$ugestão p/ Marilena Chiuaua (Pê Tê-USP)
"Filósofo francês André Gorz e sua mulher se suicidam
O filósofo André Gorz, um dos fundadores da publicação "Le Nouvel Observateur", se suicidou em casa com sua mulher Dorine, em Vosnon, aos 84 anos, informaram seus familiares hoje.
Nascido em Viena, em 1923, com o nome de Gerard Horst, André Gorz, considerado como um pensador da ecologia política e do anticapitalismo, é autor de livros traduzidos para o português como "Misérias do presente, riqueza do possível", "Crítica da divisão do Trabalho" e "O Imaterial: Conhecimento, Valor e Capital".
(...)
Em 1941, foi co-diretor da revista "Les Temps Monderns" (Os tempos Modernos), com Jean Paul Sartre e Simone de Beeauvoir ($ic), entre outros." (Folha Online)
Conforme anunciamos aqui, ontem rolou a aulinha da Chiuaua no Cur$inho do Pê Tê. Matéria $en$a$ional direto da fonte, com erro de digitação, de português e de tudo:
"Marilena Chauí: PT é a afirmação política das classes populares
A bancada do PT na Câmara reuniu-se nesta quinta-feira (23) com a filósofa Marilena Chauí. O objetivo foi discutir a conjuntura política e os desafios atuais do PT. outros encontros para discutir a conjuntura política, econômica, social e legislativa.
(...)
Ela lembrou da própria história da formação do PT, que rompeu com a tradição vanguardista de esquerda, em que grupos se colocavam como varguardas de classe. Era uma prática adotada não só no Brasil. “O PT , ao contrário, nasce como esquerda a partir de movimentos sindicais, populares, sociais, grupos e tendências de esquerda”, configurando um novo sujeito político e coletivo, disse Marilena Chauí. “O PT é a afirmação da presença política direta das classes populares”, completou."
Mas o imperdível mesmo são as avaliações dos petistas. Lá vai a síntese:
- Deputado Luiz Sérgio (RJ): “A professora Marilena Chauí tem grande capacidade de fazer uma análise apurada de temas atuais e importantes para o conjunto do PT.”
- Deputado Ricardo Berzoini (SP): “Evidentemente, por ser uma intelectual respeitadissima e conhecida pelo grau de polêmica que sempre assumiu, traz uma visão de quem está fora deste cotidiano da política, do dia-a-dia da dinâmica parlamentar e, ao mesmo tempo, faz uma boa avaliação da relação entre o poder político, econômico, da mídia e as questões que envolvem o nosso cotidiano.”
- Deputado Fernando Ferro (PE): “Foi muito importante e positivo o momento de reflexão política e temos que repetir este tipo de debate. A Marilena Chauí é uma intelectual extremamente capaz, competente e que tem o compromisso político muito sério com a luta do PT no Brasil e com a postura da esquerda no Brasil.”
- Deputada Fátima Bezerra (RN): “O debate foi excelente. Nos emociona participar de um debate com a professora Marilena Chauí e constatar a sua lucidez política e clareza teórica. Na verdade, ela nos levou a uma reflexão muito oportuna e muito necessária sobre o PT de ontem, de hoje e de agora, ou seja, ela nos levou a fazer uma reflexão sobre estes 27 anos e o que tem significado o PT para a construção da democracia do país.”
- Deputado Tarcísio Zimmermann (RS): “Acho que a análise feita por ela sobre este tema da manipulação que a imprensa faz no nosso país nos ajuda a compreender muito o embate político que estamos vivendo. Acho que a bancada sai fortalecida politicamente desse debate, foi um passo muito importante para retomar a iniciativa do debate político e dessa forma até mesmo qualificar toda a ação de afirmação no nosso projeto no país.”
- Deputado José Genoino (SP): “A Marilena fez com a bancada reflexões profundas, atuais; é um instrumento para todo o partido discutir e avaliar aprofundadamente. Acho que a bancada precisa de, periodicamente, chamar pessoas para um debate mais estratégico sobre sistemas e o momento.”
A inspiração foi tanta que está criada a categoria Filó$ofa Chiuaua. Estava na hora mesmo, senão a ideóloga do Pê Tê ia acabar ficando com invejinha da categoria Mangaba Unger. Até já posso imaginar Chiuaua nos xingando de mídia má e machista. Por enquanto, só tem este post ali, mas o Conselho Editorial da Nova Corja começará djá a transferir para a categoria todos os posts sobre a maior pen$adora do país.
Can$aram da mídia má, feia e bobona
O Daniel Castro, na coluna Outro Canal da Folha de S. Paulo de hoje, informa que uns cumpanhêru se juntaram para "fiscalizar a distribuição e a renovação de concessões de canais de TV e rádio".
Concessões da TV Globo (em São Paulo, Rio, Brasília, Belo Horizonte e Recife) e as da Record, Band, TV Gazeta e TV Cultura em São Paulo vencem 5 de outubro, dia em que os cumpanhêru farão "manifestações populares" para exigir que as concessões se pautem pelos princípios constitucionais que exigem que a programação deva dar "preferência a finalidades educativas, artísticas, culturais e informativas".
Essa gente não desiste mesmo. Eu, por exemplo, adoro ($ério mesmo) o Superpop. Fico triste que o programa passa muito tarde. Já a Marilena Chaui, para citar uma filó$ofa especialista em mídia, não deve gostar nem um pouco. Quem está certo, minha gente? Eu ou a Chiuaua? O Superpop é ou não é cultural e informativo?
E quem faz parte do movimento? Os de sempre (CUT, UNE, MST) mais algumas ONGs, entre as quais a Intervozes e o FNDC (Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação).
Nunca tinha ouvido falar. Com ajuda do Seu Google, fui ler o site da tal da "Intervozes - Coletivo Brasil de Comunicação Social".
Quase chorei com a lista de inspirações do muvimentu. Os mais tocantes:
"...os professores que se dedicam aos alunos por fé no futuro, valorizando o ser humano, não o capital;
...os pequenos apicultores, agricultores, pescadores, que se organizam em cooperativas, lutando de forma colaborativa e não predatória;
...os rebeldes que tomam as ruas em festas e levantes autônomos, evidenciando os limites entre o público e o privado;
...os altermundistas que marcham, seja em São Paulo, Gênova ou Paris, para exigir o direito dos povos de escolherem soberanamente seus caminhos."
Bom, sobre o FNDC não é preciso dizer muita coisa. A capa da revista publicada pela entidade já resume tudo:
"Escolinha. A bancada do PT terá reunião na próxima quinta-feira com a filósofa Marilena Chaui. "Queremos que ela transmita sua coragem aos nossos deputados", afirma o líder do partido na Câmara, Luiz Sérgio (RJ)." (Renata Lo Prete, Painel, Folha de S. Paulo, 10/08/07)
Marilena Não-leio-nenhum-jornal-há-oito-meses Chaui, representante máxima da filo$ofia bananística (depois do in$uperável Mangaba, é claro), resolveu dar as caras. Obviamente não foi através da mídia má, feia e bobona, mas de uma entrevista concedida a um dos meus blogs prediletos, em conjunto com uma das mais admiradas e respeitadas instituições de ensino do país.
A lucidez, a profundidade, a perspicácia, a astúcia argumentativa e a capacidade de síntese dos acontecimentos nacionais mundiais, universais e metafísicos são impressionantes. Até destaquei os trechos mais brilhantes:
- "Estava num hotel-fazenda com meus netos e resolvemos ver jogos do PAN-2007. Liguei a televisão e “caí” num canal que exibia um incêndio de imensas proporções enquanto a voz de um locutor dizia: “o governo matou 200 pessoas!”. Fiquei estarrecida e minha primeira reação foi típica de sul-americana dos anos 1960: “Meu Deus! É como o La Moneda e Allende! Lula deve estar cercado no Palácio do Planalto, há um golpe de Estado e já houve 200 mortes! Que vamos fazer?”."
HAHAHADGHSDGHDKQ. Ok, descuLLpa, eu não devo ter entendido a ironia do trecho... deixa pra lá. Continuemos...
- "...o que me deixou paralisada foi o instante inicial do “noticiário”, quando vi a primeira imagem e ouvi a primeira fala, isto é, a presença da guerra civil e do golpe de Estado. A desaparição da imagem do incêndio e a mudança das falas nos dias seguintes não alteraram minha primeira impressão: a grande mídia foi montando, primeiro, um cenário de guerra e, depois, de golpe de Estado. E, em certos casos, a atitude chega ao ridículo, estabelecendo relações entre o acidente da TAM, o governo Lula, Marx, Lênin e Stálin, mais o Muro de Berlim!!!"
- "...a invenção da crise aérea simplesmente é mais um episódio do fato da mídia e certos setores oposicionistas não admitirem a legitimidade da reeleição de Lula, vista como ofensa pessoal à competência técnica e política da auto-denominada elite brasileira. É bom a gente não esquecer de uma afirmação paradigmática da mídia e desses setores oposicionistas no dia seguinte às eleições: “o povo votou contra a opinião pública”. Eu acho essa afirmação o mais perfeito auto-retrato da mídia brasileira!"
- "A mídia... não dá às greves dos funcionários do INSS a mesma relevância que recebem as ações dos controladores aéreos, embora os efeitos sobre as vidas humanas sejam muito mais graves no primeiro caso do que no segundo. Mas pobre trabalhador nasceu para sofrer e morrer, não é? Já a classe média e a elite... bem, é diferente, não? A dedicação quase religiosa da mídia com os atrasos de aviões chega a ser comovente..."
- "A mídia... estabeleceu ligações entre o acidente da GOL e o da TAM e de ambos com a posição dos controladores aéreos, da ANAC e da IFRAERO, levando a população a identificar fatos diferentes e sem ligação entre si, criando o sentimento de pânico, insegurança, cólera e indignação contra o governo Lula. Esses sentimentos foram aumentados com a foto de Marco Aurélio Garcia e a repetição descontextualizada de frases de Guido Mântega, Marta Suplicy e Lula."
- Sobre qual deveria ter sido a reação do governo logo após o acidente da TAM: "Todos os dias, no chamado “horário nobre”, entrar em rede nacional de rádio e televisão, expondo as ações do dia não só no tocante ao acidente, mas também com relação às questões aéreas nacionais, além de apresentar novos fatos e novas informações, desmentindo informações incorretas e alertando a população sobre isso. Mobilizar os parlamentares e o PT para uma ação nacional de informação, esclarecimento e refutação imediata de notícias incorretas."
- "Como eu disse acima, a mídia e setores da oposição política ainda estão inconformados com a reeleição de Lula e farão durante o segundo mandato o que fizeram durante o primeiro, isto é, a tentativa contínua de um golpe de Estado."
- "Mas essa onipotência da mídia tem sido contestada socialmente, politicamente e artisticamente: o que se passa hoje no Iraque, a revolta dos jovens franceses de origem africana e oriental, o fracasso do golpe contra Chavez, na Venezuela, a “crise do mensalão” e a “crise aérea”, no Brasil, um livro como “O apanhador de pipas” ou um filme como “Filhos da Esperança” são bons exemplos da contestação dessa onipotência midiática fundada na tecnologia do virtual."
Ai, Mangaba, não faz assim, bota de novo o artigo lá
Em meio à multidão de artigos e de novas informações que surgem todos os dias sobre Roberto Mangabeira Unger, novo ministro do governo Lula (por exemplo: não só é assessor de Daniel Dantas, como também foi do ex-banqueiro Arthur Falk, aquele do famoso Papatudo e do banco Interunion, atualmente sob liquidação extrajudicial), uma me chamou a atenção.
O Luiz Antonio Ryff, em um post no no mínimo, descobriu que o artigo de Mangabeira na Folha de S. Paulo intitulado "Pôr fim ao governo Lula", que já postei na íntegra aqui no blog, simplesmente desapareceu da lista de seus artigos no site da Universidade de Harvard.
O conteúdo, agora, todo mundo conhece: "o governo Lula é o mais corrupto de nossa história nacional", "o presidente, avesso ao trabalho e ao estudo, desatento aos negócios do Estado, fugidio de tudo o que lhe traga dificuldade ou dissabor e orgulhoso de sua própria ignorância, mostrou-se inapto para o cargo sagrado que o povo brasileiro lhe confiou."
Você encontra lá no site da Uni... ops, da Harvard, o artigo chamado "A hora dos tribunais" (01/11/05), o chamado "Auto-transformação" (08/11/05) e aí o "Pôr fim ao governo Lula" (08/11/05) simplesmente desaparece. Pumba! Sumiu! O seguinte é o "Verdade econômica sem mentira agradável" (22/11/05) e segue o baile.
Deve ter esquecido de colocar o artigo, o pobre coitado.
Enquanto isso, além de Mangabeira não ser levado a sério nem pela Marilena Chaui (enfim, não quer dizer muita coisa), Lula ainda vai ter que agüentar a choradeira do Pê Tê com a Secretaria Especial de Ações de Longo Prazo (SEALOPRA). O secretário-geral do PT, Joaquim Soriano (tendência de esquerda Democracia Socialista), por exemplo, afirmou: "Mangabeira se desmoralizou sozinho. Mas, depois da nomeação do Geddel, essa pauta morreu porque ele também chamou o presidente de corrupto".
Concordo com o Soriano: NÉDÉNÉDÉ.
"Em encontro amanhã no Palácio do Planalto, Lula convidará Roberto Mangabeira Unger, professor titular de direito na Universidade Harvard, a assumir a Secretaria Especial de Ações de Longo Prazo, órgão com status de ministério a ser criado pelo presidente. Fundador e vice-presidente do PRB, partido de José Alencar, Mangabeira coordenou o programa de governo de Ciro Gomes na campanha de 2002. Ficarão sob o guarda-chuva da nova secretaria o Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), hoje vinculado ao Ministério do Planejamento, e o NAE (Núcleo de Assuntos Estratégicos), órgão criado em 2004 e que já foi chefiado pelo petista Luiz Gushiken." (Renata Lo Prete, Painel, Folha de São Paulo, 18/04/07)
Belo upgrade para quem, em 15/11/2005, escreveu:
"Afirmo que o governo Lula é o mais corrupto de nossa história nacional. (...) Afirmo ser obrigação do Congresso Nacional declarar prontamente o impedimento do presidente. (...) Afirmo que o presidente, avesso ao trabalho e ao estudo, desatento aos negócios do Estado, fugidio de tudo o que lhe traga dificuldade ou dissabor e orgulhoso de sua própria ignorância, mostrou-se inapto para o cargo sagrado que o povo brasileiro lhe confiou." (Folha de S. Paulo, 15/11/2005, íntegra abaixo).
Será que foi a amizade com Zé Dirceu ou o fato de ser advogado e amigo de Daniel Dantas que influenciou a martelada final da nomeação, depois de uma aproximação que começou a ser costurada nas últimas eleições? Resta saber também se Mangabeira, agora no poderrr, vai deixar o cargo de consultor da Santos Brasil, empresa da qual Dantas é acionista e que opera o terminal de contêineres no Porto de Santos.
Ah, de bônus para vocês, abaixo, depois do artigo do Unger, um trecho imperdível da filósofa do Pê Tê, Marilena Chaui, falando sobre o novo Ministro do Lula.
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Não existe possibilidade de respeitar o Pê Tê.
Fico 4 dias longe das notícias e, na volta, só encontro desgraça. Criança morta depois de ao ser arrastada por bandidos e o Pê Tê querendo criar a TÊ VÊ PÊ TÊ. Aparentemente distantes, os dois acontecimentos são a síntese da desgraça nacional e o exemplo supremo da demência que toma conta do país.
Já tinha postado um trecho da Folha dizendo que os petistas iriam se reunir com o ministro Luiz Dulci (Secretaria Geral da Presidência), para discutir a criação da TÊ VÊ PÊ TÊ.
Desde pequeno aprendi que só se deve respeitar quem me respeita. Não tenho respeito nenhum pelo senhor Raul Pont. O deputado gaúcho certamente é um exemplo do que existe de mais lamentável na política nacional. Infantilidade (com plenos 63 anos), politicagem, falta de caráter, oportunismo e deturpação ideológica de um adolescente de 15 anos são as palavras mais elogiosas que me vêm à mente quando penso em Raul Pont.
No início de janeiro, Pont e o Pê Tê-RS deram a mais cabal demonstração de irresponsabilidade ao votar contra o veto da desgovernadora Yeda Crusis para derrubar um aumento concedido para o judiciário gaúcho. O Rio Grande do Sul está quebrado e o único motivo para o Pê Tê ter votado contra o veto foi o mais sujo jogo político. Raul Pont, mais uma vez, mostrou que está se lixando para a sociedade gaúcha. É a total falta de respeito por todas as pessoas que habitam no RS.
Pois eis que é da boca do irresponsável petista que saiu uma das maiores pérolas em defesa da TÊ VÊ PÊ TÊ:
“Não queremos que essa TV dê notícia a favor do governo nem faça propaganda do PT, mas achamos que atualmente a cobertura é muito parcial e unilateral”. – Raul Pont.
É o espírito Marilena Chaui dominando o Pê Tê: todas as denúncias sobre a lama petista são invenção da mídia malvada, mancomunada com o grande capital especulativo internacional.
O comentário lastimável de Pont foi feito depois da divulgação da resolução do diretório nacional do PÊ TÊ. O Reinaldo Azevedo faz os únicos comentários possíveis sobre os trechos do documento que tratam da TÊ VÊ PÊ TÊ e da “democratização da comunicação”.
Jamais haverá limite para a canalhice petista.
Poucas coisas podem ser mais engraçadas do que as reações dos comunas (na Folha de S. Paulo de hoje) sobre a declaração de Lula dizendo que só pode ter problema quem, depois de uma certa idade, continua sendo de esquerda:
- Francisco de Oliveira, ex-integrante do PT e hoje no PSOL: "Tenho 73 anos e continuo de esquerda, com muito orgulho. Tenho pena dos que se afastaram dela, embora respeite as razões de alguns e leve outros na brincadeira. Essa do Lula não é brincadeira, é lamentável".
- Marilena Chaui, filósofa que não lê jornal nem vê TV: "Procurada pela Folha, a professora de filosofia da USP Marilena Chaui, uma das principais ideólogas do PT, disse não ter tomado conhecimentos das declarações de Lula e acrescentou que não fala com o jornal."
- Plínio de Arruda Sampaio, também ex-integrante do PT e hoje no PSOL: "Há muito tempo Lula não tem mais posição de esquerda, o que é novo é a discussão médica. Não sabia que ele entendia disso, mas às vezes, na andropausa, o cara descobre vocações novas".
- Hélio Bicudo, advogado, que também se desligou do PT: "Estou com 84 anos e sou mais de esquerda hoje do que quando tinha 60 anos."
- Raul Pont, membro da corrente Democracia Socialista do PT: "Eu tenho mais de 60 anos e luto pelo socialismo. Estou no PT por causa disso. Não me criei na clandestinidade porque gostava, mas em função da ditadura".
O deputado federal e advogado do MST, Luiz Eduardo Greenhalgh (PT/ SP), também é o presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias. Não satisfeito com a patuscada do substitutivo enviado por Eduardo Azeredo (PSDB/ MG), o petista convocou seminário para discutir tudo de novo amanhã. Ele está preocupado. Destaca que o objetivo da comissão é tornar compatível a necessidade de repressão aos crimes cibernéticos com a preservação dos direitos humanos e do respeito pleno às liberdades civis, à livre expressão e ao direito à comunicação e informação.
Entretanto, o próprio deputado defende que há uma lacuna penal e acaba por corroborar o lobb..ops, substitutivo de Azeredo: “(...) diz respeito ao conceito de provedores da internet e suas responsabilidades. É possível localizar os responsáveis pelos sítios, logs e endereços eletrônicos de onde partem as ações criminosas e preservar as provas, mas para isso é necessária a colaboração dos provedores, o que nem sempre ocorre”.
O curioso é que isso viraria uma grande pedra no sapato de um dos seus clientes: o MST. Como o movimento não tem existência jurídica, a obrigação do registro dificultaria a clandestinidade do grupo na hora de disseminar as informações da sua imensa massa de manobra. Para o pessoal que milita pela democratrização da informação no país – a quem quiser interpretar o que isso signifique na prática –, é a personificação de um pesadelo. Resta saber como divulgariam impunes mensagens como esta:
"Manifesto contra a ditadura da mídia" foi distribuído pela Abraço-RS, em Porto Alegre, nesta quinta-feira
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É triste ver o petismo da Carta Capital. Mino Carta está desesperado com o afundamento moral do PT. Sua revista afunda na mesma velocidade. A edição desta próxima semana traz matéria de capa que supostamente explica tudo sobre o complô da mídia para acabar com Lula, levando as eleições para o segundo turno com a divulgação das fotos da montanha de dinheiro aprendida com os petistas para a compra do dossiê.
A matéria tem o título de "A trama que levou ao segundo turno" e, na capa, aparece o símbolo da Globo junto com um tucano. O site do PT publicou um trecho mais longo da matéria (a íntegra somente na versão impressa, por enquanto).
A revista apresenta detalhes da negociação do delegado Edmilson Pereira Bruno (autor da prisão dos petistas) para liberar as fotos para a imprensa como se a operação fosse uma grande novidade. O próprio delegado, depois de negar, assumiu que foi o responsável pelo vazamento. Todo mundo já sabe disso há muito tempo. Todo mundo já sabe que a informação da prisão dos petistas vazou para a imprensa, todo mundo já sabe que uma equipe do PSDB chegou praticamente ao mesmo tempo que a imprensa na sede da PF.
A Carta Capital não consegue provar nada sobre as intenções políticas do delegado Bruno. Se ser contra a bandidagem petista é ser tucano, eu sou o maior tucano deste país.
No final das contas, o Josias de Souza dá a opinião mais sensata sobre o assunto:
"Resta uma pergunta: a mídia errou ao encobrir as segundas intenções do delegado? Sim. Os jornalistas que receberam o CD estavam obrigados, por dever de ofício, a manter o sigilo da fonte. Mas havia formas de mencionar a avidez de Edmilson Bruno sem romper esse compromisso. Algo que é mais fácil enxergar agora do que no calor do fechamento de uma edição de jornal. Mas carimbar o episódio como um complô da mídia para prejudicar Lula é como atribuir ao termômetro a responsabilidade pela febre. Quem envenenou os planos do presidente foram os “aloprados” de seu partido, não os jornalistas. Se o petismo não tivesse instalado uma usina de encrencas na cozinha de seu comitê de campanha a imagem do dinheiro sujo não existiria."
Não é que essa disputa presidencial tenha dividido o país entre ricos e pobres. A divisão é outra: é entre bandidos e não-bandidos. Quem vota em Lula está fechando os olhos para toda a bandidagem que o petismo instaurou no governo. Explicar o voto em Lula usando a desculpa do Bolsa Família é coisa de sociologia de universidade pública. Quem vota em Lula compactua com toda essa lama e não pensaria duas vezes antes de pisar em cima do Código Penal.
Somos jovens, mas temos Youtube
“Eu fui informada, por dois colegas, das agressões que os petistas estão recebendo. (...) Uma menina que tinha o adesivo do Lula no carro foi apedrejada. Um rapaz que estava usando um distintivo levou soco na cara e no estômago. Foi assim na eleição do Collor. A gente saía e levava pancada. Riscavam o carro da gente, quebravam a janela, batiam nas portas das casas. Foi uma coisa terrível. Vocês são muito jovens e não sabem como foi. Mas foi assim.”
Assim, a filósofa Marilena Chauí encerra entrevista concedida ao site do PCdoB. Em outro momento da conversa, diz que espera qualquer coisa da Globo e alerta: “Vocês eram muito jovens. Vocês não se lembram, vocês não sabem o que foi feito naquela ocasião”. Até os cegos em Seattle sabem o que foi feito naquele maldito debate. Aliás, boa parte da cobertura bunda mole que temos hoje em dia nasceu depois da edição e apresentação da bagaça nos telejornais da emissora.
Ao menos Chauí comprova uma teoria muito debatida por aqui: ainda vive em 1989. Como ela mesma diz que não acompanha a mídia há pelo menos dois anos, não consegue entender a nova dinâmica da ojeriza aos petistas. Deve ser porque somos jovens: só conseguimos nos lembrar que o PT pregava moral de cueca e ainda assim ela estava cheia de dólares não contabilizados.
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Há todo um aspecto deprimente e melancólico em chutar cachorro morto. Mas não adianta, eles ainda conseguem latir. Vou deixar a Marilena Chaui de lado um pouco e chutar outro cachorro morto: Mino Carta.
Fiquei curioso para saber o que Mino iria dizer sobre os últimos acontecimentos envolvendo seus amigos petistas. Entrei no site da Carta Capital. A capa da edição desta semana é estarrecedora: "O lado escuro do PT".
Tentei continuar, mas depois deste parágrafo da seção A Semana, foi realmente impossível:
"Nos casos da negociação do dossiê Vedoin e da divulgação da entrevista dos envolvidos, a forma assumida pelo negócio é escancaradamente típica das relações que constituem o sistema de poder e aumentam as suspeitas de “instrumentalização” da imprensa. É preciso fazer distinções. Por isso, Lula aplicou um golpe duro no queixo dos petistas que se meteram no episódio: “Mexer com bandido não dá certo em lugar nenhum do mundo”."
Çençaçional.
Churrasco e chimarrão enquanto o país acaba
Feriado chuvoso no RS.
Nada melhor do que ler frases petistas para animar o dia:
“Uma pessoa, para se envolver numa coisa como essas, além de ser mau-caráter, tem que ser muito burra”
Tarso Genro, em NY, sobre seus amigos petistas metidos na falcatrua do dossiê anti-Serra.
"Eu de vez em quando fico vendo as notícias, fico lembrando de um goleiro chileno que uma vez numa disputa de uma final com o Brasil finge que está machucado para tentar melar o jogo. Graças a Deus as investigações descobriram que ele estava fingindo."
Lula, em NY, em mais uma citação futebolística ao dizer que o dossiê anti-Serra é coisa de quem quer melar o processo eleitoral
"A crise do mensalão foi uma construção fantasmagórica da mídia. O que parece se anunciar nas próximas eleições é que a realidade é mais forte que o simulacro, que o pensamento é mais forte que a manipulação e que a experiência social é mais forte que a intimidação. A construção da democracia está a caminho".
Professora Doutora Marilena Chaui, ontem, em Brasília, no Sindicato dos Bancários.
"O PT sempre rejeitou o denuncismo eleitoral e a produção ilegal de dossiês, até mesmo por já termos sido vítimas desse tipo de procedimento."
Berzoini, presidente do PT, em 16 de setembro.
"Tomei conhecimento apenas no sábado que esse cidadão (Gedimar) fazia parte de um dispositivo que foi montado para dar tratamento às informações, tudo o que sai na imprensa, na Internet e informações que chegam na campanha e no partido através de militantes. Ele era subordinado ao Jorge Lorenzetti, que era a pessoa que coordenava esse tipo de trabalho de tratamento de informações."
Berzoini, presidente do PT, em 18 de setembro.
"De fato, tive conhecimento de que um integrante da nossa campanha manteria contato com a revista Época para tratar de uma pauta de interesse jornalístico. Jamais tive ciência do conteúdo abordado nesse encontro, conforme reproduzido fielmente pelo site da revista."
Berzoini, presidente do PT, em 19 de setembro.
Como o editor-chefe deste blog teve que resolver alguns assuntos urgentes relativos às suas contas no exterior, aproveitarei sua ausência para tentar acabar com o pouco que existe (?) de reputação deste blog.
Para começar, nada melhor do que FILOSOFIA:
"Ao final da palestra, parte do ciclo "O Esquecimento da Política", organizado pelo jornalista Adauto Novaes, Chaui se recusou a falar com os repórteres. Perguntou de que veículo eles eram, e ao ouvir a resposta -Folha e "O Globo"- disse que não falaria. Ela declarou apenas que votaria de novo em Lula. Questionada sobre a razão, disse: "Não sei". Em seguida, completou: "Vamos ver se você descobre, pela palestra, por que vou votar nele".
Íntegra aí:
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A direção nacional do PSTU enviou ao TSE uma nota de repúdio à impugnação da candidatura de Rui Pimenta (PCO) por ele não ter apresentado as contas de sua candidatura na eleição de 2002. Maldade. Ontem mesmo, a propaganda de Pimenta na TV disse que o programa era feito com o amor dos militantes, e não dinheiro. Imagina em 2002.
O que não dá é ler o mesmo discurso esquerdista de que "existe uma postura sistemática de boicote pela grande imprensa das candidaturas de esquerda, favorecendo uma falsa polarização entre Lula e Alckmin, candidatos que defendem o mesmo plano econômico neoliberal, a mesma corrupção". Como o pessoal da esquerda acha que ainda engana alguém com essa conversa, duas coisas:
1) Eles devem fazer consultas sobre mídia com a Marilena Chauí, porque Lula já está garantido - pelo menos - no segundo turno e a polarização que começou a aparecer depois do debate da Bandeirantes é de que ela será entre Heloísa Helena (PSOL) e Geraldo Alckmin (PSDB). O tucano despencou na última pesquisa e no que depender de seu desempenho na TV, sua situação não vai melhorar. Se o interesse é vender jornal, que seja para reportar os dois se esganarem, e não ver Lula deslanchar nas pesquisas.
2) Na entrevista ao Jornal Nacional e no debate da Band, Heloísa assumiu discurso mais brando e até admitiu rever o programa de seu partido em relação à Reforma Agrária e à realidade de governar um país como o Brasil. Se isso não é para cair no gosto do povo - e, conseqüentemente, da mídia -, então estão todos perdendo tempo. Ao menos a farsa do PT durou mais tempo.
Tati Quebra-Barraco da filosofia
"A Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) realizou em Ouro Preto o 32º encontro da "catchiguria". Jornalistas empregados não puderam comparecer. Estavam trabalhando - uma exigência de seus patrões malvados, que comem a vovozinha. Deveriam comer Chapeuzinho. O Vermelho. A palestra de abertura, no dia 5, foi feita por Marilena Chauí, uma estranha e ambivalente criatura. Como petista, é filósofa; como filósofa, é petista. No partido, é uma inoperante prática; na filosofia, uma extravagante teórica". (Reinaldo Azevedo - Estadão)
Íntegra aqui:
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Começa no próximo dia 23, em Porto Alegre, o clico de conferências O Silêncio dos Intelectuais, evento que já passou por diversas partes do país, com patrocínio, claro, do Ministério da Cultura. Quer dizer, o governo paga os intelectuais para debater por que, em certos momentos, eles não falam do governo. Faz sentido. O evento faz parte do projeto Cultura e Pensamento em Tempos de Incerteza.
Entre os convidados estarão Franklin Leopoldo e Silva, Newton Bignotto, Marcelo Coelho, Haquira Osakabe, José Miguel Wisnik e Adauto Novaes, curador do ciclo. Só faltou a rainha do silêncio, Marilena Chauí.
Olha bem pra minha cara de acadêmico
Parecia uma palestra do Fórum Social Mundial. Felizmente, um terço do auditório do prédio 11 da PUC estava ocupado por acadêmicos. Dissociado da realidade, Mangabeira Unger prometeu salvar o Brasil desenvolvendo uma "contra-elite pequeno burguesa" nos bolsões de miséria do país. É impossível levar o vivente a sério.
O professor de Harvard se apresenta com um discurso idêntico ao de Lula em 2002, quando o então candidato apareceu com a tal Carta ao Povo Brasileiro. Naquelas eleições, Mangabeira era consultor do candidato do PPS, Ciro Gomes. Na reta final da campanha, veio a público dizer que todos os candidatos deveriam abdicar em favor da candidatura de Lula para que o petista garantisse a bucha contra José Serra (PSDB) no primeiro turno. Foi uma jogada brilhante. Ciro estava quase empatado com Serra nas pesquisas e caiu vertiginosamente. Mangabeira foi limado. Agora, se invoca como o salvador da pátria contra as atuais forças políticas do país, o único capaz de fazer as reformas necessárias. Pena que não mostrou nenhuma solução prática durante toda a palestra. Parece que acredita mesmo no que diz. Hunter Thompson escrevia exatamente a mesma coisa a respeito de Richard Nixon, a sorry little hack.
O mais triste foi observar os acadêmicos. Aprovavam com louvor teses populistas que são entoadas como um mantra pelos pilantras eleitos desde 1989. A coisa ficou meio encagaçante mesmo quando desandou a falar sobre como o povo brasileiro precisa ter ESPERANÇA. O PSDB ainda não tem candidato para 2006, mas seja quem for, o marqueteiro dessa campanha vai perder um belo ensejo se não colocar a Regina Duarte no primeiro segundo do programa eleitoral na TV.
Mangabeira Unger deveria viajar pelo país fazendo debates com Marilena Chauí. Seria a melhor experiência autista da nossa geração.
Mídia é pior que a Inquisição, diz Marilena Chaui
Filósofa afirma que crise do governo é "encomendada"
A filósofa Marilena Chaui, 63, não tem dúvidas: a crise que corrói o governo Lula é encomendada e teve como gatilho o trabalho de um jornalista especializado em vender dossiês. Tudo isso amplificado pela ação da mídia, que chega a ser pior do que a Santa Inquisição.
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Sou filósofa, falo coisas sem nenhum sentido e, mesmo assim, publicam na Folha
Pensadora ligada ao PT afirma que não entendeu a crise e que o governo, ao se assumir como de transição, caiu em armadilha tucana
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Saindo um pouco das eleições, mas me mantendo na política...
"CULT – Parecem existir hoje forças em ação no país que estão em ruidosas disputas na arena pública, forças que não podem ser descritas – apenas – como de esquerda ou de direita. Que forças seriam essas?
Marilena Chaui – Até vocês falarem, talvez fosse algo do qual eu não tivesse me dado conta. Certamente, está acontecendo algo assim. Mas, como desisti por completo dos meios de comunicação, e isso faz quase oito meses, não leio nenhum jornal, nenhuma revista, não escuto rádio e não vejo nenhum noticiário de televisão. Vocês me pedem uma avaliação que não me sinto em condições de fazer." [Revista Cult] .
É simplesmente deprimente que essa mulher diga isso. E mais assustador ainda é saber que ela faz parte do Conselho Nacional de Educação. Como diabos essa desgraçada espera ter o mínimo de visão do que está acontecendo no país se isolando do mundo?
É o fim dos tempos mesmo.
Depois ainda querem que as pessoas tenham alguma esperança em "intelectuais"... e ainda mais em filósofos.
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