos que demarcariam melhor suas diferenças em relação a Olívio Dutra e manter sua posição nas pesquisas?

Yeda: ...

4) O PT vendeu a tese de que o povo gaúcho é contra a privatização do Banrisul e a sua campanha comprou-a prontamente, mesmo indo contra o histórico do seu partido. A senhora não considera a possibilidade de que muitos gaúchos - talvez a maioria - sejam a favor da privatização?

Yeda: ...

5) Caso o Banrisul fosse mesmo privatizado – seja pela senhora ou por Olívio Dutra –, como o Estado faria para honrar a folha de pagamentos do décimo-terceiro ao funcionalismo público, por exemplo? De onde sairia o dinheiro?

Yeda: ...

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A Nova Corja NÃO entrevista Olívio Dutra

Enviamos na quinta-feira passada 11 perguntas ao candidato Olívio Dutra. Infelizmente, não foram respondidas até a manhã desta sexta-feira, mais de uma semana depois. Assim, publicamos apenas a metade da entrevista que é composta pelas perguntas. Essa metade fica em aberto para o caso do Galo Missioneiro conseguir a virada e se eleger governador. A seguir, publicaremos a não entrevista de Yeda Crusius.

1) O senhor tem se mostrado contrário ao projeto de florestamento na metade sul do Estado. Admtindo-se que tem razão, qual seria a alternativa ao florestamento? O senhor poderia citar alguma idéia concreta para substituir esse projeto?

Olívio: ...

2) O senhor defende o Banrisul, mas a única utilidade aparente do banco do Estado é fazer empréstimos ao governo para pagar o 13º salário dos servidores e patrocinar o Grêmio e o Internacional. De fato, o Banrisul é considerado um péssimo banco, basta perguntar nas ruas. Será que a maioria dos gaúchos não apóia a privatização? Por que não privatizá-lo, afinal?

Olívio: ...

3) Por falar na questão dos empréstimos, o senhor pretende continuar usando essa tática? Qual será o método de seu eventual governo para equilibrar as contas do Estado?

Olívio: ...

4) O PT colocou a privatização do Banrisul no centro do debate neste segundo turno e o PSDB responde com o caso Ford. Isso não acaba por relegar a segundo plano a discussão das diferenças concretas entre as duas propostas e afastar o interesse do eleitor na campanha?

Olívio: ...

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Lasier Martins vence o debate

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Live blogging pela metade

Só consegui chegar em casa agora, então começo um live blogging bem pela metade. Trata-se do debate mais importante do segundo turno no Rio Grande do Sul, Olívio Dutra versus Yeda Crusius. O debate ganhou outra dimensão ao longo do dia de hoje depois da divulgação da pesquisa Voto/Methodus, que indica que a diferença entre os dois candidatos caiu em mais de 25%. A disputa será emocionante nestes últimos três dias de campanha. Mesmo atrasado (perdi um bloco inteiro) e sem os comentários dos outros colegas, começo este live bloging:

23h02min: enquanto eu entrava em casa e colocava a cerveja na geladeira, ouvi a briga sobre a política de segurança. Yeda disse que associar o PSDB ao PCC (por casa do governo Alckmin) é "forçar a barra". Outra coisa que meu ouvido conseguia captar lá da cozinha sem parar era a voz mala do Lasier dizendo "tempo, candidato, tempo, tempo...". MALA.

23h06min. "Essa é uma falácia, dona Yeda", falando da irrigação para o campo. Yeda diz que o PT não quer irrigação. O chato de morar no RS é ter que aguentar mais da metade dos debates centrados no campo. Para um porto-alegrense, isso fica bem chato. Mas ok, é justo. Vamos lá.

23h13min: "Eu vou contar o que eu fiz no caso do Polão!" Yeda ameaça abrir o jogo. Ela afirma que recebeu três projetos diferentes, na verdade não aprovou nenhum. Na verdade optou pelo menos ruim. Muito mal explicado. Para quem é de fora: o Polão é um sistema de estradas na região metropolitana que aumentaria a quantidade de pedágios.

23h15min: Finalmente a Ford entra no debate! A perda da fábrica da Ford é a questão política mais importante no Rio Grande do Sul nos útimos 20 e nos próximos 20 anos. Yeda diz que não votou a tal emenda na congresso que ajudaria a Ford a sair do RS e ir pra Bahia. "A senhora votou a favor das oligarquias da Bahia! Nós estávamos CHINCHANDO a Ford pra ela ficar aqui." Olívio impagável.

23h18min: "Nós queremos a Toyota!", acredite, frase de Olívio Dutra.

23h23min: "Queremos metas com indicadores de resultado". Precisa dizer de quem é a frase? Ela estava falando sobre educação, agricultura ou saúde? A frase serve pra todos.

23h26min: Lasier entra no clima terrorismo que deve tomar conta dos próximos três dias aqui na província: COMEÇAMOS MAIS UM BLOCO, SUA ÚLTIMA CHANCE DE DEFINIR O SEU VOTO.

23h28min: Yeda parte pra cima: "Que oportunismo, candidato!". A conversa é sobre aumento de impostos. A Nova Corja simplifica para o leitor: Olívio tentou aumentar impostos. Yeda e seu partido aprovaram o aumento de impostos no governo Rigotto. TODOS OS POLÍTICOS SÃO A FAVOR DO AUMENTO DE IMPOSTOS. De nada.

23h31min: "Esse seu economês o povo não entende", afirma Olívio. Se dependesse o "papo que o povo entende", esse país tava perdido, Olívio.

23h35min: Há uma mulher (que não quer ser identificada) ao meu lado, e ela faz uma análise sobre o cabelo de Yeda. Diz ela que, no primeiro debate, o cabelo de Yeda parecia o de uma AVE DE RAPINA. Agora está menos armado, não chama a atenção. Pelo menos em alguma coisa a desastrosa equipe de marqueting de Yeda acertou.

23h41min: Sobre a Aracruz e as empresas de florestamento, Olívio diz que quer uma relação HOLÍSTICA com a natureza. Que lindo. Um comunista hippie.

23h47min: Laiser anuncia o último bloco. Po, eu tava recém aquecendo. E vamos para as considerações finais. Yeda diz que o debate está apelando para a depreciação da pessoa. Agora Olívio: queremos ampliar o protagonismo do povo, e bla bla bla bla.. de sempre.

Acabou meio sem pé nem cabeça. O clima tava quente, mas o Lasier, seguindo a sua vocação de velho corta-clima caretão, acabou com a festa. Uh, fracasso. Mas os próximos dias serão quentes aqui no Rio Grande do Sul. Acompanhe pela Nova Corja, caro leitor, e não perca nenhum detalhe.

2006: Uma Odisséia na Demência

Geraldo Alckmin (PSDB/ SP) declarou há pouco, durante sabatina no jornal Estado de São Paulo, que "sob o ponto de vista ético, nós retrocedemos à idade das pedras, ao invés de se avançar na política, no princípio e em valores". Partindo desse raciocínio, dá para concluir que os tucanos deixaram a presidência com o Metal Ético tinindo em Brasília.

Parabéns, Yeda

A última pesquisa Voto/Methodus – única que acertou a tendência de crescimento de Yeda Crusius no primeiro turno – , divulgada hoje deixa claro que a omissão nos debates e a fraca campanha da candidata resultaram em mais uma polarização nas eleições para o governo do Rio Grande do Sul. Yeda decerto acreditou no próprio hype das primeiras pesquisas e conseguiu o que era praticamente impossível: ressucitou o PT gaúcho.

Yeda (PSDB) - 49,2%
Olívio (PT) - 43,1%
Não sabem/Não opinaram – 4,0%
Brancos/Nulos – 3,8%

A pesquisa foi feita nos dias 23,24 e 25 de outubro junto a 2200 eleitores de 50 cidades gaúchas. A margem de erro é de 2,3 pontos percentuais. O levantamento está registrado no TRE sob o nº 63.082/2006. Está marcado para hoje à noite debate entre os candidatos na RBS TV depois da novela. Preserve sua sanidade e torça pela afonia de ambos.

Fogo amigo

Uma fonte que evidentemente prefere se manter no anonimato jura que o candidato a vice-governador de Yeda Crusius, o pefelista Paulo Feijó, teria afirmado em uma roda de bate-papo com seus pares no Instituto de Estudos Empresariais, no dia 26 de junho, que teria sido convidado a compor a chapa apenas por seus contatos no meio empresarial (amigo empresário = doação para a campanha). Teria dito ainda que a Yeda não é capaz de organizar nem o orçamento da própria casa.

A assessoria de imprensa de Feijó nega veementemente essa informação, muito embora não tenha interrompido a ligação para perguntar ao candidato se era ou não verdade:

— Isso é calúnia, fuxico. Feijó entrou na candidatura porque acredita na competência de Yeda. Ele é um administrador respeitado, não colocaria seu nome em risco.

Tocando o Terror

Nas eleições para o governo do Rio Grande do Sul em 1998, a Frente Popular (chapa do então candidato Olívio Dutra) pediu a apreensão da edição de 25 de outubro do jornal Zero Hora. A medida foi interposta pela Justiça Eleitoral porque na capa da edição do mesmo dia da eleição, foi publicada uma nota assinada pelo então presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB/ SP).

Nela, havia um pedido para que eleitores votassem no candidato à reeleição, Antônio Britto (PMDB/ RS), porque ele era amigo do presidente e isto garantiria o ingresso de mais verbas federais no estado. A nota previa um péssimo futuro se o oposicionista Olívio ganhasse o pleito. O texto tinha o seguinte trecho grifado "Eu serei sempre partidário daquilo que for bom para o Rio Grande, mas farei com maior facilidade se o governador for Antônio Britto". Olívio venceu a eleição por uma diferença de 50 mil votos.

Agora, em 2006, o PT gaúcho não só resolveu colar a imagem do Bigode a Lula, como também tem usado as inserções e o horário eleitoral para praticar um recurso parecido. Usando a mesma tática da campanha de Geraldo Alckmin, não é Olívio quem aparece na tela para fazer acusações contra o PSDB. O marketing petista tem usado atores para alertar aos gaúchos que “os problemas econômicos do Estado só serão resolvidos com um governo em sintonia com a presidência, o que facilitaria o diálogo”. Esse terrorismo eleitoral tem acontecido na campanha de Lula, mas o diretório gaúcho resolveu utilizar essa tática depois de ver que o presidente decolou nas pesquisas e esmigalhou Alckmin nos debates. Mais uma vez, o PT deixa claro que é da mesma laia que os outros partidos. Torpeza geral.

Baixou o Lula na Yeda

Yeda Crusius (PSDB/ RS) cancelou diversos compromissos com a imprensa durante o segundo turno. Faltou em cima da hora a debates e entrevistas que só trariam benfícios à sua candidatura. Ontem, desistiu em cima da hora da ir a um debate com Olívio Dutra na Rádio Gaúcha. O petista teve campo livre para falar por duas horas.

Ricardo Duarte/ ZH
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Os eleitores conhecem a Maldição da Cadeira Vazia

A tucana alegou, mais uma vez, problemas de saúde: estaria afônica. Entretanto, discursou na sede do PMDB por 15 minutos à noite. As ausências de Yeda podem ser mesmo por causa do desgaste da campanha, mas passa ao eleitor a mesma sensação de prepotência que marcou o primeiro turno presidencial. A insistência de Lula em não debater – especialmente no debate da Globo – foi o que realmente levou a eleição ao segundo turno. Se agora Yeda acha que a eleição está ganha e só deve satisfação a seus aliados e não aos eleitores, dá uma amostra do que acontecerá quando estiver no Palácio Piratini.

Debates e entrevistas que Yeda cancelou

Gaúcha Repórter (Rádio Gaúcha)
Confirmou, depois desmarcou, voltou a confirmar e desmarcou novamente, minutos antes do programa de ontem.

Polêmica (Rádio Gaúcha)
O debate estava agendado para o dia 18. Yeda cancelou no dia 11, durante a reunião que trataria das regras.

Gaúcha Hoje (Rádio Gaúcha)
Olívio deu entrevista no dia 9. Yeda falaria no dia 10, mas adiou para o dia 13 e não compareceu.

Programa Linha Aberta (Rádio Farroupilha)
Olívio concedeu entrevista no dia 11, às 17h30min. Ela deveria entrar no programa às 18h do mesmo dia. Cancelou a participação, marcou para o dia 17 e também não compareceu.

ClicRBS
Yeda não participou da entrevista marcada para o dia 18.

TV Bandeirantes
Não foi à entrevista ontem, às 19h.

Rádio Ipanema
Olívio falou no dia 11. Yeda tinha entrevista no dia 17, mas não foi.

Rádio Guaíba
Cancelou a entrevista de ontem.

Perguntinha

Em qual candidato vocês depositarão seu voto para governador de São Paulo, Lula ou Alckmin?

Banrisul financiou Paulo Maluf

Entre todos os argumentos usados e gritados por petistas e tucanos a respeito da função pública do Banrisul, até agora não ouvi de nenhum lado o fato de que o banco estatal doou R$ 5,51 à campanha de Paulo Maluf ao governo de São Paulo em 2002 – durante o governo Olívio Dutra (PT/ RS). Caso alguém queira averiguar os detalhes, o CGC é 92.702.067-96.

Live mais ou menos blogging

Estamos eu (Brust) e o Rodrigo assistindo ao debate entre os presidenciáveis na Record. Depois de algumas cervejas e poucas palavras, decidimos não fazer um live blogging como em outros debates. Até porque ninguém aguenta mais essa coisa de sempre. Aliás, o Lula começou a sua primeira fala mais ou menos nesse espírito: disse que este já deve ser o décimo debate de que participa desde que disputa a presidência (pena que, no mais importante, ele não foi). Bem, quem quiser acompanhar, vamos lá. Live blogging mais ou menos começando agora.

22h35min: Lula começa dizendo que o candidato tucano evitou 69 CPIs no governo de São Paulo. Que Alckmin não curte um 69, isso ninguém tem dúvida (piada medíocre, avisei que o live blogging seria mais ou menos).

22h39min: Lula diz que ninguém provou nada contra Jefferson. Quem diria, Roberto Jefferson ainda é assunto. Por aqui, o Rodrigo se diverte brincando com o gato, alheio ao debate.

22h40min: Alckmin diz que Lula criou o "Bolsa Banqueiro". Ele tá ficando bom nesse tipo de piada. Lula devolve: "estranho que o banqueiros todos votam no Alckmin". Geraldo chuta de volta: "Lula gosta de ironia. O Brasil tá como carangueijo: andando de lado".

22h45min: Lula se embanana todo. Confunde cego com pobre: "Temos o projeto cão-guia, para deficientes. Antes, pobre não entrava no Planalto. Agora o pobre, se tiver cego, entra no Planalto com cão-guia". O Rodrigo grita aqui: "chama o Jatobá!"

22h51min: Alckmin faz uma lista patética: vou cortar impostos, vou isso, vou aquilo, e vou dar emprego para o seu filho. Lamentável. O amigo Marcus Becker, que acompanha o debate aqui com a gente, define: "Flanders!".

23h: Alckmin revela que José Alencar está cogitando a possibilidade de instalar uma empresa na China. A conferir. Vindo do Zé Alencar, não é de se duvidar.

23h06min: Lula ri, tira onda. "Ô Auquimin... Auquimin...".

23h09min: Auquimin fala em educação. Cristóvão deve estar delirando, sonhando com a "revolução doce". Em seguida diz que a política federal para educação em São Paulo é ineficiente. Aqui, Rodrigo protesta: "Porra, só falam em São Paulo". Lembro agora da piada recorrente ao longo da semana: "Diz que o Alckmin quer botar o MINHOCÃO dele no RODOANEL do Lula".

23h17min: O papo agora é saúde e o bicho pega. Alckmin cita o desastre da saúde no RJ e Lula devolve, sem citar nomes, detonando Garotinho, que apoiou Alckmin. Risos na platéia. Lula, de fato, está exagerando na ironia. Nós da Nova Corja adoramos ironia. Em frente!

23h24min: Começa o terceiro bloco com perguntas dos "jornalistas" da Rede Record. A primeira a perguntar é uma bonitinha, gaguejou, mas perguntou. Não reparei na pergunta. Rodrigo diz que ela perguntou "o que o senhor acha de Alckmin como pessoa pública?". Lula diz que teve grande relações com tucanos, mas ultimamente eles anda meio "nervosos".

23h29min: Começam os aplausos! Tava demorando. Debate em São Paulo tem que ter a chinelagem das palmas, gritos, etc. A jornalista bonitinha de antes volta a perguntar. Pede para Alckmin dizer qual seu principal defeito como homem público. Que amor, só falta ela perguntar qual o prato preferido dele. Ele enrola e não responde. A próxima pergunta deve vir de Monique Evans, para o programa TV FAMA.

23h35min: Bob Fernandes, do excelente Terra Magazine, pergunta sobre as tentativas do governo do PT de amordaçar a imprensa. Lula continua irônico. Diz que o problema no Brasil é que um canal de TV fica com o pai, a estação de rádio fica com o filho, e famílias inteiras comandam as comunicações. E emenda: "quando eu era candidato não tinha debate, agora tá cheio". Segue: "os meios de comunicação abusam! Não é democratização". Lula quer, ele mesmo, "democratizar" os meios de comunicação. Que meda.

23h46min: Alckmin diz que o preço da comida vai aumentar depois da eleição. Lula, supersticioso, bate três vezes na madeira da bancada. Demagogo, emenda: "Por favor, não torça para os preços crescerem. Deixa o pobre comer fié mignon!".

23h49min: O Rio Grande entra no debate! Finalmente. Não com muito efeito, é verdade. Alckmin critica a política agrícola do governo e Lula responde: "no Rio Grande do Sul tivemos uma imensa estiagem, e criamos o seguro agrícola". Alckmin garante que não tem seguro nenhum. Aqui, Rodrigo faz justiça: o seguro agrícola foi criado, no Estado, pelo bigode.

23h51min: Lula: "na pergunta, a perguntadora disse que..."

00h01min: Aerolula entra no debate. Lula diz que "Alckmin vendeu usavião do Estado de São Paulo". Diz que Alckmin quer privatizar até o Aerolula! Genial.

0h13min: O populismo de Lula não tem limites, mas funciona incrivelmente. Alckmin pergunta sobre o Nordeste e Lula larga essa: "você não sabe o que é comer café com farinha. Eu sei o que é um retirante da seca vir pra São Paulo". Alckmin ouve com aquela cara de bundinha de sempre. Game over. Não há o que fazer.

Não é possível votar em Lula

Desisto. Passei as últimas três semanas me confrontando com o dilema: votar em Lula ou não? Uma dúvida que, certamente, deve estar sendo compartilhada por muitos eleitores que se consideram de esquerda, que sempre votaram na esquerda e que sempre rechaçaram o tipo de política representada pelo PSDB e, principalmente, pelo PFL. Fui tendencioso, confesso. Todos os meus esforços mentais foram para me convencer de que, sim, era possível, mais uma vez votar em Lula. O argumento mais forte: a roubalheira sempre existiu e vai continuar existindo – talvez pior – com os tucanos e com o PFL no poder. E o povo foi mais beneficiado com o governo Lula. De fato, as políticas públicas do governo petista me pareceram – e em muitos casos isso é comprovado por números isentos – mais eficientes que as do governo anterior. São visíveis os avanços do país no que diz respeito à redução das desigualdades sociais, além das quantidades de dinheiro aplicados em setores como educação e proteção social serem proporcionalmente muito superiores às do governo Fernando Henrique. Sendo pragmático, fica fácil votar em Lula.

Mas a questão é um pouco mais complicada. Existem sacrifícios que devem ser feitos em nome do futuro do país, em nome de uma política minimamente ética que será herdada por nossos netos. E, senhores, este sacrifício, para o povo brasileiro, significa ser governado durante quatro anos pelo PSDB e pelo PFL.

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Centauro dos Bandeirantes

Mauro Vieira/ZH
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Melhor legenda: "Ao lado de Yeda, José Serra, governador eleito de São Paulo, se sobressaltou ao se chocar a um cavalo de plástico diante de uma loja de agropecuária em Canoas".

Na periferia tucana

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O saguão do aeroporto Salgado Filho estava cheio de jovens com adesivos de Yeda Crusius e Geraldo Alckmin grudados ao corpo. A militância petebista – partido que compôs a chapa de Germano Rigotto (PMDB) indicando a candidata a vice – compareceu em peso. Procurei, mas não encontrei Roberto Jefferson. Aglomerado é o termo mais adequado para nominar as pessoas que esperavam a saída de Alckmin da Sala de Imprensa. Pobres jornalistas. Seguranças fazem um corredor de isolamento para conter uma turba enfurecida que eles imaginam existir. Por alto, pouco mais de 100 militantes esperavam os candidatos dentro do hall.

Ser um jornalista periférico tem suas vantagens. Como não preciso prestar contas e declarações a ninguém, dou um passo para trás e observo a cena. A porta é aberta e o governador eleito de São Paulo, José Serra (PSDB) passa de maneira furtiva pelo lado de fora do cordão de isolamento. A um metro de distância de nós, Serra tenta chegar à saída mas é constrangido a dar beijinhos e receber afagos de quem consegue reconhecê-lo.

A entrada de Yeda empolga mais que a de Alckmin a militância multipartidária. A claque os escolta até o palco onde será feito o comício, do outro lado do riacho que divide a avenida: o Pepsi On Stage. Acompanhamos o séquito. Para a vergonha dos repórteres, gritam "Ah, ele é gaúcho" para o Chuchu. Ao passar pela vala, vemos uma bandeira do PT jogada no esgoto e uma mendiga tentando fazer artesanato hippie com latas de alumínio ao lado dela.

No meio do caminho, decido comprar uma cerveja para agüentar a demência iminente. Mas o ambulante não podia abrir o isopor. Aliás, ele nem estava cuidando da banca. De costas para mim, preocupava-se em tirar fotos dos tucanos com sua câmera digital do que atender bem o cliente. Dentro do pavilhão da Pepsi, balões, cartazes, gente querendo colar adesivos em ti e dois balcões de comida da AM/ PM. Por alguma razão, me lembrei do último Rock in Rio. A impressão era que cada um lá dentro empunhava sua própria bandeira, fosse ela do PRONA à Força Sindical.

O locutor do evento diz que o candidato a vice, Paulo Feijó (PFL), iria começar o discurso em cinco minutos. Mas quem apareceu foi o governador reeleito de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB). Apático, falou rápido para se livrar do fardo: "Começa a soprar o vento que vai acordar os adormecidos. É preciso dar um fim definitivo nesse perverso governo Lula". Nada do Feijó. O lucutor aproveita o intervalo e compele as pessoas a cantar de maneira comovente: "Vamos mostrar que a gente sabe o jingle de cor".

"Yeda, todo mundo aqui ficou com inveja da sua música", diz Serra, no início de seu discurso. Tenho o telefone do Chico Santa Rita, caso o paulista queira entoar mantras maneiros contra o PCC. "O Aécio ganhou do PT, eu ganhei do PT e a Yeda também vai ganhar do PT". A massa delira, mas os dois líderes tucanos fazem discursos breves.

Quando chega a vez de Yeda, o pavilhão está ocupado com no máximo 3 mil pessoas. O TIM Festival de 2005 com os Strokes e o Arcade Fire tinha muito menos espaço, mas estava apinhado de gente que pagou caro pelo show. O de ontem era gratuito. Yeda declara que "estamos juntos com o PMDB, PDT e PP". "Vamos mandar o PT para onde ele deveria ir: para casa". Em mais um arroubo do estado mais politizado do país, escuta-se novamente: "Ah, eu sou gaúcho". Ela aproveita para enfatizar que será a primeira governadora gaúcha "apesar de viver um estado machista". Vi até o Mano Changes (PP-RS) e o Gaúcho da Copa no palanque. Mas nada do Feijó.

Por último, Alckmin. "A Yeda pediu pra mim vir aqui. E a parte mais importante da minha vida são as mulheres". Foi a surpresa da noite. Quem organizou a ordem da apresentação cometeu um erro incrível ao deixar Alckmin por último. Clarões começaram a se abrir na platéia. A fuga da manada começou na metade do discurso do tucano e não parou. Vergonhoso. Sobrou até para o Hino Rio-Grandense. Todos se dão as mãos e cantarolam. Aí não dá. Com esse set list tu mata qualquer festa.

Ao menos, descobri o problema: todos falam o tucanês. Um pesadelo para os para jornalistas, pois os tucanos não conseguem discursar nem no mais básico lead de uma matéria. Explicar o porque, quando, onde e como é banal demais. As pessoas já deveriam saber o que eles falam, mas é inútil. Quem concorda não sabe explicar muito bem as razões para votar no PSDB. Mas agora é tarde. E se tu questionares mais um pouco, pronto: surge o Xiita Tucano. Se antigamente os petistas seguravam o bastão da Ética, cumpre agora aos tucanos a obrigação de questionar o caráter de quem faz muitas perguntas sobre o Eduardo Azeredo (PSDB/ MG). No fim das contas, tudo não passa de uma corrida de revezamento. E adivinhe em quem eles vão enfiar o bastão depois que essa eleição acabar.

O código Feijó

Mais do que a catequese nos princípios do liberalismo e a melhoria da qualidade gerencial dos participantes do grupo, os líderes do IEE esperam que seus discípulos defendam – permanentemente – a causa em associações de classe, entidades empresariais, sindicatos e, se possível, no próprio governo. “Há muitas lideranças do IEE infiltradas nas entidades, buscando espaço para idéias liberais”, diz o empresário Paulo Afonso Feijó, 47 anos, sócio presidente do Mercador.com, empresa do grupo Telefônica especializada em serviços para o setor de varejo.

Alguém aí já tinha ouvido falar dessa Opus Dei do livre-mercado? Depois a direita diz que a esquerda é paranóica.

Luz amarela

O levantamento do Centro de Pesquisa Correio do Povo para o governo do Rio Grande do Sul publicado hoje indica que a tucana Yeda Crusius lidera a preferência dos eleitores, com 59,2% dos votos válidos, mas perdeu 7,4 pontos percentuais. Estes foram transferidos para Olívio Dutra (PT/ RS), que agora tem 40,8%. No levantamento anterior, o ex-governador tinha 33,4%. Considerados apenas os votos válidos, a vantagem de Yeda sobre Olívio, que era de 33,2 pontos percentuais em 11/10, caiu para 18,4 pontos.

Como previsto, as chances de Olívio Dutra no segundo turno se resumiriam a cacifar votos nas prefeituras do interior do Estado. Esses municípios dependem – e muito – do repasse federal e os prefeitos bovinos costumam ser pragmáticos, ainda que antipetistas. Com a queda de Geraldo Alckmin em todas as pesquisas, nada mais conveniente do que Olívio fazer um derradeiro périplo por essas regiões com o carisma do presidente a tiracolo.

Lula participará amanhã de caminhadas nas cidades de Alvorada, Canoas e fará comício em Caxias do Sul – terra do governador-perdedor Germano Rigotto (PMDB/ RS). É a última chance dos petistas, que irão se mobilizar como nunca para voltar à boquinha estadual. Luz amarela na campanha de Yeda: a eleição está em aberto. Basta lembrar o que aconteceu com o Guri Chorão.

Mais do mesmo

O mais interessante a observar, no entanto, é que cada vez mais um presidente tem menos espaço para ser diferente do outro, a não ser que parta para a ruptura. Se Lula mudasse tudo na política econômica, ia passar seu mandato inteiro administrando crise financeira.

Há determinados arroubos voluntaristas que nem um Ciro Gomes seria mais capaz de cometer – não por ética ou responsabilidade gerencial, mas por sobrevivência política.

Resumindo, façam suas apostas em Lula ou em Alckmin, mas não fiquem achando que suas vidas serão vermelhas ou azuis dependendo do vencedor. A não ser que tenham algum emprego garantido pelo candidato, ele não será tão determinante assim para o seu futuro.

Agora foi o Guilherme Fiúza quem se deu conta.

Estatizaram o careca

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Não vou privatizar nada. Mas o boné é meu e ninguém tasca

Briga de torcidas

Paulo Henrique Amorim publicou a gravação da entrega das fotos do dinheiro a repórteres da Folha, Estadão, O Globo e Jovem Pan. Admitindo-se que o delegado Edmilson Bruno não tenha se disposto a ajudar os tucanos, ou mesmo tenha sido comprado; admitindo-se que os repórteres estavam apenas seguindo as prerrogativas da profissão ao proteger a fonte; a conversa deixa transparecer um problema grave, exposto neste trecho:

Repórter – ... isso só pode sair amanhã na TV (...)

Delegado Edmilson Bruno – Não, tem que sair hoje à noite (...) pode ser no jornal da Globo no primeiro horário, não pode ser à tarde...

Repórter – por exemplo (...)

Delegado Edmilson Bruno –Tem que sair no Jornal Nacional e na Ana Paula Padrão. Isso aí vazou ontem, então tem que fazer hoje de manhã. O que não pode é perder (...) tem que entrar no jornal logo no primeiro horário da noite, não pode já sair no Jornal Hoje.

Os repórteres parecem ter tentado ganhar algum tempo para a apuração, ou mesmo uma edição melhor da reportagem. No entanto, o delegado passa todo o tempo exigindo que seja veiculada no Jornal Nacional. Até aí, estava fazendo o jogo dele. O estranho é que a Globo caiu no jogo dele e inclusive deixou de falar na queda do avião da Gol, para ficar mostrando imagens do dinheiro. Quando as fontes começam a mandar nos repórteres — ou em seus chefes —, algo está errado.

Paulo Henrique Amorim e Carta Capital já criaram uma teoria da conspiração para explicar o caso todo. Provavelmente estão exagerando, embora haja gato de algum tamanho na tuba, se realmente a equipe de marketing de Alckmin chegou antes da Globo à Polícia Federal. Ainda assim, não dá para acreditar em uma orquestração das maiores empresas de mídia contra a candidatura Lula. Provavelmente, é apenas a boa e velha tendência incompetente dos jornalistas a se deixarem levar pelas fontes, como acontece nas CPIs o tempo inteiro, por exemplo. No fundo, há exagero tanto da mídia petista quanto da mídia tucana. A verdade fica em algum lugar aí pelo meio.

A foto do dinheiro rendeu a única peça de campanha boa dos tucanos: um comercial em que aparece um calendário e a frase "faz X dias que Lula não explica a origem do dinheiro". Essa é pesada. Uma coisa é acreditar que Lula não sabia da operação — o que é muito possível. Outra bem diferente é acreditar que ele ainda não saiba a origem do dinheiro, o que é ridículo. Deve ter ficado sabendo cinco minutos depois da prisão, só não quer dizer.

Pesquisa na base do chicote

Nada de novo nas pesquisas no Rio Grande do Sul. A próxima edição da revista Voto traz a última delas feita pelo Instituto Methodus – única a acertar na tendência de crescimento de Yeda Crusius (PSDB/ RS) no final do primeiro turno. A tucana se mantém à frente de Olívio Dutra (PT/ RS). De um total de 2.023 pessoas, Yeda aparece com 57,3% das indicações espontâneas, seguida de Olívio Dutra com 32,6%. Os eleitores indecisos representam 6,5%.

Na menção estimulada a candidata Yeda Crusius aparece com 59,1% das intenções de voto, ficando 25,1 pontos percentuais acima de Olívio Dutra, que tem 34,0%. Os números não diferem muito no confronto entre o presidente Lula (PT/ SP) e Geraldo Alckmin (PSDB/ SP) A pesquisa completa pode ser lida aqui.

A parte curiosa da pesquisa fica por conta do quesito “Rejeição com frases para Governador”. Para medir a rejeição dos candidatos os eleitores receberam um cartão com as frases: votaria com certeza; poderia votar; não votaria de modo algum.

Yeda Crusius

Votaria com certeza: 53,5%
Poderia Votar: 18,9%
Não votaria de modo algum: 27,6%

Olivio Dutra

Votaria com certeza: 30,7%
Poderia Votar: 18,4%
Não votaria de modo algum: 50,8%

"Agora tô mais pareffida com o Luiz Ináffio"

"Petista perde dedo em briga no Rio de Janeiro - Um bate-boca entre lulistas e alckmistas acabou com uma mulher perdendo parte de um dedo, vítima de uma mordida dada por outra mulher, que ficou com o rosto marcado por unhadas."

"Um cirurgião disse não ter visto cena parecida com humanos: 'Só mesmo com pitbull, já que parte do osso foi retirada'". (Terra)

Early blogging

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Está no Youtube um discurso-relâmpago de Lula: "Alô companheiros que navegam no Orkut. Muito obrigado pelo apoio de todas as comunidades. Vamos juntos continuar construindo um país cada vez melhor. E no dia 29, vocês sabem: votem 13!".

Depois de 3 anos e meio sem conceder entrevistas coletivas, Lula gravou há pouco o Roda Viva em Brasília. Resta saber como será a edição das perguntas dos jornalistas no programa, já que agora o presidente utiliza até o Youtube para seus discursos sem réplica.

Rock da Yeda

Deus nos proteja! A candidata ao governo do Rio Grande do Sul Yeda Crusius pôs em seu programa eleitoral de hoje uma banda com adolescentes — um deles claramente emo — tocando o jingle da campanha.

Como se sabe, todo mundo odeia adolescentes, principalmente os próprios adolescentes. Perderá votos.

Fracasso, teu número é 45

Circula na internet um spam da campanha de Geraldo Alckmin (PSDB/ SP):

“Você é daqueles que vive defendendo o Presidente Luiz Inácio Lula da Silva não é? Caro eleitor, acompanhe comigo inúmeras irresponsabilidades desse homem, envonvido em corrupção, recebimento de propina e desvio do dinheiro público. Já está na hora de dar um basta nessa palhaçada, acompanhe um vídeo exclusivo que está esperando autorização para ser transmitido nas emissoras de televisão. O vídeo mostra parte da reunião corrupta com os envolvidos na Máfia dos Sanguessugas onde encontra-se entre os acusados o Presidente Lula”.

O problema é que o link do vídeo abre em uma página com o seguinte texto e foto abaixo: "The page you are trying to view does not exist. The 404 Band is not even a real band. '404' is a commonly used error code to let you know that you might have typed in the URL address incorrectly". Tucano, não deixe esse absurdo passar incólume. Exija ética e transparência nas denúncias do seu candidato. Reclame para o e-mail Denuncia@Geraldo45.org.br.

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Cena do clipe da banda Gushiken e os Cartilhas

Peleia pelo Piratini na TVCom

— O senhor mandou a Ford embora. Guaíba chora até hoje. Camaçari festeja até hoje.

Pouco antes de Yeda (PSDB) levantar a voz para voltar a um assunto para lá de batido em todas as campanhas no Rio Grande do Sul desde a virada do milênio, Olívio Dutra (PT) tinha dado um jeito de jogar a culpa da mortandade de peixes no Rio dos Sinos nas costas da Yeda.

O debate nem terminou, mas isso resume tudo. O Rio Grande do Sul não sai mais do lugar, mesmo. A economia estagnada deve ser um reflexo da mentalidade estagnada.

Finalmente se deram conta

Para diagnósticos opostos, remédios semelhantes em doses diferentes. Os programas de governo do petista Luiz Inácio Lula da Silva e do tucano Geraldo Alckmin são iguais na prioridade ao crescimento econômico com inclusão social e à geração de emprego e renda. Divergem, no entanto, nos raros momentos em que detalham os caminhos para alcançar o desenvolvimento. E se aproximam mais uma vez ao tratarem muitos temas de forma superficial e genérica.

-- O Estado de São Paulo

São gritantes os defeitos e semelhanças dos dois partidos e seus chefes e militantes. Sem falar no aspecto mafioso e quadrilheiro, inerente à política brasileira, parecem mais torcidas organizadas de futebol, com sua intolerância, fanatismo e cegueira. É mesmo uma temeridade colocar nossas esperanças e nosso destino nas mãos dessa gente. Mas é o que nos é dado escolher. Bem, para quem viveu na ditadura, poder escolher entre o ruim e o pior já é um avanço.

-- Nelson Motta

Talvez porque a diferença está apenas na cor das camisas. As regras do jogo, o formato do campo, a bola e até as táticas são muito, demasiadamente, parecidas. Tanto que a Fifa moderna desse peculiar esporte (o chamado mercado) não está nem um pouco preocupada com o resultado.

-- Clóvis Rossi

PT campinóide em chamas

Eis o trecho do boletim do PT, divulgado ontem, que ataca a filha e a mulher de Alckmin (íntegra abaixo, com o pedido de desculpa):

"Afinal, alguém poderia perguntar se ele sabia que sua filha era funcionária de uma empresa acusada de contrabando, a Daslu, ou se tinha conhecimento que sua esposa ganhou de presente 400 vestidinhos chiques."

Lula surtou, mandou retirar do ar e pediu desculpas. O autor do texto é o Valter Pomar, membro do Diretório de Campinas do PT, responsável pela área de internet da campanha e secretário de Relações Internacionais do partido.

É mais um sério candidato a dar o próximo tiro no pé do partido. Ligado ao MST, Pomar sempre exagerou no comunismo, muito revolucionário para o gosto do real Presidente de Honra do PT, José Dirceu. A Folha de hoje relembra mais um constrangimento criado pelo petista:

"Valter Pomar foi responsável por outro episódio que causou mal-estar no PT em meio ao escândalo do mensalão. Em 8 de junho de 2005, durante entrevista de Delúbio Soares na sede do partido na qual ele negava as acusações feitas por Roberto Jefferson, Pomar enviou bilhete a José Genoino no qual dizia: "Ô, Gê. Cadê a Marta? Depois eu é que sou "oportunista'?" O bilhete fazia alusão à ausência da ex-prefeita na entrevista de Delúbio, concedida logo após uma reunião da Executiva na qual Marta criticou uma proposta de Pomar." (Folha, 13/10/06)

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Pesquisa Correio do Povo

Vamos lá novamente ao mondo estatístico. O Correio do Povo divulgou hoje o resultado da pesquisa feita nos dias 10 e 11 para o Rio Grande do Sul (notícia do G1):

Yeda Crusius (PSDB) - 61,7% (66,6% dos votos válidos)
Olívio Dutra (PT) - 31,0% (33,4% dos votos válidos)

Alckmin (PSDB) - 59,9% (65,1% dos votos válidos)
Lula (PT) - 32,2% (34,9% dos votos válidos)

"Se eu soubesse que era isso, não tinha dado a entrevista"

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Tá circulando na internet um vídeo do Dateline que é de acabar com o Chuchu.

É uma reportagem de quase 3 minutos que mete o dedo na ferida da segurança pública paulista. Alckmin aparece torcendo para o Brasil em algum jogo da copa (bem ao estilo favela de Lula), enquanto o estado de São Paulo pega fogo.

Depois, o momento mais constrangedor: Chuchu sai correndo de uma entrevista após perguntas sobre segurança pública. Levanta, tira o microfone e vai embora. "Bye-bye". Não lembro de ter visto Alckmin tão transtornado.

Bom dia

"Lula "chutou" alto, bem de acordo com a megalomania que o caracteriza, ao dizer que nunca, nos últimos 20 anos, o país crescera tanto. Falso, mostrou a Folha ontem. Alckmin disse que São Paulo é que cresceu mais que a média nacional. Igualmente falso, como igualmente mostrou a Folha ontem. Digo que é a principal mentira porque, se ambos estão satisfeitos com o desempenho econômico do país que um governa e do Estado que o outro governou, estamos todos roubados." (Clóvis Rossi, Folha, 11/10/06)

O PCO estava certo

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Bem que o Guilherme Giordano (PCO/ RS) tentou avisar nos debates que o PSOL também é filhote da patronagem burguesa e capitalista. Os ex-petistas e o PDT decidiram liberar o voto e não deu outra: Geraaaaldo quer os votos deles.

Pau na mesa

A entrevista concedida pelo vice de Yeda Crusius causou desconforto entre os aliados da tucana. A coordenação de campanha enviou sinais de que pretende monitorar Paulo Feijó para que ele evite dar declarações polêmicas. Como todos ali querem colocar antigas diferenças partidárias de lado e fazer o melhor para a sociedade gaúcha, as cabeças da campanha soltaram algumas pérolas:

Pedro Bertolucci, presidente do PP: “Quanto mais quieto ele [Feijó] ficar, melhor”.

O pessoal da antiga Arena vai acabar botando o cara no pau-de-arara.

Sérgio Camps de Moraes (PPS), coordenador de camanha: “Ele [Feijó] tem de aprender a ser partidário”.

Sei não, mas isso soa tão...petista.

Mario Bernd (PPS): “Vice não precisa somar, mas tem de ser impedido de subtrair”.

É, foi mais ou menos isso que Yeda usou para tirar o corpo do PSDB fora da responsabilidade pelo fracasso do governo Rigotto.

Isso não parece ter arrefecido os ânimos de Feijó. Em declaração à Zero Hora de hoje, avisou: “Se pedirem para eu ficar quieto vão ouvir um não”. Questionada ontem sobre a possibilidade de substituir o vice, Yeda emudeceu. Fora o caso de acusar Pedro Simon (PMDB/ RS) de indicar apadrinhados para o Banrisul, Feijó não disse nada de mais. Até desarmou o discurso que os petistas preparam para o segundo turno.

O senador reeleito ainda aproveitou para dizer que ele é “um guri que não está preparado”. Depois de aceitar se unir a Anthony Garotinho (PMDB/ RJ) para tentar concorrer à presidência – sabendo que ia perder e ficar com o senado de consolo – as declarações de Simon só podem ser consideradas galhofa pura. O retrato do PMDB.

Pensei que fossem diferentes

Coisa lastimável a entrevista de Olívio Dutra (PT/ RS) à Folha. Perguntado sobre os escândalos que envolvem integrantes de seu próprio partido, o ex-governador declara: “Infelizmente, temos no PT atitudes desrespeitadoras da cidadania e do patrimônio ético do próprio PT. Isso existe em todos os partidos”. Agora viaje no tempo rumo ao longínquo ano de 1999 e pergunte a qualquer petista gaúcho qual é a diferença deles em relação aos Outros.

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Síntese de tudo

De um amigo jornalista, fazendo o resumo do governo Lula e da disputa entre o barbudo e Alckmin:

"O argumento é claro: mais gente está comendo, mais gente está roubando também. Escolha com o que tu pode conviver melhor."

Mondo Tucano

Em entrevista à Folha de hoje, Yeda Crusius (PSDB/ RS) afirma que "o governo Fernando Henrique entregou um país tinindo para o governo Lula". Chega a parecer petista de tão descolada da realidade.

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Chuchutes

Analisando-se o conjunto da refrega, o desempenho de Lula foi inegavelmente inferior ao de Alckmin. A pergunta é: isso muda o cenário eleitoral? Debates, por maior audiência que possam ter (o de hoje teve audiência média de 14,2 pontos), não têm o condão de virar o jogo de uma eleição. É a repercussão do confronto e os seus desdobramentos no noticiário e na campanha, que podem influir no resultado da peleja.

Josias de Souza achou que o Alckmin venceu o debate de ontem por um ponto. Um ponto de interrogação.

Empty Blogging: Debate Bandeirantes

20h: A Mídia Golpista não deixa eu me alienar nem no domingo. Ligo na Bandeirantes para assistir os gols da rodada do Brasileirão e a mesa redonda está toda deformada. O número de comentaristas diminuiu mas, como sempre, todas as atenções ficam voltadas ao bairrismo paulista.

Como o presidente Lula só não reclama da imprensa quando a Globo passa jogos do seu Corinthians à revelia dos pequenos detalhes regionais do Brasil, imagino que ao menos saiba explicar as falcatruas da MSI e de um certo Zveiter. Quanto a Geraldo Alckmin, caso fale que torça para o Club Athético Pindamonhangabaense, pode ir para casa. Os espectadores vão trocar de canal na terceira sílaba. Até porque os jornais locais preferem não denunciar os problemas que acometem o pequeno time paulista há mais de 10 anos.

Tentei fugir desse debate. Até me submeti a procurar o horário no TV + Show da Zero Hora
dominical para, sei lá, cancelar a eletricidade em casa. Mas a Band não enviou a programação ao jornal. Obs: o Correio do Povo tinha. Mas como os gênios da Caldas Júnior fecharam o acesso para não assinantes, fico sem opções. Até parece a disputa do segundo turno entre Yeda e Olívio. Tudo culpa da RBS, como sempre.

Pensando bem, foi uma ótima estratégia da Bandeirantes. Colocar o debate presidencial para concorrer com as Videocassetadas do Domingão do Faustão e com o Sílvio Santos é ótimo: todo mundo continua sem saber se é para rir ou para chorar.

20h31: na abertura, a Band cacifa seu histórico em debates. Só faltou creditar o sucesso deles a Leonel Brizola e Jânio Quadros.

20h32: no início do debate,Lula parece tenso. Alckmin sorri.

20h33: a produção da Band faz uma pergunta sobre crescimento econômico que dura um minuto. Alckmin parece muito confiante. Nem soa como o governador que deixou um rombo de US$ 1,2 bi para nosso querido Lemo-Lembo.

20h36: Lula manda muito bem na retórica. "O governador podia ter me agradecido pelo o que fiz em 2003". De fato, o Brasil estava no buraco. O problema é que continua nele.

20h41h: Alckmin fala direto para a câmera que Lula deve responder ao povo brasileiro sobre quem foi o responsável pela compra do Dossiê Tabajara.

20h42: "Não tenho medo de debater a pura verdade", diz Lula.

20h44: Lula pergunta sobre a consolidação da Máfia das Sanguessugas. "Meus assessores não são indiciados pela polícia", responde Alckmin.

20h47: o Chuchu fala da máfia dos vampiros e dos sanguessugas como se o problema não tivesse começado no governo do PSDB.

20h49: baixaria. Que coisa lastimável. Vão se canibalizar sobre Ética quando estão pelados.

21h07: Alckmin usa a palavra "eivado" para se referir à quantidade de escândalos no governo Lula. A galera da Rocinha delira.

20h50: "As CPIs saíram pela força dos fatos", replica Alckmin.

20h55: Lula vai para a ofensiva e pergunta sobre as CPIs abafadas pelo governo Alckmin.

20h58: "O Governo de Lula é contra o Rodoanel", reclama Alckmin. Uma obra essencia para o desenvolvimento do país, sem dúvida.

21h: "Parece que o senhor fez algum curso de Psicodrama para decorar o que fala, governador", tripudia Lula sobre a questão do petista ler suas perguntas.

21h05: "O governo é violento no caso do Francenildo".

21h06: Lula fala das denúncias sobre a compra de votos em 1996. Diz que não foi apurado e tal. Bem, talvez a culpa seja da internet.

21h10: eu sabia, Alckmin lê Carta Capital. Exalta o crescimento econômico da Argentina. Tales Alvarenga deve estar decepcionado.

21h17: Lula diz que Alckmin parece estar em uma sacristia. O tucano faz cara de quem chupou limão.

21h18: "Por que vocês não trouxeram o Fernando Henrique aqui? Tão com vergonha dele?" (risos da claque).

21h19: Lula aperta Alckmin sobre a Febem. Daqui a pouco, fala no PCC. "Você quer uma ajuda nossa?", ironiza o presidente.

21h20: "O candidato Lula é um bom comentarista". Só se for do dia seguinte.

21h21: "Eu estive todos esses anos na Febem", diz Alckmin. Pergunta ao espectador quem já não foi jovem e quem nunca errou. Verdade. Quem nunca assaltou, estuprou a matou uma garotinha de 12 anos nos loucos tempos de adolescência?

21h24: "Não queira que em quatro anos eu conserto (sic) o que vocês estragaram em quatro séculos", diz Lula. O presidente continua insistindo que nenhum governo foi tão maravilhoso quanto o do PT, nem mesmo o do JK. "O PSDB não tem quatro séculos", rebate Alckmin.

21h28: Alckmin nunca consegue terminar suas frases. Culpa do tucanês.

21h39: Lula ri quando Alckmin diz que o Brasil foi humilhado pela Bolívia.

21h42: o presidente tenta usar de ironia para responder à pergunta de Alckmin sobre Comércio Exterior. Assim não dá para acompanhar.

21h45: Inédito. Um tucano diz que o presidente do Brasil deve defender os interesses do país. O pessoal da finada Bundas deve ter morrido.

21h55: "Ele sabe tudo do governo Fernando Henrique, é pena que não saiba nada do próprio governo." Essa foi na jugular.

22h05: "A lógica da Ética não é saber antes", diz Lula. Cédulas de dólar não devem coçar muito quando inseridas na cueca.

22h07: Ackmin replica com as "questões substantivas da corrupção". Assim não dá. Hermético demais.

22h11: a câmera da Band mostra Romeu "Rota na Rua" Tuma nas primenrias fileiras da platéia.

22h22: Joelmir Beting afirma questiona sobre a possibilidade de reduzir os juros sem cortar os gastos do governo. Pergunta a Alckmin sobre que gastos serão cortados, quando e quanto. "O governo Lula é o governo tartaruga", diz Alckmin, criticando a gestão petista.

22h24: Lula, ao comentar a resposta de Alckmin, diz que "o atual governo criou as bases para o crescimento econômico" e que propostas de Alckmin são bravatas.

22h25: "Quem faz bravata é PT, que ficou 25 anos falando mal de tudo. Foi lá e fez pior", replica o Chuchu.

22h37: "Você que está em casa, que está agora assistindo, deve saber que não vamos privatizar nada". Estranho, Alckmin nega declarações de um dos principais coordenadores de sua campanha, Luiz Carlos Mendonça de Barros–, à revista Exame. Ali diz que vai trabalhar pela privatização da Petrobras e da CEF. Alckmin nega tudo. Te define: ou caga ou sai do vaso.

22h42: Cristóvam Buarque deve se revirar no túmulo. Estão discutindo Educação.

22h43: Alckmin cita Santo Agostinho: "prefiro os que me criticam, porque me corrigem, aos que me adulam, porque me corrompem". Aplausos entre a galera da Opus Dei e os seguidores do Marcola.

22h50: três horas depois, nas considerações finais dos candidatos, lembro que só queria ver os gols do Brasileirão. Culpa da Mídia.

22h58: jornalistas pedem uma avaliação do debate a José Serra e Marta Suplicy. Não adianta, Serra não entra na campanha por Alckmin: foi monossilábico, disse apenas que achou o debate "bom", e não atacou Lula. Já Marta falou um monte, chamou Alckmin de "candidato de plástico" e disse pensar que o ex-governador fosse "mais capaz".

23h20: Marco Aurélio Garcia começa a falar sobre um "Risco Alckmin", terrorismo eleitoral que o PT condenava à época de FHC. Mas nem assim os petistas conseguem criar um factóide.

A prova que os petistas precisavam

Pronto, agora os comunas já podem acusar a candidatura de Yeda Crusius de neoliberal e a Zero Hora de imprensa vendida aos grandes interesses do capital especulativo internacional. A entrevista de Paulo Afonso Feijó Feijó, vice de Yeda, para a edição deste domingo, não deixa dúvidas:

"A dívida do Banco do Estado do Rio Grande do Sul e da Caixa Econômica Estadual, que deixou de ser do banco e passou a ser da sociedade gaúcha, é de R$ 5 bilhões a valores de hoje. Quanto é a taxa de juros hoje, 20% ao ano? E quanto é 20% sobre R$ 5 bilhões? R$ 1 bi. Então significa que o Estado paga R$ 1 bilhão por ano por uma dívida que não era minha, não era de ninguém, era do banco do Estado. O orçamento do Estado na segurança pública é R$ 700 milhões por ano. E só de juro para manter o banco estadual, gasta R$ 1 bi. Aí vamos perguntar para a população se ela prefere ter R$ 1,7 bilhão na segurança pública ou continuar com o banco estadual. Vamos perguntar em plebiscito, ver o que a população escolhe. Jogo 100 contra 1 como a população vai dizer que quer R$ 1 bilhão a mais em segurança, em saúde."

Não ficou faltando nem para o PMDB. Simon deveria declarar apoio ao Olívio depois desta:

"...o Banrisul, há muitos governos, tem sido utilizado como cabide de emprego e partidarização do banco. O presidente do banco hoje é indicado pelo senador Simon, é sobrinho de Pedro Simon. Quem são os vice-presidentes do banco? Cargos políticos como a presidência. O banco tem de ser eficiente, tem de dar oportunidade aos funcionários de carreira. E não a uma pessoa que nunca dirigiu um caixa de boteco. E por que ele está lá? Porque é protegido do senador Simon."

Sai daí, Bastos!

Quando se é bandido, nada melhor do que ter um experiente advogado de bandido para te auxiliar.

O PT deixou vazar para a imprensa que estava pensando em divulgar uma versão para os 1,7 milhões dos aloprados. Lula passaria a usá-la já a partir do debate de amanhã, na Band:

"Na véspera do primeiro debate Lula x Alckmin, as cúpulas do PT e do governo finalizam nos bastidores uma explicação para o R$ 1,7mi que pagaria o dossiê contra José Serra. O ponto de partida da versão oficial é observação ouvida nos últimos dias de três ministros de Lula: "comprar informação é crime". Vencida essa etapa, o fator que poderia complicar a situação dos "aloprados" seria a origem do dinheiro. Por isso, cresce a possibilidade de que o PT anuncie, nos próximos dias, que ele veio do caixa 1 do partido." (Folha, Painel, 07/10/06)

Infelizmente, Márcio Thomas Bastos chegou para cortar a nossa diversão:

"Bastos disse a Lula que, cedo ou tarde, a trama será descoberta pela Polícia Federal. Afirmou que o PT cometerá um “grave erro” se tentar forjar uma nova “Operação Uruguai” para tentar encobrir a origem do dinheiro." (Josias de Souza).

Sai daí, Bastos! Deixa o PT se afundar sozinho.

Menos, apedeuta

Uma das vantagens se o Chuchu ganhar é que não teremos mais que ouvir certas merdas que o Lula fala. Provavelmente ouviremos outros tipos de besteira e o tucanês voltará a nos assombrar, mas nada como isto:

"Lula disse também que seus adversários vão aproveitar os debates para mostrar o preconceito em relação aos nordestinos. 'Eles acham que o nordestino só pode ser servente, mas acho que os nordestinos também podem ser engenheiros.'" (Folha, 07/10/06)

Para não acharem que sou mais um gaúcho bairrista, explico: meu pai, já falecido, era pernambucano. Nasceu em algum lugar no município de Limoeiro. O dia real de nascimento ninguém nunca soube, ficou o da certidão de nascimento mesmo. Aprendeu a ler com 20 anos e, por tropeços da vida, acabou indo para o Rio Grande do Sul, onde se formou em engenharia civil pela UFRGS.

Meu pai nunca votou e nunca votaria nessa bandidagem petista/sindical que está no poder. Nosso supremo apedeuta, que nem para estudar se esforçou, deveria tentar maneirar no populismo rasteiro. Mesmo porque são os serventes nordestinos que votam nele. Se a maioria dos nordestinos tivesse curso superior ou uma educação decente, Lula teria sofrido impeachment no ano passado.

Mas não dá para reclamar por Lula ter chegado ao poder. Pelo menos agora sabemos que ser alfabetizado é um critério essencial para governar o país.

Tava no elevador, não ouvi direito

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Marco Aurélio Garcia (esq.) e Berzoini nesta sexta, na sede nacional do PT, em São Paulo

Sem dúvida, o timing dos petistas para tentar angariar mais militantes sempre vai esbarrar na miopia e crença de que ninguém percebe o que que acontece no partido. O cartaz – na foto acima –, que convoca miseravelmente e com resultados pífios a adesão de novos militantes durante o afastamento de Ricardo Berzoini (PT-SP) da presidência do partido não pode nem chegar ao nível da galhardia. É miguelice pura. Deixa quieto, eles que se aniquilem. depois dizem que não sabiam de nada e que é tudo um complô de setores da mídia e da direita golpista. Berzoini foi convidado a prestar depoimento à PF, semana que vem. Mais biriri a caminho.

(rindo)

Fernando Henrique Cardoso (PSDB/ SP) continua a ser o melhor cabo eleitoral de Lula (PT/ SP). Toda vez que o ex-presidente reaparece, traz a reboque seu alto índice de rejeição e lembra a ojeriza das pessoas à candidatura de José Serra (PSDB/ SP) na eleição de 2002 e que quase reelegeu o petista no primeiro turno esse ano.

O tucano, que nunca enfrentou Lula em debates, não se furta em dar dicas para Geraldo Alckmin. Em matéria da BBC Brasil, o Príncipe ironizou os pontos fortes dos dois candidatos: “O Lula é um bom debatedor. É um homem que tem experiência, é rápido”, afirmou. Sobre Alckmin, disse que “o risco do Geraldo é não ser incisivo. (...) [Ele] fala de uma maneira distinta, as pessoas entendem o que ele diz”.

Melhor que isso, só a resposta do brasilianista Thomas Skidmore em entrevista à mesma BBC Brasil, na qual ele afirma que os brasileiros estão perdendo seus ideais:

BBC Brasil - Ainda dá para acreditar que o Brasil é o país do futuro?

Skidmore - (rindo) Esse é um fardo muito pesado para carregar. Mas não é só criando um monte de universidades que você vai tirar o Nordeste da situação em que a região se encontra hoje em dia. O Brasil precisa de um programa ofensivo. Precisa ir para o ataque. Mas no Brasil parece que as pessoas só gostam de ir para o ataque no futebol. Sou cético. Não creio que conseguirei ver meu sonho realizado. Estou desiludido. Os brasileiros gostam de pensar que são idealistas. Mas acho que estão perdendo seus ideais.

Assaram o catarina

O livro Viagens com o presidente traz uma passagem singular sobre as relações carnais de Lula com um dos seus meninos bandidos e aloprados que hoje pediu desfiliação do PT de Santa Catarina:

“O gosto do presidente por churrasco foi motivo de polêmica em uma viagem, no final de 2004, a Torres (RS) e Palhoça (SC). Naquele dia, num vôo de ida repleto de deputados e senadores gaúchos e catarinenses que acompanhariam a visita do presidente a dois trechos da BR-101, Lula resolve falar mal do churrasco do Rio Grande do Sul. Aliás, vai até o fundo da aeronave justamente para provocar essa discussão.

– Todo churrasco de gaúcho que eu comi estava muito ruim, dispara o presidente, para a alegria de metade da comitiva e desespero do restante dela. E Lula prossegue a espetada, ao notar a repercussão imediata de seu comentário.

– A carne dos churrascos dos gaúchos fica sempre muito seca. É uma coisa horrível. Por isso, sempre que eu tenho que organizar um churrasquinho lá na Granja do Torto, eu chamo um catarinense. Só o corte dele já é excepcional – diz o presidente, numa referência ao amigo Jorge Lorenzetti, que organizou sofisticados almoços de Lula a Fidel Castro e a Fernando Henrique.”

Seu voto vale ouro, otário

Frase da vereadora Manuela D’Avila (PCdoB) ao programa Gaúcha Atualidade, hoje de manhã: “Meu compromisso não é só com o meu eleitorado”. Espero que as 271.939 pessoas que a sagraram deputada federal mais votada no RS em 2006 estejam satisfeitas com esse exemplo de renovação na política brasileira.

Complô da mídia inglesa contra o PT

"When victory spells defeat - UNTIL the final days of the campaign, Luiz Inácio Lula da Silva appeared to be heading for certain re-election as Brazil's president in the first round of voting on October 1st. Then he made Brazilians angry." (The Economist).

Tudo tucano e neoliberal esse pessoal da The Economist.

Tentando abater um tucano

O Cardoso enviou uma mensagem para a lista interna do insanus.org, chamada "45 razões para nunca votar no chuchu". Certamente é uma resposta de petistas à corrente "100 motivos para não votar em Lula" que anda rodando pela rede.

Percebe-se, porém, duas ausências importantes na corrente: Gabriel Chalita e Saulo de Castro, dois fiéis escudeiros de Alckmin e possíveis ministros da Educação e Justiça. A mediocridade do primeiro e a incompetência do segundo deveriam ser os motivos 46 e 47 para evitar o voto no tucano. O próprio Alckmin andou dizendo que o eleitor deve olhar com quem o candidato anda.

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Demência petista infinita

Para as mentes binárias é difícil entender como alguém pode meter pau tanto no PT quanto no PSDB.

Não gosto do PSDB e acho absolutamente lastimável que Alckmin não tenha feito nada para chegar no segundo turno. Esperou sentado o PT se auto-aniquilar.

A última demência tucana foi o acordo de advogados do partido com advogados petistas para que a campanha no rádio e TV só comece dia 11 de outubro, quarta-feira da próxima semana. Jogaram fora uma semana e meia para meter pau na bandidagem sindical petista. Mais bunda-molismo do que isso é impossível.

Por outro lado, não tem como não ter vontade de aniquilar o PT do mapa depois de ler a seguinte frase na coluna da Rosane de Oliveira na Zero Hora:

"Os petistas devem explorar até o fato de Yeda ter nascido em São Paulo."

Só tendo o petismo muito incrustrado na mente para não ter visto a demência que foi a propaganda política do PT-RS. Um dos fatos mais alardeados era o Programa Primeiro Emprego ter sido criado durante o governo Olívio no RS e ter servido como exemplo para o governo federal. Como todo mundo sabe (ou deveria saber), praticamente NENHUM emprego foi criado com isso. Só o petismo gaúcho explica o fato de Olívio ter conseguido ir para o segundo turno com um programa que dedicava a metade do tempo a músicas (horríveis) de campanha.

O PT-RS não pode estar falando sério em usar o fato de Yeda ser paulista na campanha. É o ápice do mais lastimável bairrismo gaúcho. Essa laia de vagabundos petistas tem que ser banida do universo. Nem que para isso a gente tenha que agüentar o Chuchu e a Yoda pro resto dos dias.

Quem vai fazer o quê

Se Germano Rigotto (PMDB/ RS) resolver parar de choramingar, ainda pode sair do governo do RS na estileira e deixar Olívio Dutra (PT/ RS) e Yeda Crusius (PSDB/ RS) em uma bela saia curta. Basta fazer como Fernando Henrique Cardoso em 2002: chama quem quer assumir a bronca e mostra na frente de todos os repórteres a situação financeira do Estado.

Talvez assim eles respondam de forma clara e simples como tirar a economia gaúcha do buraco. Para ficar em um dado, o RS não pode mais contrair empréstimos junto ao Banco Mundial por causa de dívidas – as quais os três candidatos apresentaram números diferentes. Como os dois partidos também têm seus candidatos no segundo presidencial, vai ser interessante vê-los exigir um posicionamento de Lula e Alckmin em relação a isso.

Yeda acena com Parcerias Público-Privadas para resolver parte dos problemas, mas não diz de forma prática como nem com quem. Olívio leva uma certa vantagem se Lula sair na frente nas pesquisas. É tolice imaginar que, se os caciques do PMDB gaúcho dizem que apóiam a tucana, os votos de Rigotto migrarão diretamente para ela. A verba federal que as 139 prefeituras do partido têm recebido do governo Lula podem resultar em puro pragmatismo e seria burrice Olívio não tirar proveito disso na campanha. Mas quanto à miopia petista, não dá para duvidar de nada.

Germano Rigotto teve quatro anos para tentar resolver isso e fracassou miseravelmente. Que ao menos tente sair com altivez, ao invés de fazer como Antônio Britto e usar a porta dos fundos do Palácio Piratini.

Evita de barba

Para a Economist, Alckmin é um tasteless vegetable on a stick. Lula, a bearded Evita.

Dica de Tiago A.

Sandy gaúcha

Em uma rara demonstração de bom jornalismo, o Terra prestou um serviço de utilidade pública e fez um perfil da anti-Manuela. Trata-se da menina de cabelos verde-amarelos que usava o bordão "beleza por quê?", que por algum motivo é comparada à cantora brega mirim. A filhote de tucano Fernanda Machado, obviamente, nega que sua campanha tenha se baseado em uma polarização com a deputada federal mais votada do Estado, a comunista Manuela D'Ávila.

Eleições comprovam que gaúchos são vanguarda

Como diz o Walter, gaúcho é melhor em tudo. Por exemplo, há quatro anos, elegemos governador um ex-deputado federal medíocre, que começou a campanha completamente desacreditado. Esse candidato não tinha idéia alguma, mas vinha com um papo de seminarista sobre deixar para trás a tradicional polarização política do Rio Grande do Sul, que opunha petistas e a gangue do ex-governador Antonio Britto. Sua imagem era anódina — até por causa do botox —, seu discurso era anódino e não tinha idéias. Pois bem: surpreendeu na reta final e acabamos aturando quatro anos de choradeira do Germano Rigotto contra a seca, contra a Lei Kandir, contra tudo que "não o deixava governar".

Agora, o mesmo ocorre em âmbito nacional. Um candidato de imagem anódina, discurso anódino e sem idéias, totalmente desacreditado no início da campanha, a ponto de virar chacota, surpreende na reta final e leva a eleição ao segundo turno com seu ar de seminarista caipira. Vale lembrar que Rigotto também vinha com um discurso de gerente, o que em geral significa um uso de chavões acima da média e nenhuma idéia por trás, como sabe qualquer pessoa que já tenha estado em um curso de administração ou lido algo do Gabriel Chalita. Ou seja, a mediocridade é a tendência e os gaúchos largaram na frente.

O pior é que a tendência parece ter vindo para ficar. Depois de Rigotto, veio o Fogaça se candidatar a prefeito de Porto Alegre com o mesmo lero-lero: "manter o que está bom e mudar o que precisa ser mudado". Ganhou a eleição se fingindo de morto. Agora vem Yeda e seu "novo jeito de governar", numa campanha do mesmo estilo de Rigotto e Fogaça e Alckmin, sem nenhuma idéia, e surpreende na reta final. É uma novilíngua: embora esteja rodeada por acólitos de Antonio Britto e o PSDB tenha participado dos governos deste e do próprio Rigotto, promete algo novo. Vem com o mesmo rame-rame alckmista de que basta ajustar as contas do Estado para fazer um governo melhor — embora não tenha conseguido nem organizar as contas da própria campanha.

Candidatos com idéias fora do espectro econômico-financeiro — por mais idiotas que sejam —, como Turra e Collares no Rio Grande do Sul e Cristovam e Heloísa Helena no âmbito nacional, mantiveram os mesmos índices do início da campanha. Ou seja, só a mediocridade empolga o eleitor hoje em dia.

Mãos na merda

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Chama o Paulo Betti.

O que seu candidato diz agora: Yeda Crusius

Para chegar ao segundo turno, Yeda bateu forte no governo Rigotto e negou envolvimento dos tucanos nas decisões capitais sobre a condução do Estado, mesmo que o vice de Rigotto tenha sido Antônio Hohlfeldt, que saiu do PSDB no início de 2006 – três anos depois de assumir o Piratini. Fora isso, os tucanos também tiveram o vice-governador durante o governo de Antônio Britto (ex-PMDB). Partido que mais governou o Rio Grande do Sul desde a redemocratização – três mandatos –, o PMDB nunca conseguiu reeleger seus candidatos.

Vencedora do primeiro turno, Yeda diz que não negará a participação do PSDB no governo Rigotto e que o partido sempre foi parceiro do mesmo rumo que o PMDB queria para o Estado. “Agora, queremos ampliar o projeto”, declarou a tucana. Pena que as declarações dela contra esse mesmo projeto estejam gravadas e os petistas provavelmente usarão essas contradições para desconstruir o discurso de Yeda. O que não é lá muito difícil. Basta lembrar o desempenho desastroso da candidata no último debate, para ficar em um exemplo.

O que seu candidato diz agora: Olívio Dutra

O PT já está no lucro no Rio Grande do Sul. Olívio Dutra foi escolhido candidato por se descolar melhor da imagem desgastada do partido – tanto que a estrela vermelha só foi reassumida no logotipo ao final da campanha. O diabo vai ser Olívio tentar se defender da grana que o diretório estadual recebeu de Marcos Valério para a campanha de Raul Pont à prefeitura de Porto Alegre em 2004: R$ 1,2 milhão, com direito a Duda Mendonça para comandar a campanha do segundo turno.

O ex-governador também sabe que terá de responder pelas trapalhadas na área da Segurança e pela saída da Ford do Estado. São temas defasados, mas que não ficam atrás das acusações dos coordenadores de Yeda de que acusá-la por pretender privatizar o Banrisul é um “discurso pré-histórico”, nas palavras de Nelson Proença (PPS/ RS), um dos coordenadores da campanha tucana e membro da tropa de choque de Antônio Britto (ex-PMDB, agora no PPS) entre 1995 e 1998.

Segundo Vitor Labes, coordenador de comunicação da campanha de Olívio, “vamos fazer a campanha olhando a realidade. E é realidade que o núcleo estratégico de Britto é o mesmo de Yeda. É o velho jeito de governar”. Não deixa de estar certo e é salutar que esse debate aconteça.

Bom dia

A lógica petista merece uma tese:

"Jaques Wagner encontrou-se ontem com o presidente e expressou, em seguida, o que é o sentimento no Palácio do Planalto. Acha que houve uma "armação" envolvendo setores do PSDB para que os petistas caíssem no conto do vigário no caso do dossiê." (Folha, 04/10/06)

O Elio Gaspari leva a lógica petista ao extremo para provar a demência:

"se os tucanos foram favorecidos pelo episódio, há dedo deles na produção. Coisa assim: a invasão da Rússia por Hitler permitiu que Stálin consolidasse a sua tirania, donde, Hitler foi uma jogada de Stálin." (Folha, 04/10/06)

Invertebrados

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Enquanto os candidatos Yeda Crusius (PSDB/ RS) e Olívio Dutra (PT/ RS) trocavam gentilezas no estúdio do Jornal do Almoço, o derrotado Germano Rigotto (PMDB/ RS) passou o dia fazendo beicinho, em Caxias do Sul. Em resposta à jornalista Rosane de Oliveira – colunista da Página 10 –, escreveu carta manifestando sua "extrema indignação" pelo uso da expressão "medíocre" para definir seu governo.

O governador se considera injustiçado pela coluna. por não ter levado em conta as dificuldades conjunturais que enfrentou e as limitações que se tem para atacar o déficit estrutural - "para o qual até agora nenhum candidato apresentou uma proposta concreta de solução". A imprensa gaúcha foi branda durante todo o governo peemedebista. Testemunhar fotógrafos levantarem o governador nos ombros para tirar fotos durante um evento na Expointer 2004 foi a gota d’agua.

A única solução que Rigotto apresentou foi a tungada nos impostos, o que havia prometido não fazer na campanha de 2002. Se bem que também não cumpriu a promessa de construir um posto de Saúde a cada quilômetro – e os gaúchos politizados caíram nessa conversa mole. Germano Rigotto deveria arranjar sua própria coluna, ao invés de reclamar das que os outros têm.

Sanguessugas gaúchos não se elegem

Como era de se esperar, a maioria dos mensaleiros e sanguessugas fez a festa nestas eleições. Em São Paulo, por exemplo, João Paulo Cunha e Antônio Palocci não tiveram nenhuma dificuldade na corrida por uma vaga no Congresso Nacional. Pelo menos um consolo: os três deputados gaúchos acusados de envolvimento com a máfia das ambulâncias foram vetados pelos eleitores, ainda que nada tenha sido provado contra eles. Paulo Gouvêa (PL-RS), Edir de Oliveira (PTB-RS)e Érico Ribeiro (PP-RS) não chegaram lá, embora os dois últimos tenham ficado na suplência. Agora resta a eles responder às ações de improbidade administrativa movidas pelo Ministério Público Federal. A Nova Corja se orgulha de ter colaborado para a não reeleição dos distintos.

Por outro lado, vemos outra banda podre da política gaúcha conseguir se sustentar no poder. Vilson Covatti, ex-presidente da Assembléia Legislativa acusado de vender cirurgias do SUS (entre outros assistencialismos cujo dinheiro tem origem pública), conseguiu eleger sua mulher, Silvana Covatti, deputada estadual (PP). A Nova Corja espera colaborar, nos próximos quatro anos, para que esta seja a última participação dos Covatti na vida política estadual.

Pro pau

16h49: Lula e Alckmin concedem entrevista coletiva simultaneamente. O presidente destacou a atitude "sóbria" de Heloísa Helena (PSOL/ AL) liberar os votos de seus eleitores. O tucano insiste que no segundo turno o jogo zera e deu a linha-mestra de seu discurso "ético": "Diga-me com quem anda e eu te direi quem és".

16h53: Acho que agora temos a nossa chance de fazer um governo honesto, diz Alckmin. Injustiça com o FHC.

16h55: "Temos uma política especial voltada para o Nordeste", anuncia Lula. O presidente devia se preocupar em angariar mais votos no Sul do país, onde tomou um laço.

16h57: Lula pergunta qual o problema que seu governo teve com o Congresso. "Aquilo não é um convento. É um palco. Vocês não vão me ver evitar uma CPI", afirma. "Quem não deve, não teme".

17h02: Questionado se culpa o PT no caso do dossiê, Lula responde que o partido é muito grande e não dá pra controlar: "Pra mim, é inexplicável".

17h04: Quanto às pessoas [acusadas]: não sou eu que vou questionar o voto de ninguém. Vejam o Collor. Ele voltou. Estava afastado há 14 anos. Com a experiência que tem poderá, se quiser, fazer um trabalho excepcional.

Complô da mídia francesa contra o PT

"Geraldo Alckmin fait trébucher Lula - Dans les derniers jours de campagne, marqués par un nouveau scandale politique éclaboussant le Parti des travailleurs de Lula (PT), Alckmin a connu une phase ascendante dans les sondages."

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Acabou a festa do Guri Chorão

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Cavalo encilhado não passa duas vezes. O governador Germano Rigotto (PMDB/ RS) foi banido do Piratini pelos gaúchos e agora analistas políticos explicam com a maior naturalidade a sua queda. Me sinto à vontade para escrever que, se ao menos a ausência no segundo turno foi uma surpresa, criticamos a inanição e falta de seriedade não só do governo de Rigotto, mas do PMDB gaúcho. Basta ler os arquivos do blog. Entre os principais motivos listados depois dos resultados, dois se destacam:

O desempenho medíocre do governo, casado com o discurso de que fez tudo o que era possível.

No último comício da campanha, Olívio Dutra (PT/ RS) verbalizou bem o que era uma impressão geral nas ruas: "O governador é um Guri Chorão. Reclama até de São Pedro".

A suspensão dos créditos de ICMS dos exportadores, motivo apontado pelos adversários como responsável pela crise do setor coureiro-calçadista.

O post A fumaça dissipou, de 15 de maio, antecipou o fracasso de Rigotto no Vale dos Sinos, região responsável pela derrota do peemedebista:

De um alto representante da indústria calçadista do Vale dos Sinos que esbravejou ontem à tarde: "Vamos falar a verdade: o governo do Rigotto é uma legítima merda. É o pior governo que a gente já teve nesse Estado. Não fez nada. Alguém aqui viu o que ele fez? Acabou com a economia do Estado e passeia por aí como se estivesse tudo bem. Todas as pequenas e médias indústrias estão operando no vermelho ou quebradas. Como é que os jornais não mostram isso? Como é que ninguém fala sobre o governo desse cara ou sobre o PMDB daqui? Alguém pode me explicar? E ainda quer se reeleger, aquele filho da puta. Mas pra fazer o quê? Algum de vocês aqui [em uma mesa de vinte pessoas] pretende votar nele esse ano?".

Pense em qualquer absurdo...

...mas qualquer um, mesmo: já aconteceu na Bahia. Os últimos quatro governadores baianos eram do PFL de Antonio Carlos Magalhães, coronel que só não é envolvido em centenas de escândalos porque dá um jeito de silenciar os oponentes. O próprio PFL como um todo é um partido nada recomendável. Pois bem. Foi só o PT ultrapassar o PFL em termos de presença na mídia por causa de corrupção e os baianos elegeram um petista.

Enquanto isso, no Brasil

O segundo turno presidencial está garantido. Na esteira das últimas denúncias contra o PT, é salutar que um debate aconteça. A nota negatva é a não contabillização dos votos do PCO. Mesmo com o autismo das propostas do partido, a tal imguinação, pode decidir a realização do segundo turno. Melhor manter o processo sob vigilância. Por incrível que pareça, o PCO garantiu os tucanos no segundo turno.

Ponto zero da Onda Demente

17h48: Em um misto de Boca de Urna e 2% dos votos apurados, Yeda Crusius (PSDB/ RS) lidera a eleição para o governo do RS com 36%. A disputa para o segundo lugar, no momento, é entre o governador Germano Rigotto (PMDB/ RS), que tem 29% e Olívio Dutra (PT/ RS), com 24%.

18h28: A grande surpresa até agora não é nem a boa colocação de Yeda, mas sim a derrocada dos votos de Rigotto – com 15% dos números apurados. O PMDB, na sua tradicional cortina de fumaça, não esperava que os gaúchos questionassem o governo do caxiense. Pedro Simon – cuja reeleição é dada como certa – chegou extremamente tenso ao comitê central. Não só por perder votos para Miguel Rossetto (PT/ RS), mas porque Rigotto pode ficar fora do segundo turno.

18h30: Com 33% dos votos apurados, Olívio Dutra se aproxima de Germano Rigotto. A diferença é de 1% – ou 17 mil votos.

18h58: A diferença entre Rigotto e Olívio cai para 5 mil votos com 58% dos votos apurados. No comitê de Yeda, os mlitantes tucanos começam a gritar "Olívio Olívio Olívio".

19h03: Se alguém aqui despreza a truculência do PT paulista, melhor aproveitar e assistir ao vivo a tucana Zulaiê Cobra (PSDB/ SP) na Band. A mulher não deixa ninguém terminar uma frase.

19h07: Com 65% dos votos apurados, Olívio Dutra acaba de ultrapassar o governador Germano Rigotto, deixando-o fora do segundo turno no RS.

19h15: Mesmo com apenas 65 votos atrás do segundo colocado, militantes começam a deixar o comitê central de Germano Rigotto, em Porto Alegre.

19h27: Para manter o nível da demência, o colunista de Zero Hora Paulo Sant'ana aparece e diz que previu há alguns dias a ausência de Rigotto do segundo no RS. Para completar, o folclorista alerta que Jaques Wagner (PT/ BA) lidera a apuração na terra de ACM e vai mandar a Ford embora de lá.

20h09h: Com 93% dos votos apurados no RS, Olívio Dutra tem 3.105 votos a mais que Germano Rigotto.

20h19: 94% dos votos apurados. Olívio tem vantagem de mais de 5 mil votos sobre Rigotto.

20h22: A editora de política de ZH, Rosane de Oliveira, não deixa de alfinetar os institutos de pesquisa em relação ao resultado final no RS. Embora a ascensão de Yeda tenha sido detectada, todas mostravam o governador Germano Rigotto estacionado em 30% – cujo percentual todos davam como garantido para chegar ao segundo turno. A pequena diferença entre os candidatos ao senado Pedro Simon (PMDB/ RS) e Miguel Rossetto (PT/ RS) – 5%, ao invés dos 15% das pesquisas – também mostra que o PMDB é outro partido que enganou os gaúchos enquanto conseguiu.

20h30: Simon está matematicamente eleito. Vou ver Os Simpsons.

21h17: Yeda Crusius venceu o primeiro turno para o governo do estado do RS. Entretanto, os dados do TRE/ RS dizem que o ela teve a terceira votação em Porto Alegre. Oívio Dutra venceu a preferência na capital gaúcha, batendo o perdedor Germano Rigotto (PMDB/ RS) – que derrotou o PT em quase todas as cidades do Estado em 2002.

22h16: Em São Paulo, Aloisio Mercadante (PT/ SP) acaba de admitir a derrota para José Serra (PSDB/ SP). Difícil definir quem perde mais com isso.

22h21: Está definido. Olívio Dutra (PT/ RS) será o adversário de Yeda Crusius (PSDB/ RS) no segundo turno da eleição gaúcha. É um cenário que ninguém previa – e me dá um alento em relação ao povo que habita essa terra. A farsa do governo Rigotto cai por terra e só resta ouvir o que o Derrotado tem a dizer.

22h43: É a primeira vez em quatro anos que vejo Germano Rigotto com olheiras. Deve dar um baita trabalho perder para o PT, mesmo. Visivelmente transtornado, ele agradece a todos os envolvidos no fracasso – incluindo os jornalistas que o carregavam nos ombros, anos atrás – e aos anônimos que votaram no 15. Cada governo tem sua colheita. E pensar que queria ser presidente da República: "O que cabe é respeitar o resultado". Nisso, Rigotto tem experiência. Os gaúchos agradecem.

Carreira em campo aberto rumo à Assembléia

Com mais de 60% das urnas apuradas, o candidato a deputado estadual Roque Rauber, proprietário do famoso Sofazão, ainda não fez nenhum voto. Já o mais votado para o cargo é o homem do tempo da RBS, Paulo Borges, que pode ser visto nessas fotos, com o pessoal da Federação Gaúcha de Frescobol. Mano Changes está indo bem e provavelmente se elege.

Braziu

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Alertado pelo Gabriel Britto, resolvi testar a urna virtual da Justissa Eleitorau. O objetivo dela é ensinar aos brasileiros como usar o aparelho. De quebra, ensina como não se pode mesmo levar o país a sério. Dêem uma olhada aí em cima no que aparece quando se aperta o botão "corrigir".

B R A S I L

Edson Barbosa Alves de Matos matou cinco mulheres e as estuprou. 'Todas brancas e cheirosas', disse. Duas das vítimas foram identificadas. Ele contou que gosta de violentar crianças. Matos é aquilo que a polícia chama de criminoso em série, um serial killer. Mesmo assim, os investigadores tiveram de soltá-lo. Culpa da lei eleitoral.

Boa sorte e boa votação consciente a todos amanhã!

Dessa vez, a culpa é do delegado

Há uns dez dias, eu comentava com o Walter sobre as ações a conta-gotas da Polícia Federal e em como isso afetaria a última semana da campanha. A linha de raciocínio era simples: na bica do fechamento dos principais semanários e jornais dominicais do país, a PF seguraria as informações até segunda ou terça-feira para caducar as revistas. Para completar, não daria tempo aos adversários do presidente Lula para que expusessem no horário eleitoral ou no debate capas e dados sobre a investigação. A estratégia petista funcionou bem demais. Até ontem.

Depois de todas que o PT aprontou até agora, não tem como passar desapercebido que as fotos "vazaram" um dia depois do final dos programas eleitorais na TV e do debate da Globo. Sem contar que sexta é dia de fechamento nas revistas semanais. Tudo muito conveniente.

O ministro Tarso Genro (PT/ RS) alertou para o "desespero" da oposição. Ricardo Berzoini (PT/ SP) tentou impedir que as fotos fossem publicadas e seu partido pediu a impugnação da candidatura de Geraldo Alckmin (PSDB/ SP) porque ele teria comprado as fotos. Deve ser alguma distorção minha, mas ainda lembro que o PT deveria ser o último partido a entrar com qualquer tipo de processo por compra de informações contra inimigos.

Para completar, hoje o pelo delegado Edmilson Bruno admitiu ser o responsável pelo vazamento das fotos. Os interesses que norteiam as ações da PF nos últimos 15 dias podem ficar mais claros nesta segunda-feira, quando o delegado concederá um entrevista coletiva.

O que é bom a gente fatura, o que é ruim a gente esconde

"PT entra com representação no TSE contra divulgação de fotos - Durante a visita de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à fábrica da Ford, em São Bernardo do Campo, o coordenador de campanha à reeleição do presidente, Marco Aurélio Garcia, disse que já entrou com uma representação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e no Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TER-SP) para impedir a divulgação das fotos do dinheiro apreendido que seria usado para a compra de um dossiê contra políticos do PSDB." (do RSS do G1, link falido)

Update: O link falando que o PT entrou com a representação. E outro dizendo que "Coligação de Lula pedirá impugnação de Alckmin"

Demência sem limites.

Update 2: "O Tribunal Superior Eleitoral negou o pedido do Partido dos Trabalhadores para que o Grupo Estado suspenda a divulgação de imagens dos R$ 1,75 milhão apreendidos pela Polícia Federal com petistas para a compra do dossiê Vedoin."

Não acredite. Nunca.

Tive o desprazer de morar 6,5 anos de minha vida em Campinas, interior de São Paulo. Em todo esse tempo, sempre ouvi falar de Aloizio Mercadante como um bom nome dentro do PT. Economista, professor licenciado da PUC e da Unicamp, um bigode de respeito.

Mas não. Nunca acredite em nenhum petista. Jamais. Em hipótese alguma.

Ontem, Mercadante insistiu que não tem nada a ver com Hamilton Lacerda, o ex-assessor de comunicação da sua campanha que entregou a mala de dinheiro aos petistas Gedimar Passos e Valdebran Padilha. Segundo o jornal Folha de S. Paulo, "Mercadante minimizou o papel de Lacerda na campanha, dizendo que sua única atribuição era acompanhar os programas de TV e rádio." Quase um desconhecido esse tal de Lacerda.

Eis que, hoje, temos a surpresa:

"Hamilton Lacerda, acusado de envolvimento com a compra de um dossiê que supostamente envolvia candidatos tucanos com a Máfia das Sanguessugas, acumulava os cargos de coordenador de comunicação da campanha de Aloizio Mercadante (PT) ao governo de São Paulo e de assessor parlamentar do candidato, também senador."

Mas, como todo petista, Mercadante é um homem de bem. Não conhece Hamilton, seu assessor parlamentar. Também não tem idéia de onde veio essa coisa abaixo:

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Tudo golpismo da imprensa.

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O bom gestor

É isso que dá se fazer de morto enquanto o pau come em São Paulo: agora Cláudio Lembo, sem nada a perder em termos de carreira pública, não larga do pé de Alckmin. Às vésperas da eleição, decidiu fulminar a fama de gerente do tucano para a colunista Monica Bergamo:

O "choque de gestão" de Geraldo Alckmin em São Paulo deixou, só até setembro, um rombo de R$ 1,2 bilhão nas contas do Estado. O governador de São Paulo, Cláudio Lembo, confirma a informação. Há três meses, ele enviou ofício a todos os secretários proibindo novos investimentos e determinando "redobrada atenção do governo" e "rigorosa austeridade nos gastos públicos". Houve também "diminuição no ritmo de velocidade das obras", diz Fernando Braga, ex-assessor especial de Alckmin e hoje secretário de Planejamento.

A coluna segue até dar mais um exemplo do wit sobrancelhístico:

Lembo brinca: diz que não corre o risco de ser preso, como prevê a Lei de Responsabilidade Fiscal. "Vamos zerar as contas. Além disso, tenho mais de 70 anos, a pena é menor."

Se não fosse tão velho, era capaz de dar um bom candidato à presidência em 2010.

Bom dia

"O núcleo de petistas e ex-sindicalistas envolvidos na compra do dossiê Vedoin contra os tucanos Geraldo Alckmin e José Serra tinha como próximo alvo o governador mineiro Aécio Neves, do PSDB, que concorre à reeleição. Fontes da área de inteligência da Polícia Federal dizem que a tropa de choque do PT estava tentando contatos com o lobista Nilton Monteiro, o mesmo que divulgou a lista de Furnas, no início deste ano, para obter um dossiê "embaraçoso" contra Aécio." (G1)

Live blogging: Debate global sem Lula

Em tempo surreal

22h07: o núcleo de Demência da campanha de Lula alertou o presidente a virar um alvo móvel. Enquanto se defende das questões dos repórteres e do povo em São Bernardo do Campo (SP) sobre sua ausência ao debate da Globo, o petista vai levar chumbo de Geraldo Alckmin, (PSDB-SP), Heloísa Helena (PSOL-AL) e Cristóvam Buarque (PDT-DF). Coisa de gênio. No dia em que o presidente da FIFA visitou o país, Lula mostra o cerne do caráter brasileiro: ganhar por W.O.

22h17: os candidatos estão posicionados. A Globo mostra pela primeira vez a cadeira vazia do presidente. A repórter avisa que cada candidato poderá fazer uma pergunta a Lula. Vamos ver o que a cadeira responderá.

22h31: em frase pinçada no Jornal Nacional. Lula confundiu mais uma vez gente normal com petistas e alerta: "Não se esqueçam de votar". Essa novela não acaba.

22h32: acabou.

22h35: William Bonner surge e fala que as regras evitariam grosserias. Dá a explicação esfarrapada de Lula e faz questão de deixar claro que a cadeira do petista permanecerá no cenário. Até o matemático Oswald de Souza participou da criação das regras do debate.

22h38: a cadeira vazia de Lula já apareceu três vezes.

22h39: Cristóvam Buarque começa falando para Lula que "o senhor é candidato sob fortes suspeitas de recursos ilícitos. O senhor reunciará ao cargo, caso se provem todas as acusações que pesam contra?. Nesse caso, presidente, estamos votando no senhor ou no vice-presidente?". A cadeira silencia.

22h47: Alckmin atesta que a corrupção é uma praga. Sérgio Motta que o diga.

22h49: Alckmin vem o seu tucanês típico sobre o crescimento econômico para cima de Heloísa Helena.

22h51: a ex-petista aproveita e chama de covardia política a atitutde de Lula. Diz que não traiu sua origem. Quanto aos problemas econômicos, ela deixa claro que eles começaram no governo FHC. Só faltou dizer porque nunca denunciou as pilantragens petistas enquanto estava no partido.

22h55: chatice. Que falta faz o Brizola.

22h56: no tema Transportes, Cristóvam diz que é preciso ter saídas para o Oceano Pacífico. Quanto mais rotas de fuga, melhor.

22h59: HH retorna a 1989 e diz que todos são meninos de recados. Parece que o Roberto Robaina está no estúdio auxiliando a senadora. Nota-se.

23h01: intervalo. Se está desesperado por ser obrigado a votar nesses coitados, atente:

Atestados médicos para não votar

1) Estava a caminho da zona eleitoral quando percebi em quem ia votar. Tive um ataque de pânico e voltei correndo para casa.

23h05: putz, que estileira o relógio do Bonner. Saca só.

23h06: Alckmin cita todos os escândalos do governo Lula e esgota seu tempo para a pergunta sobre Corrupção. Isso deve significar alguma coisa.

23h07: se alguém acredita que Cristóvam vai tornar a corrupção um crime hediondo no Brasil, melhor pegar aquela estrada em direção ao Chile.

23h08: Alckmin joga rasteiro e cita o pai morto. Se mostra espantado com a ausência de interesse dos jovens na eleição. Fala do caseiro Francenildo. Eu também queria notícias do Eduardo Jorge. Pede a apuração da grana do Dossiê Tabajara, como se os tucanos não tivessem o que responder.

23h12: Cristóvam faz um biriri dizendo que ele e HH saíram do PT e conclama a esperança dos jovens. Ricardo Noblat agradece.

23h14: Como boa esquerdista, Heloísa Helena acredita que Lula deveria ir ao debate para responder somente a ela – e só ela – para responder aos constrangimentos éticos do PT.

23h16: "Não percam o sonho de uma revolução no Brasil", conclama Cristóvam.

23h17: esse dedo em riste da Heloísa Helena funcionava bem até 1989.

23h19: HH destina uma pergunta ao candidato ausente Lula: "o presidente precisa ser desmascardo de seu argumento". A cadeira de Lula não tem tempo para responder.

23h20: baixou a Yeda no William Bonner: "Eu preciso de silêncio. Eu não posso ouvir a reação do público".

23h21: "Eu não sei o que a senadora HH fez pela segurança pública. Mas eu sei", replica Alckmin. Ele, São Paulo e o PCC sabem muito bem.

23h25: intervalo. A Daniela Cicarelli ainda está vestida no VMB da MTV. Felipe Dylon, o Pegador de Ipanema, surge no palco.

23h29: sobre Energia, HH não deixa escapar o Apagão de FHC e pergunta a Alckmin qual é a bronca. "A senadora sempre vem com essa história. Nós estamos discutindo o futuro", responde o tucano. Vale lembrar que o vice de Alckmin foi ministro da área durante a gestão de Fernando Henrique. Ele diz que vai gerar 16 mil megawatts em quatro anos, como se o Zé da Biboca que usa bateria de carro para assistir ao debate na TV tivesse estudado na FGV.

23h37: no assunto Corrupção, Alckmin pergunta à cadeira de Lula por que ele não veio ao debate. Questiona se é por causa da Saúde, da Educação e...acabou seu tempo.

23h38: Alckmin fala em "política para gostar de gente". Como segue no tucanês e não consegue elaborar uma pergunta em menos de um minuto, é cortado por Bonner. Ficamos à mercê da Educação de Cristóvam Buarque. Valeu.

23h40: a câmera flagra uma tomada "Te Esgano" de Alckmin olhando para Cristóvam.

23h41: o pedetista responde que "estamos de um lado mas estamos opostos também. Senão, estaríamos no mesmo partido". Preciso de mais Educação.

23h44: "Na verdade, eu queria saber o remédio para a gripe que eu tô", assoa Cristóvam.

23h47: é curioso como todos os candidatos usam o Manual de Gesticulação para Explicar a Homer Simpson do Jornal Nacional para olhar à câmera e tentar levar alguma vantagem. Saudades do Roberto Jefferson.

23h50: intervalo. Tem claques no estúdio, mas a Globo corta o som rapidinho.

Atestados médicos para não votar

2) "Não consigo sair da cama. Estou deprimido desde que assisti ao debate e percebi que estamos todos ferrados. Ferrados!".

23h55: é mesmo uma pena que Lula não tenha ido ao debate. A virose que Cristóvam passará a Alckmin e HH com sua tosse poderia nos salvar.

23:56: HH insiste em meter a família no meio. Misturar a mãe com política deve ser pecado. Não tem um mandamento que manda "honrar pai e mãe"?

00:01: deu certo. Heloísa Helena começa a pigarrear.

00:03: "Saúde começa pela Educação". Adivinhe.

00:07: Cristóvam faz todo um jogo semântico para emaranhar Alckmin na questão do Bolsa Família. Ninguém quer comprar a idéia do Bolsa Tarja Preta. Tsc.

00:10: Alckmin: "O atual governo perdeu a lógica da contrapartida". Falta Educação.

00:13: Bonner chama o intervalo e um ângulo contra-plongé mostra pela sétima vez a cadeira vazia do presidente.

00:16: mensagens finais.

00:17: Cristóvam é EMO. Desconfiava.

00:19: HH agradece a todos. Assim como o pedetista, pede votos aos deputados para ultrapassar a cláusula de barreira. Ela está quase chorando. Não votarei.

00:22: baixa Daniel Galera em William Bonner: "Menos entusiasmo. Menos".

00:24: Alckmin dá um discurso que deve estar publicado no site da Tradição, Família e Propriedade. Tomara que role um segundo turno para que Lula possa massacrá-lo com o biriri habitual.

A seguir: Live blogging

Lula acaba de ligar para a Globo e disse que não irá ao debate. Para variar, assessores ligados ao Planalto culparam a oposição pela mudança de planos. Lula estava decidido a botar a cara na tela, mas ficou emburrado porque Tasso Jereissati (PSDB/ CE) se reuniu com o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles para saber das informações sobre a origem do dinheiro que compraria o dossiê contra tucanos. Agora só falta culpar a mídia por ter colocado um alvo na cadeira que ficará vazia.

PT-RS em chamas

Um tal de Instituto Methodus divulgou hoje uma pesquisa no mínimo curiosa sobre as eleições no Rio Grande do Sul. Além da já esperada vitória de Alckmin no estado (39,1% contra 28,4% de Lula, na espontânea), a pesquisa traz dados que acabam com o PT-RS.

Na pesquisa espontânea, Rigotto (PMDB) está na frente e Olívio (PT) é ultrapassado até pelo "Não sabe/Não opinou". Que maldade, coitado.

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Na pesquisa estimulada (a chicote, provavelmente), Yeda Crusius (PSDB) venceria Rigotto:

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A pesquisa foi divulgada na Revista Voto. Diz o pessoal das internas que o Instituto Methodus não é lá muito confiável. De qualquer forma, como o Mondo Estudo domina a falta de sentido universal, vale a pena registrar. Tumulto é o que interessa.

A Nova Corja entrevista Mano Changes

O candidato a deputado estadual e vocalista da banda Comunidade Nin-Jitsu Mano Changes (PP/ RS) encerra a delonga de quase um mês em cima da risca da lei eleitoral, na semana em que as pessoas realmente decidem os votos legislativos:

"Caro Rodrigo,

Peço desculpas pelo atraso no envio das respostas. Disse ao Maurício que eu mesmo me encarregaria delas.

Estive realmente ocupado. Até três semanas atrás, por exemplo, estava conciliando show da Comunidade e campanha. Essa semana, então, está uma loucura.

Mas seguem as respostas. Espero que tenham ficado claras e ainda lhes sejam úteis. Sinceramente, teria sido proveitosa uma conversa com vocês da Nova Corja. Quem sabe, em uma próxima ocasião?

Parabéns pelo trabalho.
Diogo Bier"

A Nova Corja: Como surgiu a idéia de entrar para a política?

Mano Changes: Meu interesse surgiu depois de toda essa lama em Brasília. Puro sentimento de frustração. De quem quer fazer alguma coisa para a mudança. Quero um melhor futuro para o jovem, para a música, para a arte, para o país. Há um ano comecei a elaborar um plano de candidatura. Passei a pensar em propostas. Aí me candidatei.

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Sem direito de resposta para o PT

O jornal Folha de São Paulo alegou cerceamento de defesa ao entrar com recurso no TSE pedindo a anulação do julgamento que concedeu direito de resposta ao presidente Lula por causa de texto do jornalista Clóvis Rossi. Sua coluna foi publicada normalmente na edição de hoje. Ontem, Rossi concedeu algumas palavras ao blog sobre o processo:

A Nova Corja: Se até o procurador geral da República disse que os petistas incluídos no mensalão fazem parte de uma quadrilha, qual a razão de processar o senhor?

Clóvis Rossi: Acho que só quem pediu direito de resposta poderia responder com precisão. Eu só posso especular: acho que ouvir verdades incomoda o governo e o PT.

A Nova Corja: O senhor pretende escrever um texto de resposta caso a decisão seja mantida ou é melhor deixar quieto?

Clóvis Rossi: Decisão da Justiça se cumpre e ponto. No resto, nem pensei ainda.

A Nova Corja: Outros jornalistas da Folha receberam ameaças de processos nessa eleição? Se sim, quais e por quê?

Clóvis Rossi: Não sei.

Oficialmente, o prazo de 48 horas para a publicação da resposta se esgota hoje. No site do tribunal, o documento está registrado em Segredo de Justiça. Na defesa, os advogados do jornal afirmam que "a intenção da coligação e do PT é clara no sentido de intimidar a imprensa ou a Folha por meio de processo judicial eleitoral".

Update: o Terra publica que o TSE começou a julgar ontem um segundo pedido de resposta do PT, contra a coluna de Rossi intitulada "Pior que república bananeira", publicada na edição do último dia 21. Em suas edições digitais, nenhum veículo da Grande Mídia – O Globo, Estadão e Veja – noticiou o processo. Abaixo, o texto na íntegra.

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Muita calma nessa hora

A pressão da demência eleitoral finalmente chegou aos porto-alegrenses. Eu esperava o ônibus no corredor da Osvaldo Aranha e notei um cara andando no canteiro entre as duas pistas da avenida. Ele chutou, rasgou e quebrou todos os cavaletes à sua frente em uma distância de 300 metros. Todos de candidatos petistas. O bairro Bom Fim é o ex-reduto da classe média porto-alegrense que votava neles.

Em eleições passadas, era praticamente impossível caminhar pelo bairro e não ser acossado com adesivos e panfletos do partido. Desaparecidos sem licença oficial desde o estouro do mensalão, reaparecem timidamente nas últimas semanas. Na parada do ônibus, as pessoas acenavam positivamente com a atitude do transtornado. Ia falar com ele, mas a minha impressão era a de que poderia levar uma bica na canela.

Live blogging: Eleições Gaúchas

22h36: Yeda Crusius (PSDB-RS) fala no seu biriri tucanês que no seu site tem 40 projetos para o governo do Estado. Não adianta, se carisma fosse dinheiro daria para entender melhor porque os marqueteiros fugiram da campanha dela.

22h50: Francisco Turra (PP-RS) diz que vai fortalecer a Corsan, esperando a réplica de uma candidata cujo vice defende a privatização do Banrisul. Yeda responde que vai buscar recursos no Banco Mundial. Ou seja, podem esperar sentados o leilão da estatal. Na tréplica, Yeda diz que se orgulha de ter feito parte do governo Rigotto. Pensei que o PSDB não tivesse nada a ver com o fracasso dos últimos governos estaduais que apoiou e teve o vice-governador sob a orientação de Rigotto. Crap or get off the pot.

22h54: Collares também não compreende regras simples. Lasier ofereceu Robaina, Beto Grill e Pedro Couto. Collares foi de Robaina, mas quando o apresentador falou "30 segundos", o reloginho começou a contar e o candidato do PDT ficou parado. Quando se deu conta, pediu para repetir o tema (finanças do Estado). Obviamente não estava prestando a atenção. Devia estar pensando em como pretende reimplantar o calendário rotativo.

22h57: "Nós estamos enganando o povo". Alceu Collares (PDT-RS) nunca me decepciona.

22h59: Roberto Robaina (PSOL-RS) pergunta a Turra se o desastre da segurança pública que era da pasta do pepista no governo Rigotto vai seguir no governo dele. Como não tem nenhuma criança para cantar o jingle dele, Turra se sai com o habitual "a culpa da insegurança está em todo o país. Na capa do Diário Gaúcho de hoje apareceu um brigadiano chorando porque um colega morreu durante ação. Imagina se o Bisol ainda fosse o secretário de Segurança. Mas como José Otávio Germano recolocou os coturnos nos BMs, não tem problema chorar feito uma mulherzinha. A culpa é da conjuntura nacional.

23h07: Só agora eu vi que Edison Pereira (PV-RS) tem colado na lapela do terno um adesivo com 5% escrito. Estou cego.

23h14: Rigotto manda Yeda se orientar e decidir que governo atacar. Ela insiste em dizer o endereço do seu site. Talvez eu coloque o link mais tarde para dar uma aumentada nos acessos dela. O governador também aproveita para dizer que a vice da sua chapa – a petebista Sônia Santos – pensa da mesma forma que ele. Imagino que Roberto Jefferson e o sanguessuga Edir Oliveira venham no pacote do partido dela.

23h17: "Sua falta de preparo vai perturbar o governo, Yeda". Collares, de novo. Collares fala dos cheques sem fundo que Chico Santa Rita recebeu de Yeda. Morri. "Olha o que vem aí pela frente", alerta o ex-prefeito da Escolinha do Gasômetro.

23h21: Deusdocéu. Turra insiste no maldito episódio da Ford que foi para a Bahia. Por que não chama a Tropa de Choque do Antônio Britto para babar de raiva?

23h26: Beto Grill (PSB-RS) diz que é da Metade Sul do Estado e connhece as dificuldades da região. Eu também ficaria desesperado. A praga dos agroboys só perde para a destruição dos javalis selvagens nas lavouras de Santa Catarina.

23h31: "Vendo essas aposentadorias dos ex-governadores, vejo que minha mãe é a culpada pela situação financeira do Estado", chora Pereira.

23h32: É irritante ouvir Roberto Robaina usar uma retórica rasa para fazer grau com os servidores públicos, os mesmos que fazem greve e subsidiam partidos como o PT..ops, agora ele é do PSOL. Grande diferença. Chego a sentir falta do Guilherme Giordano (PCO-RS) para dizer que o novo partido "nascido da traição nacional que o PT cometeu" também é capacho da patronagem.

23h39: Rigotto diz que a CEEE se tornou superavitária no seu governo. Só não conta que a Assembléia aprovou a cisão da empresa. Sem dúvida, um sinal de fortalecimento. O governador também não pára de falar sobre a Stora Enso, que ele trouxe ao Estado. Queria que ele explicasse sobre o misterioso Tour da Celulose que deputados governistas fizeram meses atrás sem declarar as diárias no site de Transparência da AL-RS.

23h45: Não dá para distinguir se Yeda Crusius é apática mesmo ou se andou bebendo do mesmo suco de limão que Sílvio Pereira e Delúbio Soares sorveram nas CPIs.

23h48: Nota-se que Olívio tem pregada uma estrela do PT na lapela. Bem, alguém no partido precisava assumir essa bronca e admitir publicamente a filiação partidária.

23h52: Está tudo tão transtornado que o Collares está discutindo até com o Lasier Martins.

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A expressão clara do lulismo

O comício do PT ontem à noite no Largo Glênio Peres, apesar de tudo, passou a impressão de que a militância petista ganhou fôlego em relação à última campanha eleitoral, a municipal de 2004, ainda que isso possa parecer absurdo. Lembro de, em 2004, ver um melancólico cenário no mesmo local, com Raul Pont e Maria do Rosário discursando para meia dúzia de bandeiras, no comício petista mais vazio dos últimos anos. Estava ali retratada a desilusão petista, tínhamos apenas dois anos de um governo que já mostrava que não daria a guinada à esquerda que a militância esperava. O mensalão ainda não tinha chegado, mas a impressão que dava era de que o petismo estava morto.

Pois para meu espanto, ao chegar ontem à noite no centro da cidade, vi um largo completamente lotado – alguns dizem que foi o maior comício da campanha de Lula até agora.

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Pela criação do programa Demência Zero

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Se Lula anunciar um programa Demência Zero para embutir no Bolsa Família, a reeleição está no papo: "Compareça a um posto do INSS e retire sua dose mensal de Prozac para agüentar mais quatro anos de metáforas futebolísticas e coisas que nenhum petista vê. Cada família também receberá uma cartela de Ritalina por filho para melhorar a presença na escola. Elas correrão todas as manhãs para a escola e nunca sentirão fome na hora de comer a merenda que foi superfaturada e nunca chegou à cidade".

Aberta a temporada de caça

"A partir de amanhã (26) até 48 horas após as eleições nenhum eleitor poderá ser preso ou detido no País, "salvo em flagrante delito, ou em virtude de sentença criminal condenatória por crime inafiançável, ou, ainda, por desrespeito a salvo-conduto", de acordo com o Código Eleitoral. Segundo a Agência Câmara, esta lei obedece ao Princípio das Garantias Eleitorais, baseado na tese de que ninguém poderá impedir ou atrapalhar o direito do cidadão de votar." (G1)

Santo do pau oco

Em entrevista ao site Carta Maior, o secretário-geral do PT, o gaúcho Raul Pont, declara que "mais uma vez, a mídia utilizou todo o seu poder para atingir o partido. É só avaliar o tratamento que foi dado aqui no Rio Grande do Sul, na Zero Hora, em outros jornais, na televisão, no rádio. O partido foi o principal atingido e não dois ou três dirigentes que devem ser avaliados, criticados e penalizados por seu comportamento. Essas coisas são corrosivas. Não tem jeito".

Não dá é para acreditar que o principal beneficiado estadual pelo mensalão de Marcos Valério venha com essa conversa mole. A campanha de Raul Pont à prefeitura de Porto Alegre em 2004 recebeu R$ 1, 2 milhão do publicitário mineiro. O presidente estadual do partido admitiu isso na frente de toda a imprensa para no dia seguinte tentar se desmentir. Isso foi em 2005. Os petistas nunca sabem de nada em Estado algum. Ainda bem que Raul Pont é irrelevante.

Até a matéria da Carta Capital ("Dossiê Bumerangue") dessa semana sobre a operação toda descreve Pont como candidato do PT ao governo do Rio Grande do Sul. Espero que ele tenha enviado um e-mail à revista ameaçando processá-la pela divulgação dessa informação errada.

Conspiração midiática fracassada

Não é por acaso que o Ministério Público entrou com uma ação contra a Coaf e o Banco do Brasil. Quando a Polícia Federal apresentou com rapidez os três bancos envolvidos e a suspeita de que os dólares usados pelos petistas teriam entrado ilegalmente no país, a investigação da dinheirama foi transferida de Cuiabá para Brasília. Essa leniência teria uma explicação prática: a última semana da campanha.

A imprensa estava babando para furar essas informações até sexta. Todas as revistas atrasaram a impressão e as edições dominicais dos jornais acabaram no vácuo e contemporizaram ao esperar essas informações da Veja ou de qual revista fosse. Mesmo que a PF liberasse sábado à noite, sairia algo domingo no Fantástico e os jornais estampariam as manchetes nas edições de hoje. Uma catástrofe para o governo.

A operação para rastrear os donos da grana estava em velocidade acelerada. Mesmo que a PF solte as informações hoje à tarde – o que é improvável –, as redações precisariam ruminar os dados até as edições de quarta ou quinta, dia do debate na Globo. Difícil crer que o Planalto municie os adversários com capas de jornais e comprovações de que petistas próximos a Lula usaram dólares ilegais para comprar de gângsters um vídeo que daqui a pouco deve estar no Youtube. Que conspiração da mídia mais fracassada.

00 e confirma

Um pessoal de Porto Alegre criou um blog para fazer campanha para o voto nulo. Andaram distribuindo dez mil flyers neste domingo na Redenção. Estão investindo pesado para atingir os 50% mais um voto.

Bom dia

Começo a semana com o Fernando de Barros e Silva sintetizando o perfil dos canditos à presidência:

"O "dossiêgate" deu, enfim, algum sentido à campanha de Alckmin, desde sempre um candidato do PFL alojado no PSDB. O homem que amassa barro se revelou um vazio de idéias cercado de gente e referências da província -uma mistura de Padre Marcelo e Mazzaropi. Movida a ressentimentos, Heloísa Helena é uma não-alternativa de poder. É bom que exista como candidata e ótimo que não tenha chances. E Cristovam Buarque errou: tem plataforma de deputado federal. Sem querer, o TSE acertou ao associar o eleitor a um avestruz." (Folha de S. Paulo, 25/09/06)

Vote neles

Você, que diz que vai votar no Cristovam Buarque, vote nele. Você, que acha a Heloísa Helena é meio louca, meio ingênua, mas boa gente, vote nela. Você tem pena de todos aqueles outros sujeitos que aparecem com 1 minuto regulamentar no Jornal Nacional? Vote neles. Até no Alckmin, se for o caso. Assim aumenta o número de votos válidos e tem 2º turno.

Emiliano deseja que haja segundo turno. Eu também. Não quero que o Lulinha sinta as tentações chavistas.

Piada de sindicalista churrasqueiro

- Cumpanheiro da Intelijênsia, qual é o primeiro passo para fazer um surrasco?
- Roubar uma vaca.

(Do blog do Reinaldo Azevedo)

Update da demência

1) Não vai parar. A Folha de hoje revela o que Gedimar Passos, um dos petistas preso com os R$ 1,7 milhão, disse à Polícia Federal:

"Foi para tirar de circulação um calhamaço com cerca de 2.000 páginas com denúncias contra vários partidos, principalmente contra o PT, que petistas estariam dispostos a pagar R$ 2 milhões para Luiz Vedoin, chefe dos sanguessugas. A afirmação foi feita pelo ex-policial federal Gedimar Pereira Passos, preso na sexta-feira negociando o dossiê. Os documentos, disse ele, desapareceram."

A coisa toda só piora.

2) A origem da grana está próxima e agora já sabem ao certo de quais bancos o dinheiro foi sacado:

"A Polícia Federal já sabe que os saques foram realizados em agências dos dois bancos em São Paulo, nos bairros da Barra Funda e da Lapa, e no Rio de Janeiro (Duque de Caxias e Campo Grande)."

Espero realmente que o adevogado criminalista não esteja botando pressão na PF para segurar a revelação da fonte da grana até as revistas semanais saírem. Mas como os petistas sempre acabam com o que me resta de esperança...

Outro update. Sem parar:

"Cópia do comprovante do saque foi entregue há pouco pela Polícia Federal aos deputados Fernando Gabeira (PV-RJ) e Carlos Sampaio (PSDB-SP), sub-relatores da CPI dos Sanguessugas. Eles receberam também cópias de todos os depoimentos colhidos pela polícia até agora."

Núcleo de Demência da campanha de Lula

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De toda a entrevista do presidente Lula (PT/ SP), o que mais me espantou foi o grau de conhecimento do presidente sobre Watergate. Ou prepararam ele – mal – para essa pergunta que os jornalistas fariam ou Lula pegou dicas de Jorge Lorenzetti enquanto estava em Nova York e tentou desqualificar a comparação dos dois escândalos nos jornais americanos. A descoberta da operação em 1972 corroeu o governo americano durante dois anos, mas não impediu a reeleição de Richard Nixon. O republicano renunciou para não sofrer impeachment em 1974 em face às provas contundentes que responsabilizaram-no como mandante do esquema.

A despeito de algumas evoluções semânticas e tecnólogicas, a comparação procede. Cinco homens são flagrados em uma ação para gravar conversas no comitê do partido democrata e amealhar informações para a reeleição de Nixon. Um deles era conselheiro de segurança do presidente. Segundo o jornal The Washington Post , ele era responsável por controlar um fundo secreto usado pelos republicanos para financiar a coleta de informações contra os democratas. Realmente, uma coisa nada tem a ver com a outra. Em sua autobiografia, Nixon evidenciava seu desdém em relação à imprensa e repúdio às “denúncias”, assim como Lula e os petistas sempre fazem.

Não irei

Assessora de campanha de Mano Changes (PP/ RS) liga para me convidar a participar da carreata do cantor e candidato a deputado estadual para Imbé – imagino quais eleitores eles pretendem abordar. As pessoas da “Lista de Contato” que se apresentarem na avenida Severo Dullius amanhã às 8h30 ganharão combustível e vale-alimentação para o evento. A assessora pediu para divulgar isso ao máximo. Não irei ao formidável Litoral Norte gaúcho, mas pedi a ela que agilizasse as respostas para as perguntas que enviei há quase 15 dias para Mano Changes.

Agora me ferrei

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Foto: MÔNICA ZARATTINI/AGÊNCIA ESTADO/AE

Olha o complô da mídia aí, gente

O site da revista Veja está em chamas. Poucas vezes a edição da revista foi tão aguardada. Tortura.

Já antecipando a possível bomba, são citadas duas matérias do Estadão de hoje:

1) "De acordo com reportagem publicada nesta sexta-feira pelo jornal O Estado de S. Paulo, a PF descobriu que onze petistas estão envolvidos ao ouvir diálogos telefônicos interceptados com autorização judicial. Seis dos envolvidos já foram identificados."

2) "Órgãos ligados ao governo federal repetem no atual escândalo do dossiê a mesma demora notada em investigações do mensalão. O Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), por exemplo, ainda não informou quem foram os sacadores do dinheiro da compra do material contra os tucanos, apesar do procedimento ser muito fácil e rápido - o sistema é informatizado e on-line."

Duas informações, portanto, que o país inteiro espera: quem são os outros petistas e de onde veio o maldito dinheiro?

O melhor voto é o ausente

Ei, se tu está cansado do minuto-a-minuto dos escândalos e a aporrinhação dos candidatos, deveria falar para o seu vizinho que a melhor forma de protesto é simplesmente não ir votar. Os anarquistas vão ficar loucos. Mas como a maioria deles não trabalha porque estuda para ser funcionário público ou já é um funcionário público que prega o desmantelamento de seu próprio Estado, eles ficam colando cartazes por aí dizendo que para tirar a escumalha é preciso votar nulo.

Os meios de comunicação também estão desesperados com a apatia geral e instam as pessoas a tirar a bunda da cadeira em um domingo. Se fossem tão isentos quanto gostam de apregoar no Brasil, publicariam sobre essa opção, ao invés de interpretar mil vezes diferentes o que acontece se tu te prestar a sair de casa para votar. Melhor ficar dormindo.

O argumento básico é que se tu ficares sem votar, nunca poderá ter emprego público. Balela. Tem várias formas de subverter a sua posição política no dia das eleições sem se encrencar. Se é que brasileiro tem posição política.

Em Porto Alegre, fazem tanta questão que se vote que chegam a decretar dia de Passe Livre nos ônibus, tamanha a disposição das pessoas em ir às urnas. A cada eleição, tu vê o Zé das Couves remar 12 horas para ir e 12 horas para voltar à sua tapera. Não tem coisa mais patética. Ninguém quer votar nesse país. Ao menos nesse ano.

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Bate-papo com Clóvis Rossi

O jornalista Clóvis Rossi participou de um debate on-line sobre a crise do dossiê. O colunista da Folha de S. Paulo respondeu às seguintes perguntas:

A Nova Corja: O contexto no qual Ricardo Berzoini está envolvido não torna insustentável sua permanência como presidente nacional do PT e justifica uma intervenção imediata do próprio diretório paulista para afastá-lo do cargo?

Clóvis Rossi: Esse é um problema pra petista resolver. Se é insustentável para ele, por que seria sustentável para o chefe dele?

A Nova Corja: Que tipo de mensagem Ricardo Berzoini pode passar aos seus eleitores quando divulga três versões completamente diferentes de seu envolvimento com o dossiê?

Clóvis Rossi: New Corja in the block, a mensagem para gente civilizada é clara: eu sou um baita mentiroso. Mas para certo tipo de eleitor idiotizado que compra qualquer mercadoria, pode não fazer diferença. No fundo, o voto em certos nomes vem de currais modernos, que não se importam com o que faça ou diga seu candidato, mas apenas com os benefícios que podem conseguir com a eleição dele.

A Nova Corja: Não é contraditório que Berzoini peça à militância petista a defesa nas ruas da reeleição de Lula depois das trapalhadas que ele mesmo permitiu acontecerem?

Clóvis Rossi: Nova Corja, é pura retórica. Ele sabe que ninguém sai à rua nem para defender a eleição de Lula nem para pregar o impeachment.

Pelo resto da dignidade petista

Diante das patuscadas dos petistas do diretório de São Paulo e seu representante máximo no partido, Ricardo Berzoini, fica a se saber se os integrantes dos outros estados responderão à sua chamada do para defender a candidatura de Lula à reeleição de seu próprio presidente nacional.

Durante toda a minha vida, ouvi que o PT era o único partido de verdade no Brasil, que o resto era um agrupamento de nomes e que, assim, se alguém ofendia um militante, ofendia todo o partido. Hoje, cada um se safa como pode. A defesa geral do mensalão era que não se podia criminalizar todo o partido por causa de algumas pessoas irresponsáveis e a impossibilidade de se controlar tudo o que acontecia lá dentro. Conversa mole. O grupo que tomou conta do partido manteve todo o aparato burocrático para mascarar suas trapalhadas, mas sempre tomou decisões em pequenos comitês internos.

Ricardo Berzoini é integrante desse grupo. O presidente nacional do PT, acusado de liderar – para ficar por aí – a operação de R$ 1,7 milhão que serviria apenas para a campanha do PT paulista desencadeou uma crise que se não compromete a reeleição de Lula, deixa o segundo mandato sob investigação. José Genoino (PT/ SP) foi derrubado da presidência nacional por muito menos. Agora, Berzoini pede aos militantes que o defendam dele mesmo. É muita covardia.

O mais triste é constatar a inoperância e falta de vontade de intervenção da militância de outros estados. Se corroborarem o pedido ao invés de exigir a saída imediata de Berzoini, fica registrada a falta de espinha dorsal da militância à cúpula do partido. Mais dignidade, se não é pedir muito.

Chuchu acordando

"Ladrão de carro quando é pego fala: 'poxa, mas não precisava disso'. Mas por que roubou? Roubou porque achava que não iria ser pego".

Geraaaldo Alckmin nesta manhã, após entrevista à rádio CBN.

O Dia Seguinte

O problema, dizem, é o enfraquecimento político de Lula. Mesmo reeleito em primeiro turno, o petista verá aumentar a dependência do fisiológico PMDB na mesma proporção em que crescerá a irritação da oposição e de setores da classe média e da imprensa com a sua recondução.

É um cenário muito ruim para um presidente, que, de acordo com o Datafolha, tem chance de se eleger no primeiro turno com 56% dos votos válidos. O temor maior do governo é o "day after" da eleição, que promete um começo de segundo mandato bem mais complicado do que o já esperado.

Kennedy Alencar em sua coluna na Folha de ontem. Seis meses atrás Aécio Neves disse algo parecido ao Estadão. Lula terá muita dificuldade para governar em seu segundo mandato. Não consigo saber se isso é bom ou ruim.

Ao comitê de Geraldo Alckmin

Aproveitando que A Nova Corja é leitura diária no comitê de campanha de Geraldo Alckmin, vou dar umas dicas aos tucanos sobre a atual conjuntura política.

Geraaaldo continua muito apagado. Tenho visto pouca televisão, fico na Internet praticamente o dia inteiro preparando minha fuga do país. É sofrível, no mondo virtual, a reação tucana à maracutaia petista. Não sei se o PSDB já se deu conta, mas o caso dossiê anti-Serra será a única chance do partido fazer algo que preste nestas eleições. Não que vá mudar alguma coisa. Lula vencerá de qualquer jeito e é bom vocês se contentarem com os governos de São Paulo e Minas Gerais - o que, perto do que o PT conseguirá, já é muita coisa.

Então lá vai a sugestão: na madrugada do próximo sábado, assim que vocês puderem checar a edição da Veja da próxima semana na internet, para ver se não vem mais chumbo grosso por aí, comecem a escrever uma espécie de Carta ao Povo Brasileiro, para o Geraaaldo publicar no sábado mesmo. Nela, Geraaaldo deve comentar explicitamente o caso do dossiê anti-Serra. Deve dizer que esse comportamento é típico dos petistas, que simplesmente não conseguem respeitar a lei, que isso não vai parar, que no segundo mandato de Lula os petistas vão perder o controle, que vai ter dólar na cueca, em hotel, em motel, em restaurante, em todo lugar. Com a Carta, Alckmin causará um fato na imprensa e, com sorte, uns 10% dos 5% da população brasileira que sabe ler terá acesso ao texto.

O PSDB não tem lá muita moral para cobrar alguma coisa e não conseguiu despertar nenhum sentimento popular falando sobre as maracutaias anteriores do governo Lula, mas não dá para perder esta chance do dossiê. O fato está aí, a bola está pronta para ser chutada.

Como eu disse e vocês sabem, isso não terá efeito nenhum sobre a vitória esmagadora de Lula. Mas pensem bem: quando o próximo tiro no pé petista ocorrer (sim, porque os petistas não vão parar), depois que Lula ganhar, Geraaldo poderá dizer que, naquela famosa carta sóbria, séria, do dia 24 de setembro de 2006, avisou a nação.

Até agora, só vi os tucanos com as fracas críticas de sempre, fazendo uma oposição lastimável. Tentem esboçar alguma reação, peloamordedeus.

Atenciosamente,

Walter Valdevino

Os problemas da sua candidatura acabaram!

Um estudante de 22 anos do Distrito Federal enviou emails a candidatos oferecendo seu voto em troca de algum dinheiro. Segundo o Correio Braziliense, o jovem pediu valores que variavam de R$ 500 a R$ 700. Foram enviados 10 emails, em que ele afirma não ter candidato e deixa seu telefone para o eventual interessado no negócio. Oferecer e pedir benefícios em troca de votos é crime, segundo o Código Eleitoral brasileiro, mas quem se importa, diante de toda a demência moral que infesta o país?

Seguindo a mesma onda, aproveito para oferecer aqui o apoio incondicional d'A Nova Corja ao condidato que nos pagar algumas cervejas. Uma boa quantidade, diga-se de passagem, e que seja de uma marca decente. Garantimos a rápida ascensão do candidato nas pesquisas. Vale presidente, governador, senador e até deputado estadual do Vale do Taquari. Interessados, mandem emails.

PS.: no caso de a candidata Yeda se interessar pelo negócio, exigiremos pagamento antecipado.

Relações orgânicas

O empreiteiro Valdebran Padilha doou R$ 600,00 do seu bolso à campanha de Alexandre César (PT/ MT) à prefeitura de Cuiabá em 2004. De lá para cá, foi indicado para ser o novo diretor econômico e financeiro da Centrais Elétricas do Norte do Brasil S/A (Eletronorte), estatal subordinada à Eletrobrás, do Ministério das Minas e Energia. Ali, controlaria um orçamento que em 2005 foi de R$ 969,8 milhões. Pena que foi preso em setembro de 2006 com R$ 1,75 milhão que ninguém diz de onde veio.

Tiro no pé do dia

A newsletter da campanha do presidente Lula publica nota para alertar que foi criado um site no formato de agência de notícias que replica todos os boatos contra o PT que circulam na Internet. Segundo a assessoria, “atentos à lei eleitoral brasileira e com receio de que qualquer ação do Tribunal Superior Eleitoral pudesse retirar o site do ar, os criadores apócrifos, que não tem coragem de se responsabilizar pelas informações publicadas, utilizam-se de um servidor internacional para hospedar a página". O registro do servidor é na Holanda e está em nome de http://fshosting.com, um site de servidor de chat ThePalace. O próprio http://lpchat.com é um servidor de chat ThePalace, que vende serviços para o Brasil.

O site “Brasil acima de tudo” publica um amontoado de textos que vai de Jorge Bornahusen, passa por Roberto Romano e chega em Fernando Rodrigues – que um dia é acusado de ser tucano e no outro, petista. Só não dá para entender porque os petistas fizeram questão de divulgar uma página que noticia os problemas do partido no e-mail oficial que eles mandam aos jornalistas cadastrados. Deve ser o tiro no pé do dia.

Elio Gaspari e a agenda não tão secreta da mídia

Trecho de coluna publicada por Elio Gaspari no dia 9 de julho:

"Bomba V-2

Tem gente muito boa em Brasília suspeitando de que no meio da campanha eleitoral surgirá alguma novidade terrível relacionada com o caso do assassínio do prefeito Celso Daniel, ocorrido em 2002."

O pior de tudo isso é que as denúncias abaixo foram feitas pelo candidato a vice-presidente na chapa de Geraldo Alckmin (PSDB-SP), José "Apagão" Jorge (PFL-PE) ao jornal Estado de São Paulo.

* "A empresa registrada em nome da mulher de Freud cuidou durante certo tempo da segurança do prefeito Celso Daniel, de Santo André, que morreu assassinado. Também era amigo de dois personagens do escândalo de Santo André - o empresário Sérgio Gomes (o Sombra), acusado de ser o cabeça da operação de execução de Celso Daniel, e Ronan Maria Pinto, ex-secretário municipal em Santo André."

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Chama o Delúbio

No seu depoimento à Polícia Federal, o advogado petista Gedimar Passos disse que recebeu a quantia de R$ 1,7 milhão de um membro do PT paulista – confirmado há pouco no Jornal Hoje como Freud Godoy, assessor especial do gabinete da Presidência. Mas parou por aí. Como um bom filiado, alegou que não sabia direito o nome de quem lhe entregou a grana. Deu apenas uma descrição física do companheiro. O diretório estadual do PT paulista emitiu a nota de sempre, na qual negou qualquer tipo de envolvimento no episódio e estranhou a veiculação de notícias sobre a participação de petistas no episódio.

O curioso da história é que Passos compraria o Dossiê Cuiabá a pedido de uma revista. Qual semanário, no caso, o advogado não quis revelar. Para ao menos descobrir quem entregou o dinheiro a Godoy, a PF pode encontrar uma boa pista na sede da Editora Três.

A revista em questão é a IstoÉ, que tem como sócio oculto o ex-governador paulista Orestes Quércia (PMDB/ SP), aliado de primeira hora do presidente Lula e que entrou na disputa ao governo de São Paulo para forçar com seu lote de votos um segundo turno entre Serra e Mercadante. Com a denúncia estampada na capa da revista dessa semana, seria natural publicar na próxima edição os vídeos e fotos que comprometem Serra e Geraldo Alckmin. O resultado é a desmoralização de mais uma norma da famigerada Ética Jornalística Brasileira: a compra de informações, comumente negada em todas as redações.

Pelo visto, a ajuda do sócio oculto da IstoÉ ao PT veio também através de recursos não contabilizados. Ao menos, o presidente confirmou as expectativas, segundo declaração de Godoy: "Lula ficou muito preocupado com isso e me perguntou o que estava acontecendo". A oposição pedirá a impugnação da candidatura do presidente. É nessas horas que o Delúbio Soares faz falta.

Favela comanda o país

Os pobres ignorantes são o principal tema de disputa entre os analistas de pesquisas eleitorais. Em particular, os pobres ignorantes do Nordeste. Os lulistas acreditam que os pobres do Nordeste são tão ignorantes, mas tão ignorantes, que vão acabar votando em Lula, apesar dos quarenta malfeitores. Os tucanos discordam. Eles acreditam que os pobres do Nordeste podem até declarar voto em Lula nas pesquisas eleitorais, mas são tão ignorantes, tão ignorantes, que vão apertar o botão errado na hora de votar, anulando suas escolhas. Sempre que Lula ultrapassa a barreira dos 50 pontos, sou obrigado a apelar para esse argumento.

Diogo Mainardi comenta as últimas pesquisas eleitorais em sua coluna da Veja desta semana. Leiam o texto na íntegra abaixo, queridos leitores petistas.

É realmente incrível: 60% de aprovação e NÃO CONSEGUEM PARAR.

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Proposta para 2008

Assistindo a Guilherme Giordano, candidato do Partido da Causa Operária ao governo do Rio Grande do Sul, dizer em frente ao viaduto da Borges de Medeiros que a candidatura de Heloísa Helena, do PSol, é uma "fachada" dos capitalistas e da direita, é que me caiu a ficha: na próxima eleição, se não houver uma virada de mesa contra a cláusula de barreira, não poderemos mais curtir o melhor do horário eleitoral. Pensem nisso. Os deputados, além de nos roubar, ainda querem tirar o único consolo do período de campanha, que é ver o freak show dos candidatos do PCO, PSTU, PV, Prona, PAN, PMN, PSL, PSDC e toda uma gama de partidos nanicos, que hoje aliviam a chatice dos programas do PT, PMDB, PSDB, PFL e outros partidos tradicionais.

Como nenhum dos concorrentes sérios a qualquer cargo se arrisca a sair da mesmice e dizer algo realmente diferente dos clichês estabelecidos, como só fazem promessas da boca para fora, como não há o menor traço de uma discussão séria sobre qualquer questão de interesse nacional, nem ao menos ataques uns aos outros, proponho desde já uma inversão da cláusula de barreira: em vez de perder tempo no horário eleitoral, os partidos que não atingirem o patamar necessário trocarão de lugar com os grandes. Ou seja, o partido menos expressivo será aquele com maior espaço na televisão, o segundo menos expressivo terá o segundo maior tempo, e assim por diante. PT, PSDB, PMDB, PFL e outros da mesma categoria assumirão os minutos e frações de minuto hoje destinadas aos nanicos.

Confiem em mim. O povo ficará tão satisfeito que exigirá horário eleitoral o ano inteiro. É capaz de até começar a se interessar por política.

José Serra quer falar de outras coisas

Chega a dar dó acompanhar as eleições paulistas. Nenhuma pessoa que abordei quando estive lá há algumas semanas conseguia encontrar uma razão para votar em José Serra (PSDB/ SP). Ética, competência e carisma não foram adjetivos citados adequadamente. Cheguei a acompanhar o final da sabatina do tucano na sede do Estadão, no dia 24 de agosto. A impressão não foi das melhores.

Um jornalista da mesa ousou perguntar a Serra se ele considerava manter o atual secretário de Segurança do Estado, Saulo de Castro, em seu eventual governo. O tucano alertou que não começaria a lotear naquele momento, pois depois seria um pandemônio de gente disputando cargos. Perguntaram se o que o candidato achava boa a gestão de Saulo.

“Sim, considero positiva”, respondeu para espanto do auditório semi-cheio.

Outro jornalista voltou à carga: “Mas o senhor não vê nada de errado na Segurança em São Paulo? Está tudo perfeito?”. “Vejo mais pontos positivos do que negativos”, tucaneou Serra. Os participantes da mesa ficaram inquietos. Insistiram no assunto. Lá pela quinta pergunta, ele bateu as palmas das mãos na mesa e disse: “Vamos parar de falar nesse assunto, porque é contraprodutivo”. E, para meu espanto, todos pararam.

Há meses, a imprensa aponta para o envolvimento do ex-ministro da Saúde no caso da Máfia das ambulâncias. A revista IstoÉ desta semana denuncia que os Vedoin “apresentaram documentos que comprovariam o envolvimento do candidato ao governo do Estado de São Paulo, José Serra, com a máfia que superfaturava a compra de ambulâncias com dinheiro da União”. Credibilidade da revista de lado, procura-se o outro lado, que respondeu: “A assessoria de José Serra informou que ele não vai se manifestar sobre o assunto”. Guilherme Fiúza escreveu em sua coluna no No Mínimo intitulada Deixem o Serra em paz : “O Brasil será muito mais justo no dia em que ninguém mais puder atiçar publicamente o mau humor de José Serra”. São Paulo caminha a passos largos rumo a essa Justiça.

P.S./ 18h24: há pouco, Luiz Antonio Vedoin, um dos donos da Planam e chefe da Máfia dos Sanguessugas, foi preso pela Polícia Federal (PF) do Mato Grosso em um motel de Cuiabá. O repórter Felipe Recondo, do Blog do Noblat, escreve que o superintendente da PF do Mato Grosso, Geraldo Pereira, disse que Vedoin estava negociando a venda de documentos por R$ 2 milhões.

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Qualquer propaganda é boa propaganda

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Grupo de umbanda protestou em frente ao comitê de Yeda com cartazes e rituais

A que ponto chegou a miséria da campanha do PSDB: até os adversários fizeram o favor de organizar um protesto e divulgar propaganda com as fotos de Geraldo Alckmin e Yeda Crusius juntos, associação gráfica que os tucanos gaúchos não gostam de evidenciar. Uma publicidade dessas caiu do céu, visto que a grana anda curta no ninho.

O protesto dos umbambistas foi feito por causa de uma réplica desastrosa de Yeda a Alceu Collares (PDT) durante o último debate, quando o ex-governador falou que a passagem da tucana pelo Ministério do Planejamento do Governo Itamar fora “como uma vela que se apaga rapidamente”, Collares ouviu como réplica da tucana que “acender vela pode ser na esquina também”.

Bom dia

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Exclusivo: Contas do PSDB sob suspeita no RS

A campanha de Yeda Crusius estava em ascensão tão vigorosa nas pesquisas eleitorais que não dá para entender por que 10% da sua equipe de marketing continua trabalhando. Graças às pesquisas estimuladas que mostravam Yeda encoxando Olívio Dutra (PT/ RS), a tucana foi a candidata que mais arrecadou no mês de setembro: R$ 470.239,72. Esse valor é o quádruplo dos R$ 115.285,00 constados na receita do mês de agosto. Se a campanha dela não tem dinheiro em caixa, atrasa pagamentos e sofre debandada geral da equipe, talvez seja o caso do TRE/ RS investigar por que esses valores foram declarados pela candidata se eles nunca existiram ou, ao menos, quem doou e para onde foram parar os tais R$ 585.524,72.

P.S.: a soma das despesas de agosto e setembro da candidata é de R$ 485.559,42. A subtração com o total da receita é igual a R$ 99.965,3. Agora cabe ao senhor Sérgio Campos de Moraes – um dos remanescentes da coordenação da campanha de Yeda – explicar qual é o problema.

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A Nova Corja entrevista Cururu

Seguindo nossa tradição em entrevistas (ver ao lado), A Nova Corja convidou o vereador de Pelotas e candidato a Deputado Federal pelo PFL-RS, Cláudio Insaurriaga, o Cururu, a responder algumas perguntas.

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Cururu ficou famoso em 2004, na última campanha para vereador em Pelotas, com o bordão "Como estou desempregado, conto com seu apoio para resolver os meus problemas. Não sou ladrão nem mentiroso." Ganhou.

Agora, Cururu quer ser nosso representante na Câmara Federal. Sua candidatura neste pleito continua chamando atenção. Seus vídeos circulam na internet e Cururu já teve espaço no Fantástico e no Programa do Ratinho.

A Nova Corja: A idéia de usar o YouTube, fotolog e site para divulgar sua campanha foi sua ou sugerida por algum marqueteiro?

Cururu: As idéias de marketing saem todas de minha cabeça, e conto com apoio do meu assessor de imprensa, Theleon.

A Nova Corja: No seu primeiro vídeo, o senhor carrega uma mala cheia de dinheiro com a palavra “Mensalão” escrita. Para quem o senhor gostaria de entregar a mala?

Cururu: Para o Lula.

A Nova Corja: Como é a sua relação com os outros integrantes do PFL em Pelotas?

Cururu: Não existe relação entre o Cururu e o PFL. Apenas viabilizamos interesses eleitorais em função deste modelo eleitoral imprestável.

A Nova Corja: O que realmente aconteceu nos episódios de 2005 e deste ano, nos quais o senhor, Ademar Ornel (PFL) e sua filha e namorado brigaram? Em 2006, as trocas de socos, pontapés, empurrões e xingões teriam acontecido no espaço reservado aos cidadãos e os protagonistas foram dois assessores do senhor e um profissional da imprensa local.

Cururu: Não houve troca de socos e pontapés, na verdade eu fui covardemente agredido por estas três pessoas, dentro do plenário e na frente de alguns veradores, que covardemente não quiseram cassar o mandato dele por falta de decoro.

A Nova Corja: O senhor ajudou a fundar o PT em Pelotas e já atuou em conjunto com o vereador Paulo Oppa (PT). O senhor mesmo disse que só entrou em um partido “para concorrer”. O PFL vê com bons olhos sua relação independente com outros partidos?

Cururu: Não sei o que pensa o PFL, mas para mim não faz diferença, os partidos são todos iguais e muito ruins.

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Eu sou um especialista

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Não te preocupa, sei o que estou fazendo. Tenho diploma de presidente

Minha parte do butim

Enviei a autorização, imprimi o formulário do depósito e os R$ 5,00 estarão amanhã na conta do PT. Me satisfaço com um patrocínio do Ministério da Cultura e banner do A Nova Corja no site da Radiobras.

"Prezado Senhor(a).,

Em nome da Coligação "A Força do Povo" quero convidar-lhe a contribuir financeiramente para a campanha de reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Além de ajudar a viabilizar a divulgação da plataforma de Lula para o Brasil, seu apoio terá um importante significado político: seu nome constará da relação de doadores que, após as eleições, ficará disponível para consulta no site do Tribunal Superior Eleitoral.

Em 2006, a Justiça Eleitoral aumentou as exigências para as doações eleitorais. Para cumprir a legislação e facilitar esse processo, a Campanha Lula criou um cupom exclusivo destinado a doações entre R$ 5,00 e R$ 1.000,00. Para contribuir, o doador deve preencher o cupom, comparecer com ele a qualquer agência da CEF ou do BB e fazer um depósito identificado para a campanha, em dinheiro. Após fazer o depósito, basta colocar o boleto em qualquer agência ou caixa dos Correios. Ele funciona como cartão-resposta e não tem custo para o doador.

Clique aqui para imprimir seu cupom de doação.

Peço ainda mais um favor. Caso você autorize a inclusão de seu nome em anúncios de apoiadores da candidatura do presidente Lula que poderão vir a ser publicados na imprensa antes das eleições, envie um e-mail para comitefinanceiro@lula13.org.br com seu nome, profissão, telefone e o seguinte texto: "Autorizo a publicação de meu nome em anúncios de apoiadores da Campanha Lula".

Se desejar mais informações, entre em contato com nosso Comitê Financeiro:

Muito obrigado e um abraço"
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José de Filippi Jr.
Coordenador financeiro da Campanha Lula Presidente 2006
Prefeito licenciado de Diadema (SP).

Comitê Lula Presidente - São Paulo: Av. Indianópolis, 1465 – Planalto Paulista – CEP 04062-003
Comitê Financeiro: Telefones: (11) 4044-9748 / 4044-9169

Desfigurada

Acabou a campanha de Yoda.

Os paulistas que estavam fazendo a propaganda de TV e rádio da candidata desistiram simplesmente por falta de pagamento. A desculpa, é claro, não poderia ter sido mais demente:

"Em meio a uma temperatura de 32ºC em Porto Alegre, a jornalista da campanha tucana Sandra Terra confirmou que "seis ou sete" profissionais responsáveis pelos programas de rádio e TV deixaram a equipe e voltaram a São Paulo. Ela alegou problemas de adaptação do grupo com o "frio gaúcho"." (Zero Hora)

Mesmo assim, Yoda segue ganhando de Olívio em todas as simulações de segundo turno contra o petista. Eu já estou satisfeito.

Chico Vs Caetano

Tutty Vasques pergunta:

Se as eleições fossem hoje, você votaria em Chico ou Caetano?

Volltarão

"Nós somos a turma do Lula. A gente vive a negar o mensalão, caixa dois, os sanguessugas (que escândalo). A gente está tentando escapar. Nós somos a turma do Lula. Bobeira foi nos cassar. Se o Lula for eleito de novo, a turma dele vai voltar. Mude de presidente. Ou você quer que essa turma volte? (Nem a pau)".

O TSE proibiu a veiculação desse vídeo na propaganda eleitoral gratuita, o que é justificável. Afinal, ninguém quer se lembrar de que José Genoino (Quartinho dos Fundos - SP) esteve em reunião no Palácio do Planalto com o presidente, José Dirceu "apóia" o movimento em favor de sua anistia política e Delúbio Soares é sondado para retornar ao Partido dos Trabalhadores.

Visão de mundo tucano-petista

A carta aberta de Fernando Henrique Cardoso ao PSDB é antes um sintoma dos problemas que ele ataca do que uma eventual solução. Ele reconhece erros na falta de investimento em infra-estrutura, como no caso do apagão. Critica o Bolsa Família do governo Lula por não oferecer "contrapartida" (a obrigação de ir à escola), embora o objetivo do programa seja antes de mais nada ajudar pessoas abaixo da linha de pobreza. Ataca a política de segurança estadual de Covas e Alckmin, que inchou os presídios e permitiu o crescimento do PCC. E critica o partido no caso Azeredo, que deveria ter sido afastado por suas ligações com Marcos Valério. Mas por que só diz essas coisas agora que é tarde? FHC parece mais cabreiro com a popularidade de Lula do que com qualquer outra coisa. Essa popularidade foi em boa parte construída pela continuação de políticas tucanas: a queda da inflação, o salto da exportação e a distribuição de renda. A ironia é que Lula criticou o Plano Real, as privatizações (que hoje permitem que o Brasil exporte celulares e aviões, por exemplo) e a abertura comercial - e hoje segue ou se beneficia de tudo isso. O que FHC e o PSDB não criticam é justamente o que o governo Lula tem de ruim, porque em grande parte também segue o governo anterior: a carga tributária, a falta de investimento produtivo, o descaso com o conteúdo da educação, a corrupção - que não se pode dizer se é numericamente maior ou menor, tal a carência de dados. A visão de mundo tucana - agora também petista -, a "social-democracia" à moda da casa, é míope. Não vê longe.

Do blog do Daniel Piza do Estadão.

Câmara dos Deputados renovada

Segundo a Seção Radar da Veja que começa a circular hoje, o Ibope fez pesquisa na semana passada, em todo o país, sobre os candidatos à Câmara Federal.

Paulo Maluf (PP-SP) é o campeão de votos.
Clodovil Hernandes (PTC-SP) está entre os dez mais votados.
Palocci (PT-SP), Fernando Gabeira (PV-RJ) e Ciro Gomes (PSB-CE) também levam mandato.
Já a nata do PT - João Paulo Cunha, José Mentor, José Genoino e Professor Luizinho - está muito mal e periga não se eleger.

Perderá

A quem estará Yeda Crusius se dirigindo com sua proposta de "nota eletrônica", que consistem em interligar todos os estabelecimentos comerciais gaúchos com a secretaria da Fazenda? Provavelmente não a seus próprios eleitores, muitos deles pequenos comerciantes. Até as pedras do calçamento sabem que os estabelecimentos sonegam o quanto podem. Não porque sejam malvados, mas apenas porque a carga tributária é muito alta e o Estado perdeu a legitimidade com os constantes escândalos de corrupção e desperdício.

Além disso, se o governo não bancar a instalação dos inevitáveis equipamentos de registro e conexão, essa proposta não será aprovada pela Assembléia Legislativa nem com mensalão. Corre o risco de terminar como a tentativa de instalar máquinas registradoras em todas casas comerciais, há alguns anos. Cada uma custava cerca de R$ 5 mil. Ninguém instalou e ficou por isso mesmo. Quem seguiu a Lei, para variar, fez papel de trouxa. Difícil acreditar que alguém vai fiscalizar o armazém no meio do pampa. Aliás, se houvesse fiscalização decente, essa proposta seria desnecessária.

A idéia, em tese, é boa no sentido de aumentar a arrecadação sem aumentar impostos. O problema é ser impraticável. Na melhor das hipóteses, Yeda está iludida. Na pior, está prometendo o que sabe não poder entregar.

Querida República

A Folha está acrescentando seções em seu portal Eleições 2006.

Uma das novidades é o histórico de todos os presidentes da nossa República, começando pelo Deodoro.

JC sempre foi petista

Está marcada para amanhã a formalização do apoio da Convenção Nacional da Assembléia de Deus à candidatura Lula. A Convenção Nacional é uma das duas maiores correntes da igreja Assembléia de Deus que, ao todo, tem 9 milhões de fiéis e 22 mil pastores.

A outra grande corrente da igreja, a Convenção Geral, que agrega a outra metade dos fiés, até agora apóia Alckmin, mas está pensando seriamente em desistir. Causa perdida e apoio a gente sem barba não salva ninguém.

A bancada evangélica no Congresso Nacional é de 60 deputados e três senadores (21 deles da Assembléia de Deus).

Eu já disse, o futuro é de Jesus.

Evangélicos são os novos petistas

O deputado federal Paulo Gouvêa (PL/ RS), indiciado por envolvimento na Máfia das Sanguessugas, apresentou ao TSE receita de gastos orçada em R$ 50 mil reais no mês de agosto. A gráfica e os militantes evangélicos devem ter muita fé no candidato, pois na lista de despesas não consta um centavo gasto material de propaganda. Cartazes foram colados por toda Porto Alegre – destaque para os arredores da Igreja Universal do Reino de Deus, na avenida Júlio de Castilhos. Mesmo assim, Gouvêa é o único parlamentar gaúcho que não gastou o dinheiro da receita apresentada até agora. O deputado evangélico não consta da lista dos candidatos que prestaram contas para os gastos do mês de setembro.

Profissão: militante

Hoje foi a vez de Roberto Robaina, do P-Sol, aparecer na série de perfis dos candidatos ao governo do Estado que a Zero Hora vem fazendo. Robaina relata as dificuldades da infância, vivida em condições precárias. "Sou um típico da classe média baixa", afirma ele. O curioso, no entanto, é que, segundo a reportagem, Robaina trabalhou apenas durante cinco anos, entre 1989 e 1994, no Banco Real. Com exceção deste período, "construiu uma trajetória de militante profissional, nos sindicatos ou nas estruturas partidárias". No quadrinho com a "ficha técnica" do candidato, na parte da profissão, diz "sindicalista e dirigente partidário". Robaina deveria dar umas aulas ao seu companheiro de esquerdismo lunático Guilherme Giordano, do PCO, de como sobreviver sendo militante. Talvez o PCO não estivesse condições tão precárias e Giordano não precisasse pegar o Trensurb todos os dias, até seu emprego em São Leopoldo.

Mais uma pedra no sapato da falcatruagem

É com algum atraso que recomendamos o site Políticos do Brasil, grande banco de dados com informações sobre todos os candidatos inscritos para o pleito deste ano. Foi criado por um repórter da Folha de São Paulo, Fernando Rodrigues. Esse é o tipo de cara que deveria ganhar uma medalha de honra ao mérito.

Para estrear o uso da ferramenta, os dados sobre Elói Guimarães, primeiro suplente na chapa do candidato a senador Pedro Simon, fornecidos pela receita federal. A situação de seu CPF é regular. Ele não tem direito a restituição, mas entregou a declaração de renda, já que tem imposto a pagar. Elói também não tem nenhum processo no arquivo da Receita Federal. Sua declaração de bens também não oferece nenhum dado bizarro. Ou seja, aparentemente é um homem honesto.

Por que o interesse em Elói? Ora, Simon provavelmente não vai conseguir sobreviver aos oito anos do mandato e o primeiro suplente deve assumir a alguma altura do campeonato, caso ele seja reeleito.

A maldade está na cabeça dos outros

O jingle do candidato Francisco Turra (PP-RS) é mesmo cativante. Segundo a colunista Rosane de Oliveira, "é o melhor da campanha para o Palácio Piratini. Caiu nas graças de crianças e adolescentes". Mas a equipe de marketing não deve ter rascunhado durante o brainstorm da campanha que trocar o "T" pelo "C" no slogan "Eu quero Tu, eu quero Turra" poderia deixar algumas pessoas transtornadas. Tape os ouvidos das crianças.

Agora cola

Na Zero Hora de hoje, a coluna Olá, e-leitor descreve as agruras do comerciário Júlio César Cardoso para limpar a cola que se alastra pela calçada de sua loja toda vez que cartazes de candidatos são fixados na parede ao lado da loja. Cansado da sujeira, Cardoso denunciou ao jornal ter recebido ameaças de integrantes de um partido – que não foi mencionado na matéria. O problema passaria em branco se a foto da reportagem não mostrasse parte do cartaz do candidato a deputado estadual Vitor Bertini (PMDB-RS), ex-presidente da Corsan.

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No canto esquerdo da foto de Genaro Joner, é possível reconhecer parte do número (1555), do layout do pôster e do slogan do candidato: "Vote água, vote vida, vote Bertini". Dá para entender o medo do comerciante. Enquanto os petistas de Porto Alegre tinham prazer em acossar os entreguistas, é conhecida a truculência da militância do PMDB com ameaças físicas a quem levante a voz contra eles. Se bem que com os R$ 250 milhões gastos pelo governo do Estado na Corsan, é melhor não arriscar qualquer espécie de fracasso.

Chuchu odeia a verdade

A demência de Representações no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) nesta eleição é tamanha que os partidos estão mantendo plantão de adevogados 24hs.

O número de recursos à Justiça (em época eleitoral ou fora dela) é diretamente proporcional à demência moral que toma conta do país.

A última palhaçada foi protagonizada pelo PSDB/PFL:

"A coligação Por um Brasil Decente (PSDB-PFL), que apóia a candidatura de Geraldo Alckmin à Presidência da República, ajuizou Representação (RP 1092) nesta terça-feira no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) contra afirmações do presidente do Instituto Vox Populi, Marcos Coimbra, durante entrevista concedida ao programa Canal Livre, da TV Bandeirantes. Segundo a representante, seriam afirmações favoráveis à reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, candidato da coligação A Força do Povo (PT-PRB-PCdoB). De acordo com a Representação, o presidente do Vox Populi deu entrevista, no último domingo, ao programa Canal Livre, da TV Bandeirantes, em rede nacional. Ocasião em que Marcos Coimbra e seus entrevistadores comentaram que as eleições estariam decididas em favor de Lula, e que a questão agora limitava-se à discussão se o presidente estaria reeleito no primeiro ou no segundo turno."

Eu assisti a praticamente todo o programa. Foi exatamente isso que Coimbra (nas horas em que consegui me manter acordado ouvindo sua voz) e os demais participantes do programa disseram: Lula está eleito e era isso. Acabou.

Para quem clama "Por um Brasil Decente", o melhor seria começar aceitando a verdade.

Exclusivo: hackers interditam site do PSDB/ RS

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O site do PSDB gaúcho sofreu ataque de internautas na manhã de hoje com o aviso “PSDB: Você foi desfigurado”. Até às 11h, a página nacional do partido também estava fora do ar. Pelo teor do texto, os autores deixam a entender que são os mesmos que praticaram as três últimas sabotagens nas páginas do PT nacional e paulista. A Kadumídia, empresa que hospeda os tucanos gaúchos, também está com seu site em reformulação.

P.S/ 15h22
: a assessoria de imprensa do PSDB/ RS informa que a página tucana ficou fora do ar desde as 22h de ontem. Segundo o próprio Kadu – responsável pela Kadumídia –, os hackers invadiram o servidor do Terra e mudaram o index do site. Conseguiram desabilitá-lo por mais de 12 horas.

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A cadidata dos dotô

"Mais de 250 intelectuais de todo o mundo, entre eles o lingüista e ativista americano Noam Chomsky, o sociólogo francês Michael Lowy, o cineasta britânico Ken Loach e o filósofo esloveno Slavoj Zizek, assinaram um manifesto que critica o governo Lula por ter seguido "um típico curso social-liberal, desapontando milhões de pessoas que votaram nele com a esperança de mudança social e política radical e pessoas do mundo inteiro que esperavam do Brasil novo impulso à luta antiimperialista". No texto, o grupo informa que apóia a candidatura de Heloísa Helena, do PSOL, à Presidência por ela ser "a candidata que levanta as bandeiras históricas do movimento operário brasileiro, dos camponeses, dos pobres e dos oprimidos". Entre essas bandeiras, citam: a reforma agrária radical, a suspensão do pagamento da dívida externa e a rejeição da Alca. A nota foi divulgada pela campanha de Heloísa Helena." (Folha de S. Paulo, 05/09/06)

A lista completa dos "Socialistas do Mundo" que apóiam Helô está em seu site.

Entre os brasileiros que a apóiam estão: Roberto Romano (filósofo), Carlos Nelson Coutinho (cientista político), Carlos Lessa e Reinaldo Gonçalves (economistas), Aziz Ab’Saber (geógrafo), Guilherme Arantes, Vital Farias e Ziraldo, Leandro Konder, Chico de Oliveira, Leda Maria Paulani, Ledo Ivo, Afonso Arinos de Melo Franco, Paulo Arantes, Maria Sylvia Carvalho Franco, Ricardo Antunes e Bispo D. Tomás Balduíno.

Contra a "impuguinação" do PCO

Pode ser que o PCO sofra perseguição política por motivos obscuros da burguesia. A culpa nem precisaria ser da esquizofrenia do partido. Nem gravar um vídeo para o horário político pior do que os meus colegas da 6ª série faziam em 1992. Mas bem que o candidato a deputado estadual Alfeu Goulart poderia corrigir o seu protesto no texto que fica grudado na tela da TV contra a impuguinação do candidato a presidente Rui Pimenta junto ao TSE. A grafia errada apareceu nos três últimos programas de Alfeu. Imagino que a correção da palavra não vá pesar no orçamento de R$ 15 mil do garçon alegretense. Mas vai saber. Como estamos no Rio Grande do Sul, ele pode alegar que aquilo está dentro dos requisitos estéticos do Dogma 29.

A Caçada continua

A Caçada ao Último Petista da Redenção continua. Uma caminhada pelo Brique do parque não avisaria que temos eleições daqui a um mês. Para variar, nenhum petista disposto a defender o retorno dos mensaleiros. Cheguei a avistar um deles, mas como esperava encontrar mais deles resolvi voltar. Ele havia desaparecido. Justo quando eu ia perguntar se o PT gaúcho expulsou David Stival – ex-presidente estadual que admitiu receber R$ 1,2 milhão de Marcos Valério para a campanha de Raul Pont e foi condenado pela Justiça.

As bancas loteadas têm de tudo, do PSTU a gente desfilando orgulhosas com adesivos e bandeiras do PFL. Menos uma banca do PT. O partido se resume a chacotas alheias. Em frente ao espaço vazio, o poeta Moyses Pereira colou páginas ao chão em versão ampliada e vendia por R$ 0,10 o xerox intitulado "Lula Traidor". Até os poetas tiram sarro do PT em Porto Alegre.

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Crackers atacam site do PT paulista

O PT tirou do ar o site do partido em São Paulo após a invasão na madrugada deste domingo de crackers no sistema. A mensagem permaneceu no ar até às 11h. Melhor horário impossível. Todos deviam estar dormindo da farra no dia anterior. Como a página continua fora do ar, devem estar no meio de uma assembléia para decidir o que fazer.

O texto e a imagem que os invasores publicaram continham ofensas do tipo:

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"Partido dos Trabalhadores - SP (PT) Você foi desfigurado", dizia o cabeçalho da página. Logo abaixo, um texto intitulado "É sempre a mesma história" criticava "mensalão, sanguessugas e o escândalo da Corrupção".

O site exibia ainda uma foto de Lula com chifres vermelhos e as inscrições: "Companheiros, eu não sabia de nada!". Os crackers ironizaram propostas de mudanças do presidente, disseram fazer mais que políticos e cobraram "atitude" por parte de Lula.

No final da página, os invasores afirmavam que a promessa foi cumprida: "Atenção: promessa cumprida. Prometemos novos ataques. E aí está a nossa prova! Não somos políticos, muito menos criminosos. Por isso cumprimos com nossas palavras!".

O PT gaúcho está em chamas. Foi o diretório que mais recebeu dinheiro de Marcos Valério – R$ 1,2 milhão, confirmado pelo ex-presidente estadual David Stival. Um ataque de hackers deve ser esperado nas próximas semanas. Mas petistas nunca sabem de nada.

Dose Diária de Demência Eleitoral - quinta - 31/08/2006

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Alexandre Bacchi (PV/ SP) conclama: "Contra a repressão nas raves vote com energia!". O candidato a deputado federal também aproveita o YouTube para denunciar. Destaque para " O racismo promovido por Silvio Santos contra os gordos".

De vollta ao time titular

Genoino encontra Lula na surdina

"Discretamente, o ex-presidente do PT José Genoino voltou a freqüentar o Palácio do Planalto. Nessa quarta-feira, às 15h, ele teve um encontro com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A audiência, que durou cerca de meia hora, não entrou na agenda presidencial. Para não chamar atenção, Genoino passou primeiro pela sala do ministro das Relações Institucionais, Tarso Genro, que foi junto à sala do presidente. Depois de ter “caído em desgraça”, diante da descoberta de que assinara como avalista os empréstimos feitos por Marcos Valério ao PT, Genoíno tenta se eleger deputado federal por São Paulo, com o principal número da legenda, 1313."

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Vollta

O ex-presidente Fernando Collor de Mello protocolou hoje seu pedido de registro de candidatura junto ao Tribunal Regional Eleitoral de Alagoas (TRE-AL). Collor quer concorrer a uma vaga no Senado pelo PRTB.

A boa notícia é do Terra.

Fim de uma era

Sem militantes, depois das ilusões perdidas, o PT contrata pessoal para animar comícios e agitar bandeiras nas ruas aqui em SP. Tudo bem, está dentro do jogo democrático, mas peraí, R$ 7,80 por dia, R$ 10, no máximo, é sacanagem. Nos tempos de Delúbio os companheiros eram mais generosos.

A nota publicada por Xico Sá não pode deixar de causar profunda tristeza em quem já agitou bandeira de graça para o Partido dos Trabalhadores. Bons tempos, tempos de inocência e nenhum cabelo branco.

Dose Diária de Demência Eleitoral - quarta - 30/08/2006

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"Eu insisto nessa idéia. Aerotrem não é nenhum Fura-Fila. O Aerotrem não é nenhum metrô, que é o buraco do tatu. O Aerotrem é um sistema de transporte compatível com as necessidades do povo de São Paulo. Por isso que eu quero o seu voto, o seu apoio. O Aerotrem é o futuro já! O futuro para agora! O futuro que São Paulo precisa e necessita."

O Retorno do Esquadrão do Mensalão

Enquanto os companheiros Delúbio Soares e Humberto Costa são investigados na Operação Vampiro da Polícia Federal por esquemas de desvio de dinheiro público e Lula garante a reeleição, José Dirceu reaparece. Em seu blog, o deputado cassado diz que recebe apelos para "aceitar um movimento pela sua anistia e em defesa de sua elegibilidade" em todos os atos políticos que participa. "Nada ficou provado contra mim na CPI dos Correios", diz ele.

Acrescido ao deferimento das candidaturas outrora impugnadas de Ângela Guadganin e João Paulo Cunha (PT/ SP), começa a ressurgir no horizonte a face do segundo mandato petista. Não é o governo Lula que foi esvaziado, como a oposição prega desde o ano passado, mas o contrário. O time titular de Lula, dado como desaparecido e fora de combate, volta a campo em 2007.

Dose Diária de Demência Eleitoral - terça - 29/08/2006

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Quem é Di Martino?

"Jornalista formado pela Unisinos. É autor do livro Discriminação Cristã e o Anticristo, registrado em agosto de 2000, na Fundação Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro. Livro ainda não publicado. Em 2005, publicou o livro É Proibido! - sugere a proibição do uso do símbolo comunista no Brasil. Assessor de imprensa do Prona no Rio Grande do Sul. Integralista. Presidente da Associação Deus, Pátria e Família. Já trabalhou em vários órgãos da mídia entre rádios, assessoria de imprensa de Governador e Deputado, e jornais. Foi articulista do Jornal do Comércio e o jornal militar Ombro a Ombro.

Preocupado com a língua portuguesa, corrigiu o principal colunista gaúcho do Jornal Zero Hora de Porto Alegre, Paulo Santana, tendo este a humildade de reconhecer isso em quase meia coluna no dia 13 de dezembro de 1992, ainda estudante."

Debate insosso

O debate de ontem entre os candidatos ao governo gaúcho foi constrangedor, graças ao formato estabelecido pela TV Bandeirantes. No primeiro bloco, todos responderam genericamente sobre seus projetos para acabar com a Insegurança dos Gaúchos. Cada um tinha dois minutos livres, sem interrupções. Até Guilherme Giordano (PCO/ RS) começou a falar bem, apesar de ser tímido em frente às câmeras. Antes de falar sobre os Feitos de seu governo, Germano Rigotto (PMDB/ RS) aproveitou para mandar um abraço apertado para todos os gaúchos.

Nos segundo e terceiro blocos, poucas propostas e soluções. O debate ficou completamente engessado com o sorteio prévio entre representantes para definir a ordem dos candidatos e dos assuntos que podiam ser abordados para evitar problemas ou discussões mais acirradas. No último bloco, os candidatos ainda tiveram a pachorra de dar suas Mensagens Finais ao Povo Gaúcho. Em um formato inócuo, não é à toa que as pessoas se desinteressem e procurem no YouTube trechos memoráveis da campanha de 1989.

Inflaram a Yeda

O debate entre os candidatos ao governo do RS que começa às 22h promete ser um pouco mais interessante depois da pesquisa publicada pelo Correio do Povo no sábado passado. Apesar de ter crescido dois pontos e encostar em Olívio Dutra (PT/ RS) – que estacionou nos 23% na pesquisa estimulada –, Yeda Crusius (PSDB/ RS) confirma a fama de ser ruim de votos nos números espontâneos. Enquanto o petista atinge quase 15%, Yeda apresenta um pífio 6,6%. É menos do que o dobro das intenções de voto para Alceu Collares (3,4%), por exemplo. Os 15,1% da tucana parecem artificiais e não justificariam uma guinada na campanha petista para atacar a deputada federal e evitar seu crescimento. Mas quando se trata de erros estratégicos, é sempre bom levar em conta a conhecida miopia dos petistas.

Spam de Heloísa Helena na internet

Circula na internet um spam associado à candidata do PSOL à presidência, Heloísa Helena, que propagandeia um "vídeo exclusivo que está esperando autorização para ser transmitido pelas emissoras de televisão". O link mostraria parte de reunião com os envolvidos na Máfia das Sanguessugas, "onde encontra-se, entre os acusados o presidente Lula". O endereço do e-mail é denuncia01@senado.gov.br, mas o remetente utilizou o serviço postal do IG para enviá-lo.

Caravana A Nova Corja: 1

Perto de Caxias do Sul, passa ao lado um caminhão com o seguinte adesivo em vermelho e branco grudado no vidro da boléia: "Sou colorado. Voto José Otávio Germano PP/ RS)". Depois de perder a eleição de 1998 para vice-governador na chapa de Antônio Britto, o ex-secretário da Segurança do RS foi vice-presidente do Grêmio até 2002 – que estava na sua última boa fase até o rebaixamento. Germano aproveitou o bom momento do time e concorreu direto à Câmara Federal. Foi eleito com folga de votos no vácuo da aclamação dos torcedores gremistas, expediente também muito usado por Paulo Odone (PPS/ RS) desde que conquistou a primeira Copa do Brasil, em 1989.

O vereador e candidato a deputado federal usou as cores e o distintivo do clube na campanha de 2004 e hoje conta com a simpatia do torcedor por ter tirado o Grêmio da Segundona e reabilitado o clube quando todos fugiam da sala dos diretores. A acusação de uso político não é uma surpresa, mas usar a estrutura do clube para fazer propaganda em causa própria não pegou muito bem. Poderia ter feito como Otávio Germano e diversificar a clientela.

Príncipe analisa reeleição

Nos cálculos do ex-presidente, Lula, caso seja reeleito, não terá musculatura política forte o suficiente para atrair as forças da oposição. Para ele, Lula teria alguma trégua por um breve período, mas, passado um ano de governo, a expectativa de poder seria transferida para o candidato da oposição.

"Imagina, se o Serra (José Serra, candidato tucano ao governo de São Paulo), provável candidato das oposições, iria conversar com ele? Lula não terá força para propor nada. Após o primeiro ano, a expectativa de poder passará para a oposição", analisou Fernando Henrique.

O Príncipe falou com o Estadão sobre a situação política caso o presidente consiga se reeleger. Preparem-se para o Tucanato Lulista em 2007.

Internet Participativa

Impossível não surgirem piadas vejianas como "fontes ligadas ao alto escalão petista dizem que uma assembléia continua em curso para definir quando a página do partido voltará ao ar" quando o site do PT, partido líder nas pesquisas presidenciais, fica seis horas fora do ar. O especialista residente em internet do Insanus, Bruno Galera, explicou parte do amadorismo:

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Questão de tempo

A página do PT na internet está fora do ar. Sites e blogs noticiam que se trata de ataque de hackers tucanos. Foi deixada a imagem abaixo, além de um texto.

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A farsa do partido da alface

Imagens de uma velhinha sendo espancada por um assaltante, usadas na campanha eleitoral de Edison Pereira (PV) ao governo do Rio Grande do Sul causaram comoção gauchesca. Edison Pereira queria mostrar a insegurança que todos vivemos, a calamidade em que estamos, talvez para abrir caminho para a proposta de realização de um referendo sobre a pena de morte no Brasil.

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A Zero Hora de hoje desmonta o partido dos legumes. É tudo uma farsa. O vídeo não foi gravado no Brasil, mas em Washington (EUA).

A demência não tem limites:

"Procurado ontem por ZH, Edison Pereira inicialmente disse que recebera o vídeo de uma fonte de confiança, que não poderia identificar. - A pessoa tem medo - afirmou.

Ao ser informado de que Ricardo Salles, candidato a deputado estadual pelo PFL de São Paulo, vem usando o mesmo vídeo no horário eleitoral obrigatório, o candidato do PV admitiu que sua fonte poderia ter mentido: - Não posso botar a mão no fogo."

Ninguém quer saber de debate

Notas esparsas do debate dos candidatos ao governo do RS ontem à noite na TVCOM:

1) Alceu Collares (PDT/ RS) foi o alívio cômico em um debate morno. A tela dividida mostrava a faceirice do pedetista durante a elaboração das respostas enquanto cada oponente falava. Esfregava as mãos, bufava ao microfone e soltava o brizolismo. Em réplica ao discurso Contra Tudo O Que Está Aí – “governos corruptos, neoliberalismo etc”. – de Roberto Robaina (PSOL), disse que “já vi esse filme antes”. Foi o que bastou para acabar com o candidato de Heloísa Helena e Luciana Genro.

Contra Olívio Dutra (PT/ RS), foi incisivo e lembrou o ex-governador de deixar Tarso Genro impor as prévias ao partido dos trabalhadores em 2002, mesmo que precisasse renunciar à prefeitura de Porto Alegre. Acusou o Bigode de não defender o desempenho de seu governo no pleito anterior e chegou a aferir que o golpismo de Tarso não poderia ter sido permitido. Acertou. Também acusou Olívio de ter saído com o rabo entre as pernas do Ministério das Cidades e não resistir: “Deveria ter sido mais GAÚCHO”, bradou. Collares é folclore.

2) Se o marketing petista for míope como nas últimas eleições e resolver polarizar com Yeda Crusius (PSDB/ RS), que se aproximou de Olívio nas pesquisas, merece outra derrota fragorosa. A deputada é um perfeito exemplar do tucanês insosso mostrado para todo o país por Geraldo Alckmin. Para resumir, duas frases pinçadas pela Zero Hora de hoje: “tucana propôs ações de racionalização administrativa em todas as áreas, da arrecadação à segurança. Diante da observação de Robaina de que fez parte da gestão Rigotto, pediu para não ser tomada pelo que "outros fizeram no passado".

3) Ao que parece, o PP promete uma parceria inédita com o PT, caso Olívio vá para o segundo turno. Francisco Turra usou sua primeira pergunta para saber do petista sobre os erros de seu governo, esperando que o ex-governador vestisse a carapuça da bananice na Segurança Pública. Olívio não só assumiu como deu uma resposta pela tangente, numa boa. Turra insistiu em servir de escada ao comentar sobre um debate na Federasul no qual Olívio teria dito que ações na defesa da biotecnologia – diga-se: Monsanto e Aracruz – e invasões lideradas por “gente como o [José] Bové”, não seriam toleradas. O petista não só reiterou a mudança de atitude, como tentou alfinetar os governos peemedebistas que o Estado teve: “Vamos governar para o povo, não para as empresas”. Podia ter saído sem essa.

4) Germano Rigotto (PMDB/ RS) teve um desempenho seguro. Mas foi interessante o governador dizer que estava fazendo um favor de ir ao debate quando se presta a posar para fotos como essa durante o expediente como chefe do Executivo.

5) Walter me informa sobre o nível de interesse das pessoas no debate de ontem: “NINGUÉM sabia dessa merda. Perguntei pra umas 10 pessoas ontem”. Eu tentei, mas acabei assistindo Clube da Luta pela oitava vez no DVD.

Datafolha

Saco infinito (Lula vai ganhar, já chega de tudo isso, peloamordedeus), mas lá vai o resultado da pesquisa Datafolha divulgada no Jornal Nacional desta terça-feira:

Lula (PT)
30/06 - 46%
18/07 - 44%
08/08 - 47%
22/08 - 49%
Margem de erro - entre 47% e 51%

Geraldo Alckmin (PSBD)
30/06 - 29%
18/07 - 28%
08/08 - 24%
22/08 - 25%
Margem de erro - entre 23% e 27%

Heloísa Helena (PSOL)
30/06 - 6%
18/07 - 10%
08/08 - 12%
22/08 - 11%
Margem de erro - entre 9% e 13%

Cristovam Buarque - 1%

José Maria Eymael - não alcançou 1%
Luciano Bivar - não alcançou 1%
Rui Pimenta - não alcançou 1%

Votos em branco e nulos
- 6%.
Eleitores indecisos - 7%.

Disputa política é importante para a democracia

Pára tudo!

Fato do dia: o TSE não aceitou a representação do PHS contra a candidata Heloísa Helena.

O Partido Humanista da Solidariedade se sentiu extremamente ofendido por Helô Helê ter dito, no debate da Band do último dia 14, que era a primeira mulher brasileira a se candidatar à presidência.

A primeira, na verdade, foi a aposentada Lívia Maria Ledo Pio de Abreu, do PHS, na disputa de 1989.

O TSE não aceitou a representação porque o prazo para protocolar o pedido é de 48 horas após o FATO - 16 de agosto, portanto. O PHS só o fez dia 18.

Transtorno Verde

O Partido Verde fica mais desesperado do que eu durante o horário eleitoral. O candidato a senador Nelson Vasconcellos disse que o partido é favor da realização de um referendo sobre a pena de morte no Brasil. Algo deveras inesperado de uma pessoa que há alguns anos desceu o arroio Dilúvio a bordo de um barco biodegradável e disse que recuperar aquele esgoto era possível.

Bivarianismo

Se a campanha está um tédio, pelo menos nos resta torcer para os candidatos nanicos comecem a surtar sem limites.

Nossa esperança maior está em Biváár. Depois de iniciar seu programa eleitoral dizendo que a Folha de S. Paulo estava de complô contra sua candidatura, Biváár mostrou-se completamente transtornado dizendo que dava vontade de se aliar ao PCC (claro, estava dizendo isso só em desabafo), tamanha era sua indignação.

Agora, a mais nova revolução proposta pelo candidato mais rico à Presidência (R$ 8 milhões) é acabar com os concursos públicos. Segundo o pernambucano, isso será necessário para descobrir a "real dimensão da demanda por servidores".

Mas e quando for preciso contratar funcionários? Ah, é só "contratar por comissão".

Mais, Biváár, mais!

Pesquisa Ibope para o RS

A Zero Hora deste domingo traz o resultado da pesquisa Ibope para governador do RS. Rigotto está na frente (28%), seguido de Olívio Dutra (21%), Yeda Crusius (15%), Collares (8%) e Turra (3%).

É possível comparar esta pesquisa, realizada entre os dias 15 e 17 de agosto, com a realizada nos dias 19 a 22 de junho:

Rigotto: junho 26%; agosto 28%
Olívio: junho 26%; agosto 21%
Yeda: junho 11%; agosto 15%
Collares: junho 8%; agosto 8%
Turra: junho 3%; agosto 3%

O fato mais significativo, portanto, é a queda de 5 pontos percentuais de Olívio, que também tem a maior taxa de rejeição – 30%, contra 20% de Collares e 19% de Rigotto. Será difícil o petista conseguir reverter esse quadro.

Nas simulações de segundo turno, Rigotto também ganha de todos os outros concorrentes:

Rigotto (48%) x Olívio (32%)
Rigotto (46%) x Yeda (31%)
Rigotto (51%) x Collares (22%)

Tarado ou pecuarista?

A declaração de bens de Geraaaaaldo diz que ele tem 20 garrotes estimados em R$ 10 mil.

O Wikicionário define garrote como:

1. (Brasil) touro jovem;
2. método de estrangulação de condenados que consiste em quebrar-lhes o pescoço entre duas tábuas que se vão apertando;
3. (medicina) tira de borracha usada para interromper, por estrangulamento, a circulação sangüínea, em caso de hemorragia ou de colheita para análise.

Sabendo que Geraaaaaldo já foi acusado de pertencer à Opus Dei, tida como uma prelazia ultraconservadora da igreja católica, instituição historicamente famosa por sua criatividade em inventar instrumentos de tortura para espalhar a fé, responda: os garrotes são do tipo 1 ou do tipo 2?

Cobertura eleitoral no RS: Zero Hora

Em entrevista concedida ao site Coletiva, a editora executiva de Política da Zero Hora, Rosane de Oliveira, falou sobre o planejamento do jornal para a cobertura das eleições desse ano:

Os blogs de jornalismo político tiveram uma explosão em todo o Brasil depois do escândalo do Mensalão por apresentarem alternativas de cobertura. Jornais do centro do país começaram a apresentar os seus formatos de blogs jornalísticos nessa época. Por que a RBS demorou tanto tempo para entrar nesta?

Olha, basicamente é porque nós temos um problema de estrutura, mesmo. A nossa prioridade não é o blog. Por que a nossa prioridade não é o blog? Porque nós temos um compromisso com os nossos leitores - compromisso com os leitores que pagam para receber um produto que tem de ser de primeira qualidade. Então, por que eu, por exemplo não tenho um blog? Porque eu tenho que escolher. Eu não tenho tempo para fazer. Então, eu teria que ter uma equipe só para fazer um blog. O Ricardo Noblat, por exemplo, não faz sozinho seu blog. Ele tem uma equipe do tamanho da minha editoria inteira para fazer só o blog. Então, a gente tem que fazer umas opções. Ou se tem estrutura para fazer bem, ou nem começa. Agora nós abrimos os blogs da eleição contando com a participação das outras mídias, dos repórteres das rádios, dos repórteres da TV. E, mesmo assim, a gente não consegue - eu, pessoalmente, não consigo – dar a atenção que eu gostaria porque eu tenho que eleger alguma coisa como prioridade.

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Rio Grande rumo à falência

Um dos argumentos de Yeda Crusius para que votemos nela é seu afinco e competência na reestruturação da Varig. Se eleita for, deve-se supor que em quatro anos todos os gaúchos estarão nus?

JC é brasileiro

Em cerca de 5 anos, 95% da população brasileira será evangélica. Eu serei evangélico. Você será evangélico. JC nunca esteve tão na moda.

De olho no futuro, os candidatos correm atrás dessa grossa fatia do populacho. Tentando preencher o buraco deixado pelo fracasso da candidatura de Anthony Garotinho, Lula prepara uma Carta aos evangélicos. Conquistar votos dos fies é uma das prioridades da campanha petista, que conta com a ajuda de seu vice, José Alencar (PRB, o braço político dos pastores), e com a coordenação da ex-ministra Benedita da Silva, aquela que viajava com dinheiro público para louvar o Senhor.

Alckmin, católico fervoroso, acusado até de ser membro da Opus Dei, também quer os votos dos pastores e de seus rebanhos.

E, agora, até o ex-blog de César Maia aconselha Heloísa Helena a falar da Bíblia:

"Lembro que, outro dia, você [Heloísa] dizia que seu socialismo você aprendeu na Bíblia. Uma sugestão. Fale isso mais vezes e use personagens e referências como exemplos. (...) Sabia que seu crescimento entre os evangélicos é significativo? Talvez por seu 'quase não maquiar'. Pelas pernas sempre cobertas. Por seu 'quase terninho branco'. Pelo seu jeito 'obreira' ou 'pastora' de ser."

Salve simpatia

O cartunista Ziraldo apareceu ontem no horário eleitoral do PSOL para pedir votos ao diretório gaúcho do partido através da candidatura de Luciana Genro – conhecida pelos seus berros autoritários e de só falar que o PT tinha laranjas podres quando estava na forca do partido, em 2003. Na Assembléia Legislativa do RS, era comum ouvir dos próprios militantes do PT comentários sobre a postura arrogante da deputada. A história mais popular era a de que Luciana costumava usar o elevador dos funcionários – existe um exclusivo para os deputados e aspones – para depois comentar abanando o nariz que estava impregnada com o cheiro do povo.

Sentado à sua mesa de desenho, o editor do Caderno B do Jornal do Brasil pediu aos eleitores gaúchos que enchessem o Congresso com várias Lucianas Genro. Agora imagine Ziraldo falando isso sobre os equivalentes a Luciana Genro nos outros estados da federação. O histórico político do desenhista sempre foi duvidoso – e acredito que o pessoal possa contar melhor sobre isso. Mas para ficar em um exemplo de coerência ideológica, Ziraldo criou o primeiro logotipo do PMDB, durante a Redemocratização. Para mostrar que é um cara moderno de olho nas próximas tendências – além de ter dado cara nova ao suplemento cultural do JB –, Ziraldo também desenhou o logotipo no novo partido de esquerda. Simpatia pura.

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Biváár!

Bivar apareceu totalmente transtornado em seu horário eleitoral, reclamando que não estão lhe deixando expor seus programa. Não deu para pegar o motivo exato, até porque só comecei a prestar atenção quando ele falou que dava vontade de "se aliar ao PCC" — com a ressalva de que é só um "desabafo" — e prevendo uma "hetacombe" (sic) na sociedade brasileira, se o PSL continuar sem poder expor seu plano de governo.

Impressão ou esse cara tá nos ameaçando?

Vem pra fazer mais

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Germano Rigotto (PMDB/ RS) era um dos
três candidatos a governador que não tinham um mascote.

Não é mais.

Horário tenebroso gaúcho

A apresentação dos três principais candidatos ao governo gaúcho no horário político ontem foi pavorosa. Germano Rigotto (PMDB/ RS) começou com uma locução em off com o narrador dizendo que ele é o governador de todos os gaúchos. Depois, o caxiense pediu mais uma chance para repetir a apatia geral de sua administração dando como exemplo de desenvolvimento econômico a vinda de empresas multinacionais (Stora Enso, Nestlé, Dell etc.) para o Estado, o que geraria 150 mil novos empregos. Só faltou dizer dos incentivos fiscais dados a essas empresas. Parecia que Antônio Britto estava de volta. Ao final, tocou um clipe pampeano com o hino rio-grandense - supostamente, algo que na cabeça dos marqueteiros une os gaúchos. Tenebroso.

Olívio Dutra (PT/ RS), como era esperado, listou seus feitos no governo estadual que teriam servido de exemplo para o governo Lula implantá-los em nível nacional. Sair com o rabo entre as pernas do Ministério das Cidades para dar lugar a um apadrinhado de Severino Cavalcanti (PP/ PE) deve ser visto como motivo de orgulho e prestígio do presidente para com o candidato petista. Miopia pura, como sempre.

Yeda Crusius (PSDB/ RS) tem o maior tempo na propaganda eleitoral e aproveitou os primeiros segundos na TV para resumir sua candidatura ao se apresentar: "Oi, eu sou Yeda Crusius e estarei aqui pelos próximos 45 dias para te apavorar".

Melhor que isso, só Pedro Simon (PMDB/ RS) pedir votos para o senado dizendo que "adoro o meu Estado e Porto Alegre. Por isso, preciso do teu voto para continuar em Brasília".

O boicote da Grande Mídia

A direção nacional do PSTU enviou ao TSE uma nota de repúdio à impugnação da candidatura de Rui Pimenta (PCO) por ele não ter apresentado as contas de sua candidatura na eleição de 2002. Maldade. Ontem mesmo, a propaganda de Pimenta na TV disse que o programa era feito com o amor dos militantes, e não dinheiro. Imagina em 2002.

O que não dá é ler o mesmo discurso esquerdista de que "existe uma postura sistemática de boicote pela grande imprensa das candidaturas de esquerda, favorecendo uma falsa polarização entre Lula e Alckmin, candidatos que defendem o mesmo plano econômico neoliberal, a mesma corrupção". Como o pessoal da esquerda acha que ainda engana alguém com essa conversa, duas coisas:

1) Eles devem fazer consultas sobre mídia com a Marilena Chauí, porque Lula já está garantido - pelo menos - no segundo turno e a polarização que começou a aparecer depois do debate da Bandeirantes é de que ela será entre Heloísa Helena (PSOL) e Geraldo Alckmin (PSDB). O tucano despencou na última pesquisa e no que depender de seu desempenho na TV, sua situação não vai melhorar. Se o interesse é vender jornal, que seja para reportar os dois se esganarem, e não ver Lula deslanchar nas pesquisas.

2) Na entrevista ao Jornal Nacional e no debate da Band, Heloísa assumiu discurso mais brando e até admitiu rever o programa de seu partido em relação à Reforma Agrária e à realidade de governar um país como o Brasil. Se isso não é para cair no gosto do povo - e, conseqüentemente, da mídia -, então estão todos perdendo tempo. Ao menos a farsa do PT durou mais tempo.

Perderá

O entrevistado do Jornal do Almoço desta quarta-feira foi Olívio Dutra. Com um bigode ainda maior e uma estrela do PT na lapela, Olívio fez de tudo para ressuscitar o petismo gaúcho.

Elói Zorzeto começou batendo, perguntando que tipo de estado Olívio estava propondo, já que nas suas propostas constam críticas ao “modelo neoliberal de estado” (sim, está escrito n e o l i b e r a l). O petista enrolou e disse que o estado não pode ser mínimo nem máximo, mas adequado. Não falou do termo “neoliberalismo”, provavelmente para não chocar a classe média.

A segunda tentativa de ressuscitar o petismo se deu ao falar da segurança pública. Olívio é a favor de uma espécie de “controle social” da segurança pública, para tornar mais transparente o funcionamento da área. Alguém se lembra de José Paulo Bisol como Secretário da Justiça e Segurança quando Olívio governava o RS? Alguém lembra da permissividade de Bisol em relação ao MST? Alguém lembra que Bisol mandou a Brigada Militar não usar mais coturno porque passava uma “imagem muito agressiva da polícia”?

Eu lembro. Não deu certo.

Toda Mídia Eleições

Tá no ar o blog Toda Mídia Eleições, do jornalista Nelson de Sá.

A idéia é ser uma extensão política de sua coluna diária na Folha de São Paulo, na qual fala sobre televisão, rádio, internet e blogs.

Cobertura eleitoral no RS: Correio do Povo

Como o jornal vai tratar a questão das pesquisas eleitorais, e sua relação com institutos como o Cepa/Ufrgs?

As pesquisas, bem, nós não temos nada a ver com o Cepa/UFrgs. O Correio do Povo tem o Centro de Pesquisas Correio do Povo, que é um dos pilares da nossa cobertura eleitoral. Nossa cobertura está baseada na reportagem com prestação de serviços ao leitor e discussão dos temas, principalmente, que é o caminho que a gente buscou, e, na outra ponta, está baseada nas pesquisas. As pesquisas são o esteio importante da nossa cobertura.

O editor-chefe do Correio do Povo, Telmo Flor, fala sobre a cobertura das Eleições 2006 no jornal mais tradicional do Estado.

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Festa coerente

Grande festa da candidatura Henrique Fontana

"É nesta sexta, 18 de agosto, às 20 horas, no Centro de Eventos Casa do Gaúcho (Parque Harmonia), em Porto Alegre. Reserve seus convites pelos telefones (51) 3332.9696 ou 3332.9235. Contamos com a tua presença! Convide seus familiares e amigos!"

Eu não poderei ir. Mas, se fosse o caso, faria a seguinte pergunta a Henrique Fontana, líder do governo Lula no Congresso, cujo slogan de reeleição é Coerência e Compromisso com o Brasil: "Qual espécie de compromisso podemos esperar de um partido que apresenta a mais completa falta de coerência moral desde que assumiu o poder e desiludiu milhões de pessoas?".

Sérgio Borja contra a Corja

Vote você também em um poeta gaúcho. Sérgio Borja é membro da Academia Rio-Grandense de Letras (cadeira nº22). Leia uma de suas poesias e eduque-se, seu apedeuta!

Sou o homem que posso
Mas nada faço.
Assisto impassível ao espetáculo
Minha dignidade é a consciência
De saber que nada é justo
Ainda assim contemplo
Estas visões torpes
Acuso a indignidade humana
Dedo em riste sobre os hipócritas

(...)

Mexa-se, mostre que voce é um Livre pensador.
Lute pela Maçonaria Tradicional, onde os homens valem pelo que são e não pelo que tem
(SIC).
Trabalhe por um mundo melhor e mais humano!

Primeiro dia de campanha na tv

Lula vencerá no primeiro turno. O forró de sua campanha tomará conta do país, de nossos corpos e de nossas mentes. Geraaaaldo, que tem mais tempo que Lula, não conseguiu publicitários tão bons para dar um jeito em sua cara de indigestão. O único problema é que não consegui ver de que partido é o Lula. Não apareceu. Assim não vou conseguir votar.

Fora Chuchu e Lula, a coisa está tenebrosa. Helô Helê começou o horário eleitoral repetindo sua lengalenga de sempre. Eymael, o democrata cristão gaúcho, continua com a mesma música, tentando mostrar que praticamente escreveu na íntegra a Constituição de 88. Biváár leu um texto completamente sem nexo, acusando a Folha de S. Paulo de estar inventando supostos acordos de seu partido com a rede Globo. Ninguém entendeu a explicação. Rui Pimenta, utilizando-se da mais moderna tecnologia de defeitos especiais PCO Filmes, defendeu, entre outras sandices, o salário mínimo de R$ 1900,00. Cristovam? Educação, educação, educação.

A diversão mesmo, como sempre, ficou por conta dos candidatos do RS à Câmara Federal. Alguns dos melhores momentos:

- Prof. Mauricinho. É o Polícia Civil de Butiá querendo conquistar o poderr.

- O Cometa Halley é candidato pelo PT.

- O PT usou praticamente todo o tempo dos candidatos para fazer propagandas aleatórias. Nos poucos segundos que sobraram, apareceram imagens congeladas dos candidatos, sem falar nada. Manuela muda. Assim não vai dar para responder às críticas de sua concorrente:

- Fernanda Machado é a anti-Manuela. Candidata pelo PSDB, Fernanda apareceu com uma metade do cabelo verde e a outra amarela e foi enfática: “‘E aí, beleza?’ Beleza nada!”. Fernanda está indignada.

- Pelo PV, hoje conhecemos também os candidatos Mano Rocha e Willi.

- Zapeando em busca da melhor imagem, fui parar num dos canais paulistas de Jesus que pega no UHF e pude ver nosso querido Paloffi pedindo votos: "Fiz minha parte como ministro, agora quero continuar como deputado." Tá eleito.

Revolução na educação já!

A primeira vítima do horário eleitoral obrigatório foi a língua portuguesa. Eymael e Bivar deveriam declarar seu voto em Cristovam e voltar para a escola. No programa do democrata cristão, as legendas tinham erros tenebrosos de ortografia, como "empobresse" e "mais" no lugar de "mas". Já o socialista liberal não se deu o trabalho de arranjar legendas ou um tradutor para os espectadores surdos, mas atentou contra a concordância gramatical verbalmente, mesmo.

Turra essa, Rigotto!

Francisco Turra, dizendo como seria um eventual governo seu no Jornal do Almoço:

— Você não vai me ouvir chorando.

Horror, a única saída

Tocar o horror é a unica forma possível de cobrir essas eleições. E a Zero Hora, mais do que em qualquer outra cobertura, está aperfeiçoando a técnica. O texto é de Marcelo Fleury, grifos meus:

"Existe a situação. Existe a oposição. E existe o Guilherme Giordano.

O candidato do PCO ao Piratini protagonizou as cenas mais inusitadas do debate de ontem na Assembléia. Primeiro, entrou panfleteando na platéia, enquanto os demais candidatos já se acomodavam no palco. Depois, disse representar um "partido revolucionário" e chamou de "burgueses" até Heloísa Helena e o seu P-Sol. Nem o PSTU escapou. Mas a cena mais curiosa ocorreu quando lhe deram um minuto para formular uma pergunta a Olívio Dutra (PT). O candidato gastou 59 segundos em críticas ao capital internacional e um na frase "Portanto queria perguntar ao senhor...", antes de ter o som do microfone cortado e dar a Olívio a oportunidade de falar sobre o que bem entendesse."

Aproveite e confira também a receita do "Pavê Propaganda Eleitoral" e o resultado do concurso "De qual político é este bichinho de estimação?"

Liveblogging - primeiro debate 2006

21h02: Começa a cobertura da Band, com a prévia da chegada dos candidatos. Antes disso, no final do Jornal da Band, a mocinha EXPLODIU rindo, ao vivo, ao anunciar que Sofia Loren foi eleita a mulher mais bonita do mundo.

21h12: Cristovam Buarque recebeu conselhos de Fernando Vanucci e tomou uns calmantes. Educação, educação, educação...

21h14: Geraldo Alckmin chega de táxi aos estúdios, assim como Buarque. O repórter pergunta se o Chuchu espera que Lula venha ao debate. É, o Aerolula vai pousar daqui a pouco. O assunto da Segurança Pública surge. Claro, Alckmin é especialista no assunto.

21h19: Bivááár.

21h21: Band relembra sua cobertura política. Mostra Jânio Quadros surtando e acaba com a Globo, que sumiu nas diretas. Mas não destacou que Collor fez como FHC e Lula e não foi no primeiro debate.

21h23: Eymael: é o gaúcho no poder.

21h25: Helô Helê também chega de taxi. O sindicato dos taxistas deve estar feliz, segundo o jornalista da Band. Helô Helê 2006 = Lula 2002 = queremos um debate programático, qualificado e organizado.

21h30: Tem menos gente do lado de fora da Band do que na primeira visita do Chuchu ao RS.

21h42: Aníííbal (José Inábil): pau no Lula, o matão. FHC nem fez o mesmo.

21h47: A Band força muito a barra na comparação de seu histórico de debates e coberturas eleitorais contra a Globo. Enaltecer os profissionais da casa com entrevistas ao vivo também deve ser um marco histórico na Democracia brasileira. Cento e cinqüenta profissionais da emissora estão de prontidão, com a rua fechada e o prédio com tantos holofotes que parece pedir por um ataque dos Piratas do Caribe. Ou do PCC.

22h: Começa pontualmente a birosca. Biváár começa.

22h03: Chuchu tem "esperança". Sei não, mas eu tenho MEDO do Alckmin.

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Turra em chamas

Chega uma newsletter urgente do candidato do PP ao governo do RS, Francisco Turra – frases em negrito, caps lock e sublinhadas por conta do assessor de imprensa:

"TURRA VAI AO JORNAL DO ALMOÇO NESTA TERÇA-FEIRA

Amigos vocês estão todos convidados, repassem para seus contatos:

A RBS TV começa hoje uma rodada de entrevistas com os candidatos a governador.

Em uma ordem definida por sorteio acompanhado por representantes dos partidos, TURRA será o segundo.

TURRA será entrevistado nesta terça-feira, 15 de setembro, por seis minutos, no último bloco do programa, pelos jornalistas Daniela Ungaretti e Elói Zorzetto. Na terça-feira, 15 o Jornal do Almoço por causa do horário eleitoral, começará às 11h40min, e terminará às 12h."

Em tempo: na última pesquisa do Correio do Povo para o governo do Estado, Turra aparecia em quinto lugar com 3,4% da preferência do eleitorado. O PP gaúcho também tem se destacado por contar o deputado Érico Ribeiro. O parlamentar, que é vice-presidente da FIERGS, admitiu que um motorista a seu serviço recebeu 10 mil reais da Planam e os repassou a um vereador.

Debate

A Bandeirantes realiza hoje, às 22hs, o primeiro debate com os candidatos à presidência.

Lula, como esperado, se acovardou e já disse que não irá. Alguém lembra da fúria petista quando FHC anunciou que não participaria de debates na reeleição?

Como sempre, A Nova Corja fará seu tradicional liveblogging surtado.

Para os moradores aqui da província rio-grandense, o Jornal do Almoço (12h hoje e 11:40 a partir de amanhã) entrevista nesta semana um candidato por dia ao governo do RS. A programação: hoje, segunda-feira - Yeda; terça-feira - Turra; quarta-feira - Olívio; quinta-feira - Collares; sexta-feira - Rigotto.

A Nova Corja fura a Zero Hora

Não, não foi impressão sua. Publicamos no dia 08 de agosto (segunda-feira passada) o que saiu hoje (domingo) na coluna da principal colunista política do Rio Grande do Sul. Mas blogs são irrelevantes. Publicamos fatos sem a menor responsabilidade, sem investigar e conferir os dados.

Aécio 2010

Estava demorando para sair alguma notícia desfavorável ao Presidente do Brasil em 2010, Aécio Neves.

A Folha de São Paulo publica matéria neste domingo (íntegra abaixo) mostrando que, para cumprir o percentual mínimo constitucional em serviços de saúde (12% das receitas), Aécio incluiu nas despesas da área coisas como combate à febre aftosa, construção de praça, erradicação de doenças em animais, exposições agropecuárias, pagamento de precatórios, saneamento (cujos serviços são tarifados), locação de serviços de limpeza para um hotel, programa de melhoramento urbanístico e a compra de equipamento para fabricar bloquete (não tenho nem idéia do que seja isso) e meio-fio.

Com esse "choque de gestão", Aécio conseguiu alcançar o suposto "déficit zero", carro-chefe de sua campanha pela reeleição. Claro, vale a pena lembrar que quem fez o grosso da divulgação do suposto sucesso financeiro de Minas em 2004 foi a SMPB, agência de Marcos Valério.

Aecinho está com 74% das intenções de voto, segundo a última pesquisa Datafolha.

Como sempre, A Nova Corja esclareceu o motivo de tudo há muito tempo.

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Fracasso ciberespacial

A guerra petista declarada contra a opinião alheia só vai operar durante o expediente do funcionalismo público, com intervalos de duas ou três horas para o almoço. O Blog da Campanha do presidente Lula, inaugurado ontem, tem cinco posts até o momento e apenas um comentário. O timing para lançar o blog não poderia ser melhor. Uma sexta-feira à tarde.

Sem acesso aos computadores nas repartições públicas durante os finais de semana, imagino a militância petista bolando alguma uma tática de guerrilha para descobrir o que é, o uso e a manutenção do poder através dessa coisa chamada Blogosfera. Mas não espere nenhuma "desestruturação" na manhã de segunda-feira, quando eles terminarem o cafezinho, a leitura de todos os jornais e afins para, aí sim, usar o erário público para acossar as pessoas a votar por um novo Mensalão. Mas aí terão pouco tempo – e talvez surja daí a dficuldade em expor seus pensamentos de maneira clara e racional – para disseminar suas mensagens iluminadas nos comentários. O horário do almoço começa em cinco minutos.

Abaixo, o uníco comentário no blog de Lula no RS, que dá uma amostra do que vem por aí.

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Toca Raul

O ex-prefeito de Santa Maria inaugurou hoje o Blog da Campanha de Lula no RS. O coordenador da campanha do presidente Lula no RS, Valdeci Oliveira, adere ao afã petista de fazer campanha e combater a "guerra suja" da oposição na internet. Em seu perfil, Valdeci classifica os filmes "Central do Brasil", "O que é isso, companheiro" e "Diário de Motocicleta (sic)" entre seus preferidos. No gosto musical, "todas do Raul Seixas".

Suínocampanha

Governo do Estado vai intensificar fiscalização de suínos na fronteira

O Governo do Estado vai intensificar a fiscalização de entrada de suínos de outros estados na fronteira do Rio Grande do Sul. A garantia foi manifestada pelo governador Germano Rigotto (PMDB/ RS), hoje (11 de agosto), na abertura do 33º Dia do Porco, no município de Nova Candelária, na região Noroeste do Estado. O governador destacou que é preciso ampliar o controle para assegurar a qualidade e a sanidade da suinocultura do Rio Grande do Sul. (...)

Segundo Rigotto, a suinocultura atravessa um momento de fortalecimento, tanto no mercado interno quanto externo. Ao falar sobre a importância que o Governo do Estado dá à suinocultura, o governador recordou que já foram reabertos cinco frigoríficos no RS, dos quais um está localizado em Santa Rosa, na região Noroeste. A economia de Nova Candelária depende em 80% da suinocultura.

Do Palácio Piratini.

Transtorno petebista

A produção do programa Gaúcha Atualidade entrou em contato com os deputados federais gaúchos que serão investigados pela CPI dos Sanguessugas. Érico Ribeiro (PP/ RS) alegou falta de condições emocionais para dar qualquer entrevista. Paulo Gouvêa (PL/ RS) marcou com os produtores, mas não atendeu o telefone na hora do programa. O único que topou dar explicações foi Edir Oliveira.

Devidamente transtornado criticou a absolvição de alguns parlamentares da lista e perguntou “por que não chamaram o José Serra (PSDB/ SP), que foi flagrado em fotos entregando ambulâncias?”.

Disse que não teve nada a ver com a compra de ambulâncias em Taquara – onde há provas de que foi usado dinheiro da Máfia das Sanguessugas. Ele é acusado de apresentar emendas para a aquisição de ambulâncias, mas destacou que era para “unidades móveis de saúde”. O Fiat Dobló cuja compra tem provas de envolvimento do ex-secretário através das emendas descobertas pelo A Nova Corja desmentem Oliveira.

Perguntado sobre sua relação com o ex-assessor Rafael Zancanaro, não disse nada além de que “não conhecia esse rapaz quando ele recebeu dinheiro do Vedoin, em 2002. Ele só veio trabalhar comigo na Secretaria do Trabalho um ano depois”. Mentiu de novo. Conforme publicado aqui no dia 09/08, o petebista recebeu R$ 3.510 de Rafael Zancanaro para o financiamento da campanha de sua reeleição em 2002, ano em que o membro da Juventude Petebista recebeu R$ 30 mil de Vedoin.

Ao final, Edir Oliveira garantiu que concorrerá à reeleição em outubro. Resta saber como o partido de Sônia Santos, candidata a vice-governadora pela chapa do governador gaúcho Germano Rigotto, vai tratar do assunto.

Lula apresenta mais do mesmo

Não vi a entrevista de Lula ao Jornal Nacional de hoje. Isso não me impede de fazer uma crítica. Fátima Bernardes e William Bonner devem ter insistido na história do mensalão e o presidente deve ter respondido com alguma lenga-lenga sobre como o PT puniu os envolvidos e tudo o mais, mas reiterando que as coisas no Brasil são assim mesmo. Deve ter cometido algum ato falho tenebroso, que deixe transparecer sua arrogância pós-Planalto. Ao mesmo tempo, demonstrou carisma quase irresistível. Mesmo sabendo que se trata de um ignorante com tendências caudilhescas, é impossível não simpatizar com aquele sujeito bonachão, com cara de pai daquele seu amigo em cuja casa você come churrascos aos domingos. Pense em Lula de regata, com um copo de caipirinha em uma das mãos, um espeto na outra e um monte de farelo de pão e gordura de lingüiça na barba.

O candidato à reeleição também deve ter insistido que nunca se comeu tanto filé mignon nas favelas. Que esse foi o melhor governo do Brasil desde a redemocratização. Que sua gestão tornou mais sólidas as bases econômicas. Que no próximo mandato essas bases servirão para distribuir a renda e levar a cabo mais avanços sociais — ainda mais avançados que o super, ultraeficaz Bolsa-Família. Enfim, Lula deve ter vencido a todos os outros entrevistados no quesito forma, que como dizíamos ontem, é o mais importante. Não foi tão arrogante quanto Heloísa Helena, nem tão profundo quanto Cristovam Buarque, muito menos um modelo para o Houaiss usar no verbete "pusilanimidade", como Geraaaaaaldo. Passou confiança e segurança.

Estou louco para assistir à entrevista.

Recorta e cola

O porto-alegrense auto-exilado no Rio Giuseppe Zani contribui para a cobertura dessas eleições com seu Recorta e cola, um blog dedicado a clipar notícias e artigos interessantes sobre o pleito.

Renovação política

A candidata mais jovem do Brasil, com 18 aninhos, está em Goiás, mas a mancebia no RS não fica muito atrás. Perdemos somente por dois anos de diferença. É a renovação política. É a juventude no poderrr.

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"O jovem Marcel Van Hattem (PP), 20 anos, concorre a deputado estadual no Rio Grande do Sul como o candidato mais novo do Estado. (...) Se eleito à Assembléia Legislativa gaúcha, promete defender a juventude e a terceira idade, além de incentivar o empreendedorismo, a geração de empregos, educação de qualidade e o meio ambiente. No currículo do jovem, consta o domínio da língua inglesa, holandesa e espanhola." (Terra)

Cristovam surpreende

O Cristovam Buarque, candidato do PDT, sempre teve um certo ar de coitado dessa eleição. Saiu do PT em desgraça, após servir de corinho para os ministros de Lula, especialmente José Dirceu. No fundo, parecia um Policarpo Quaresma, querendo fazer o bem e melhorar o país da maneira que acha melhor, mas esbarrando ingenuamente nos interesses mais mesquinhos que a política pode oferecer. Bem, ele continua assim, mas após a sua entrevista ao Jornal Nacional, ao menos ficou parecendo um sonhador consistente e seguro. Muito mais seguro que Geraaaaldo, cuja pusilanimidade aliás se destaca como uma drag queen na missa. Cristovam não se deixou intimidar pelo casal nacional, não deixou que o interrompessem em suas respostas, falou o que quis, mas não foi mal-educado como Heloísa Helena. Ao contrário dessa, aliás, não pareceu fingido, sua ternura soou genuína.

A maior parte da entrevista girou em torno de suas propostas para a educação. Especificamente, em torno de onde sairia o dinheiro para levá-las adiante. Saiu-se bem, demonstrando conhecimento dos trâmites entre os Três Poderes. Quando Bonner comentou que não havia previsão orçamentária para aumentar os salários dos professores, ouviu o óbvio, ou seja, que o orçamento é anual e, eleito, Cristovam arranjaria as verbas. Mostrou muitos números, embora números sejam sempre discutíveis. Em todo caso, é bom ao menos um sinal de preocupação com este tipo de ninharia, que outros candidatos costumam ignorar. O grande defeito de Cristovam, justamente, é saber demais. O eleitor médio ou abaixo da média talvez não consiga acompanhar sua lógica. Como se sabe, na televisão importa mais a forma do que o conteúdo. Na forma, ele foi médio.

Aliás, o grande defeito de Cristovam mesmo é ser do PDT.

"Se eu for eleito, ainda serei eu mesmo"

Recebo um panfleto no correio de casa: “Em inglês, Changes siginifica mudança. Em português, também. Mano Changes [PP/ RS], o vocalista da Comunidade Nin-Jitsu é garantia de mudança. É a garantia que os jovens terão vez e voz na política, pra construir um futuro que nos represente, que nos dê mais oportunidades de emprego, educação e respeito à natureza.
Mano Changes é a autenticidade no poder. É a liberdade de cada um, com a seriedade e coerência que todos querem. Porque se a gente deixar os políticos no-notchon (sem noção) tomarem conta, o Estado e a sua cidade serão do jeito que eles querem. E não do seu jeito.”

Ao final, o slogan "Chega dos Mesmos". Inscrito no Partido Progressista gaúcho, imagino que a juventude dos ruralistas da Farsul e de ex-governadores biônicos da Arena ajude bastante na coordenação da campanha para criar uma frase de efeito como essa em 2006.

Heloísa Helena exagera

A senadora Heloísa Helena se saiu muito melhor do que Geraaaaaldo na entrevista de dez minutos no Jornal Nacional. O problema é que ela se saiu melhor demais. Embora evidentemente tentando ser menos agressiva, não conseguiu perder o ar professoral típico de quem tem certeza demais a respeito de suas idéias. Um indício preocupante. Lá pelas tantas, discutindo a questão das invasões, disse a Fátima Bernardes "meu amor, eu tenho de saber mais de reforma agrária do que você". Só nessa demonstração gratuita de arrogância, deve ter perdido um milhão de votos. Nem Bonner nem Fátima conseguiram terminar de fazer perguntas direito. A candidata do PSol atropelou os apresentadores em todas as respostas. César Maia já havia aconselhado a HH a deixar disso em seu ex-blog.

No mais, a senadora passou o tempo inteiro ressaltando o fato de ser mãe e de crer em Deus. Ficou forçado. Enfiar referências aos filhos em cada resposta foi demais. Na última pergunta, o que ela considera um bom governo, se saiu com algo como "eu quero acalentar o povo brasileiro como acalento meus filhos". Sapralá, madame! Prefiro minha parte em dinheiro. O momento mais tenso da entrevista foi quando Fátima leu um trecho do programa do partido, que prega a expropriação de todos os latifúndios para reforma agrária. HH cambaleou um pouco, mas saiu pela tangente, dizendo que programa de partido é diferente de programa de governo e que isso era objetivo estratégico do PSol a longo prazo.

De qualquer maneira, a candidata socialista causou impressão muito melhor que o patético picolé de chuchu, que se deixou levar o tempo todo e caiu em todas as armadilhas da entrevista, como um patinho. Nenhum dos dois tem carisma comparável ao de Lula, porém. O presidente não é um borra-botas, sabe ser incisivo como HH, mas também sabe a hora de deixar os outros falarem. E é muito mais simpático do que os dois juntos.

Rain Man para presidente

Site de notícias de Geraldo Alckmin mostra o nível do autismo moral dos políticos brasileiros. Alguns trechos da última nota publicada: "São Paulo trabalhou, não me omito, assumo responsabilidade, não fujo do problema. Muito diferente do governo federal, que diz que o problema não é com ele", afirmou, após encontro com portadores de deficiência."

O governador de São Paulo, Cláudio Lembo (PFL/ SP) deve concordar plenamente com a declaração de seu antecessor. Mas impulsos são caros e ele não deverá ligar a Alckmin para agradecer o apoio dado durante as crises. O tucano emendou: "Geraldo disse que vê 'coincidência' entre a onda de ataques em São Paulo e o período eleitoral. 'Isso tem que ser investigado', defendeu". Ora, se Alckmin acredita em algo como "coincidência" nos ataques do PCC, assume a incompetência de ver a organização prosperar durante os 12 anos do tucanato em São Paulo.

Candidata mais jovem do Brasil


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Pelo menos em Goiás, ninguém mais tem desculpa para anular o voto. A "tímida e vaidosa" Thays Priscilla Bechepeche Ribeiro, 18 anos, tenta uma vaga na Assembléia Legislativa goiana, incentivada pelo papai. Concorrendo pelo PMDB, Thays é a candidata mais jovem do Brasil e tem entre suas principais propostas "regulamentar mais áreas onde possam ser realizados shows e eventos". Thays apóia a candidatura de Maguito Vilela ao governo do Estado - o peemedebista, inclusive, vem liderando amplamente as últimas pesquisas. A jovem deve ter poucas chances de se eleger, a não ser que ouça o apelo mais freqüente manifestado por seus eleitores quando caminha nas ruas: que Thays se comprometa a usar apenas blusas como esta da foto, durante os quatro anos de mandato.

Sejam educados nos comentários. A moça é de família.

Biriri do Candidato

Inauguramos a nova série “Biriri do Candidato” com o deputado gaúcho Edir Oliveira (PMDB/ RS), principal acusado de receber benesses com emendas para a máfia das Sanguessugas no RS. Com a ajuda do site Transparência, vamos apresentar as todas as peculiaridades possíveis que o site torna de alcance público sobre o perfil de cada candidato a algum mandato do eleitor rio-grandense. Hoje, começamos com alguns dos financiadores de sua campanha eleitoral em 2002.

Os dados mais curiosos: o prórprio partido do deputado tinha tanta confiança em sua candidatura que lhe deu a soma de R$ 450, 00. Edir depositou em seu nome R$ 4.275,73 e recebeu doação de Rafael Zancanaro Oliveira no valor de R$ 3.510,00. O parlamentar desmentiu a informação de que Zancanaro fosse seu sobrinho e assessor no gabinete da Câmara dos Deputados: "Rafael Zancanaro Oliveira não é meu sobrinho nem foi meu assessor parlamentar, e sim assessor na Secretaria do Trabalho [durante o governo de Germano Rigotto]". Nada de estranho, como sempre.

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"Viu o que o Bonner e a Fátima fizeram com a gente?"

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Orlando Brito, divulgação/ZH

Edir Oliveira responde

-----Mensagem original-----
De: Rodrigo Alvares
Enviada em: quarta-feira, 2 de agosto de 2006 12:22
Para: Dep. Edir Oliveira
Assunto: Emendas

Caro deputado,

gostaria de saber quais foram os seus critérios para incluir no Orçamento de 2006 emenda que beneficia com equipamentos as Escolas da Campanha Nacional da Comunidade (CNEC) com R$ 100 mil. Como a comunidade é uma rede de escolas particulares com poucas representantes no Estado, o que impeliu o senhor a incluir essa emenda para entidades privadas ao invés de públicas?

Segunda questão: como a sua esposa é diretora de uma dessas escolas - no caso, o Colégio Nossa Senhora dos Anjos, mais conhecido como Gensa, não é natural que haja desconfiança em relação às suas ações?

Data: 02/08/06 18:33
De: Dep. Edir Oliveira
Para: Rodrigo Alvares
Assunto: RES: Emendas

Caro Rodrigo:

É muito bom que faças este tipo de questionamento, pois lamentávelmente certas pessoas preferem lançar ao público suas ilações caluniosas ao invés de antes saber as razões.

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Propaganda gratuita

Deve ter alguma parte de Rede Mundial de Computadores que as pessoas ainda não entenderam. Recebemos mais um e-mail com reclamações à cobertura das eleições. Dessa vez, o problema foi um post no qual divulgamos a lista dos candidatos no site do TSE como "diversão garantida sem fim e sem controle".

"Em 01/08/06, Andre Luiz Freitas escreveu:

Retira o nome do Valdair Gabriel Kuhn do site imediatamente, vamos entrar na justiça contra vcs seu irresponsàvel....."

Caro André,

posso saber exatamente por que eu deveria fazer isso, se o nome completo do candidato também aparece nos sites do PSB/ RS, do PSB nacional e do TSE? Ameaçar um blog é fácil. Processem o TSE e o PSB por publicarem o nome de Kuhn para o conhecimento dos eleitores.

Se, como consta no site do Tribunal Superior Eleitoral, a situação da candidatura dele aguarda definição e ele apresenta uma previsão de gastos de R$ 400 mil, quando sua declaração de bens soma R$ 145 mil, o problema não é nosso.

Abraço.

Leia a última parte da entrevista com Manuela

manuela.jpgNesta última parte da entrevista, a vereadora Manuela dÁvila aprofunda a análise sobre a Câmara de Vereadores e explica por que se aprovam tantos nomes de ruas. Também comenta o fisiologismo, a influência do poder econômico e a presidência de Aldo Rebelo na Câmara dos Deputados — à qual Manuela concorre nesta eleição. Mostra mais uma vez ser uma comunista sui generis, ao criticar a esquerda que pretende fazer política social com o dinheiro dos outros.

Lamentamos a demora na publicação desta última parte, mas a visita de Lula ao Estado concentrou todos os esforços de nossa equipe no final da semana passada.

Träsel: Tem projetos que tu achava que ia conseguir aprovar quando entrasse na Câmara...

Manuela: Tem.

Träsel: ...e ficaram parados por algum motivo?

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Dados da corja

A Transparência Brasil inaugurou o site Excelências, no qual pretende colocar o perfil de todos os candidatos do país à Câmara Federal (por enquanto, estão disponíveis os perfis de candidatos de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro.)

A vantagem do Excelências é conter mais informações do que o site do TSE: além da identificação e declaração de bens, é possível encontrar notícias da imprensa sobre o candidato, detalhes da atuação parlamentar (como emprego de verba de gabinete e valor de emendas liberadas), lista de financiadores da última campanha eleitoral e indiciamentos em processos.

Tudo isso sem deixar de colocar cada um em seu lugar. No caso do nosso querido Genoino, por exemplo, a Transparência não esquece de mencionar o fato mais relevante de sua biografia:

"Outros dados relevantes: Concorreu ao governo de São Paulo em 2002. Um assessor de seu irmão - deputado estadual no Ceará - foi preso com dólares na cueca."

Tribunal Superior da Embromação

O pior das eleições é o TSE.

Todo ano é a mesma campanha patética para convencer o poviléu a votar conscientemente. Ontem, por exemplo, já era possível assistir à mais nova façanha aprovada pelo Tribunal. A campanha diz:

"O presidente do Brasil é tão bom quanto o seu voto"
"O seu governador é tão bom quanto o seu voto."

O Lula é tão bom quanto o meu voto? O Rigotto é tão bom quanto o meu voto?

Segundo a Folha, o TSE nega com todas as forças "que a frase tenha duplo sentido".

Lei é lei, acreditemos.

Debate "GOSTOSO"

Em seu blog no site do Estadão, Paulo Moreira Leite postou uma nota que despertou um bom debate – que, claro, acabou descambando para o bairrismo mais raso e raivoso, nos comentários do blog. Leite ironiza o fato de que o PMDB gaúcho resiste em aderir à candidatura de Alckmin por não querer mais um presidente paulista. Afirma ele: "O Rio Grande vive uma das piores crises de sua história e seus políticos acham que parte do problema se deve à distância do poder." Afirmo eu: a crise financeira do RS é causada, em grande parte, pelo calote que a União aplica no Estado há anos. No entanto, nunca um governo foi tão gaúcho como este de Lula – basta olhar o primeiro escalão, que já teve Olívio, Tarso, Rosseto e Dilma ao mesmo tempo. Não é preciso ter muitos neurônios para concluir que o problema, claro, não é a falta de gaúchos por lá, mas sim a divergência ideológica dos gaúchos que estão lá com os que estão aqui (Rigotto e companhia). Enfim, leia o texto de Paulo Moreira Leite abaixo e tire suas conclusões:

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Pedala, Germano

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"Quem está na foto é o governador ou o candidato à reeleição? Pela definição que o próprio Germano Rigotto adotou, o homem sentado na bicicleta na 29ª Festa do Colono e do Motorista em Linha Andres, Venâncio Aires, é o governador."

Lula em Porto Alegre

Devidamente orientados a cobrir o discurso do presidente Lula no Gigantinho como militantes, fomos à avenida Padre Cacique prontos para uma cobertura sem credenciais de imprensa. Do lado de fora do ginásio, dezenas de ônibus apinhados garantiriam a lotação do lugar.

Do lado de fora do Gigantinho, o líder do governo Lula na AL, Adão Villaverde, fazia um corpo a corpo entre os eleitores.

Como bons seguidores, entramos na fila e esperamos.

Lá dentro, petistas de todos os quilates se misturavam à multidão. Entre eles, o ex-presidente estadual do PT David Stival. Não quis muita conversa. Tratei de seguir um assessor e procurar por Tina, meu contato na Imprensa do PT. Algo estava errado. A experiência não seria completa sem a chance de entrar no curral dos jornalistas. Agarro o braço de um assessor qualquer e pergunto: Cadê a Tina? Ele aponta para um corredor obscuro e a encontro. Me identifico. Ela assina as credenciais de imprensa: "Rodrigo - Nova Corja" e "Valter - Nova Corja".

Valeu. Toca pro curral.

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Campanha toma noite porto-alegrense

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Heloísa Helena em versão de espuma, recheada por um militante do P-SOL, faz campanha no bar Pinacoteca, bairro Cidade Baixa, em Porto Alegre.


Foto tirada há uma semana por Roberto Tietzmann.

Virei militante do PT

A diversão não acaba nunca. Depois de dois dias para conseguir uma credencial de imprensa na festa do PT no Ginásio Gigantinho amanhã às 17h, a assessora de Olívio Dutra (PT/RS) me explica que essa facilidade de imprensa não rolaria porque A Nova Corja não é uma empresa.

A Nova Corja: "Tá, mas então como eu faço para entrar lá?".

Assessora: "Entra como militante".

Não dá pra ficar mais Gonzo que isso.

Manuela: "parece a União Soviética"

manuela4.jpgPublicamos hoje a quarta parte da entrevista com Manuela d'Ávila, em que a vereadora comunista compara a burocracia da Câmara à da União Soviética. Manuela também faz um balanço de seu primeiro ano de mandato e critica a separação entre o povo e seus representantes.

Manuela: Essa burocracia, eu até brinco. Ali na SEC parece a União Soviética. Um negócio imenso, com um monte de salinha que é óbvio que ninguém consegue produzir como produziria num ambiente mais silencioso, mas tudo bem. Tu tem isso, e tu tem uma concepção, na minha opinião, antiga de fazer política. Eu vou dar um exemplo para vocês: eu tenho outros vereadores que compartilham dessa opinião. Já propus mil vezes: eu preciso de menos papel, eu uso muito a Internet. Por quê? É mais ágil, é mais barato para o poder público. Não gasto selo. Eventualmente, óbvio, tu tem que usar. Agora vai ter conselho do meu mandato daqui a um mês, reunião do conselho do mandato, para dar idéias, para prestar contas do que tá fazendo. Aí tem que usar selo, porque tem muita gente que não tem e-mail ainda, tanto que uma das coisas que a gente trabalha é a inclusão digital. Eu não preciso receber as coisas impressas, gasta papel, é burocracia, eu abro o e-mail de dez em minutos. Eu levo o laptop pro plenário, sabe? A lógica é uma lógica antiga de fazer política, entende? Isso passa pela estrutura material, mesmo. Tudo bem, então eu faço a opção. Ao invés de aplicar X de papel nesse mês, eu quero investir esse dinheiro no poder público e comprar um computador. Vai ficar para o patrimônio da Câmara. Eu falei: "eu preciso de mais dois computadores". Então, eu comprei com o meu dinheiro. Dois computadores [originais do gabinete] não tem como num ambiente que é contemporâneo. Não é porque eu sou jovem. Em qualquer lugar, cada pessoa tem um computador. Em qualquer lugar de trabalho. Não, aqui tu tem dois. A estrutura é uma estrutura pensada numa concepção velha de política.

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Passa o chapéu

Profissionais da mídia gaúcha têm evitado se envolver com a campanha de Olívio Dutra (PT/RS) ao governo do Estado porque não acreditam que o partido garanta qualquer espécie de pagamento ao final do trabalho. É de conhecimento interno que ainda há profissionais esperando o PT gaúcho pagar pelo menos duas campanhas pendentes de 2004. Em reuniões, quando perguntam sobre a forma de pagamento, a resposta dos petistas é que eles trabalham na base da confiança. Ainda não se sabe se a Casa de Cinema, produtora de filmes de Porto Alegre, recebeu os R$ 80 mil pelos filmes feitos na campanha à prefeitura. A garantia de Carlos Gerbase à época era de que eles nunca mais trabalhariam para o Partido dos Trabalhadores.

A edição de hoje da Folha de S. Paulo de hoje confirma essa tendência. O tesoureiro da campanha de Lula admite que o PT já tem dívida com o marqueteiro João Santana, que deveria ter recebido um sinal de 20% pelo contrato de R$ 8,2 milhões, mas não viu o dinheiro. Além do contrato com Santana, foram empenhados R$ 3 milhões com pesquisas de opinião, R$ 3,5 milhões com reforma e manutenção de dois comitês e R$ 600 mil com a convenção de Lula, em junho. Os gastos com deslocamentos do presidente precisam ser reembolsados à Presidência.

Vigarice geral

A candidata a presidente pelo P-SOL, Heloísa Helena, foi ontem a Brasília para acompanhar os trabalhos da CPI dos Sanguessugas. Afirmou que o esquema de corrupção começou no governo passado e se saiu com uma declaração peculiar: "Se acontecia no governo passado e agora no governo Lula continuou acontecendo, com requinte de vigarice política inaceitável, precisamos dizer ao povo brasileiro para poder desmontá-lo".

Pena que a alagoana não falou nada quando ainda estava no PT durante as vigarices políticas do governo FHC que tiveram continuidade no governo Lula, do qual a senadora fez parte até dezembro de 2003. A Operação Sanguessuga galopava à época. Mas ninguém nunca sabe de nada.

Manuela d'Ávila e a Câmara de vereadores

manuela3.jpgPublicamos hoje a terceira parte da entrevista com Manuela d'Ávila. Hoje a vereadora fala sobre sua experiência como novata na Câmara de vereadores de Porto Alegre, das limitações institucionais, da importância deste espaço que, em sua visão, é um espaço sobretudo de participação política. E avisa aos analfabetos políticos: "é melhor ser do PFL do que ser um taipa".

Manuela: bom, mas aí, o que acontece: a Câmara é um espaço importante em várias questões. A primeira delas é o óbvio, né? É o espaço institucional da cidade, é o lugar onde se decide, é o lugar onde teoricamente se decide as leis — e algumas vezes na prática. Onde se fiscaliza as leis, se fiscaliza a ação da prefeitura municipal, se propõe ações para a prefeitura municipal. Esse é o óbvio. Agora para além disso, acho que tem impactos importantes que a eleição trouxe, que é a de reconhecimento. Primeiro, existe um preconceito que, infelizmente, o blog de vocês várias vezes reproduz, que é o preconceito com a juventude. A juventude é burra, a juventude é limitada, essa geração não tem disposição de mudar as coisas. Vocês devem sofrer isso várias vezes quando vão fazer entrevista e olham para vocês e são dois guris, não são dois velhos, como é o padrão do jornalista sério que eles acham que existe. Inventaram, né, historicamente, um padrão de político sério, que na verdade a própria história desmente cotidianamente, mas que eles não desconstroem.

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Manuela d'Ávila fala sobre o PT

manuela2.jpgContinuando a entrevista com a vereadora porto-alegrense Manuela d'Ávila, abordam-se as diferenças entre o PCdoB e o PT, partido no qual ela já militou. A parlamentar comunista fala também da sua experiência nas universidades pública e privada e sobre a União da Juventude Socialista.

Träsel: Mas qual é a tua avaliação do intercâmbio de idéias da elite pensante na universidade? Foi lá que teve mais contato com idéias...

Manuela: Tem muito limite, tem muito limite. A universidade foi pensada na última década, pelo Fernando Henrique, para ser um ambiente acrítico. É só tu ver a redução do investimento em pesquisa. Nas Humanas teve um fracasso de investimento. Por quê? Pra formular menos. Então tu sai de uma ditadura militar, tem um processo de redemocratização com um turbilhão de idéias. Todo mundo querendo a queda do Muro do Berlim. Pô, um monte de coisa. Tem gente que se abala. Fim da Esquerda, [Francis] Fukuyama, acabou a História. E aí vem um ambiente muito propício ao pensamento. E aí vem quem? Vem o tio FH e não investe mais nisso. E tu tem uma resistência dentro da faculdade, de pesquisadores, mas tem um limite que é pensado. Não é pensado, assim, maquiavelicamente, mas que é fruto de uma política, que é o neoliberalismo, que pensava um desenvolvimento dependente para o Brasil. Então, para responder à tua pergunta. Eu comecei a militar na greve. Nos apitaços, acampamentos - que inclusive depois geravam muitos filhos. Tinha vários namoros, casamentos, que aconteciam depois. É bom, né? Eu, pelo menos, luto para que o jovem de esquerda seja igual aos outros. Bom, mas aí eu me filiei na UJS [União da Juventude Socialista], que é a nossa organização de juventude do movimento estudantil.

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Transtorno matinal

Ranzolin: senhor governador (Germano Rigotto), a Ana Amélia está fazendo perguntas sobre coisas muito importantes – a crise na agricultura, o sistema prisional –, mas vamos conversar sobre algo que realmente está na cabeça de todos os gaúchos: o Dunga. O que o senhor pensa do Dunga?

Rigotto: (...) é mais um gaúcho para o mundo ver.

Entrevistamos Manuela d'Ávila

manuela.jpgManuela d'Ávila se tornou uma das vereadoras mais conhecidas de Porto Alegre nesta gestão. Sangue novo na casa, socialista do PCdoB, vinda do movimento estudantil, as câmeras se focaram nela. Chegou a ser considerada musa da Câmara, mas argumenta que, sendo a mais jovem entre as vereadoras, é fácil levar o prêmio. O sucesso nas urnas é tanto que, neste pleito, concorre a deputada federal, com a esperança de puxar o PCdoB para além dos 5% de votos exigidos pela cláusula de barreira.

Os repórteres de Nova Corja Marcelo Träsel e Daniel Gallas visitaram a vereadora em seu gabinete há cerca de dois meses. Por absoluta negligência e vagabundagem, até hoje a entrevista não fora transcrita. Felizmente Rodrigo Alvares se irritou com a situação e decidiu fazê-lo. A conversa de mais de uma hora será publicada em partes.

Manuela nos recebeu desconfiada. Brincando, disse aos assessores: "nossos inimigos estão aqui". Alertou-nos mais de uma vez que não ficaria barato se descontextualizássemos ou mentíssemos pura e simplesmente. Já teve problemas com a imprensa. Queremos crer que em pouco tempo o gelo quebrou e conseguimos mostrar a pureza de nossos objetivos. A saber, ter uma visão nova da política municipal, pelos olhos de uma protagonista ainda não contaminada por mandatos sucessivos.

O gabinete de Manuela é todo cor-de-rosa. O rádio tocava rock quando chegamos. Nas paredes, clipping de notícias sobre seu mandato. Os assessores são todos bastante jovens. A vereadora fala rápido, gesticula muito e solta alguns palavrões de vez em quando. Fuma. Não é o estereótipo do político de esquerda, porém. Em momento algum tentou fazer proselitismo e diz que gostaria de ver uma esquerda mais leve e solta. Para ter uma idéia, assista aqui a um pequeno vídeo.

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Mais um deputado gaúcho listado

O deputado federal Érico Ribeiro (PP/RS), novo envolvido na Máfia das Sanguessugas, teve audiência com o então ministro da Saúde, Saraiva Felipe (PMDB/MG), em fevereiro de 2006. Recebeu a garantia de repasse de mais de R$ 500 mil para 11 municípios gaúchos, sem contar as verbas para a compra de equipamentos de saúde e ambulâncias. As emendas com verbas prometidas em R$ 500 mil chegaram em maio.

Todos os valores que envolvem os deputados acusados na Máfia dos Sanguessugas podem ser conferidos no site das emendas parlamentares individuais, lançado a 13 de fevereiro de 2006. Aproveite e confira para onde foram destinadas as emendas propostas pelos deputados não envolvidos no escândalo.

Ribeiro apresentou oito emendas cujo valor total é R$ 8 milhões. Duas delas envolvem orçamentos para a área de Saúde. Somam R$ 1,6 milhão. Maior produtor de arroz do Brasil, Ribeiro foi acusado por Darci Vedoin de cobrar propina em troca de emendas. A participação de Edir Oliveira foi publicada alguns dias atrás neste blog. Abaixo, os detalhes das duas emendas propostas pelo deputado gaúcho.

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Caçada ao Último Petista do Brique da Redenção

O vento minuano da manhã desse domingo fustigou bandeiras e penteados dos militantes presentes ao Brique da Redenção. A passarela oficial da política gaúcha foi loteada em uma área do parque, um curral para interesses de todas as espécies. A turma pedetista, concentrada no começo da avenida, entoava:

Collares, de novo

Governador do povo

Foto: Adriana Franciosi/ ZH
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No caminho das bancas, uma banda alemã animava muito mais gente com a propaganda de erva mate que era divulgada. Alguns metros adiante, um senhor segurava um mega-pirulito com o rosto de Alceu Collares (PDT-RS). Alegre, distribuía panfletos do seu candidato. Um paraplégico aproximou-se dele e entrou na euforia:

Collares, de novo

O pedetista ficou tão feliz com aquele ato espontâneo que se aproximou da cadeira de rodas, ao que teve como resposta:

Pra roubar do povo

Ele se irritou, mas levou na esportiva. Seguiu sua caminhada sob os auspícios de Collares, sem esconder suas opiniões. Um partido se destacou nesse sentido.

Pela visão de hoje, seria possível crer que o PT acabou no RS. Que virou uma atividade clandestina e seus integrantes precisam ir para as ruas à paisana. Todos tinham pequenos adesivos de seus candidatos coladas às roupas. E só. A banca petista tinha pouca procura. Me aproximei: Posso pegar uns materiais de campanha? O militante ficou pasmo. Começou a me passar tudo que tinha, em um misto de gratidão e constrangimento.

Eu estava empenhado na caça ao Último Petista do Brique da Redenção. Encontrar alguém empunhando uma bandeira vermelha desde minha chegada ao parque se confirmava uma tarefa ingrata. Mas achei. Ele estava solitário no meio da rua. Tentava distribuir panfletos, mas era inútil. Olhares rancorosos se misturavam aos de escárnio e todos passavam por ele com desprezo nos dentes. Pedi uns folders. Arredio, deu meio passo para trás e ficou me encarando. Não parecia raiva. Os petistas estão com o Medo nos olhos. Triste sina para o Último Petista do Brique da Redenção.

Ao final, a única passeata que vi foi a da banda alemã – a da propaganda de erva mate. Agradou e agregou a todos, de bêbados a crianças chapadas de loló.

Hiroxima

Finalmente está na internet, no site do TSE, pela primeira vez no Brasil, a lista completa de todos os candidatos da eleição, com os principais dados e a declaração de bens de cada um.

É diversão garantida sem fim e sem controle.

Para começar, uma seleção de alguns nomes de candidatos a deputado estadual pelo RS, seguidos do número e do partido:

ABRILINO FRANÇA 31000 PHS
ADELANIO RUPPENTHAL 15120 PMDB
ALAOR MICHELS DE OLIVEIRA 15777 PMDB
ALFEU FERNANDO BOSCARDIN DE OLIVEIRA 45677 PSDB
ARGEU DA SILVA BRUM 45055 PSDB
DALGIRO CAVALHEIRO 36335 PTC

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Sou um menino comportado

Panfletagem distribui 1 milhão de cartas pró-Lula em todo país

Mais de um milhão de cartas em favor da reeleição do presidente Lula foram distribuídas nesta sexta-feira (21), em todo o país, no primeiro ato de campanha dos movimentos sociais que apóiam a continuidade do projeto democrático e popular do atual governo. A panfletagem ocorreu em pelo menos 21 capitais e dezenas de outras cidades brasileiras. "Esse ato inicial teve o mérito de colocar a militância na rua disputando projeto, debatendo idéias e conversando com a população", afirmou o ex-presidente da CUT João Felício, coordenador de mobilização da campanha.

Pensei que fosse eu quem precisasse mandar cartas para o Papai Noel. Mas parece que o desespero tá tomando conta do bom velhinho.

O pai do Supla

"O senador Eduardo Suplicy (SP) disse nesta sexta-feira que vai minimizar os gastos de sua campanha à reeleição. A tese do petista pôde ser comprovada hoje durante corpo a corpo no Ipiranga, zona sul de São Paulo, onde distribuiu cartões de visita do Senado aos eleitores.

Na avaliação do advogado Alberto Rollo, especialista em Direito Eleitoral, o senador cometeu uma pequena infração pelo fato de os cartões serem confeccionados pela gráfica do Senado e custeados com recursos públicos.

Apesar da intenção de economizar, o senador declarou à Justiça Eleitoral que pretende gastar R$ 7 milhões na campanha." (Folha Online)

Tucanaram a "biografia"

Um dia depois do PT colocar o site forrozeado da candidatura de Lula na internet, hoje foi a vez do PSDB inaugurar o site do Geraaaldo.

Como não poderia deixar de ser, tucanaram várias coisas. Uma delas é que não há mais "biografia". Agora é PERFIL ÉTICO.

Ética djá!

Aliás, tire as crianças de perto e CLIQUE AQUI.

Em Taquara, a primeira ambulância sob suspeita

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A nova ambulância foi adquirida pela prefeitura de Taquara por meio de pregão presencial, realizado em junho. O veículo foi entregue no dia 19 de julho. Apenas duas empresas participaram. A compra da ambulância foi efetuada na Sul Peças e Veículos, localizada no próprio município, pelo valor de R$ 55,5 mil. Esta é a única ambulância que Taquara comprou desde que a nova prefeitura assumiu.

As emendas de Edir Oliveira (PTB/RS) são para o Orçamento de 2006 e davam conta da compra de uma Unidade Móvel cujo valor era R$ 125 mil. Onde a bucha de R$ 70 mil foi parar fica a cargo da imaginação dos leitores. A questão é que a sobra tem que ter algum destino previsto em Lei.

Quanto vale uma ambulância

Uma ambulância completa da marca Kia é vendida pelo preço médio de R$ 75 mil. Cada unidade oferece uma maca retrátil, lugares para três ocupantes fora o médico e os equipamentos adjacentes ficam por conta do dono do veículo. Mesmo que haja espaço suficiente para isso. Esses valores foram confirmados ao blog pelo vendedor Diogo Franco, da Sun Motors Comércio de Veículos de Porto Alegre. Na capital, o prazo para entrega é de 15 a 20 dias. Oito das onze ambulâncias da emenda orçamental para 2006 do deputado Edir Oliveira (PTB/RS) custaram R$ 125 mil.

As emendas suspeitas de Edir Oliveira, PARTE 1

Por Gabriel Brust e Rodrigo Alvares

O esforço de Germano Rigotto (PMDB/RS) para afastar qualquer possibilidade de o deputado Edir Oliveira (PTB-RS) ser o vice na sua chapa à reeleição finalmente se justificou, com a divulgação do nome de 54 deputados suspeitos da participar da Máfia dos Sanguessugas. Edir Oliveira está entre eles, mostrando que o governador já sabia o que aguardaria a sua candidatura caso Edir estivesse nela. Embora a lista dos 54 seja apenas o ponto de partida às investigações da CPI, não é difícil entender porque Edir Oliveira se encontra nela. Famoso pelas ações assistencialistas desde que foi prefeito de Gravataí, o deputado é o único gaúcho citado até agora.

Uma rápida observação da lista de emendas propostas por Oliveira e aprovadas posteriormente expõe uma série de suspeitas sobre a atuação do parlamentar, que também foi secretário do Trabalho do governo Germano Rigotto. Tirando os deputados da base lulista gaúcha (tradicionalmente, governistas são mais beneficiados por emendas), Edir Oliveira é o campeão na quantidade de dinheiro obtido junto ao governo federal, somando R$ 1,3 milhões. Em 2006, este dinheiro foi distribuído essencialmente em duas vertentes para lá de suspeitas:

AMBULÂNCIAS

Se as ambulâncias adquiridas com verba de Edir Oliveira foram superfaturadas, ninguém ainda pode provar. Mas não há dúvida de que o deputado é o rei das doações deste tipo de veículo no Estado. Na emenda à despesa da Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização do Orçamento do Senado, o secretário acrescentou 11 ambulâncias que totalizaram R$ 1,210 milhões, distribuidas para as seguinte cidades: Cidreira, Capão da Canoa, Charqueadas, Guaíba, Montenegro, Santo Antônio da Patrulha, Taquara, Taquari, Nova Prata, Rolante e Xangri-Lá.

Em Taquara, o caso é flagrante e deve se tornar o calcanhar de aquiles de Oliveira na investigação da CPI. Uma das empresas que vendeu ambulâncias ao município é a Planam, de Cuiabá, acusada de ser a mentora de toda a falcatrua da Máfia das Sanguessugas. A empresa vende ambulâncias a preços superfaturados, e o dinheiro extra vai para o bolso de assessores de deputados – ou deles próprios. Abaixo, a lista das localidades que receberam os veículos e seus valores:

LOCALIDADE BENEFICIADA 4305454 Cidreira
Investimentos 125.000 40 - Transf. a Municípios

LOCALIDADE BENEFICIADA 4304630 Capão da Canoa
Investimentos 125.000 40 - Transf. a Municípios

LOCALIDADE BENEFICIADA 4305355 Charqueadas
Investimentos 125.000 40 - Transf. a Municípios

LOCALIDADE BENEFICIãADA 4309308 Guaíba
Investimentos 125.000 40 - Transf. a Municípios

LOCALIDADE BENEFICIADA 4312401 Montenegro
Investimentos 125.000 40 - Transf. a Municípios

LOCALIDADE BENEFICIADA 4317608 Santo Antônio da Patrulha
Investimentos 125.000 40 - Transf. a Municípios

LOCALIDADE BENEFICIADA 4321204 Taquara
Investimentos 125.000 40 - Transf. a Municípios

LOCALIDADE BENEFICIADA 4321303 Taquari
Investimentos 125.000 40 - Transf. a Municípios

LOCALIDADE BENEFICIADA 4313300 Nova Prata
Investimentos 70.000 40 - Transf. a Municípios

LOCALIDADE BENEFICIADA 4316006 Rolante
Investimentos 70.000 40 - Transf. a Municípios

LOCALIDADE BENEFICIADA 4323804 Xangri-lá
Investimentos 70.000 40 - Transf. a Municípios

GRAVATAÍ

Pelo menos duas emendas suspeitas se referem ao curral eleitoral de Edir Oliveira, o município de Gravataí, onde Edir foi o último prefeito eleito antes do petista Daniel Bordignon iniciar uma série de reeleições do PT na cidade. A primeira emenda trata de verbas para a construção da sede da Quarta Vara do Trabalho de Gravataí. O financiamento federal é de R$ 400 mil. O valor total da obra, segundo apurou a Nova Corja, chega a R$ 1,2 milhão. Sem maiores considerações sobre este caso.

A segunda emenda proposta por Edir para Gravataí beneficia ainda mais o seu curral eleitoral. No caso, a sua família. Segundo consta no relatório do orçamento, Edir obteve R$ 100 mil em “equipamentos para Escolas da Campanha Nacional da Comunidade” (CNEC). A Cnec é uma rede de escolas particulares com poucas representantes no Estado. Coincidentemente, Gravataí abriga uma delas, o Colégio Nossa Senhora dos Anjos, mais conhecido como Gensa. Coincidentemente, a escola é dirigida por Eunice Oliveira, mulher de Edir.

Confira os registros das verbas para Gravataí:

MODALIDADE DE INTERVENÇÃO
990 - Atipica / Outras 500 - *Atipico(Não Prev.Na Tabela)
LOCALIDADE BENEFICIADA 4309209 Gravataí
Construção da Sede da Vara do Trabalho de Gravataí
Investimentos 400.000 90 - Aplic. Diretas

AQUISIÇÃO DE EQUIPAMENTOS PARA ESCOLAS DA CAMPANHA NACIONAL DE ESCOLAS DA COMUNIDADE
990 - Atipica / Outras 500 - *Atipico(Não Prev.Na Tabela)
ORÇAMENTO FISCAL 26101 Ministério da Educação
Investimentos 100.000 50 - Transf. a Inst. Privadas

Resta agora à CPI cruzar os dados. Primeiro, o nome das empresas que venderam ambulâncias aos municípios gaúchos com os nomes das empresas cuiabanas. Segundo, os extratos bancários de assessores de Edir – e dele próprio – com o período da liberação das emendas. E daí é ver se Edir resiste a essa checagem.

Forrozeira sem limites

O Brasil quer seguiiiiir em frente
Com o primeiro homem do povo presidente
Ele sabe governar com o coração
E governa pra todos com justiça e união
É o primeiro presidente que tem a alma do povo
Que tem a cara da gente

Tá no ar o site Lula Presidente - De novo com a força do povo (com áudio, obviamente)

A letra completa do forró ("Lula de Novo") pode ser encontrada no site do PT.

Vai ser DUREZA agüentar essa campanha.

Miguelice comanda

O velho Brizola se revira no túmulo.

Parece que Cristovam Buarque não vai conseguir mudar a educação do Brasil. Buarque não fez o tema de casa. Deu uma desculpa furada para a professora e não entregou as certidões criminais fornecidas pela Justiça Federal e Estadual quando foi registrar sua candidatura. Menino malvado! Agora, o Ministério Público Federal pediu a impugnação de sua chapa.

Enquanto isso, o "TRE-SP (Tribunal Regional Eleitoral) de São Paulo suspendeu a transferência de novas cotas do fundo partidário ao diretório regional do PDT. Segundo o Tribunal, a decisão foi tomada porque o partido cometeu diversas irregularidades na prestação de contas anual de 2000. O TRE informou que o PDT não comprovou quase metade das despesas com salários e ordenados, não apresentou documentação de gastos com manutenção e reparos e não houve controle das despesas suportadas por recursos do fundo partidário, entre outras irregularidades."

Acelerando na inércia

Enquanto os partidos majoritários perdem o bonde com sites em construção ou de constrangimento amador, os nanicos se agilizam e jogam na internet suas propostas. Pouco depois de questionar no TSE quem dava para ofender, Luciano Bivar (PSL) contava sua biografia na página que começa a completar nosso álbum de links na coluna da direita. Rui Costa Pimenta (PCO) também começou a publicar na rede.

Com a campanha a todo o vapor, pega mal ver que o presidente Lula, o tucano Geraldo Alckmin e o governador do RS, Germano Rigotto, não conseguem usar corretamente esse canal para divulgar suas propostas, enquanto adversários com menos recursos o utilizam de forma criativa para alcançar outro tipo de eleitor. Mas os grandes candidatos não vão gastar energia nisso. Não com a propaganda eleitoral gratuita na TV logo ali.

Blog é literatura?

O PSL, do candidato à presidência Luciano Riquinho Bivar, foi ao TSE para saber o que diabos pode ser feito na internet nesta campanha, já que as normas do Tribunal não dizem coisa com coisa:

"O partido quer saber se podem ser criados blogs ou comunidades online em páginas de provedores de serviços de acesso à Internet, que venham opinar sobre candidatos. Ele também pergunta se os sites mantidos pelos partidos políticos e os sites pessoais de candidatos na Internet podem redirecionar o internauta para a página de domínio do candidato do partido para as eleições (www.nomedocandidato.can.br)." (Terra)

O amadorismo internético desta eleição é assustador, basta olhar os links dos candidatos ali ao lado.

Todos os olhos no marketing petista

Update: Chega há pouco uma ligação tratando como inverídica a notícia de que a Agência de publicidade porto-alegrense Matriz não desejava vazar a informação de que dois publicitários da casa iriam trabalhar como freelancers na campanha de Olívio Dutra (PT/RS) ao governo do Estado. Talvez não seja verdade, mesmo. Mas talvez a vontade de tirar a Matriz da reta seja a razão do telefonema porque ela é uma das empresas de publicidade licitadas pelo governo estadual de Germano Rigotto (PMDB/RS).

Entre os clientes, está o orçamento milionário para viabilizar o presidente da Corsan como candidato a deputado estadual. Os outros licitados são o Gabinete da Primeira-Dama, Secretaria de Ciência e Tecnologia: FAPERGS, FEPAGRO E CIENTEC; Secretaria de Obras Públicas e Saneamento: CIEL; Secretaria do Meio Ambiente: FEPAM e FZB e o Gabinete do Vice-governador: Consulta Popular. Tudo isso não é invenção. Está na carteira de clientes da agência. Mas não ligo para eles e digo que escrevem inverdades sobre como o Rio Grande do Sul está às Mil Maravilhas.

A mesma - e alta - fonte credenciada do meio publicitário de Porto Alegre que me repassa esses dados também informa que os frilas foram feitos com provável anuência da Matriz. Uma vez que o PT também já divulgou o nome dos publicitários (Daniel Martins e Manolo Quadros apenas elaboraram o slogan e a marca da campanha), isso não deveria ser digno de estardalhaço no gigantesco mundo publicitário de Porto Alegre.

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Sanguessuga gaúcho

A CPI dos Sanguessugas divulgou agora há pouco os nomes dos 57 parlamentares acusados de envolvimento no esquema de compra superfaturada de ambulâncias. Segundo o Gabeira, a lista ainda vai chegar a 100. O destaque é que finalmente surge um nome gaúcho, e de peso. Edir Oliveira (PTB-RS) é o único parlamentar do Rio Grande do Sul na lista dos 57. Para quem não lembra, o ex-prefeito de Gravataí foi secretário do Trabalho em toda gestão Germano Rigotto, até o início deste ano. Surge mais uma arma para ser usada no tiroteio da campanha estadual. Era tudo que os mensaleiros petistas gaúchos queriam.

Confira a lista completa aqui.

Todos os olhos no marketing tucano

Confirmados os profissionais que irão trabalhar na campanha de Yeda Crusius para governadora do Estado. Na coordenação de Marketing, está o publicitário Chico Santa Rita. Chico atua em São Paulo e foi quem coordenou a campanha do “Não” ao desarmamento, em 2005. Conforme informação da assessoria do PSDB, o publicitário trará profissionais de fora do RS (de São Paulo e outros estados) para integrar sua equipe.

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Nem Karl Rove resolve

O Jornal da Globo entrou ontem com a notícia de o candidato a vice-presidente José Alencar (PRB) foi submetido a operação para retirar um tumor na região do abdome. A operação começou por volta das 9h, no hospital Sírio-Libanês, em São Paulo. Segundo a matéria da TV, Alencar soube do tumor na última quinta-feira (13 de julho), horas antes do PT anunciar em São Bernardo do Campo a renovação da chapa com Lula. Se Alencar assumiu a candidatura sabendo que teria complicações médicas pela frente, vem aí mais um problema para o PT: a maldição de Tancredo Neves.

Turra escancara a Farsa

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Colorado, Turra (C) disse não ter tido vontade de comemorar os gols do Fluminense. Em clima de campanha, segurou a camisa do Grêmio e colocou a manta do time.

O fato de que ontem seria dia de geral superlotada em conta da promoção da Nestlé também deve ter exercido grande influência para o candidato pepista visitar seu companheiro de partido e novo presidente do Grêmio, Túlio Macedo, que entrou no lugar de Paulo Odone, ex-presidente e candidato a deputado estadual pelo PPS. Circo total, com direito ao candidato tentar conquistar alguma simpatia ao entrar na fila da Nestlé, onde o ingresso era o mais barato da tarde.

Marca na agenda

O TSE definiu o tempo de TV dos candidatos à presidência desta eleição:

Serão dois blocos diários de 25 minutos (13h - 13h25 e 20h30 - 20h55) terças, quintas e sábados, com a seguinte divisão:

Alckmin: 10:22
Lula: 7:21
Cristovam Buarque: 2:23
Heloisa Helena: 1:11
Luciano Bivar: 1:15
José Maria Eymael: 1:15
Rui Pimenta: 1:11

Além disso, a paciência também será testada com 12 inserções relâmpago por dia, de 30 segundos cada uma. A divisão deste tempo será, por dia:

Alckmin: 2:29
Lula: 1:45
Cristovam Buarque: 34 segundos
Heloisa Helena: 17 segundos
(Bom, os outros não interessa, tá no site pra quem quiser ver.)

Um dos fatos notáveis é que a comunista Heloísa Helena nem sequer enviou representante para a reunião do TSE.

Yoda + Rigotto

Os petistas gaúchos entraram em surto após a declaração atribuída a Lula, em jantar na segunda-feira: "Se o segundo turno for entre Rigotto e Yeda Crusius (PSDB), vou estar no palanque de Rigotto".

A Zero Hora dá destaque ao fato desde terça-feira. Na edição de hoje, traz a declaração de Tarso Genro sobre o ocorrido e uma entrevista SENSACIONAL com Olívio Dutra, o traído.

Tarso, como sempre, falou, falou, não disse muita coisa, mas de alguma forma apoiou a declaração de Lula:

"Não há tremores. É preciso entender que estamos numa eleição presidencial complexa, e o presidente Lula é maior que o PT. O diálogo com líderes dos outros partidos tem de ser intenso e contínuo".

Já Olívio não pareceu nada feliz. Segundo Zero Hora, o candidato ao governo do RS "repetiu como um mantra a mesma frase: - Ele [Lula] tem candidato aqui, é este que vos fala."

O clima não poderia ser pior bem no dia do lançamento oficial - e nacional - da campanha petista.

Chama o Valério

Como pôde comprovar quem estava no viaduto da João Pessoa sobre a Perimetral às 17h de hoje, Olívio está usando o mesmo jingle de 1998 no carro de som que divulga a candidatura petista ao governo gaúcho. Que falta faz um Caixa Dois, né?

Esteja lá ou seja tucano

Frente Popular lança campanha nesta quinta-feira

A arrancada da campanha da Frente Popular (PT-PCdoB) será nesta quinta-feira, dia 13 de julho, a partir das 19h, com as presenças dos candidatos a governador, Olívio Dutra, à vice-governadora, Jussara Cony, e ao Senado, Miguel Rossetto.

Legenda: pensei que o candidato do Lula fosse o Rigotto.

O Centro de Eventos Casa do Gaúcho do Parque da Harmonia, em Porto Alegre, receberá lideranças, militantes e apoiadores do Partido dos Trabalhadores (PT) e do Partido Comunista do Brasil (PC do B) de todas as regiões do Rio Grande.

Legenda: petistas à paisana também são bem-vindos.

Também participarão do lançamento da campanha candidatos e candidatas da Frente Popular à Assembléia Legislativa e à Câmara dos Deputados.

Legenda: o David Stival estará lá?

Durante o ato, além dos pronunciamentos dos candidatos, haverá a apresentação das primeiras peças de divulgação da campanha. Quem comparecer já poderá levar material e fortalecer a mobilização popular nos seus municípios.

Legenda: maletas não serão admitidas.

Traga sua bandeira e participe do grande ato de lançamento da campanha da Frente Popular. Com a força do povo, vamos eleger Lula Lá, Olívio aqui e Miguel Rossetto no Senado. E vamos retomar no Rio Grande o projeto de desenvolvimento sustentável, com inclusão social e protagonismo do povo.

Legenda: voLLta, Fórum Social Mundial.

Começando a campanha com poesia

Sem programa para hoje à noite? Seus problemas acabaram. A vereadora Sofia Cavedon (PT) convida para o Sarau Pedagógico, que contará com as presenças de Leonardo Ribeiro, Fabrício Carpinejar e Giovani Berti. Estes "feras", como diz o convite, estarão "cantando, tocando, conversando e dizendo poesia para o candidato a governador Olívio Dutra".

Nada como um belo momento artístico para começar a campanha. Anota aí na agenda: é hoje, às 19h, na Rua Otávio Correa, 35, na Cidade Baixa. Vai lá "dizer poesia" para o Bigode.

Tremei, infiéis

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Lula deixou os petistas gaúchos de cabelo em pé ao declarar apoio a Germano Rigotto (PMDB/RS) no segundo turno caso Olívio Dutra (PT/RS) não chegue lá. Como ninguém tinha aventado essa proposta, o presidente deve ter informações relevantes sobre a eleição no RS. Até porque os petistas fizeram ouvidos moucos para o consumo externo, mas trocaram insultos nas internas. Sempre um sinal de que algo está por vir. Um palanque com Eliseu Padilha (PMDB/RS) ao lado de Henrique Fontana (PT/RS) indicaria que o fim do mundo está logo ali.

CPIs à vista

Com a formalização do convite ao PMDB para integrar a campanha, o presidente Lula já adianta ao povo brasileiro que um eventual segundo mandato ficará paralisado sob a pressão do mar de lama. Não aprenderam nada com o cheque em branco para Roberto Jefferson.

Ninguém lê o Rossetto

Aviso aos petistas que adoram incomodar nas discussões dos comentários da Nova Corja: o blog do ministro Miguel Rossetto tá precisando de ajuda. Os últimos dois posts do candidato a senador foram absolutamente ignorados pelos leitores, e os textos anteriores não apresentam mais do que um comentário cada. Entre os poucos comentários, algumas pérolas, como o samba criado pelo leitor Jean Scharlau, chamado Se a PETROBRAS comprasse a VARIG. Fracasso. Cadê o Al numa hora dessas?

Nam myohô rengue kyô

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"Grito mesmo, só assim para ser respeitada."

Papamóvel

Peloamordedeus, não tenham a mesma idéia aqui no RS.

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"O PDT do Rio de Janeiro lançou hoje o Lupimóvel, veículo que vai divulgar pelas ruas da cidade a candidatura de Carlos Lupi ao governo do Estado. O veículo é equipado por uma moto e uma estrutura de fibra. O Lupimóvel tem seis alto-falantes, oito cornetas, uma mesa com quatro canais e CD player." (Terra)

Marketing petista

O publicitário Zeca Honorato fará parte da equipe de marketing de Olívio Dutra (PT/RS). Neto do dono da antiga rede de lojas J.H Santos, Zeca tem uma extensa lista de prêmios e passagens por agências de Porto Alegre e Florianópolis. Foi professor por quatro anos na Famecos. Ele estava na D/AraújoLoducca.

Quando a militância não salva

BBC Brasil - O PT anunciou na quarta-feira o teto de R$ 89 milhões de gastos para a campanha, o mais alto de todos os partidos. Já começaram a aparecer as contribuições?

Berzoini -
Não, infelizmente não. Não recebi nenhuma até agora (risos).

O PT mantém em seu site nacional a Campanha Nacional de Arrecação Militante. Aquela que deveria ter se encerrado no final de janeiro de 2006, quando o partido se dizia quebrado e com uma dívida de R$ 49 milhões. Como ainda não saiu do ar, imagino que os dirigentes não tenham alcançado a quantia estimada na época. Se o teto do PT para a campanha presidencial é de R$ 89 milhões, pode ocorrer novamente o caso do partido alcançar o valor desejado meses depois das eleições. Mas isso seria – digamos – mais um episódio mal explicado e não contabilizado.

Bando de gente pobre

Me dei ao trabalho de juntar a declaração de renda de todos os candidatos ao governo do Rio Grande do Sul publicada na Zero Hora de hoje. Confira no "Continue lendo".

O que mais chamou a atenção foi a declaração do Beto Grill George Foreman (PSB). Grill iniciou sua campanha ontem na região de Pelotas, visitando também Canguçu, Piratini e Turuçu. Mesmo tendo sido prefeito de Cristal e de São Lourenço do Sul, Grill tem um patrimônio declarado de R$ 6.206,53 - R$ 3 mil a menos do que quando foi candidato à Prefeitura de Cristal, em 2002.

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Cuidado: Rigotto adiante

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Depois de todos os trevos, ciclovias e calçadões inaugurados ou reestruturados, é melhor Germano Rigotto (PMDB/RS) pensar em uma estratégia mais eficaz para angariar apoio popular. Quando até os catarinas se enervam, é porque tem alguma coisa muito errada.

"Spirit of Ibiza: The Rigotto Papers"

Um presidiário montou um blog no qual pretende destrinchar suas ligações com a família de Germano Rigotto e que levaram à sua prisão. Luiz Carlos Butier, ex-sócio dos irmãos do governador gaúcho na boate Ibiza, em Santa Catarina e no RS. Em outubro de 2005, ele obteve no STJ acesso aos documentos contábeis da empresa, à qual atribui diversas irregularidades. O caso quase toma o curso do folclórico ao ver uma matéria da IstoÉ de 1997 na qual Luiz admite ser portador de Transtornos de Déficit de Atenção e Hiperatividade. Sem contar suas participações nas Rústicas de Porto Alegre.

De qualquer forma, a história do Ibiza sempre foi muito mal contada. Inclui até um irmão assassinado durante o carnaval enquanto perseguia os assaltantes da féria da noite. Nove entre dez taxistas de Porto Alegre já transportaram o irmão morto de Germano Rigotto. Ele costuma ter dois destinos: a boate Carmem ou o Aeroporto Salgado Filho.

Na Internet blogar preciso é, jovem jedi

A candidata tucana ao governo do RS, Yeda Crusius, lançou anteontem seu blog de campanha. Como o Träsel disse na lista interna, "Só forçando muito a barra pra considerar isso um blog". Mas o título dos três primeiros posts são interessantes: NÃO SOMOS POVO DE VIVER DE FAVOR, DE PEDIR ESMOLA; PARA QUEM NÃO SABE AONDE VAI, NÃO EXISTE VENTO A FAVOR e COMUNICAÇÃO DEMOCRÁTICA E NARIZ GELADO.

Nesse último, destaca a função do blog mas escreve que "Tenho tipo pouco tempo, ultimamente, para cumprir o roteiro virtual que costumava seguir ao dedicar-me à leitura dos blogs, que inclui o do Noblat, do Fernando Rodrigues, do Josias de Souza, do Diego Casagrande, o e-agora, do Eduardo Graeff". Sem brecha na agenda para blogar, pobre do assessor que precisa correr atrás da deputada para aprovar um mísero post.

Mentalidade bovina

Da lista publicada dos 77 gaúchos inelegíveis pelo TCU, a Zero Hora destacou três: Mario Bernd (PPS), que disputa o Senado, o vereador da Capital Claudio Sebenelo (PSDB), que busca vaga de deputado federal, e Urbano Knorst (PDT), que concorre a estadual. Mas foi curioso ver ali o nome de Carlos Sperotto, presidente da Farsul, indiciado por irregularidades no Senar/RS (Serviço Nacional de Aprendizagem Rural), instituição pública e que geralmente distribui através do jornal O SUL o famigerado Troféu Senar/RS depois de cada Expointer.

Piada de ontem, fracasso de hoje

Nelson Proença (PPS/RS) não irá concorrer a governador do RS. Ele perdeu o apoio de todos dentro do partido, que ficou sem força diante do anúncio da aliança dos progressistas com Yeda Crusius (PSDB/RS). Como as convenções partidárias haviam confirmados todos os candidatos - mesmo a esquálida tentativa de Proença, que teria apoio da FIERGS -, a lista para outubro parecia encaminhada. Proença não só levou um rapa do partido como agora vê seu ex-aliado na FIERGS, Paulo Feijó (PFL/RS), como candidato a vice de Yeda. O PPS ficou com a vaga a senador e indicou o ex-deputado Mario Bernd, o que deixa a raia livre para a reeleição de Pedro Simon. Mudou o fiel da balança no RS. E não foi a favor de Germano Rigotto.

Update: integrante do governo Antônio Britto, o recém-indicado Mário Bernd (PPS) é um dos 77 gaúchos considerados inelegíveis pelo TCU. Bernd integra a lista desde quando foi coordenador regional da Fundação Nacional de Saúde (Funasa), em 1993.

A declaração de inelegibilidade é competência exclusiva da Justiça Eleitoral e ocorrerá em atendimento à impugnação, por parte de candidato, partido político, coligação ou do Ministério Público. Os interessados em mais informações podem enviar suas dúvidas à Ouvidoria, por meio do Portal TCU, na opção Serviço ao Cidadão/Ouvidoria, ou pelo telefone 0800-644-1500.

Seja um E-candidato do PPS. É mais barato

Por apenas R$ 400, compre todo o pacote para concorrer a deputado federal ou estadual via internet por qualquer partido político no site do PPS. No formulário de contrato, não se esqueça de preencher o slogan da sua campanha, muito menos ler as condições de uso expostas pela RBW Comunicação e Marketing digital.

Mas veja bem, caso não queira se inscrever tendo o PPS como intermediário, há uma solução. Acesse aqui e fale diretamente com a RBW. O problema é o PPS ser partido mais barato. Direto na fonte sai um pouco mais caro: R$ 600. Mas veja bem, por que pagar mais e ter um site sem o aval do PPS (leia mais na extensão)?

Enquanto estiver no site do PPS, aproveite e compre o adesivo "PPS: um partido decente". Também é baratinho: R$ 0,50.

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Piada do dia

A coordenação de campanha do candidato a governador Nelson Proença (PPS/RS) vai trabalhar com o seguinte conceito até as eleições: "Não há nada de errado no Rio Grande que a parte boa do Rio Grande não seja capaz de consertar".

Mesmo discurso de 2004. Mesmo grupo de 1994.

Açoita o Chuchu

Hoje tem o programa Roda Viva (TVE) às 22h30 com Geraldo Alckmin, candidato à presidência pelo PSDB. O Ricardo Noblat pediu para os leitores mandarem suas perguntas na caixa comentários dele. Mas como a resposta do extenso cadastro ainda não chegou, enviei direto para o site do programa. Já me responderam. O que me atormenta em relação a Alckmin é isso:

"Candidato, dadas as suas ligações com a Opus Dei, poderia nos dizer se costuma usar o sílicio na perna durante algumas horas por dia e, se usa, por favor levantaria a barra da calça para que possamos vê-lo?".

Se alguém tiver preguiça para preencher o cadastro do Noblat, deixe sua pergunta para o Geraldo aqui. Encaminharei à TV pública de qualidade que é a TV Cultura de São Paulo.

Tortura décupla

Se ninguém decidir morrer nos próximos dias, a briga pelo comando de um dos estados mais falidos do país contará com 10 candidatos:

Alceu Collares (PDT)
Beto Grill (PSB)
Edison Pereira (PV)
Francisco Turra (PP)
Germano Rigotto (PMDB)
Nelson Proença (PPS)
Olívio Dutra (PT)
Pedro Couto (PSDC)
Roberto Robaina (P-Sol)
Yeda Crusius (PSDB)

Só os confirmados

No momento em que as rádios transmitem ao vivo a consagração de Sônia Santos (PTB/RS) para vice-governadora na chapa de Germano Rigotto (PMDB/RS), eis que surge no plenário da Assembléia o ex-deputado Roberto Jefferson (PTB/RJ) para embasar toda a honestidade do governador que concorre à reeleição. Pelo visto, Rigotto também passou um cheque em branco para o ex-presidente do PTB que sumiu com os R$ 4 milhões embolsados nos Correios. É de se perguntar onde foram investidos. No site do PTB, aparece uma foto com Pedro Simon, Sônia Santos, Rigotto e Roberto Jefferson. No site do PMDB, Jefferson foi cortado.

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PTB: Jefferson é o Segundo da D para a E

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CQD

Gabrel Britto, o email-stalker de políticos mais contumaz aqui em Nova Corja, entrou em contato com a assessoria de Denise Frossard, para saber o que ela fez com as parcelas de salário extra referentes à convocação extraordinária do Congresso — que a deputada combateu ferrenhamente. A primeira acabou sendo depositada em sua conta, porque ela perdeu o prazo para protocolar a abstenção. Resposta:

Subject: RES: Pergunta
Date: Fri, 30 Jun 2006 13:14:51 -0300
From: "Resposta da Juíza"
To: "Gabriel Britto"


A deputada destinou a primeira parcela ao Disque Denúncia e a segunda
parcela ficou com o Tesouro Nacional.
Cordialmente,
Maria Goretti
Equipe Dep. Denise Frossard .

Britto informa ainda que a candidata Yeda Crusius continua não respondendo sobre o assunto, mesmo após 39 dias de insistência.

Olívio no Gaúcha Atualidade

Olívio Dutra (PT/RS) foi entrevistado hoje de manhã no programa Gaúcha Atualidade (RBS Rádios) pela jornalista Ana Amélia Lemos sobre questões pontuais da economia gaúcha, a agricultura e o resultado do jogo do Brasil. Na última pergunta, Ana Amélia não deixou passar a chance de perguntar sobre a grana que a Aracruz vai investir no Estado e se, caso govervnador, Olívio respeitaria os contratos ou renegociaria.

Não só recebeu a única resposta possível ("Não, vocês não vão me aporrinhar como fizeram no caso da Ford") , como teve de ouvir o ex-governador falar. Ela teve que encerrar o bloco para se ver livre do falatório de Olívio. Pediu, levou. No campo da Segurança Pública, nenhum sinal de José Bisol.

Uma luz no fim do túnel

O PPS apresentou um programa bastante equilibrado e razoável hoje. Bateu no governo Lula com base em fatos sólidos, como indicadores econômicos e de desemprego. É claro que se pode discutir o sentido destes fatos, mas o antigo Partido Comunista Brasileiro fez seu papel interpretando-os de um ponto de vista de esquerda. Em certo trecho, entrevistou cidadãos em plano seqüência, sem cortes, para mostrar que ninguém se lembra qual foi o voto para deputado federal. O partido criticou a desatenção do brasileiro com o Legislativo, no fim das contas muito mais importante do que o Executivo. Outro acerto.

Só não deu para entender como pretendem mudar a política econômica fernando-henriqueana, seguida por Lula, dando seu apoio a Alckmin. Dá impressão de que o PPS está com raivinha do Lula, ou então não faz a menor idéia do que está falando.

É provável que o PPS pretenda com isso criar uma imagem de partido equilibrado e razoável, capaz de manter as políticas de sucesso e mudar aquelas erradas. Este foi o mote da campanha de José Fogaça à Prefeitura de Porto Alegre: "manter o que é bom e fazer mais", algo assim. Até agora, Busatto — perdão! — Fogaça não fez absolutamente nada, mas isso é outra história. Fingir-se de morto foi uma estratégia que deu certo com Rigotto e com Fogaça. Por outro lado, a impressão de que se baseia em fatos, não em ideologias, pode agradar os eleitores cansados do debate neoliberais x comunistas.

O partido também acenou a bandeira da ética e comemorou o fato de nenhum de seus quadros estar envolvido em escândalos de corrupção. Bem, quando não se apita nada, é difícil mesmo meter a mão na grana do contribuinte. Em todo caso, alguns integrantes do partido são gente boa, como Denise Frossard, uma deputada que orgulha qualquer cidadão. Infelizmente, só os cariocas podem votar nela.

O que leva a outra questão sobre o PPS: no Rio Grande do Sul, o partido foi seqüestrado por traidores do PMDB, capitaneados pelo ex-governador Antônio Britto. Está toda a turminha lá: Nelson Proença, Clênia Maranhão, César Busatto, e o próprio Fogaça. Defenestraram a diretoria composta por socialistas de verdade e silenciaram as críticas nos diretórios facilmente, porque o partido era inexpressivo no Estado. Abaixo do Mampituba, o PPS se tornou um partido de direita.

Fiquem de olho na Copa

Em meio aos jogos da Copa do Mundo, políticos gaúchos começam a articular suas campanhas e calcular a grana a ser despendida. Em tempos de vacas magras e perrengues políticos postos de lado, quatro candidatos fecharam acordo com um único marqueteiro. São eles:

Nelson Marchezam JR (PDSB): filho do ex-deputado da Arena Nelson Marchezam;
Alceu Moreira (PMDB): ex-prefeito de Osório e secretário de Obras e Viação do RS;
Valdir Andres (PP): ex-secretário de Minas e Energia do RS;
Luciano Azevedo (PPS): três vezes vereador de Passo Fundo. Faz parte do diretório nacional do partido.

Um quinto nome ainda está em negociação. É o de Ricardo Guimarães, membro do diretório estadual do PSDB.

Vazou

O ex-presidente da Corsan Vitor Bertini concorrerá a deputado estadual pelo PMDB/RS. Isso deve explicar a montanha de dinheiro gasta em publicidade nos feitos da Corsan pelo Palácio Piratini nos últimos tempos. Desde a posse de Telmo Kirst em maio, Bertini teve quase todas as suas notícias de 2005 e 2006 sistematicamente retiradas no site da companhia.

No Jornal do PMDB de abril de 2005, Bertini informa que a Corsan gastou R$ 100 milhões em obras entre 2003 e 2005. Se tudo deu certo, gastaram mais R$ 150 milhões apenas no ano de 2005. Quanto disso foi em publicidade, fica a se investigar.

Cristovam 1%

Não foi tão ruim quanto eu espera o Roda Viva com o senador Cristovam Buarque (site e blog), candidato à Presidência pelo PDT.

O ponto positivo da candidatura é a insistência na questão da educação, bandeira histórica do PDT. A melhor idéia do senador é a de federalizar a educação fundamental. Sempre defendi isso. É algo grotesco que a educação fundamental esteja na mão dos municípios E dos estados. A comparação de Cristovam foi excelente: se todas as agências do Banco do Brasil e da Caixa Econômica, por exemplo, são iguais (porque supostamente precisam ser eficientes em todo o país), por que não acontece o mesmo com as escolas? Faltou dizer que só se resolverá alguma coisa com avaliações também federalizadas.

O que não convenceu muito foram 1) as desculpas para o rompimento com o PT, depois da passagem pelo Ministério da Educação. Cristovam foi demitido por telefone em um episódio até hoje não totalmente esclarecido. Agora, acusa os petistas de serem acomodados. 2) a explicação de como o PDT conseguiria governar caso ganhasse a eleição. Buarque diz que chamaria os outros partidos e proporia um pacto em nome da construção de um grande projeto de nação, a médio prazo, para daqui a 10, 15 anos. Ok, conta outra.

De louvável, houve duas afirmações. A primeira, defendendo autonomia do Banco Central, principalmente para o estabelecimento das taxas de juros. Juros não é decisão política, é decisão econômica. A segunda, a de dizer que ou é loucura ou é demagogia afirmar o quanto o Brasil irá crescer nos próximos anos. Ninguém sabe o que vai acontecer na China, por exemplo. Sinceridade em políticos é sempre aconselhável.

De resto, a ápice do programa foi um dos desenhos do cartunista Paulo Caruso. Consistia no seguinte: Cristovam estava deitado, dormindo, tendo um pesadelo. E o pesadelo era Brizola sussurrando no seu ouvido “Vai lá, tchê!”

Segunda que vem tem Chuchu no Roda Viva. Lula se acovardou e foi o único candidato a recusar o convite do programa.

Convenções

Enquanto o país pensa na coxa do Robinho, o final de semana foi marcado por convenções partidárias.

Em São Paulo, o evento do PSDB ocorreu na Assembléia Legislativa de São Paulo. A concorrência foi tão grande que o Príncipe foi ao chão:

"FHC se desequilibrou e chegou a ir ao chão, já dentro da Casa, mas se levantou rapidamente e disse não ter se machucado. Na ânsia de tentar conter o tumulto, os seguranças chegaram a barrar Mônica Serra, mulher de Serra, e Rodrigo Garcia, presidente da própria Assembléia."

E não foi só a vontade de sair em fotos que animou o pessoal:

"Segundo a PM, cerca de 5.000 pessoas passaram pela Assembléia. Muitas eram "militantes" amealhados por candidatos a deputado em troca de lanche, cerveja e refrigerante."

Enquanto isso, anteontem, em Brasília, na convenção nacional do PT, ninguém parecia muito animado:

"Apesar da tentativa de animar a militância, o grupo contratado esvaziou a pista de dança ao tocar o baião-xote "Lula de Novo", jingle da campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em outra tentativa, o locutor arriscou: "Um, dois, três; quatro anos mais; aqui no meu Brasil retrocesso nunca mais". A platéia acompanhou sem muito entusiasmo." (Folha de São Paulo, 26/06/06)

Joyride

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Depois de inaugurar mais um trevo de acesso, o governador dirigiu-se Germano Rigotto (PMDB/ RS) à sede da empresa Doux Frangosul, onde inaugurou a ciclovia Frangosul/Montenegro. A obra, orçada em mais de R$ 755 mil, teve sua conclusão em dezembro de 2005 e foi realizada pela Construtora Giovanella Ltda.

Pé na Estada com Germano Rigotto

Agenda do governador Germano Rigotto para segunda-feira, 26 de junho de 2006

MANOEL VIANA

11h30 - Inauguração das obras da RST 377, no trecho Manoel Viana a São Francisco de Assis. Local: Trevo de acesso.

SÃO FRANCISCO DE ASSIS

13h30 - Solenidade de inauguração da RST 377, no trecho São Francisco de Assis a Santiago. Local: Trevo de acesso.

SANTIAGO

15h - Solenidade de entrega das obras de pavimentação da RST 377, no trecho Santiago a Distrito Lajeado Santa Brígida. Local: Desvio do Contorno.

JÓIA

16h10 - Entrega das obras de restauração RS 522, no trecho Jóia a Ijuí, e inauguração da RST 377, no trecho Jóia e Lajeado Santa Brígida. Local: RST 377, no entroncamento com RS 522.

Toma um Siflagrol

O jornalista Fernando Mitre resume a participação do ministro das Relações Institucionais, Tarso Genro (PT-RS) no programa Canal Livre:

"O senhor disse que o PT precisa manter a auto-crítica. Mas o que eu pensei foi 'Que auto-crítica?'".

Olívio na frente de Rigotto

Não dá para dizer que a liderança de Olívio Dutra (PT-RS) na primeira pesquisa ao governo do RS é uma surpresa. O espanto é ter que ler a notícia no Blog do Noblat e ver que o assunto passou a brancas nuvens na Zero Hora, levando em conta que a pesquisa da revista Voto foi divulgada ontem à noite. Vai começar toda a função de novo.

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De doer

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Finalmente concordo com o PSTU.

Alegria do meu dia

Agenda do governador Germano Rigotto (PMDB/RS) para sábado, 24 de junho de 2006

MONTENEGRO

12h30 - Inauguração da ciclovia entre a Frangosul e a cidade e do trevo.

E queria ser presidente, tu vê só.

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Thumbs up

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José Jorge: "Olhe lá, Geraldo. Tô vendo uma luz no fim do túnel, mas ela tá fraquiiinha"

Geraldo Alckmin: "Senta aí, ô coió. Daqui a pouco você apaga ela de vez"

Abriu vaga na RBS

Paulo Borges sai do vídeo da RBS TV para ser candidato pelo PFL

Paulo Borges, o homem do tempo da RBS TV, não está mais no vídeo desde hoje. Ele surpreendeu até seus colegas de trabalho ao comunicar só ontem que decidiu concorrer a deputado estadual pelo PFL. Na mesma hora em que informou a decisão, seu superior, o diretor de telejornalismo Raul Costa Jr., desligou-o das funções na emissora, já que o código de ética do Grupo RBS não admite ter entre seus colaboradores candidatos a cargos políticos.

Com 41 anos, Paulo Borges estava completando 10 anos de RBS, onde sempre apresentou o boletim meteorológico nos telejornais. Tornou-se uma figura conhecida graças a esta alta visibilidade no vídeo e à forma criativa como apresentava o tempo, geralmente com brincadeiras envolvendo outros participantes. A expectativa dele e do partido é que, a partir desta popularidade, faça cerca de 80 mil votos na eleição de outubro.

Do Coletiva.

Show de horrores

Ontem foi dia de mais formalizações de candidaturas à presidência. Lula, Alckmin e o gritedo de Heloísa Helena e Enéas já estariam de bom tamanho. Mas não. A cada dia, aparece mais gente.

O PDT homologou a candidatura do senador Cristovam Buarque (DF). Foi uma vitória de Carlos Lupi, presidente do PDT Nacional. Lupi mostrou a força que tem dentro do partido, passando por cima do grupo contrário à candidatura própria. Esse pessoal acha que, sem poder fazer coligações livremente nos estados, o partido terá dificuldade de se adequar à cláusula de barreira. Matheus Schmidt, presidente do PDT-RS, não ficou feliz: "Não sei qual vai ser o destino do partido. Acho que foi uma insanidade o que foi feito aqui". Ninguém liga. Brizola morreu caduco.

Cristovam Buarque é conhecido por umas cinco pessoas no país, vai usar a campanha para se promover politicamente e falar asneiras. Até aí, vá lá. O pior é o PARDIDO SOCIAL LIBERAL (PSL) lançar candidato próprio. Será Luciano Bivar, “empresário e dono da Companhia Excelsior de Seguros, que em 2004 era a seguradora oficial do Campeonato Brasileiro. O ex-deputado é presidente do Sport, de Pernambuco.” A principal bandeira de Bivar será a criação de um imposto federal único. Também propõe a suspensão da dívida externa e a construção de uma estrada de norte a sul do país, financiada com o dinheiro de nossos credores, que ficariam bastante satisfeitos em ter uma concessão de 50 anos da estrada como pagamento da dívida.

Agüenta coração.

Gritaria e chimarrão

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Geraldo Alckmin (PSDB/SP) se candidata a receber melhores legendas da Veja ao tomar um chimarrão com o deputado federal Onyx Lorenzoni (PFL/RS) ontem, na Câmara de vereadores de Porto Alegre.

Deixa eu ver no mapa onde é que fica...

Que maravilha de verticalização.

Chuchu evitou ir à convenção estadual do PSDB em Tocantins. Seu partido fez aliança com o PL, PTB, PP, PSB, PSC e PV e lançará o campineiro José Siqueira Campos para governador. Campos foi o primeiro governador de Tocantins, estado criado em 1988.

O problema é que deu pau na aliança com o PFL. O partido do vice de Alckmin estará lado a lado com o PT no estado, apoiando Marcelo Miranda, candidato do PMDB.

Eu gostava mais quando Goiás era bem grande e ocupava todo o centro do mapa do Brasil.

Solenidade de inauguração

Agenda do governador Germano Rigotto (PMDB/RS) para sexta-feira, 16 de junho de 2006

BOSSOROCA

10h - Solenidade de inauguração da RS 168, que liga São Luiz Gonzaga, Bossoroca e Santiago. Local: Trecho da RS 168, na rótula do CTG Sinuelo das Missões.

DEZESSEIS DE NOVEMBRO

12h - Solenidade de inauguração das obras de restauração da VRS 332, de acesso ao município. Local: Ginásio de Esportes, na avenida Independência 1120.

GIRUÁ

15h - Solenidade de inauguração do Centro Regional de Reabilitação Física e Fonoterapia do Hospital São José. Local: Hospital São José, na avenida Presidente Vargas, 867.

Muita sorte

Agenda do governador Germano Rigotto para terça-feira, 13 de junho de 2006

PORTO ALEGRE

10h - Audiência com o novo representante do Banco Mundial no Brasil, John
Briscoe. Local: Gabinete do Governador.

BENTO GONÇALVES

12h - Almoço comemorativo a 128ª Festa de Santo Antônio, padroeiro do município. Local: Salão Paroquial, na rua Marechal Deodoro, 263.

13h40 - Vistoria os trevos São Roque e Tuiuty.

14h - Solenidade de inauguração do Trevo Eulália.

15h - Visita a 16ª Expobento. Local: Parque de Eventos da Fenavinho.

PORTO ALEGRE

20h30 - Solenidade de posse da nova diretoria do Instituto de Estudos Empresariais (IEE). Local: Associação Leopoldina Juvenil, na rua Marquês do Herval, 280.

O Verdadeiro COL

Tirado de uma reunião por um telefonema de Zero Hora no fim da tarde, o deputado federal Alceu Collares não queria saber de acabar com o longo debate sobre as novas regras eleitorais do TSE. Enquanto falava com o repórter, ouviu o recado de um assessor e respondeu sem parar a entrevista:

- O quê? A Neuza quer acabar com a reunião. Nada disso. Diga a ela que sou eu que mando aqui.

Da coluna de Rosane de Oliveira.

Pobre do Collares. Ainda por cima o TRE multou o ex-governador e tirou o Collaresonline do ar. Isso não se faz.

Me interessei

Agenda do governador Germano Rigotto para sexta-feira, 9 de junho de 2006

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13h30min - Audiência com o prefeito de Porto Alegre, José Fogaça.
Local: Gabinete do Governador.

P.S: sobre o assunto da reunião, nada. Mas a agenda do prefeito Fogaça (PPS/RS) também mostra o encontro marcado com a pré-candidata do PSDB ao governo estadual, Yeda Crusius, às 16h30. O local: gabinete do prefeito. Espero que depois disso caia a cara de pau da oposição em falar que o PT não podia fazer encontros políticos dentro do Palácio da Alvorada.

Democracia madura

"Pelo menos duas hipóteses podem explicar o recuo do TSE, nenhuma delas passível de comprovação integral, pois os ministros insistem que só buscaram a tal segurança jurídica:
1) Foi uma decisão meramente política. A pressão de deputados e de senadores teria encontrado guarida certa entre os ministros;
2) A maior corte eleitoral brasileira teve um surto de amnésia de conhecimentos legais na terça-feira. A memória foi recobrada em 48 horas para que a decisão fosse totalmente reformada.
Pior para a credibilidade do TSE só se essas duas hipóteses juntas fossem verdadeiras."

Fernando Rodrigues, na Folha de hoje, faz a melhor análise que li sobre a gigantesca patuscada do TSE.

Vem com Rigotto, segue o teu coração

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Going solo

A Folha Online informa que a aliança entre PT e PMDB já era. O apoio que os petistas receberão da ala governista do PMDB será apenas informal. Na prática, foi a verticalização que acabou com o sonho do Quércia de ser vice-presidente do Brasil.

Na propaganda gratuita na TV, os gaúchos do MDB já mostraram que aqui embaixo não tem espaço pro conúbio. "A crise pela qual passa a economia gaúcha tem nome e sobrenome", anuncia o locutor. "Governo Lula".

Geraldo Alckmin em Pernambuco

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Vestido de vaqueiro nordestino, Geraldo Alckmin anda a cavalo na caatinga em Petrolina (PE). Dentro da estratégia de discrição do candidato, os organizadores da campanha não conseguiram um jegue para o tucano pilotar.

Mais fotos aqui.

Seus problemas terminaram

Cansado de esperar sentado pelas soluções dos políticos e com o saco cheio de ser acossado pelos movimentos de massa? Bate um fio para o Doutor Enéas Carneiro e candidate-se a deputado estadual ou federal. Para criar suas próprias leis, ser cortejado por empreiteiras para asfaltar a Mata Atlântica ou simplesmente ficar bacana, ligue (61) 3215-1306 / (61) 3215-3306 / (61) 3215-4306 / (61) 3215-5306. O Doutor Enéas atenderá pessoalmente à sua ligação.

As propostas de Yeda

A deputada federal e candidata tucana ao Piratini Yeda Crusius, apresentou em reunião da Bancada Gaúcha no Congresso abaixo-assinado em apoio à proposta da Granpal que defende a implantação do chamado 'Polão' e institui pedágio nas vias que ligam São Leopoldo a Novo Hamburgo (BR 386) e Sapucaia a Porto Alegre (RS 110). Os moradores da região têm um site para coletar assinaturas contra a construção e apresentar informações sobre ela.

Alta discrição

Perguntado se estava em forte campanha pelo Estado, Olívio Dutra (PT/RS) respondeu:

- Sim, a campanha nunca pára.

Seu colega de partido, o deputado estadual Fabiano Pereira (PT/RS), foi rápido na correção:

- Não, governador. Não pode dizer que já está em campanha. Ainda mais dentro do Tribunal Eleitoral.

Da coluna de Rosane de Oliveira.

Um abrasso da Luiza Erundina

Prezados companheiros e companheiras,

O ano de 2006 será marcado pela a realização das eleições gerais, que coloca para cada um de nós a responsabilidade de reafirmamos nosso compromisso com a luta em defesa da cidadania para todos em nosso país e de nos empenharmos para que as eleições possibilitem a transformação do poder no Brasil.

Assim sendo, creio que a melhor maneira de contribuir nesse processo será a reunião dos companheiros, a fim de definir nossas propostas e estratégias.

Para tanto, espero contar com seu valioso apoio.

Aproveito o ensejo para convidá-lo(a) para a minha plenária:

Dia: 03 de junho de 2006 (sábado)
Horário: 14 horas
Local: SINTHORESP - Rua Taguá, 282 (Metro São Joaquim)

Certo de contar, mais uma vez, com sua presença, envio um abraço afetuoso.
Luiza Erundina de Sousa
Deputada Federal - São Paulo / SP - PSB

Yeda se levanta

Como era de se esperar, a propaganda política de Yeda Crusius (PSDB - RS) começou prometendo a expansão trensurb da Região Metropolitana de Porto Alegre. Disse que "não dá para esperar o governo federal nem os municípios". Com uma produção modesta, o vídeo apresentou os cânones tucanos do Rio Grande do Sul. Destaque para Marcos Ronchetti, prefeito de Canoas, e Júlio Redecker, que saiu do PP para o PSDB logo depois que se elegeu deputado federal em 2002.

Depois, Yeda falou que vai seguir os passos das administrações de Alckmin em São Paulo e de Aécio Neves em MG. Para o final, imagens da candidata ao Piratini assinando a ficha dos novos filiados ao PSDB gaúcho no interior do Estado. Não deve ter dado muito trabalho. O PSDB é uma nulidade aqui. Imagino quantos dos coitados que recém se filiaram não são oriundos "Novo PT", expressão que esteve em voga até 2005. Sim, antes do escândalo do Mensalão.

Convenções partidárias

Bolinha vice do Simon, que por sua vez é vice do Lula, que vai bater no Alckmin, que queria o José Agripino, mas recebeu o José Jorge, que por sua vez prefere o Serra. Essa enrolação de alianças está perto do fim. Entre os dias 10 e 30 de junho, a lei obriga a realização de convenções partidárias que definem os candidatos oficiais de cada sigla. Bom lembrar que, apesar de toda a choradeira, a verticalização (obrigatoriedade de manter nos Estados as alianças nacionais) vai valer nas eleições. Abaixo o calendário das convenções já definidas.

PT - 24 de junho (sábado), às 10h. A Convenção Nacional do PT será no Minas Brasília Tênis Clube, na capital federal, e deve aclamar Lula na presença de mais de 3 mil filiados.

PSDB - 11 de junho (domingo) das 9h às 14h. A Executiva do PSDB confirmou a realização da Convenção Nacional em Belo Horizonte, no ginásio Mineirinho.

PFL - 14 de junho (quarta-feira), das 10h às 13h. No auditório Petrônio Portella, no Senado Federal, em Brasília.

PMDB - 29 de junho (quinta-feira), sem local e hora definidos. Aliás, quase nada está definido. A ala governista do PMDB conseguiu adiar de 11 para 29 de junho a Convenção que decidirá se haverá ou não candidato próprio. Esse prazo dificulta muito a vida de Simon e Garotinho, mas, no PMDB, quem dá a última palavra é sempre a Justiça.

PPS, PSOL, PDT - Sem definição. Aprovaram resolução que prevê a Convenção entre os dias 10 e 30 de junho, como manda a lei.

Diabólicos

Pedro Simon chama de diabólicos seus colegas do "MDB" e resume a campanha eleitoral de 2006 em entrevista à Folha (conteúdo fechado):

"Tudo o que o PT disser do PSDB praticamente é verdade e tudo que o PSDB disser do PT é praticamente verdade."

Campanha aberta

Agenda do governador Germano Rigotto
para sexta-feira, 26 de maio de 2006


FARROUPILHA

10h20min - Assiste missa de Nossa Senhora do Caravaggio. Local: Santuário de
Nossa Senhora do Caravaggio.

GUARANI DAS MISSÕES

12h30 - Solenidade de abertura da 7ª Polfest. Local: Parque de Eventos
Clemente Vicente Binkoski

SÃO NICOLAU

14h30 - Entrega obras de restauração da RS 561. Local: Quilômetro zero, na
saída do município.

ALECRIM

16h - Inaugura a estrada RS 540. Local: Trevo do Distrito Industrial.

É uma loucura governar esse Estado. Não sei como o Rigotto agüenta.

Ironia certa

Fracassei miseravelmente ontem ao tentar fazer ironia com o PT. O editorial do Estadão de hoje dá a fórmula certa ao comentar a decisão do Supremo de fazer valer já em outubro a nova regra que responsabiliza também os candidatos pelos atos de seus tesoureiros:

Assim, se um gestor dos recursos de campanha que se chame, por exemplo, Delúbio, faltar com a verdade na prestação de contas à Justiça Eleitoral, o candidato a quem servir se verá, ele também, às voltas com os tribunais.

Para quem não lembra, Delúbio processou uma escola por citar em uma questão de concurso público um hipotético Delúbio como autor de crime contra a máquina pública. Além disso, o ex-tesoureiro é a musa inspiradora da nova regra.

Essa norma, aliás, é um grande avanço. Sem ironias. Impede esse papo de "eu não sabia", que ninguém engole mais.

O desespero comendo solto

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Geraldo Alckmin (PSDB/SP) encarou até a Lancheria Cacique, na Rua da Praia. A tentativa de conseguir o voto da chinelagem porto-alegrense, porém, não vai vingar. Ele devia ter ido no Ossip mendigar votos do pessoal Havaianas da Adidas.

Mais fotos aqui.

RBS mente

De acordo com o RBS Notícias, um dos compromissos na agenda do candidato Gerlado Alckmin é encontrar-se com a diretoria da empresa de comunicação gaúcha. Não se trata de entrevista coletiva, nem nada do gênero. Conversar com candidatos não implica necessariamente em infração à ética jornalística, mas que pega mal, pega. A não ser, é claro, que o Sr. Sirotsky receba também os outros, inclusive Lula e Heloísa Helena.

A RBS ganhou este mês também um blog dedicado somente a criticar as reportagens de um ponto de vista de esquerda.

Perdedores

Geraldo Alckmin (PSDB/SP) deu bolo em um dos principais programas de rádio da cadeia RBS, o Gaúcha Atualidade. O presidenciável tucano deve ter sentido o desgaste da aclamação popular ontem à noite no aeroporto Salgado Filho e preferiu não monopolizar a exposição que o maior grupo de comunicação do Sul do país lhe ofereceu. Constrangidos no ar, os apresentadores Armindo Antonio Ranzolin e Ana Amélia Lemos chamaram no tradicional Plano B: mais inofensivo que Alckmin, só Cristóvam Buarque (PDT/DF).

Geraldo Alckmin em Porto Alegre

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O candidato tucano à presidência da república aterrisou ontem à noite em Porto Alegre. Desesperados por divulgação, os tucanos permitiram a entrada da nossa equipe na Sala de Autoridades. "Não reconheci ninguém lá dentro", testumunhou o fotógrafo Walter ao sair da sala. O pessoal da TV Mais (sem site na internet) preparava a câmera para filmar a chegada do candidato. A claque peessedebista se restringia a 30 pessoas dentro da Sala de Autoridades e meia dúzia de integrantes da Juventude Tucana que cochichavam no saguão. Quando o avião pousou às 22h38, ninguém sabia que um presidenciável chegava à cidade.

Não era pra menos. O vôo número 3049 da TAM que trouxe Alckmin foi pouco divulgado. Previsto para as 22h, chegou atrasado às 22h38. Alheios à movimentação na salinha VIP, os transeuntes se contentavam a esperar seus parentes e amigos. O ex-governador paulista foi aplaudido quando entrou na salinha. Do lado de fora, uma militante perguntou "quem é a vice dele?".

Às 22h54, membros da Juventude Tucana saíram da sala para agilizar o Passat bordô do candidato. Uma representante do partido vem falar conosco para avisar que Alckmin logo sairá, mas que não era para usar o flash da máquina fotográfica. "Mas eu sou fã dele", retrucou Walter. Quando saiu, foi seguido de um séquito com presença reduzida. Alckmin só foi aplaudido quando estava perto da saída do saguão.

Confira a cobertura completa na extensão:

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Comparações

A propaganda partidária do PT gaúcho, apresentada há pouco na TV, pode ser resumida na pergunta que a repórter fez aos transeuntes e deveria martelar a cabeça de todos no Rio Grande do Sul: "Tu conheces alguma obra do governo Rigotto?". De fato, para um candidato que prometeu um posto de saúde a cada quilômetro, Germano Rigotto ficou aquém das expectativas mais pessimistas mesmo em comparação com o governo de Olívio Dutra (1999-2003).

O ex-governador e agora candidato petista apareceu na TV como presidente estadual do PT-RS para balizar os depoimentos de estrelas do partido no Estado que falaram sobre medidas concretas enquanto estavam no Palácio Piratini. Olívio teve uma gestão regular, mas com a desculpa de que era a primeira do Partido dos Trabalhadores no comando gaúcho. Noves fora a oposição escancarada ao governo do então presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB-SP), o gaúcho de Bossoroca deixa Rigotto na poeira.

O peemedebista assumiu o executivo com a bandeira da união na mão esquerda e um pacote de promessas furadas na mão direita, como aquela de prometer não aumentar os impostos – dois anos depois, veio a tungada do ICMS. A bagagem do PMDB no governo estadual continha dois mandatos: Pedro Simon (1987-1991) e Antônio Britto (1995-1999). Falta de experiência seria uma desculpa esfarrapada, assim como a infame Lei Kandir, que Rigotto botava na conta do governo do presidente Lula. Mesmo com toda a rivalidade no RS, o PMDB gaúcho sempre teve canal aberto e nunca fez oposição de verdade ao Palácio da Alvorada. A cortina de fumaça da pré-candidatura presidencial desapareceu e continua a pergunta: "o que Rigotto fez de prático no governo gaúcho?".

Nas asas da loucura bovina

Comitê organiza comemorações do centenário do vôo do 14 Bis

O governador Germano Rigotto (PMDB/RS) instala hoje, às 15h, no Palácio Piratini, comitê responsável pelas comemorações no Estado do centenário do vôo do 14 Bis. Ao longo de 2006, uma série de eventos está programada para ocorrer no RS em comemoração ao centenário do vôo de Alberto Santos Dumont (1873-1932), no campo de Bagatelle, em Paris, no dia 23 de outubro de 1906. Implantado pelo decreto nº 43.923 de 15 de julho de 2005, o Comitê Executivo 14 Bis tem a missão de organizar estas atividades.

No outro lado da campanha, o PT/RS apresentará hoje, às 20h30, propaganda eleitoral de Olívio Dutra. Para disfarçar, participarão as principais lideranças do PT gaúcho: o presidente regional, Olívio Dutra; o ex-ministro do Desenvolvimento Agrário, Miguel Rossetto; o senador Paulo Paim; a ministra da Casa Civil, Dilma Roussef; o ministro das Relações Institucionais da Presidência da República, Tarso Genro; e o líder da bancada do PT na Assembléia Legislativa, Flavio Koutzii. Será interessante para ver em que pé andará a candidatura petista depois da quebradeira dos diretórios metropolitanos e estadual e a desmoralização por ter recebido R$ 1,2 milhão do Valerioduto nas eleições de 2004.

Ainda Lembo

Manifestações de genialidade política aparecem onde a gente menos espera. Até semana passada, o insosso governador Claudio Lembo era o alvo preferido de toda a imprensa e da população, devido à semana de terror em São Paulo. Duas hábeis entrevistas depois - uma para a Monica Bergamo e outra para o Bob Fernandes - e toda a ira da crônica e do público passou para o Alckmin e para os tucanos. De rodas de amigos, a taxistas a colunistas de opinião, a incompetência tucana é o grande saldo final do episódio do PCC. Lembo jogou as luzes da ribalta em cima de seus aliados em apenas duas conversas com jornalistas. Inacreditável, considerando que há uma semana esse era o cara que falava para William Bonner no ar que "nada deu errado."

Enquanto isso, aqui em São Paulo, a vida não poderia me parecer mais normal. No sábado, o metrô estava lotado em plena meia-noite, com a Virada Cultural. Bares e restaurantes lotados dia e noite, ruas tomadas de gente, meu único receio, por enquanto, é ir no jogo do Corinthians contra o Inter na quinta-feira. Nem vestígios daquele dia que o Emiliano narrou tão bem.

Sugestão para novo mascote: jumento

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu suspender o período de propaganda do PSDB em 2007. A decisão foi proferida no julgamento do recurso de Agravo Regimental na Representação (RP 911), apresentada pelo PT. Na mesma decisão, o Tribunal resolveu não impor ao PSDB a aplicação de multa por propaganda antecipada.

O caso seia grave porque nos dias 21, 24 e 25 de abril o programa dos tucanos limitou-se a apresentar Geraldo Alckmin e seus feitos no governo do Estado, o que foi caracterizado como propaganda eleitoral. A data oficial para o início da campnha presidencial é 5 de julho. Até o PT foi mais esperto e só colocou a estrela do partido no final das propagandas de divulgação da auto-suficiência em petróleo alcançada pela Petrobras.

Abaixo, a nota oficial do TSE.

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Pode ficar Pior

O PP surge no horário político-partidário durante o intervalo falando com dezenas de pessoas sobre a violência no RS. O partido quer mostrar a sua "visão" sobre o assunto. O candidato pepista ao governo gaúcho, Francisco Turra, diz que "não se resolve o problema com conversa fiada". Deve ter esquecido os constantes fiascos do ex-secretário de Segurança José Otávio Germano toda vez que aparecia para explicar as patuscadas da Brigada Militar.

O meu favorito foi aquele no qual ele disse ao vivo no Jornal do Almoço (jornal televisivo das donas de casa de Porto Alegre) que, durante um assalto, o menino assassinado não teria levado um tiro caso não tivesse retrucado alguma ao ladrão. Botou a culpa no guri. As pessoas fizeram protesto durante dias contra o secretário, que se escondeu. Esse foi um exemplo. Existem outros. "Se tudo o que fizemos não aparece e você tem sensação de insegurança, é porque o mundo ficou mais perigoso, alerta Turra, o visionário.

Enquanto isso, em Porto Alegre...

Em uma "Carta aberta aos cidadãos porto-alegrenses", a vereadora Manuela D'Ávila (PC do B) esclarece as imagens veiculadas pela RBSTV no domingo à noite. Como ninguém assiste ao Teledomingo, a carta chegou às caixas de email sem fazer muito sentido. No entanto, não precisa ser nenhum gênio para deduzir qual foi o flagrante feito pela equipe de reportagem:

"Não estava fazendo uso do orkut na sessão exibida. Estava fazendo uma reunião por outro mecanismo moderno e econômico, o "msn messenger". A imprensa não tem a tarefa (e digo isso como jornalista) de gravar conversas políticas e /ou pessoais de qualquer pessoa sem autorização. Portanto fechei o computador e sorri gentilmente para o cinegrafista. Como visto por todos, os poucos segundos exibidos na televisão reduziram nosso trabalho diário ao uso de computador e ao saudável hábito do chimarrão. Quem acompanha, recebe o boletim, observa os jornais sabe de nosso compromisso com a mudança da política e das profundas alterações em nosso país..."

Leia a íntegra da carta no www.eaibeleza.com.br

A fumaça dissipou

De um alto representante da indústria calçadista do Vale dos Sinos esbravejou ontem à tarde: "Vamos falar a verdade: o governo do Rigotto é uma legítima merda. É o pior governo que a gente já teve nesse Estado. Não fez nada. Alguém aqui viu o que ele fez? Acabou com a economia do Estado e passeia por aí como se estivesse tudo bem. Toda as pequenas e médias indústrias estão operando no vermelho ou quebradas. Como é que os jornais não mostram isso? Como é que ninguém fala sobre o governo desse cara ou sobre o PMDB daqui? Alguém pode me explicar? E ainda quer se reeleger, aquele filho da puta. Mas pra fazer o quê? Algum de vocês aqui [em uma mesa de vinte pessoas] pretende votar nele esse ano?".

Ganhou

O PMDB está eleito para o próximo governo. Kennedy Alencar, da Folha, antecipa o resultado da convenção do partido, amanhã: Lula e Alckmin já teriam sido informados que não receberão o apoio peemedebista.

Era o que se esperava. Seria muito difícil o PMDB abrir mão da possibilidade de fazer coligações estaduais tanto com o PT quanto com o PSDB.

Adeus, Topete. Adeus, Bangladesh.

Mas é sigilo

A coordenação da campanha de Yeda Crusius (PSDB/ RS) ao Palácio Piratini está em nível avançado. A escolha da produtora de TV para fazer o horário eleitoral deve sair nos próximos dias e o escritório em Porto Alegre está devidamente equipado. Apenas um profissional gaúcho trabalha na equipe de comunicação, que vem toda de São Paulo. “Tenho aqui os melhores profissionais que o dinheiro pode pagar”, disse em uma reunião a candidata tucana ao governo do Rio Grande do Sul.

Abro o meu voto

Pouco comum para jornalistas, mas abro meu voto agora. Tenho visto tanta gente reclamando da falta de opções nas urnas neste ano. A crise está levando todos para a teclinha do branco na urna. Comigo, ocorre o contrário. Nunca foi tão fácil votar. É simples: só não voto em quem se aliar ao PMDB.

Com todo respeito ao PMDB - que fez muito pela redemocratização e que ainda possui gente séria nos seus quadros - as opções que a sigla apresentou até agora deixam claro que a única proposta política séria do Brasil é tentar deixar o PMDB de fora de todos governos de agora em diante. Vejamos:

1- Em 2002, pediu que votássemos em Serra, com Rita Camata no banco de reservas.
2- Já no final daquele ano, pediu que apoiássemos Lula.
3- Hoje apresenta duas alternativas: Lula ou Garotinho (ou Itamar, ou Rigotto, ou Quércia).

Não há proposta de governo ou projeto ideológico. Sem falar que no final dos anos 80, o PMDB tinha a presidência da República, das duas casas do Congresso e da Assembléia Constituinte. O megagoverno peemedebista fracassou e Ulysses teve desempenho eleitoral de síndico.

Quem tiver uma proposta de governo que não inclua essa Velha Corja, recebe o voto deste humilde redator da Nova.

Big Brother Garotinho

Agora que o Fantástico jogou o sal na pré-candidatura de Anthony Garotinho (PMDB/ RJ), o Comandante Bolinha resolveu se trancar em greve de fome com a família numa sala abastecida com um frigobar lotado de água mineral. Com queixas de Veja, jornais O Globo e Folha de S. Paulo, o ex-candidato fez beicinho e convocou uma coletiva às 17h13. Deve ser algo da Cabala. A Veja gastou quatro meses coletando o básico da falcatrua de Garotinho para publicar exatamente quando ele está perto de Geraldo Alckmin (PSDB/ SP) nas pesquisas para o executivo federal.

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"Greve nada, amor. Saca o frigobar cheinho"

Isso leva a imaginar o quanto a coordenação da pré-campanha de Germano Rigotto (PMDB/ RS) foi incompetente. Culpa do Eliseu Padilha? Do Pedro Simon? Do Rigotto? Claro. Os gaúchos merecem mais quatro anos com gente desse quilate e perspicácia no comando do Estado.

Psicanalisando Lula

O filósofo e psicanalista Renato Mezan, em entrevista para as páginas amarelas da Veja desta semana, levantou um ponto interessante:

Lula gosta muito de se comparar a seus antecessores, dizendo que fez mais do que eles. Minha impressão é que isso tem dois componentes: um de classe e outro que eu vou chamar rapidamente de "edípico". A questão de classe é o "eu sou melhor que meu patrão, meu governo é melhor do que o dos patrões, nós somos melhores do que os patrões". O lado edípico é a luta com o pai, representado aqui pelos que vieram antes, e isso se reflete numa rivalidade com figuras prestigiosas, como Fernando Henrique, Getúlio, Juscelino, todos os que o precederam. Quem está constantemente se comparando com outro não se sente seguro daquilo que está fazendo. (...) Veja bem, não estou fazendo psicanálise selvagem do presidente, seria ridículo e tiraria a força do argumento. Estou dizendo apenas que, de maneira genérica, aquele que está constantemente em rivalidade com seu predecessor sugere fortemente uma problemática edípica, do tipo "eu ainda não acabei de matar o pai". Para um líder político, isso me parece negativo, além de ser irritante.”

Obviamente, psicanalistas, pastores, padres, hegelianos, cartomantes e budistas sempre estabelecem relação entre o que bem entendem. O que é interessante, entretanto, é notar que Lula parece profundamente motivado – mais do que uma simples estratégia política – em mostrar que seu governo foi melhor do que os anteriores, principalmente o de FHC.

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Rigotto para governador: A Nova Corja cansou de avisar

A Nova Corja – A candidatura do governador Germano Rigotto é crível ou ele está mesmo é de olho na reeleição estadual?

Tarso – Creio que Rigotto será candidato a Governador, novamente.

A barca furada da pré-candidatura de Germano Rigotto foi escancarada nessa entrevista exclusiva que o ministro das Relações Institucionais, Tarso Genro (PT/ RS), deu ao blog em janeiro de 2006. A estratégia no PMDB gaúcho era mesmo essa: jogar uma cortina de fumaça com a postulação à presidência para adiar a preparação das desculpas para o fracasso que foi o governo de Rigotto até o último minuto. Toda a imprensa gaúcha sabia, mas historicamente os jornais gaúchos nunca falam mal do PMDB-RS.

Agora, os partidos que compuseram o governo com o PMDB e pularam fora das secretarias há alguns meses "estão pensando no que fazer". Como bons clubinhos, devem voltar com a cara de pau costumeira para o bojo do governo Rigotto. O governador apareceu em inserções nas rádios e TVs ontem. Começou a dar desculpas pela gestão desengonçada do Estado. Nada de novo nas eleições no RS. A dicotomia deste ano: Olívio Dutra (PT) X Germano Rigotto (PMDB).

Cosa Nostra

Insatisfeito com a política italiana? Reclame para o nosso senador em Roma. E ele é comunista.

Matizes corruptíveis

Pergunta feita pela jornalista Rosane de Oliveira à candidata presidencial Heloísa Helena (PSOL- AL) durante o programa Conversas Cruzadas, na TV COM:

Rosane de Oliveira: Quando a senhora percebeu os casos de corrupção no governo?

Heloísa Helena: Depende do tipo de corrução.

Bola da vez

Se conseguir a cassação do deputado federal João Paulo Cunha (PT/ SP) pelo envolvimento com o Valerioduto, o relator Cezar Schirmer (PMDB/ RS) larga na frente para a disputa do governo gaúcho. Os outros postulantes à vaga, o deputado federal Eliseu Padilha e o vice-governador Antônio Hohlfedt, ficam atrás por razões nada corfortáveis. Germano Rigotto fica de fora da equação até descer do muro, embora para isso tivesse que ter saído do cargo em 31 de março, prazo final para os governadores continuarem em seus cargos.

Eliseu Padilha é acusado por correntes internas do PMDB por ser o único a saber da regra de cálculo que pegou todos de surpresa e causou a derrota do governador gaúcho na prévia do partido que elegeu Anthony garotinho (PMDB/ RJ) como pré-candidato oficial à presidência. O deputado gaúcho nega tal conhecimento, claro.

Antônio Hohlfeldt saiu do PSDB há alguns meses e não teria a simpatia dos caciques e militantes do partido para concorrer a tal cargo em tão pouco tempo de partido. Outro revés para o meu ex-professor foi a má condução dos problemas estaduais enquanto Rigotto vagava por aí na ilusão de ser presidente. O caso de maior destaque foi a procrastinação de uma solução para a greve do Cpers até que Germano retomasse o governo. Conta a favor de Hohlfeldt o fato de ter saído PT há 15 anos, logo que começou a notar problemas éticos no partido.

Com o discurso de "Caçador de Petistas" apresentado há pouco na Câmara, Schirmer pode ter uma base forte para concorrer contra um partido que admitiu receber R$ 1,2 milhão de Delúbio Soares, mas por "confiança e ingenuidade" no que o diretório nacional lhes mandava. A entrevista de David Stival, presidente estadual do PT na época da candidatura de Raul Pont à prefeitura - quando o dinheiro foi entregue -, logo depois da absolvição pelo Ministério Público foi lamentável. Mas é o PMDB gaúcho: jogam com todas as possibilidades. Cezar Schirmer pode ser a bola da vez, embora tenha vários esqueletos escondidos desde que começou a carreira política em Santa Maria (RS).

Mobral

Desculpa de Geraldo Alckmin para os 400 vestidos recebidos como presente por sua esposa durante a estadia no governo de São Paulo: inexperiência. Considerando que o tucano está na política desde 1972 e há mais de dez anos em cargos executivos, só se pode chegar à conclusão de que Dona Lu é meio devagar no aprendizado.

Começou

Foi só Alckmin virar candidato a presidente e começaram a pipocar histórias escusas a seu respeito. Sua esposa teria aceitado 400 vestidos de presente de um estilista, uma estatal teria comprado espaço em uma revista para uma entrevista do tucano e, a cereja no topo do sundae, seu assessor de comunicação teve de deixar o cargo por causa de denúncias de favorecimento ilícito a publicações amigas do governo. Quanto tempo o ar de bom moço vai durar?

Serra precisa perder

José Serra abandonou hoje a Prefeitura de São Paulo para concorrer ao governo do estado. José Serra precisa perder.

José Serra se igualou a Tarso Genro - que fez o mesmo movimento aqui no RS. Como Tarso, Serra tem que perder as eleições e ser aniquilado da vida política.

Nas últimas eleições, o PT paulista bateu forte na idéia de que Serra abandonaria a Prefeitura para concorrer ao governo estadual. Serra negou, assinou documento em cartório dizendo que levaria seu mandato até o final; prometeu que assumiria integralmente a responsabilidade como Prefeito e com os seus eleitores. Agora, Serra adere com força total à ética petista, para a qual palavras não têm valor algum.

Precisamos ser objetivos: a ganância de Serra pelo poder não tem nenhuma diferença da ganância do PT pelo poder - cujas conseqüências passamos a conhecer de forma clara desde o ano passado. Não há razão nenhuma para achar que, na primeira oportunidade de fazer alguma manobra ilícita que o beneficie, Serra invocará princípios morais superiores e seguirá no reto caminho da virtude.

Todos sabem o que Serra quer: ser governador e, em 2010, ser presidente. Em nenhum segundo pensará duas vezes antes de pisar nos idiotas que o elegeram - aliás, os mesmos idiotas que levaram gente como Maluf, Quércia e Pitta ao poder.

Votar, por definição, é votar numa besta

"Mas o PSDB tem esta vantagem em relação ao PT: são burros demais para ter uma ideologia. São menos perigosos, porque são intelectualmente vazios demais para conseguir defender uma teoria que seja. O PT é mais perigoso. Por causa da ideologia, jornalistas e escritores e blogueiros e cantores de MPB e atrizes (nessa ordem descrescente de nível intelectual) não têm vergonha de defender o PT contra cada acusação de corrupção, abuso de poder e idiotice. Não existe a mesma coisa do lado do PSDB, cuja única vantagem é que ninguém que não seja diretamente envolvido com ele é fanático por ele. O que o PSDB defende? Coisa alguma, que é exatamente o que qualquer partido no mundo deveria defender."

Alexandre Soares Silva vota em Alckmin.

Na coleirinha

Tasso Jereissati (presidente do PSDB) suou para explicar aos jornalistas sobre o caso de corrupção no governo de Geraldo Alckmin (PSDB- SP) divulgado ontem pela Folha de S. Paulo. Estava com o presidenciável tucano ao seu lado durante a coletiva. Na matéria do Jornal Nacional ficou clara uma coisa. Alckmin ia despachar o senador para fora do gabinete e depois falar com os jornalistas. Nas imagens e no texto em off, tudo patético: longe dos microfones, mas não das câmeras. Alckmin ouviu de Tasso que deveria dar explicações pelas falcatruas cometidas pelo seu ex-assessor de comunicação. O governador paulista voltou com a cara no chão e um sorriso amarelo, observado auspiciosamente por Tasso. Mas não, ninguém rouba em São Paulo.

E agora, Garotinho?

E a verticalização foi mantida. Menos mal. As eleições acabam de ficar um pouco mais corretas e muito mais emocionantes.

Tremei, infiéis

PDT confirma candidatura de Alceu Collares ao governo do Estado.

Vota no Jonílson

"Os eleitores podem ficar tranqüilos com o destino da verba de minha campanha. Disponibilizarei meus gastos diários todos os dias neste blog. O Delúbio Soares me alertou que “transparência assim é burrice”, mas hoje em dia não dá nem para pegar conselho de petistas. Contatei um webdesigner de Manaus. Ele deve chegar aqui em dez dias. Sete, se Rio Madeira permitir."

Direto do Acre: blog do anticandidato à presidência Jonílson do Prado.

Erramos... erramos?

No AZÁFAMA de declarar o bispo carioca vencedor da "consulta informal" do PMDB, os poucos jornalistas condenados a ficar em suas redações no domingo à noite e nós aqui do blog já indicávamos a DERROTA GAÚCHA.

Mas fomos todos muito otimistas. NUNCA a coisa é simples, principalmente quando se trata do PMDB: Garotinho foi declarado vencedor, mas Rigotto não gostou nem um pouco e contesta. A entrevista coletiva do partido, na qual seria apresentado o vencedor, marcada agora para domingo à noite, foi cancelada.

Com 98% da apuração realizada, Rigotto estava com 7.574 votos, contra 4.910 de Garotinho. Vitória por maioria absoluta, mas o critério adotado é o de pesos diferentes para os votos de acordo com cada diretório regional, o que garante a vitória de Garotinho, que ganhou no RJ e em MG, estados com grande peso. Supostamente o critério estava claramente definido antes da consulta.

De qualquer forma, definido ou não, Rigotto deveria reconhecer a vitória de Garotinho e seguir um conselho muito sábio de um grande filósofo brasileiro que, embora em outro contexto, tem múltiplas aplicações: "SAI DAÍ, SAI DAÍ RÁPIDO!"

Anticandidatura é o caminho

Com as opções à disposição, vale retomar o assunto da pertinência das eleições em um país como o Brasil. Se é para protestar, não adianta voto válido ou nulo. O lançamento de uma anticandidatura seria muito mais produtiva para a manutenção de uma discussão permanente (ou ao menos até outubro) acerca do valor que cada pessoa deve dar para seu voto. O voto nulo joga o problema de volta para quem não quer resolver o problema – a vulgarização do ato menos de 30 anos depois da volta da Democracia no Brasil também escancara outros pontos. Um país que fica acabrunhado quando descobre que o Enéas não concorrerá à presidência está no caminho certo. É o anticandidato perfeito. Em todas as eleições levantou a discussão do "voto de protesto" e chegou a ter o dobro de votos recebidos por Leonel Brizola nas presidenciais de 1994.

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A volta dos que não foram

Em comemoração à derrota do Botox nas prévias informais do PMDB, faço minha estréia no Nova Corja. Porque do jeito que tem coisas a criticar e avacalhar na política brasileira, eles precisam de todo reforço possível.

O Rigotto não deve se sentir humilhado, porém. Garotinho provavelmente não vai ser candidato do PMDB à presidência, porque o partido deve mesmo é apoiar o Lula ou o Alckmin. Se Garotinho for, vai para ficar em terceiro. Não tem como agradar de São Paulo — inclusive — para baixo, onde as pessoas são sérias. Até porque o ex-governador do Rio tem muita sujeira escondida para servir de munição aos inimigos. Então, podem manter a calma, cidadãos.

Rigotto será candidato do PMDB ao governo do Rio Grande do Sul de novo. E com boas chances, inclusive pela total falta de concorrência. Deus nos livre.

A Nova Corja publicou antes

A Nova Corja – A candidatura do governador Germano Rigotto é crível ou ele está mesmo é de olho na reeleição estadual?

Tarso – Creio que Rigotto será candidato a Governador, novamente.

Em entrevista exclusiva concedida para A Nova Corja em janeiro desde ano, o ex-prefeito de Porto Alegre Tarso Genro (PT-RS) afirmou que a candidatura de Rigotto seria mesmo ao governo do Rio Grande do Sul. Ele estava certo.

Tucanaram as prévias

Agora, nem mais de "prévias" pode ser chamado o processo de escolha do candidato à presidêcia do PMDB. É "consulta informal".

De qualquer forma, o Roda Viva se antecipou e entrevistará o "vencedor" da consulta informal amanhã, segunda-feira, 22h30.

Toma que o filho é teu

O site oficial de Germano Rigotto anunciou que o PMDB fechou 55,17% dos votos nominais em todo o país. O resultado oficial deve ser anunciado daqui a pouco em Brasília (DF), onde Rigotto também falará com a imprensa.

Update: a fórmula de pontos feita pelo PMDB embananou completamente. Ninguém sabe como calcular, muito menos explicá-la. Segundo um repórter, nem o presidente da sigla, Michel Temer, não soube explicar a fórmula.

Update 2: O site de Rigotto retirou do ar a matéria que cantava vitória sobre Garotinho.

C.Q.D.

Lula considera Alckmin mais perigoso que Serra, informa Josias de Souza. A estratégia da campanha de Lula era justamente colar a imagem de Serra à de FHC, já que considera os índices econômicos e sociais de seu governo superiores ao de seu antecessor.

Lula está cabreiro. Vê em Alckmin um candidato "imprevisível", cuja imagem de bom moço pode cativar a classe média. Esta que, esperançosa, elegeu Lula em 2002. E que Lula, agora, esforça-se para reconquistar. É ela quem decide a eleição.

Opus Dei dona do Brasil

Certamente votarei no Lula:

"Rezar e depois comer uma pizza. Era dessa maneira que Isabel, 59, e Maria Aparecida, 56, planejam comemorar na noite de hoje a confirmação do irmão caçula, o governador de São Paulo Geraldo Alckmin, como candidato do PSDB à Presidência da República.

(...)

"Certamente ele vai ganhar a eleição. Ele é muito carismático e vai ser muito bom presidente para o Brasil, se Deus quiser", continuou Isabel. "Hoje [ontem] eu a minha irmã vamos rezar, agradecer a Deus [pela confirmação da candidatura de Alckmin] e depois comer uma pizza para comemorar." (Folha)

Alckmin para as massas

Chamadas, manchetes, reportagens e colunas minuto-a-minuto há semanas para o PSDB anunciar ao vivo para todo o país Geraldo Alckmin como candidato à presidência na Globonews – onde o deputado federal Cezar Schirmer (PMDB/ RS) esbravejava na Comissão de Ética e foi cortado pelo anúncio em São Paulo, em um horário estratégico para o fechamento dos jornais impressos e telejornais: 17h. A câmera da Globo focava o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso em primeiro plano, com Alckmin balizado logo atrás dele. É o desespero dos tucanos para alavancar o governador paulista nas pesquisas ou o desespero da mídia em encontrar um contraponto à campanha do presidente Lula? "O PSDB está rachado, é o novo PMDB, o próximo PT etc".

Tá. Vai nessa.

Fim da novela: Alckmin é o candidato do PSDB

José Serra não aceitou disputar as prévias dentro do partido e Geraldo Alckmin finalmente foi anunciado como candidato do PSDB à presidência da Repúlica. Serra pode ter tido uma decisão madura - apesar de aparentemente ser a única que tinha a fazer. Desistiu da disputa para evitar um racha dentro do partido.

Alckmin é a melhor escolha. Apesar de Serra ter os melhores números na pesquisa, ele significa a continuidade de FHC. E o príncipe vai demorar para voltar a ter carisma entre o brasileiro. Cansou e já passou. Alckmin pode crescer muito nas pesquisas. Ele mesmo considera seus índices altos para quem ainda só é bem conhecido no estado de São Paulo. Agora, finalmente com o fim da novela do PSDB, poderemos saber até onde é verdade a recuperação da popularidade e a força do presidente Lula em sua campanha para reeleição.

Notas do Estadão e da Folha sobre a escolha de Alckmin.

Enfim, definições

A Folha Online informa que foi definido o nome do candidato do PSDB que perderia para Lula hoje, segundo as pesquisas. Se for verdade, ponto para Serra que fugiu da briga errada e manteve seu compromisso com os eleitores. E ponto para o PSDB, que evitou as desgastantes prévias.

Eu, pessoalmente, estou mais preocupado em saber como serão as alianças de segundo turno, que dependem de outro partido.

Mondo PMDB

O PMDB é insuperável. Klecio Santos, na Zero Hora de hoje, prova:

"De olho num eventual apoio do PT para sua candidatura ao Senado, Geddel teria concordado em enterrar a prévia. Indagado por um membro da executiva, Geddel se saiu com essa:

- Sou solidário à candidatura própria e conduzo o caixão até a hora de baixar a sepultura, mas não vou junto."

Com que cara eu vou?

Dá pra escutar a pré-candidatura de Germano Rigotto à presidência se esfarelar até o Piauí. Desde o jogo de cena de Anthony Garotinho até a espera da convenção nacional do PMDB em junho, toda a prosopopéia pampeana vai desembocar na eleição ao Piratini. O que Rigotto dirá aos eleitores é que vai ser complicado.

Enquanto a militância peemedebista mostra cansaço, o desengajamento que passa até por dentro do núcleo de marketing da campanha do gaúcho deixa à mostra a intenção nacional do partido. Desesperados com a manutenção da Lei de Verticalização, começam a apontar boicotes de todo o lado quando, na verdade, tudo não passa de um ciclo ao qual todos no PMDB estão acostumados: arranjar uma boquinha em qualquer cargo público. É mais previsível que assistir ao Discovery Channel.

Todo o enredo está pronto. Por ora presidente do STF, Nelson Jobim declara que a verticalização será decidida no dia 25 de março. Por coincidência, uma semana depois da prévia peemedebista que anunciará Rigotto como pré-candidato. Como bom gaúcho, o governador licenciado acredita no poder de seu umbigo e sai por aí dizendo que vai voar nas pesquisas assim que for efetuado como candidato. Para a sorte de todos, o raio não cai duas vezes no mesmo lugar. É típico de todas as eleições: o PMDB se cacifa como grande partido quando na verdade não passa de um clubinho. Revisando, não tem nem como culpar os caciques do partido por esse comportamento.

O inchaço do PMDB como partido com mais prefeituras no Brasil vem das eleições de 1986. Hoje em dia é muderno xingar petistas pelo aparelhamento do Estado e tal. O PMDB é o futuro do PT. Vinte anos atrás, montaram essa estrutura de apadrinhamento que deixa o partido engessado e fisiológico. Terminar com isso é difícil quando se quer, imagine então com a inércia de chefinhos regionais como José Sarney – que por sinal é o maior responsável por essa estrutura. O partido varreu o país em 1986 na esteira do então sucedido Plano Cruzado e com a distribuição de sinal público de rádio e TV para as retransmissoras pertencentes a políticos que atrasam o Brasil há décadas.

Germano Rigotto bailou. Deveria conhecer bem o partido no qual é filiado. Agora aparece como um paladino para salvar a honra do PMDB. Bailou. E se pensa que as pessoas não notam isso, está errado. Se esperar até junho pelo pé na bunda que vai tomar na convenção nacional, será curioso ver com que cara vai aparecer como candidato à reeleição no meio de uma campanha eleitoral que deverá apresentar Olívio Dutra (PT/RS) como líder das pesquisas e dono de um governo superior ao de Rigotto na maioria dos quesitos. Como o PMDB gaúcho se comportará até lá chega a ser fácil de prever.

O governo estadual estará em frangalhos com as saídas de secretários, a ausência do governador etc. Para ilustrar o quadro futuro, o atual governador e pré-candidato do PMDB do governo gaúcho, Antônio Hohlfeldt, declarou que a greve do Cpers só será resolvida depois do dia 20 de março – um dia depois das prévias, data prevista para Rigotto retomar ao Piratini e resolver esse que é um dos problemas estruturais de seu governo.

Then came the mensalão

O presidente Lula, avesso a entrevistas, conversou com a Economist. A revista elogiou a estabilidade da economia e a redução da pobreza no país. Disse que o ponto fraco do governo é o excesso nos gastos do setor público. Pegaram leve para falar do pífio crescimento econômico de 2,3% no ano passado, superando apenas o país mais pobre da América Latinha, o Haiti. Lula diz que não quer um crescimento de 10% ou 15%. Prefere um ciclo de crescimento médio de 4% ou 5%. "Não existe milagre na economia".

Regras para as pesquisas e campanha eleitorais

O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) definiu ontem as regras. Clique abaixo para ler a matéria da Folha On-line.

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Botox e Nosferatu

Duas notícias divulgadas hoje na imprensa dão um indicativo do quadro eleitoral que, agora que o ano começou, vai ganhando mais definição.

Josias de Souza cita Gerson Camarotti, do Globo: Serra passou o carnaval em Buenos Aires e voltou decidido a assumir a candidatura à Presidência. Irá comunicar isso nos próximos dias ao presidente do PSDB, o senador Tasso Jereissati. Alckmin protestará, mas, a julgar pelas pesquisas, o escolhido para a derrota tucana será mesmo Serra.

Raphael Gomide e Sergio Torres, da Folha, divulgam que Garotinho, nos bastidores, decepcionado com o rumo das prévias e a falta de apoio do partido, já prevê a derrota para Rigotto e analisa a possibilidade de concorrer a uma vaga na Câmara Federal.

Pesquisa Moreno

O colunista do "Globo" Jorge Moreno está realizando uma pesquisa em seu blog. Quer saber quem o eleitorado tucano prefere: Serra ou Alckmin. Pediu para seus leitores votarem sem justificativas nos comentários do blog. Até agora são 1.534 votos, que serão contabilizados e encaminhados ao presidente do PSDB, Tasso Jereissati.

Spams de Rigotto à solta na Internet

"Caro Nova Corja,

recebi no email do meu trabalho, não sei se é real ou se é um daqueles spam do tipo SPC/Serasa ou Receita Federal, não sei se vocês receberam, mas achei que poderia ser útil aí de alguma forma".*

* E-mail enviado pelo leitor Alvaro Bueno.

Spams da pré-candidatura de Germano Rigotto (PMDB/ RS) estão se disseminando pela Internet através do endereço rigottopresidente@radiopress.com.br. Na mensagem são apresentados links para o site oficial do pré-candidato, além de dois podcasts com discursos do governador em licença.

O assessor que atendeu um dos telefones do comitê de Rigotto confirmou que trabalha na campanha para as prévias do PMDB – marcadas para o dia 19 de março –, e que spams foram enviados. Mas na hora de responder como eles conseguiam os endereços eletrônicos de quem não é filiado, gaguejou e disse que não sabia nem o nome ou qualquer forma de contato com a empresa contratada para fazer isso. Ela é terceirizada.

Até faz algum sentido, já que o site da empresa Radiopress apresenta-se com um lacônico "Em construção". Com as maracutaias recentes na política nacional, ficaria chato associar Germano Rigotto a uma "empresa não-contabilizada". O assessor ficou de me retornar com as devidas informações a respeito da empresa. Espero, mas outras pessoas envolvidas na campanha nunca ouviram falar na Radiopress. Parece até coisa de petista.

Update: Sandro, o assessor da campanha de Rigotto, me liga dizendo que a Radiopress é uma empresa de alcance nacional que gera conteúdo em áudio para todas as rádios do país. Daí os podcasts embutidos. Essa é a razão de tanta gente ter recebido o e-mail. Ele também assegura que como a mensagem tem um mecanismo para descadastrar quem não quiser receber a propaganda, ela não pode ser caracterizada como spam. Uma questão simples seria "Todas as rádios do país pediram o podcast do Rigotto?". Outra abordagem é a de que para tu te descadrastrar de uma lista, antes é preciso ser preencher um cadastro. Solicitar o que entregam.

A definição da palavra no Wikipedia resolve a questão: "spam é uma mensagem eletrônica não-solicitada enviada em massa. Na sua forma mais vulgar, um spam consiste numa mensagem de correio eletrônico com fins publicitários".

Reeleição Imediata


"Ganhei"

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Lula dobra votação entre os mais ricos

Lula segue ganhando força para as eleições de novembro. A nova pesquisa do Datafolha publicada hoje confirma o resultado da pesquisa do CNT Sensus: Lula venceria Serra ou Alckmin no primeiro e no segundo turno.

Agora com um diferencial relevante: "Lula dobrou sua votação entre os entrevistados que ganham mais de dez salários mínimos mensais (R$ 3.000)", informa Josias. Um enorme avanço para quem já tem o eleitorado mais pobre ao seu lado. Foi a classe mais rica que fez a diferença e elegeu Lula em 2002, após perder três eleições consecutivas.

Entre os mais ricos, Serra continua vencendo Lula no primeiro turno, 35% a 31%, empatando no segundo. Só que há três semanas atrás a vantagem de Serra era oito vezes maior, 49% a 16%.

Tanto faz

Vejo pouca diferença da política econômica de Lula para Serra, quem dirá de Serra para Alckmin. Escolham o candidato duma vez.

Alckmin avança

Noblat: "O sangramento (do PT) estancou, como tudo indica. O PSDB é que corre o risco de sangrar se não enquadrar rapidinho o mais novo rebelde da praça – o governador Geraldo Alckmin, empenhado em ganhar na marra o direito de ser candidato à sucessão de Lula."

O Diretório do PSDB de São Paulo acaba de anunciar que apóia a candidatura de Alckmin. Irá comunicar ainda hoje ao presidente do partido, Tasso Jereissati, a escolha por unanimidade ente os parlamentares estaduais. É o contrapondo à escolha do triunvirato, que está ao lado de Serra.

Grande perdedor

Da coluna da Dora Kramer no Estadão de hoje (só para assinantes):

"A visão peculiar do PSDB sobre processos de decisão está levando o partido não a construir um consenso na escolha do nome de seu candidato à Presidência, mas a produzir, qualquer que seja o preferido, um grande perdedor. (...)

Falam cada qual um idioma sobre a melhor data de anunciar a candidatura e deixaram prosperar uma hipótese de prévias que, de inexistente, virou motivo de veto por parte do presidente do partido. Do jeito que vai, se unidade houver na campanha, será de fachada. E olhe lá."

Evangélicos

Garotinho conta com o voto de 23 milhões de evangélicos, revela O Globo. O único candidato hoje que desafia Garotinho pelo voto desses fiéis (que representam 15% do eleitorado brasileiro) é Lula. O Presidente da República tem o apoio da Igreja Universal, enquanto o peemedebista é o candidato oficial da Convenção Geral da Assembléia de Deus no Brasil. Lula conta também com a mão de Marcelo Crivella, candidato à governador do Rio pelo PRB.

Recepção de candidato para Lula

O presidente Luis Inácio Lula da Silva desembarcou em Porto Alegre às 22h30 de ontem, no Aeroporto Salgado Filho. Ele comparecerá à abertura da Festa da Uva, em Caxias do Sul, e depois fará discurso no congresso de Igrejas. Além da imprensa, poucas pessoas esperavam o presidente no lobby do Aeroporto Salgado Filho.

Uma delas segurava esse cartaz: Anglishcan Dutch of Canada "World Counsul for churches". Juro que não faço idéia do que isso significa. A expectativa de quem espera começa a aumentar. Mas em razão do desembarque das pessoas civis. A contagem inicial foi de 27 pessoas, quase toda de jornalistas ou assessores de imprensa. Nenhuma delas portava bandeiras vermelhas ou de ordem, quanto menos vestir a camiseta do partido. Até porque Lula sairia pela última saída do aeroporto, no último braço da pista. Entre os integrantes oficiais do grupo estavam a ex-secretária Benedita da Silva (PT), Miguel Rossetto e Dilma Rousseff.

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Príncipe adormecido

FHC indica que não vai parar de ajudar o PT a ganhar as eleições de 2006.

Rigotto 2002 X Rigotto 2006

Promessas e campanhas

01. 2002: "Na avaliação das forças e partidos políticos que sustentam a candidatura Riogotto/Hohlfeldt e que formam a coligação UNIÃO PELO RIO GRANDE, o principal problema hoje enfrentado pelo Rio Grande do Sul é o problema político. A briga entre o Brittismo e o Petismo drena as energias do Estado, dissemina sentimentos de pessimismo e conflito que precisam ter fim".

01. 2006: "Está muito claro para o povo brasileiro que nem o PSDB nem o PT souberam fazer o Brasil crescer ao ritmo de suas justas expectativas. Não é admissível que o Brasil, ano após ano, cresça abaixo da média mundial e, em 2005, só tenha crescido mais do que o Haiti entre todos os países da América Latina e do Caribe".

02. 2002: "Redução das desigualdades regionais. Esta diretriz está baseada na constatação de que o Rio Grande do Sul não pode mais aceitar passivamente a perpetuação da disparidade entre suas regiões e que precisamos enfrentá-las com urgência, determinação e objetividade".

02. 2006: "É preciso enfrentar as desigualdades regionais e os desajustes sociais, acelerar a geração de empregos, ampliar o nível dos investimentos e recompor o pacto federativo, para que se tenha crescimento sustentado e consistente".

O ilusório vão entre Lula e o PT

Em sua coluna de hoje no jornal O Globo, Merval Pereira comenta o distanciamento entre Lula e o PT. Uma análise já feita aqui no blog pelo Rodrigo Alvares, com base nos dados da pesquisa Sensus, no post Lula foge do PT. Segue Merval:

“Apenas 2% dos pesquisados apontaram o PT como razão principal para votar a favor da reeleição de Lula, o que significa dizer que o partido que serviu de sustentáculo a todas as campanhas eleitorais de Lula hoje já não representa nem mesmo um símbolo mobilizador. Quer dizer também que o presidente está livre para montar seus palanques como bem entender e, caso reeleito, governará com uma coalizão de forças políticas que não terá o PT como centro.”

Resta saber quem irá mesmo se aliar ao PT, quando o próprio Lula busca se afastar. Caso o PMDB faça uma aliança no segundo turno com Lula, “teremos que conviver, no entanto, com um governo populista, que terá se elegido à base do assistencialismo, e com a máquina estatal inchada pelo empreguismo. E provavelmente formado com o apoio dos mesmos partidos que estiveram envolvidos nos escândalos de corrupção.”

Merval aposta que a artimanha de Lula ao dizer que nada sabia de todos os escândalos em seu governo poderá ser uma peça-chave para sua derrota na próxima eleição. Não creio tanto nisso. Seu eleitorado pouco se abateu com todos os escândalos – e agora alcançou uma espécie de redenção com a tal lista de Furnas. Se Lula rouba, o PSDB rouba muito mais. Isso até os mais radicais dissidentes petistas têm certeza. É a volta do malufismo.

Para o PSDB conquistar os eleitores, terá que se mostrar mais capaz de melhorar as metas nas quais o governo Lula já vem obtendo sucesso, como a diminuição da desigualdade social e o aumento de empregos. Entre outros relativos avanços que o governo não pára de propagandear, como o Bolsa Família, o novo salário-mínimo, o pagamento da dívida ao FMI, a auto-suficiênce em petróleo, etc. São esses os pontos nos quais o PSDB terá que bater de frente e mostrar ser capaz de fazer melhor. Não a questão de quem é mais ético.

Não será nem um pouco fácil.

Lula foge do PT

Entre bicadas tucanas e açodamentos peemedebistas sobre a preferência do eleitorado pesquisado pelo Sensus em relação a Germano Rigotto, ficou o discreto abismo que aumenta entre Lula e o PT. Embora a Janela de Oportunidade do PSDB esteja fechando, o que deveria ser explorado por Serra, Alckmin ou até Rigotto, é o distanciamento de Lula não dos seus eleitores – mas do seu partido.

O PT não aprendeu nada da crise que ainda não acabou, mas Lula parece ter percebido que – e isso foge a piadas – depois de 45 dias abstêmio e de cara com a realidade, o presidente não consegue confiar em seus subordinados. Nos bastidores, acoberta tudo sobre sua campanha porque logo depois os detalhes estarão em algum site sendo analisados por gente tão capacitada quanto Arnaldo Jabor para decidir os rumos que o pernambucano deve tomar.

Prefiro pairar por alguns pontos da pesquisa que não foram publicados de forma direta. A pesquisa teve 2 mil entrevistados em 195 cidades de 24 estados da Nação. Na série histórica, Lula teve sua pior avaliação em novembro de 2005, com um governo "péssimo" registrado em 29%. Foi quando Germano Rigotto e os tucanos começaram a sair da moita. Era a chamada Janela de Oportunidade. Lula finalmente dava mostras de enfraquecimento por causa da crise e a oposição quis aproveitar. Não conseguiu.

Nos temas conjunturais abordados, a estrutura de algumas perguntas e suas respectivas respostas dão a dica. Em Critérios de Escolha de Voto, a ordem das perguntas é essa:

Na escolha do seu Candidato a Presidente da República nas Eleições de 2006, dos seguintes critérios qual o Sr(a) vai levar mais em conta:

1. A solução de Problemas Políticos
2. A solução de Problemas Econômicos
3. A solução de Problemas Sociais
4. A questão da Moralidade Pública

A solução dos problemas sociais – principal bandeira de Lula nas campanhas de 1989, 1994, 1998 e 2002 – deverá se repetir em 2006: ela continua como prioridade do brasileiro. Mesmo com as pesquisas feitas dois momentos bem antagônicos para Lula – julho de 2005, auge da crise do Mensalão e fevereiro de 2006, quando começa a rodar pelo país em campanha. Apesar desse alento, a pergunta que fica em último na ordem da pesquisa belisca os tornozelos de Lula nos dois momentos: "A Questão da Moralidade Pública" oscila entre 32% (julho de 2005) e 30% (fevereiro de 2006). Essa bandeira o PT despedaçou. Babau. Esqueça quem pode chegar ao segundo turno contra Lula. Isso é cortina de fumaça. O calo da eleição está aqui.

Nas duas simulações, são apresentados seis motivos para o eleitor votar (ou não) em Lula. Números de lado, veja as últimas perguntas de cada uma:

Qual é o principal motivo que levaria o Sr(a) a votar em Lula:

1. Crescimento do país / geração de empregos
2. Cuidou dos mais pobres / bons programas sociais
3. É um homem do povo
4. É sério / combate a corrupção
5. Já é conhecido / Prefere não experimentar outro Candidato
6. Porque é do PT

Qual é o principal motivo que levaria o Sr(a) a não votar em Lula:

1. A economia não vai bem / não gerou os empregos prometidos
2. Não implantou bons programas sociais
3. Afastou-se do povo
4. Não é sério / não combateu a corrupção
5. Prefere experimentar outro Candidato
6. Porque é do PT

Pode-se gerar os números que melhor convenham ao governo. Mas uma pesquisa que enfoca uma associação ao PT como algo embaraçoso para um candidato deveria ser destacada por causa disso. A carta da Moralidade Pública que os brasileros agora querem pescar o PT jogou fora no primeiro governo. Em uma pesquisa que deveria checar a saúde do presidente e seu partido, a principal questão do ano eleitoral – devidamente desprezada pelos petistas – é dissociar Lula do PT.

Por mais que soubesse dos detalhes da crise, Lula passou ao largo da barafunda com pura simpatia dos eleitores pela sua figura simbólica. E não vai ser agora que o candidato vai deixar um partido que só lhe dá dor de cabeça – lembrem-se: abstêmio – lhe dizer como proceder. E aqui está a Bola da Eleição, aquela pela qual todos devem correr atrás.

Quem precisa do PMDB agora?

Há uma polêmica no ar sobre a estratégia petista para 2006. O apoio do PMDB é necessário ou não para eleger Lula? Ricardo Berzoini diz que não. Já José Dirceu diz que a aliança é a "chave da sucessão".

O PT faz bem em deixar Dirceu no passado. Apoio do PMDB, é sempre bom lembrar, não garante a eleição de ninguém. José Serra lançou-se com Rita Camata em 2002 e perdeu nos dois turnos. Se os dados da CNT/Sensus se confirmarem, Lula estaria dez pontos na frente de Serra, sem sequer ter começado a campanha eleitoral.

A "chave da sucessão", ao contrário do que pensa Dirceu, é uma boa campanha de primeiro turno. A Revista Veja desta semana já chama atenção para o fato de que Lula tem aprovação de mais de 80% dos eleitores de baixa renda. Sem ainda uma campanha articulada, o presidente já vê seu prestígio em recuperação.

Já o PMDB está adotando a estratégia mais inteligente das últimas duas décadas ao lançar candidatura própria. A oito meses do pleito, é hoje o único partido com vaga garantida no Planalto, qualquer que seja a cor do novo governo em 2007.

Faltou a Regina Duarte

Um grupo de intelectuais afastados do Lulismo criou o Movimento José Serra Presidente. O site do grupo apresenta apoios declarados, artigos, notícias, pesquisas e perfil do provável candidato tucano. O apoio mais curioso é o do economista Luiz Gonzaga Beluzzo, sócio da revista Carta Capital e torcedor do Palmeiras – assim como Serra. Não por acaso, a matéria de capa da edição dessa semana apresenta a disputa entre o governador de SP e o prefeito paulistano pela indicação. Não obstante, também apresenta enquete virtual para saber qual deles o leitor acredita que será o escolhido. Apresse-se: o PSDB quer tirar o site do ar.

Direto da cartola: o Novo Caixa 2

O Projeto de Lei de redução de gastos de campanha foi aprovado no Congresso esta manhã. Não que o Show de Horrores pare por ai. Cada politico tinha uma reclamação em relação às hierarquias eleitorais e financeiras de seus partidos. O PSOL, por exemplo, nunca falha quando tenta incorporar o "Velho PT".

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Chuchu no Bule

Ratinho apresentou Geraldo Alckmin como o maior governador da história de São Paulo. Ratinho não conseguiu pronunciar o nome da cidade natal do governador, que soletrou pausadamente: Pin-da-mo-nhan-ga-ba. Alckmin esclareceu que não é corinthiano sem sãopaulino; é santista, mas vai construir metrô que beneficie todas as torcidas; não deixando de fora a palmeirense. Afirmou que até o final do ano vai acabar com a Febem de Tatuapé, a maior e mais problemática do Estado. Em seu lugar, irá construir 16 unidades menores, no interior de SP. Ratinho contou que em sua viagem à Suiça, que é menor que o estado de São Paulo, tem mais de 80 linhas de trêm. Alckmim retrucou dizendo que 1,6 bilhões estão sendo investidos em metrô e trem. Fez o discurso do gerentão, que é preciso melhorar a qualidade do gasto público, não aumentar impostos. Ratinho espetou o governador sobre a disputa interna no PSDB com o prefeiro de São Paulo, José Serra: “Vou contar uma coisa pro senhor”, aproximou-se e sussurou na orelha do governador, “Eu não sou de fazer fofoca, mas o time dele fala mal do senhor barbaridade”. Alckmin sustentou seu sorriso de tímido de candidato a santo e acalmou o ânimo de todos: “Até março tá resolvido.”

Live blogging: FHC no Roda Viva

22h30: Começa o Roda Viva com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (1995-2002).

23h37: "Eu tenho a sensação de que um dia o Aécio será presidente."

22h38: O programa apresenta o perfil e o livro FHC chamado (The Accidental President of Brazil - A Memoir" ("Presidente do Brasil por Acaso - Memória")

22h44: "Eu disse o que todos sabem" – digressando sobre o Caixa 2 petista.

22h45: Sobre as privatizações: "Luis Fernando Verissimo escreve bem, mas não sabia do que estava falando".

22h47: "Eu estou indignado como todo mundo."

22h48: "Ora, apurem o dimasduto. Se descobrirem que o PSDB também fez, repudiem o PSDB!”

22h49: O presidente Lula “é muito ingênuo”. “Ou é muito ingênuo, portanto não estava preparado para ser presidente, ou ele sabia, o que é pior ainda.”

22h52: "Falta investimento do país", analisa o pai do Apagão.

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Fala comigo, Fernando

Três perguntas enviadas ao programa Roda Viva para o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso:

1) O senhor poderia explicar com detalhes como foi sua atuação durante o processo que culminou na emeda da reeleição? Quais foram os argumentos que o senhor usou para convencer os parlamentares a mudar de opinião?

2)A sua alta exposição na mídia não seria uma cortina de fumaça para tirar do foco a disputa pela candidatura do PSDB à presidência e que, no fim, permite uma reagrupação dos tucanos para que possam decidir entre José Serra e Geraldo Alckmin sem a necessidade de rachar o partido?

3) Que credibilidade o senhor tem para falar sobre a incompetência dos petistas, quando, em oito anos de governo, o senhor não conseguiu evitar um estrago institucional no setor elétrico que ficou conhecido como Apagão?

Datafolha: índice de rejeição

Foi medido o índice de rejeição na última pesquisa do Datafolha. Não vi o dado em nenhum site ou jornal. Todos concentravam em dizer da recuperação da popularidade de Lula, agora a mesma que antes da crise do mensalão, 36%. Como tinha dito, a taxa de rejeição é o que pesa.

É o que alertou Ricardo A. Setti do Noblog, divulgando os números que refletem em quem o eleitor não votaria de maneira alguma. Lula tem 34%. O dobro de Serra (17%). Alckmin é ainda mais baixo, com 14%. "A taxa de rejeição é a âncora de chumbo que, por excelência, faz afundar mesmo candidaturas vistosas", completa Setti.

O PSDB quebrou o país

A entrevista do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) à Istoé dessa semana resultou em uma nota do PT à imprensa. Ricardo Berzoini explica "que será uma ação por delito contra a honra dos petistas e difamação do partido". Nenhum problema nisso. Afinal, todos querem ver os petistas e seus aliados no tribunal respondendo perguntas de advogados sobre Ética no poder público. Mesmo que eles compareçam como testemunhas.

"Essas declarações demonstram o desespero de um cidadão que foi durante oito anos presidente de um país e que, hoje, consultadas as pesquisas, não teria a menor chance de se eleger", afirmou Berzoini. "Sua vaidade é tão grande que, tendo recebido [o banqueiro] Daniel Dantas [do Opportunity], de madrugada, no Palácio do Planalto, sem nunca ter explicado à nação o motivo, agora tenta das lições de moral a um partido que está enfrentando com dignidade as suas dificuldades", continuou Berzoini." Esqueçam os Anos da Pedra Lascada no PT.

O que não dá pra entender – e acaba por atestar culpa aos petistas – é a reação do próprio partido. FHC fala a Istoé sobre a ética no governo Lula. Grande coisa. Lula fez vista grossa a diversas falcatruas de seus companheiros com o Caixa 2 das campanhas federais e usou dinheiro público para que outros partidos aderissem à sua ideologia (como o presidente gosta de dizer que é torneiro mecânico, paciência). No final das contas, o ex-presidente se revela o derradeiro Severino: não sabe de nenhuma tramóia que articulou para se reeleger e depois quebrar o país. E acredita que vai enganar as pessoas por muito mais tempo. Como os petistas.

Petistas e tucanos convergem até nas desculpas. "Precisaria chamar o Sérgio Motta do céu, né?". O Serjão no Céu? Tá. "Celso Daniel não foi torturado. Deixem-no em paz". Vale lembrar que a Isto É foi processada pelo PT durante as eleições de 1994 (indisponível na internet. Detalhes amanhã), razão suficiente para não simpatizar com Lula. Estamos em fevereiro e essa matéria tem querosene para iniciar a sangria de todos os partidos do Brasil. Pena que o combustível serve apenas para fabricar cortinas de fumaça.

2,5 milhões de votos a menos

Caso Lula ganhe a eleição, não conseguirá governar. É o que andam dizendo alguns analistas políticos. O motivo seria o enfraquecimento das alianças políticas do PT depois da crise. O que vem de uma opinião agora pode ser relacionada a dados. Um levantamente feito pelo repórter Marcelo de Morais do Estadão (6/2 A8) mostra que além do enfraquecimento das alianças, dificilmente o PT conseguirá manter sua maioria na Câmara.

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Rigotto na contramão

Josias de Souza: "Enquanto o tucanato baliza a escolha do seu candidato à presidência pelo desempenho de cada um nas pesquisas de opinião, o PMDB luta para entregar a candidatura presidencial a seu candidato com menores índices nas sondagens eleitorais."

O que a classe média quer?

Lula recuperou a popularidade que tinha antes da crise do mensalão. Segunda pesquisa realizada pelo Datafolha, que sairá amanhã na Folha, 36% dos entrevistados consideraram desempenho do presidente ótimo ou bom. Em dezembro, esse índice era de 28%.

Na simulação do primeiro turno com José Serra, Lula consegue um empate técnico em 33%. No segundo, Serra continua na frente, com 49% diante 41% de Lula. Alckmin está praticamente fora da briga. Lula o venceria fácil nos dois turnos, 36% a 20% e 48% a 39%.

A melhora da avaliação do presidente deve-se à população que ganha até cinco salários mínimos. O índice de ótimo ou bom subiu sete pontos, de 37% para 44%. Mas até entre a classe mais pobre Serra se mantém na frente, tendo 47% das intenções. Entre quem ganha acima de 10 salários, Serra subiu 12 pontos, chegando a 65% ante 24% de Lula. Comparando nas regiões do país, Lula só ganha de Serra no Nordeste, 52% a 39%.

Na eleição desse ano, nenhum candidato conseguirá causar um forte apelo emocional na população. A classe média aprendeu, não irá cometer o mesmo erro como em 2002 - mesmo votando em Lula. Nenhum índice de rejeição ainda foi medido. É o que conta. Resta saber o que a classe média irá escolher dessa vez. E o que irá pesar nessa escolha.

Quando em São Paulo

Germano Rigotto apareceu há pouco em uma matéria sobre o lançamento de sua candidatura em São Paulo, no Jornal Nacional. A edição, primorosa, fez o que precisava ser feito. Apesar de vários minutos com narração em off, a peça teve sucesso ao pinçar cuidadosamente as poucas declarações do governador.

A escada no texto era para encenar um enlace com o PT ou com o PDSB. Das três frases, a mensagem básica era "Não interessa quem quer aliança ou não. O PMDB deve ter candidatura própria e um projeto para o país". Corta para cena em off com Rigotto em meio a Orestes Quércia (esq.) e Michel Temer (dir.).

Chama o gerente

O governador Germano Rigotto (PMDB/RS) se licencia do cargo em 19 de março – caso vença as prévias presidenciais do PMDB. Como tirou folga para o mês de fevereiro, é pouco provável que retorne ao Estado como governador. Em seu lugar, assumiu o vice, Antônio Hohlfeldt (PMDB/RS), cotado como candidato ao governo do Estado ao lado de figuras inexpressivas como Eliseu Padilha e César Schirmer. Hohlfeldt, diga-se, é favorito na disputa. Apesar de ter saído há poucos meses do PSDB gaúcho, o professor só não tenta o Piratini se Rigotto sofrer uma queda fragorosa e renunciar no meio de sua empreitada presidencial. Resta saber como o eleitorado gaúcho abraçaria o retorno de um político fracassado.

Vamos seguir os Peemedebistas Otimistas, por enquanto.

Hohlfeldt assume o governo mas será o candidato do partido. Fica no governo até o final de junho e, por lei eleitoral, sai para tentar voltar pelo voto em janeiro. Quem assume o posto é o novo presidente da Assembléia Legislativa, Luiz Fernando Záchia, também do PMDB – cujo mandato vai até janeiro de 2007. Empossado no plenário da Casa na última quinta, Záchia assumiu com o compromisso de fazer um ''pacto político não para as próximas eleições, mas para as próximas gerações". Quem estava lá, disse que foi uma cerimônia concorrida, com aplausos de pé longínquos – mais do que o prudente, alguns retrucariam.

Com a exposição – e verba – que um presidente da assembléia costuma receber, é difícil que Záchia também não se licencie para concorrer a reeleição estadual ou, quiçá, à Câmara Federal. O ex-dirigente do Internacional poderia permancer no cargo, fosse por pressão do partido ou ambição própria. Um tempinho como governador daria cacife para Záchia concorrer à prefeitura de Porto Alegre, onde – como todos viram em outdoors antes da definição do candidato peemedebista – o sonho do colorado é construir uma linha de metrô.

Mas se concorrer ainda em 2006, Záchia abrirá um buraco constitucional no Rio Grande do Sul. Pelas normas da Constituição Estadual, o próximo a segurar a batata quente seria o presidente do Tribunal de Justiça do RS, Marco Antônio Barbosa Leal. Empossado ontem (1º/02) com as devidas presenças de Záchia e Rigotto ao seu lado na mesa. O novo presidente deu uma dica sobre suas preferências políticas ao declarar que "vivencia-se nefasto movimento de retomada da centralização absolutista das decisões estratégicas do governo federal". Faltou o Rigotto e o Záchia cochicharem um "Fala da Lei Kandir" no ouvido do jurista.

Seja como for, tudo em casa. Tudo como o PMDB gosta.

Um projeto limpo para o Rio Grande

O PV/RS tem aparecido em algumas chamadas durante os intervalos da TV. A proposta das vinhetas é apresentar o partido como se ele tivesse projetos concluídos e prestes a sair das gavetas. A idéia, o cenário e a disposição dos figurantes é excelente. Com exceção do verde predominante, os filiados e alguns integrantes do partido estão dispostos em uma sala onde analisam e discutem projetos em várias mesas espalhadas pelo set.

Em uma das vinhetas, três integrantes do partido caminham do fundo da sala até a frente da câmera e começam a falar de projetos ambientais e economia. Ao fundo, os figurantes param de discutir e observam seus líderes. Então acenam positivamente com a cabeça e batem palminhas ao final do vídeo.

Update:
Qualquer semelhança com a campanha de Lula em 2002 é mera coincidência
.

Um projeto limpo para o Rio Grande

O PV/RS tem aparecido em algumas chamadas durante os intervalos da TV. A proposta das vinhetas é apresentar o partido como se ele tivesse projetos concluídos e prestes a sair das gavetas. A idéia, o cenário e a disposição dos figurantes é excelente. Com exceção do verde predominante, os filiados e alguns integrantes do partido estão dispostos em uma sala onde analisam e discutem projetos em várias mesas espalhadas pelo set.

Em uma das vinhetas, três integrantes do partido caminham do fundo da sala até a frente da câmera e começam a falar de projetos ambientais e economia. Ao fundo, os figurantes param de discutir e observam seus líderes. Então acenam positivamente com a cabeça e batem palminhas ao final do vídeo.

Update:
Qualquer semelhança com a campanha de Lula em 2002 é mera coincidência
.

Nosferatu Presidente

Tasso apóia Serra e esvazia candidatura de Alckmin

Tasso Jereissati (PSDB-CE) encerrou em definitivo o debate em torno da disposição do prefeito de São Paulo de concorrer à presidência da República: "É claro que (José Serra) é candidato". Com o apoio, praticamente fica inviabilizada a candidatura de Geraldo Alckmin, informa Josias de Souza.

Vou ajudar o Bonner

Ontem foi constrangedor ver o William Bonner, com suas mãozinhas gesticulantes, tentar explicar o que é a verticalização. Praticamente ninguém que estava assistindo entendeu. 99% dos brasileiros são analfabetos funcionais.

Então vou ajudar o Bonner e botar aí embaixo uma matéria da Folha, explicando de onde surgiu a idéia de verticalização:

Verticalização foi decretada por TSE com aval de FHC

A verticalização das coligações eleitorais, que impede os partidos de se coligarem nos Estados com adversários no plano nacional, teve origem em uma consulta ao Tribunal Superior Eleitoral feita pelo deputado Miro Teixeira (PDT-RJ) em agosto de 2001, a partir da Lei Eleitoral de 1997, que não era clara sobre o assunto.
A decisão veio meses depois, já em fevereiro do ano eleitoral de 2002. O TSE decidiu que a verticalização valeria já a partir daquelas eleições. A decisão teve o aval do então presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), que articulou pelo resultado com o então presidente do TSE, Nelson Jobim, e com o então advogado-geral da União e hoje também ministro do STF, Gilmar Mendes.

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Rigotto Presidente. Culpa do Garotinho.

A cúpula governista do PMDB desistiu de combater a realização de eleições prévias para a escolha do candidato do partido à presidência da República e deve aderir à candidatura do governador gaúcho Germano Rigotto (PMDB).

Segundo um importante dirigente peemedebista, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e o senador José Sarney (PMDB-AP) decidiram unir-se a ala que faz oposição ao governo, contra a candidatura presidencial do ex-governador do Rio de Janeiro Anthony Garotinho (PMDB). (estado.com.br)

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Alckmin no Conversas Cruzadas

Foi mal, não conseguimos ver.

Eu e o CHEFE ficamos alternando entre a Bruna Surfistinha, no Programa do Leão, e Coração Satânico, que tava passando na ULBRA TV.

"Rigotto será candidato a Governador", afirma Tarso

Exclusivo – Depois de ver Tarso Genro entrar na escola de línguas CCAA e pedir-lhe uma entrevista, o ex-prefeito Tarso Genro respondeu via e-mail ao A Nova Corja algumas perguntas enviadas na tarde da última sexta-feira (13/01).

A Nova Corja – O senhor está inscrito no estudo de qual língua estrangeira no CCAA?

Tarso – Inglês.

A Nova Corja – Qual a freqüência das aulas?

Tarso – Três vezes por semana.

A Nova Corja – Isso tem em vista alguma estadia no exterior marcada para os próximos meses?

Tarso – Não. Estou retomando o estudo para melhorar o meu inglês, que está muito ruim.

A Nova Corja – Se Nélson Jobim foi escolhido por Fernando Henrique para o STF, por que tamanho alarde com a sua indicação? Não seria uma forma do governo dar com par de luvas de pelica na oposição, já que Jobim pretende se candidatar ao Executivo Nacional ou Estadual?

Tarso – Creio que se trata de uma oposição política, legítima na democracia, mas sem fundamento.

A Nova Corja – Dado o péssimo ano que o PT viveu em 2005 e o horizonte nebuloso em relação à candidatura do presidente Lula, como deve ser planejada a estratégia para a campanha da reeleição?

Tarso – Afirmar o que foi feito, reconhecer os erros e propor para o futuro.

A Nova Corja – A candidatura do governador Germano Rigotto é crível ou ele está mesmo é de olho na reeleição estadual?

Tarso – Creio que Rigotto será candidato a Governador, novamente.

A Nova Corja – Em 2000, o senhor foi eleito para a prefeitura de Porto Alegre mesmo com a visível determinação de se candidatar ao governo estadual em 2002. Isso não frustrou boa parte dos eleitores esporádicos do PT e converteu em alto índice de rejeição que o senhor tem no Estado e especialmente na Capital?

Tarso – As pesquisas demonstram o contrário, minha rejeição é pequena.

A Nova Corja – Se sim, o senhor acredita que José Serra não corre o mesmo risco se deixar a prefeitura de São Paulo para concorrer à presidência?

Tarso – Acho que Serra já perdeu a corrida para Alckmin.

A Nova Corja – Desde 1990, o partido apresenta ou o senhor ou o ex-governador Olívio Dutra para o Piratini. Por que o PT não consegue apresentar novos quadros?

Tarso – Acho, também, que deveríamos renovar.

A Nova Corja – Como o ex-presidente David Stival confirma e desmente as acusações de caixa 2 na campanha e espera que as pessoas acreditem? O que elas podem esperar do PT não apenas nestas eleições, mas no futuro, depois de acontecimentos como esse?

Tarso – O PT, aqui no RS, já reconheceu as irregularidades. Podem e devem esperar que sejamos muito mais rigorosos.

Modernidade vaporizada

Emocionada, a senadora Heloísa Helena (PSOL/ AL) subiu ao palco do programa Raul Gil, na TV Bandeirantes. Olhos marejados, anunciou candidatura à presidência da República. Raul Gil, apresentador vaselina, iniciou seu quadro dos chapéus com seus assuntos previamente ensaiados com a senadora. Heloísa Helena tirou o chapéu para os seguintes assuntos, devidamente aplaudidos pela choldra de donas de casa instaladas no estúdio:

– As mulheres brasileiras: "São umas guerreiras".

– DEUS: "Respeito todas as religiões. Espero que as pessoas consigam ver o menininho Jesus em todos os nossos jovens abandonados".

– Poesia: "Heloísa Helena apóia todas as expressões de Arte" (Raul Gil).

– Esperança (nuff said)

– Democracia: "O Socialismo é a mais bela expressão de amor que a Humanidade poderia merecer".

Nas questões sem o apoio do chapéu, os campeões da Esquerda Festiva.

– Violência: "Nem sempre quem puxa o gatilho é quem quer atirar".

– George W. Bush: "Senhor da Guerra. Nunca se verá uma lágrina cair dos rostos destes neoliberais".

– Congresso Nacional: "Bando de picaretas".

– Fernando Henrique Cardoso: "Não conheço pessoalmente, mas é um vigarista político".

– Lula: "Por uma questão de coerência programática". Parecido com o que o PT falava, antes de todos descobrirmos que isso servia de eufemismo para "Falta de Projeto de Governo".

No mais, é descobrir se o pessoal da Caros Amigos está trabalhando na assessoria de imprensa da candidata. Heloísa Helena merguhou de tal forma no líquido do circo midiático dos domingos que agora precisa com rapidez de uma bóia para não se afogar em um rio que ainda corre para quem acredita na eterna dicotomia deixada pela cicatriz de um muro que sequer permanece em pé.

2006

Eleita governadora, Luciana Genro (PSOL/ RS) berrará a Nova Revolução da sacada do Palácio Piratini, onde, abraçada a uma bandeira da Albânia, arremessará camisetas e livros de Hugo Chávez à população.

Vai perder

Do blog do Josias de Souza:

"Serra fecha acordo com PFL para 2006

O prefeito de São Paulo, José Serra (PSDB), fechou uma aliança com o PFL para concorrer à presidência da República em 2006. O acerto foi viabilizado há uma semana, em almoço de Serra com o prefeito do Rio, César Maia. Presidenciável oficial do PFL, Maia disse que abrirá mão de sua postulação em favor do tucano.
(...)

A próxima campanha vai violenta”, prevê César Maia. “O PT não vai deixar passar isso. Vai bater forte, vai buscar tudo o que tem e o que não tem. O PSDB saiu salpicado nessas CPIs. Foi salpicado com o (Eduardo) Azeredo, vai ser salpicado nos fundos de pensão e ele vai apanhar muito. Uma coisa é um quadro testado como o Serra, que já foi candidato a presidente, candidato a prefeito de São Paulo, outra coisa é o Alckmin.”

Na opinião de César Maia, “Serra tem a pele mais grossa.” O mesmo raciocínio não se aplicaria ao atual governador de São Paulo. “Não sei qual é a textura da pele do Alckmin. Não gostaria de correr esse risco. Receio que ele apanhe na campanha eleitoral e não resista.”

Contato

novacorja@gmail.com

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