Foto: Le Figaro/Pelissier-AFP
Nada mais adequado para encerrar a cobertura das eleições baguettísticas do que as palavras de um socialista explicando a própria derrota. Quem fala é Dominique Strauss-Kahn, ex-ministro da Economia (1997-99, quando Lionel Jospin era Primeiro-ministro):
"Quando, no final das coisas, não somos claros sobre o que dizemos aos franceses, eles não têm como nos seguir. (...) Falamos aos franceses sobre a questão das aposentadorias, mas não dizemos a eles o que vamos fazer porque não temos a ousadia de ir ao fundo do problema. (...) Falamos aos franceses sobre a questão nuclear, mas não somos claros sobre o assunto. Falamos aos franceses sobre o protencionismo e a TVA [imposto embutido nos produtos] sobre a importação, mas como dentro do PS [Partido Socialista] existem todas as correntes, então também não somos claros."
É evidente que Strauss-Kahn, no fundo, deve estar com uma ponta de felicidade pelo fracasso da campanha de Ségolène, que o derrotou nas primárias do Partido Socialista. Mas o ex-ministro é um dos "menos piores" do PS e o que ele diz mostra o que até os socialistas já sabiam: Ségolène fez sua campanha inteira sobre o nada absoluto - ou sobre a demência absoluta, como chamar José Bové para "estudar" a questão da globalização.
Dentro dos 46,94% de votos que a socialista conseguiu (contra 53,06% de Sarkozy), há uma parcela enorme de eleitores que, apesar de ver um grande vazio em Ségolène, votaram nela por medo e/ou ódio de Sarkozy. Como sabemos muito bem, adotar a estratégia Regina Duarte não é lá a melhor saída.
Juventude sarkozista e ségolènista
Ala Jovem do De... ops, da UMP comemora a vitória de Sarkozy na mega festa na Place de la Concorde.
Tem 2 vídeos da festa no DailyMotion:
1) Público no momento em que Sarkozy inicia seu discurso.
2) Sarkozistas cantando o hino francês, La Marseillaise.
Rue Solferino, onde fica a sede do Partido Socialista, às 23hs deste domingo. Os socialistas estavam mais adiante, reclamando sem parar. Vídeo aqui.
Mais fotos do dia lá no ClicRBS.
Sarko, facho, le peuple aura ta peau!
Traduzindo sem a rima: "Sarko, facista, o povo vai arrancar tua pele!"
Como era esperado, o pau comeu em algumas regiões de Paris, na periferia da capital e em várias cidades do interior. A concentração de tumulto da capital foi em Bastille, onde mais de 5 mil pessoas se reuniram para protestar. A polícia não poupou gás lacrimogêneo e canhão de água.
Na região parisiense, mais de 100 carros foram queimados.
Pelo resto do país também rolou confusão em Lyon, Marseille, Nantes, Lille, Strasbourg e Toulouse.
Daqui a pouco, fotos e vídeos da festa dos sarkozistas na Praça da Concórdia e do pessoal do Partido Socialista amargando a derrota perto da sede do partido.
Antes de ir embora, Sarko foi abraçar a massa. Foto do Mário:
Chegada de Sarko:
Agora, sair da sede da UMP e ir para a Praça da Concórdia, onde os sarkozistas farão a festa. Se encontrar algum carro queimado pelo caminho, garanto fotos.
Resultado da estimativa oficial
Sarkozy: 53%
Ségolène: 47%
Pequeno Nicolas eleito Presidente, portanto.
Chegada de Simone Veil, ex-presidente do Parlamento Europeu (1979-82) e Philippe Doust-Blazy, atual Ministro do Exterior.
Videozinho feito agora há pouco na entrada da Salle Gaveau. Confusão geral, ninguém mais sai, oob o risco de ficar de fora. Sarkozy deve chegar aqui dentro de 1 hora.
O Mário, lá no Política à francesa, dá o resultado que já está rolando nos bastidores da União Européia:
Sarkozy: 54%
Ségolène: 46%
Sarkozistas aguardam na frente da sede da UMP.
Transmitindo da sala de imprensa da Salle Gaveau, onde o circo sarkozista está armado.
Sarkozy vota acompanhado de Judith e Jeanne-Marie, filhas de sua esposa Cécilia Sarkozy, que não deu as caras hoje.
Foto: Pascal Pavani, AFP
Francês vestido de Super Guy vota em Toulouse. Foi Ségo, Sarko ou nulo?
A Folha Online publicou um resumo da Efe dos principais pontos dos programas da Ségolène e do Sarkozy.
Para outros detalhes da cobertura: Política à francesa.
Sarkozy e Ségolène já votaram. A festa da provável vitória de Sarko será na Praça da Concórdia, com show do roqueiro (!?) Johnny Hallyday. Certamente irei.
Hallyday fugiu da França para não ter que pagar impostos. Sarko promete melhorar a situação do músico e de todos os ricaços que saem correndo da pátria gaulesa.
Última semana de campanha socialista
De ontem para hoje, 27 carros foram queimados em Paris nos bairros III, X e XVIII. A polícia supeita de uma galera do bairro XVIII (um dos mais problemáticos da zona 1 de Paris) e de Seine-Saint-Denis, onde a fogueira rola todo final de semana.
Em 22 de abril, no primeiro turno, 60 carros foram queimados na cidade.
Nada de novo, portanto. Tudo dentro da média francesa.
De vollta ao baguettismo eleitoral
Com banner e foto do blogroll a postos, lá vou eu para a cobertura do segundo turno das eleições gaulesas.
Até agora, como no primeiro turno, tudo calmo. As últimas pesquisas indicam uma variação entre 53% a 54,5% para Nicolas Sarkozy e 43% a 47% para Ségolène Royal. Difícil Ségolène virar a situação, mas tudo é possível.
Com a vitória de Sarko praticamente certa, o que não se tem certeza é se vai rolar carnificina ou não depois da divulgação do resultado estimado, hoje às 20hs (15hs em Brasília).
Como se sabe, o pessoal da periferia não é muito chegado no Sarkozy. Mais de 3 mil policiais foram mobilizados para tentar evitar a queimação de carros. Em outubro e novembro de 2005, depois que dois jovens morreram eletrocutados numa estação elétrica ao se esconderem de uma batida policial, mais de 10 mil carros viraram cinzas no país inteiro. Coisa de primeiro mundo; se tem que queimar, não pode ser 2 ou 3.
Se tudo sair como planejado, mais tarde postarei direto da sede da UMP, partido do Sarkozy.
Exportando a banana moral, o eterno retorno
Ontem fui conferir o Pê Tê francês no último comício de campanha da Ségolène Royal (PS), no Estádio de Charléty. O segundo turno será no próximo domingo, dia 6 de maio. Não, não aderi. Só me prestei porque era ao lado de casa.
Abaixo, a francesada mostrando que aprendeu direitinho com o Brasil. Tem mais dois vídeos aqui e aqui.
No "Continue lendo", a prova do sucesso de nosso mercado exportador.
Continue lendo...
Fonte: Le Monde
A galeria de fotos de ontem no ClicRBS agora está completa, com as fotos da comemoração dos comunas na frente da sede do Partido Socialista. Tem dois posts meus no nossoclic também.
O primeiro - e possivelmente único debate da eleição - está marcado para o dia 2 de maio. O segundo turno entre Sarkozy e Ségolène será no dia 6 de maio. Sigo a cobertura lá no meu diarinho pessoal.
Lá vão mais dois vídeos de hoje.
O primeiro é quando Sarko inicia seu discurso, mostrado em telões próximos à sede do seu partido. O segundo é o final do discurso da Ségolène, também transmitido em um telão na frente da sede do Partido Socialista. Os comunas estavam muito mais animados e numeros do que os direitistas.
Para outros detalhes da eleição tem o blog do Mário Camera no Globo. Ele e eu fizemos todo o périplo infindável.
Acabou de sair o resultado estimado pela IPSOS:
Nicolas Sarkozy............................entre 29,5 e 30%
Ségolène Royal.............................entre 25,2 e 26,3%
François Bayrou.............................entre 17,9 e 18,8%
Jean-Marie Le Pen........................entre 10,6 e 12%
Olivier Besancenot........................4,3 %
Philippe de Villiers.........................2,7 %
Marie-George Buffet.......................1,8 %
Dominique Voynet..........................1,7 %
Arlette Laguiller..............................1,6%
José Bové........................................1,4 %
Frédéric Nihous..............................1,3 %
Gérard Schivardi.............................0,3%
Abaixo, o vídeo dos sarkozistas surtando de alegria com a boa margem sobre Ségolène. Daqui a pouco coloco o vídeo do pessoal do Partido Socialista comemorando a ida para o segundo turno na frente da sede do partido.
19h46 (14h46 em Brasília), estou em um café praticamente na frente da sede do partido do Nicolas Sarkozy, UMP. A festa de comemoração do primeiro turno será na sala de shows Gaveau. O resultado parcial sairá daqui a alguns minutos, às 20hs, e Sarkozy deve chegar por aqui umas 20h30.
Tem as minhas fotos do dia de hoje no ClicRBS.
Brasil fura a eleição francesa?
Segundo o blog do Antônio Ribeiro, correspondente da Veja em Paris, o resultado das eleições francesas será o seguinte:
Nicolas Sarkozy - 25% a 26%
Ségolène Royal - 22% a 24%
Jean-Marie Le Pen - 19% a 20%
François Bayrou - 14% a 16%
A informação teria sido obtida, de forma exclusiva, junto a um informante da Direction Centrale des Renseignements Généraux (DCRG), serviço de informação da Polícia Nacional francesa.
Na verdade, é um jornalista americano, na frente da sede do Partido Socialista. O souvenir petista foi doação da cobertura eleitoral no Brasil. Não perguntei a orientação política dele.
Nicolas Sarkozy vota, acompanhado das filhas de sua esposa, Cécilia Sarkozy. (Foto: Le Figaro)
A imprensa francesa, obviamente, montou uma mega operação para acompanhar as eleições.
Aí vão três sugestões de TVs ao vivo, pela internet:
1) A excelente BFM TV está fazendo uma ótima cobertura, com correspondentes nos locais de votação dos principais candidatos e nas sedes de campanha.
2) A France 24, a "CNN francesa", também está acompanhando as eleições com seus jornais de 20 em 20 minutos.
3) A TF1 vai colocar ao vivo na internet a Soirée électorale, a partir das 18:45 (13:45 no horário de Brasília), com a cobetura completa do dia e comentaristas. Às 20hs (15hs em Brasília) darão o resultado estimado.
Três candidatos aproveitaram a manhã para votar.
O primeiro foi Gérard Schivardi, do Pê Tê francês (Parti des Travailleurs). A principal proposta de Schivardi é o rompimento com o Tratado de Maastricht e com a União Européia. Está com cerca de 0,5% das intenções de votos segundo a última pesquisa IPSOS.
O segundo foi Philippe de Villiers (MPF - Movimento pela França). Villiers é o candidato de direita perdido entre Jean-Marie Le Pen e Nicolas Sarkozy. Está com 2,5% das intenções de voto. O direitista votou em uma urna eletrônica - novidade nesta eleição - e saiu reclamando da dificuldade para votar e do risco de fraudes. Abaixo, uma urna eletrônica. Deve pesar uns 900 kilos.
10h55 foi a vez do líder nas pesquisas, Nicolas Sarkozy (entre 27% e 30%). Sarko votou em Neuilly-sur-Seine, acompanhado de sua esposa chifradora, Cécilia Sarkozy.
Para os que lêem em Gaulês, o Le Monde está fazendo um liveblogging das eleições.
Às 8hs deste domingo (3hs no horário de Brasília) começou a votação para o 1º turno das eleições presidenciais francesas.
No sábado, pela primeira vez, o pessoal do ultramar e franceses residindo nos países da América, puderam votar antes da Pátria Mãe. Obviamente as imagens mais mostradas na TV francesa era da votação no Rio de Janeiro. Franceses amam o exotique brasileiro. A idéia foi evitar o que ocorreu em 2002, quando a votação foi no domingo em todo o mundo, mas seguindo o horário de cada país. Como a boca de urna já estava circulando no final da tarde na França, muita gente a oeste simplesmente desistiu de votar de tarde. A abstenção foi enorme. Quem ainda se prestou a ir votar já estava influenciado pelo resultado final.
Daqui a pouco, no final da manhã, saio a campo para ver como está o tédio francês.
As últimas pesquisas, publicadas na sexta-feira, são divergentes. O IPSOS continua mostrando a mesma tendência das últimas semanas, mas a pesquisa CSA divulgada no Le Parisien, para o desespero de todos, mostra o lunático do Jean-Marie Le Pen (FN) em terceiro lugar, meio ponto percentual na frente de François Bayrou (UDF).
IPSOS
Nicolas Sarkozy (UMP) - 30%
Ségoléne Royal (PS) - 23%
François Bayrou (UDF) - 18%
Jean-Marie Le Pen (FN) - 13%
CSA
Nicolas Sarkozy (UMP) - 26,5%
Ségoléne Royal (PS) - 25,5%
Jean-Marie Le Pen (FN) - 16,5%
François Bayrou (UDF) - 16%
Com cerca de 40% de indecisos, ninguém sabe o que pode acontecer. As primeiras sondagens serão publicadas a partir das 19hs em sites da Bélgica e Suíça, provavelmente. A lei francesa proíbe qualquer divulgação de boca de urna ou de resultados parciais antes das 20hs. Esqueceram de avisar os burocratas sobre a tal da Internet.
Enquanto isso, para os que tiverem paciência, indico um artigo do Alain Touraine na Folha Online sobre as eleições.
Apesar da tendência um pouco esquerdista do texto e de uma complacência exagerada com a nulidade completa do terceiro colocado nas pesquisas, o "centrista" François Bayrou, tem passagens interessantes:
"Repito que aquilo que é a especificidade francesa e que gerou a gravidade da crise política atual é a manutenção inteiramente artificial de uma extrema esquerda que rompeu qualquer relação com a realidade."
(...)
"Creio que é preciso insistir sobre a profundidade dessa crise, que se deve ao fato de que a tradição social-democrata européia nunca se implantou na França, não mais que a tradição de uma direita liberal, e que a política francesa sempre conferiu uma vantagem nítida às políticas do Estado em relação às políticas da sociedade."
Battisti salvo pela indolência
Sacanagem o que estão fazendo com a Marta Suplicy. Vai assumir o Ministério do Turismo com a imagem do Bananão totamente queimada na França, seu país amado.
Primeiro os três franceses mortos no Rio em fevereiro, depois a prisão do terrorista italiano Cesare Battisti, e ontem mais um francês morto, em uma tentativa de assalto na Baixada Fluminense.
A felicidade do advogado francês de Battisti, Eric Turcon, ao embarcar para o Rio na segunda-feira, era a síntese da imagem bananística que exportamos para o mondo. Turcon jogou a responsabilidade de tudo para cima da Justiça brasileira porque sabe que nédénédé. Nem tem prisão perpétua no Brasil (pena à qual Battisti foi condenado na Itália), nem o Brasil reconhece julgamentos sem a presença do réu, como foi o caso. Para que haja qualquer decisão do STF sobre a extradição, a pena de Battisti tem que ser revertida imediatamente para os nossos indolentes 30 anos: cumpre 5 anos ou qualquer porcaria parecida e depois cai fora.
O jornal francês Le Figaro, coitado, ainda é otimista e escreveu o seguinte sobre o andamento do pedido de extradição no Supremo: "son examen peut prendre plusieurs mois" (seu exame pode levar meses). Que nada, já tem previsão de que vá durar dois anos. Ou seja, 5 anos no mínimo.
Aqui no Baguette continuam as acusações de que Nicolas Sarkozy, Ministro do Interior e candidato à presidência, está fazendo uso político do caso. A polícia francesa estava de tocaia em cima dos amigos de Battisti há tempos. A coisa toda se encaminhou quando o idiota ligou de um celular do Rio para Paris, 4 de fevereiro, pedindo grana. A ligação foi rastreada e a polícia ficou na cola de Lucie Olès, que estava levando 9.400 euros para o italiano. Olès foi presa junto com Battisti e depois liberada porque não estava violando nenhuma lei brasileira. Os boatos são de que há cerca de 10 pessoas envolvidas na operação, sendo que duas delas são políticos importantes da esquerda francesa.
Quem diria que o Bananão iria se envolver no que promete ser um dos fatos bombásticos na França a um mês do primeiro turno das eleições presidenciais (22 de abril)?
O país está em chamas com a notícia da prisão do ex-terrorista de esquerda italiano Cesare Battisti, ontem, no Rio de Janeiro. A prisão foi manchete principal de TODOS os jornais, portais (Le Monde, Libération, Le Figaro, L'Express, Nouvel Observateur, 20 Minutes) e noticiários de TV na França.
Pequena cronologia da coisa toda:
- 1979 - Battisti, membro do grupo Proletários Armados pelo Comunismo (PAC), ligado às Brigadas Vermelhas, é preso na Itália, acusado de participação na morte de um joalheiro;
- 1981 - Primeira condenação a 12 anos e 10 meses de prisão. Battisti foge e vai para a França, depois para o México, onde fica até 1985;
- 1985 - 1990 - Volta para a França. Durante o governo do petis... digo... do socialista François Mitterrand, consegue asilo político na França, o que provocou o caos político no país. Era a chamada "doctrine Mitterrand", política de fornecer asilo aos ex-militantes de esquerda que haviam renunciado à violência. Publica vários romances: Les habits d'ombre, Buena onda, Dernières cartouches;
- 1993 - Em um julgamento polêmico, é condenado à prisão perpétua na Itália por quatro homicídios: de um carcereiro em 1978 em Udine, de um policial em 1979 em Milão, de um militante neo-facista em 1979 em Mestre e por cumplicidade no assassinato do joalheiro, também em 1979;
- 2002 - Começam os problemas para os ex-militantes italianos na França. O Ministro da Justiça de Berlusconi, Roberto Castelli, acusa as autoridades francesas de dar abrigo a criminosos. Já sob a presidência de Jacques Chirac ocorre a primeira extradição, de Paolo Persichetti, ex-militante das Brigadas Vermelhas, professor na Universidade de Paris VIII. É pedida a extradição de Battisti;
-2004 - Em fevereiro, a pedido da polícia italiana, Battisti é preso em Paris. Em março, com uma campanha maciça de intelectuais e políticos esquerdistas (Partido Socialista, Partido Comunista e Verdes) Battisti é posto em liberdade provisória. Em junho é aprovada a extradição. Em agosto, foge para o Bananão;
- 2006 - Publica o livro Ma cavale, onde insiste na sua inocência;
- 18 de março de 2007 - Preso na Avenida Atlântica, Copacabana, Rio de Janeiro.
O circo político está montado porque dois policiais franceses participaram da operação, que também contou com a participação da polícia italiana. Nicolas Sarkozy, Ministro do Interior (responsável pela Polícia francesa) e candidato à presidência pelo partido de "direita" UMP, já confirmou a participação dos policiais franceses. A esquerda acusa Sarkozy, que sairá do Ministério em breve, de ter envolvimento direto no caso, com o objetivo de trazer à tona um dos assuntos que mais constrangem os socialistas franceses. Ségolène Royal, candidata do Partido Socialista, segunda colocada nas pesquisas, atrás de Sarkozy, por exemplo, jantou em fevereiro com Fred Vargas, presidente da associação que apóia Battisti. Seu marido, François Hollande, presidente do PS, visitou o italiano na prisão em 2004 e reiterou ontem seu apoio.
Mas o melhor de tudo é a cobertura da imprensa francesa. Eles até tentam chegar perto da imparcialidade, coitados, mas usando imagens do Rio de Janeiro provavelmente feitas na década de 80, não tem como não passar a impressão de República das Bananas - ou république bananière, como dizem aqui.
Ontem ouvi no rádio a entrevista do adevogado francês de Battisti, Eric Turcon, antes de pegar o avião para o Rio. Obviamente insistiu que "agora está tudo nas mãos da Justiça brasileira". O que pode ser mais desesperador?
E, claro, o seqüestrador do embaixador americano Charles Elbrick e atual deputado federal Fernando Gabeira (PV-RJ), que se apressou ontem em defender a não-extradição de Battisti, já virou notícia por aqui também.
Qualquer que seja a decisão da Justiça brasileira - se conseguirem tomar alguma -, a confusão será certa.
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