O eterno retorno das Havaianas da Adidas
Bolsa inspirada em malote da PF vira moda em SP
Neste ano eleitoral, a tendência é de que políticos e assessores usem a bolsa para andar na rua despercebidos como agentes da Polícia Federal
É pouco provável que a Polícia Federal imaginasse que estava criando moda quando começou a usar malotes para carregar materiais apreendidos durante operações policiais. Mas foi o que acabou acontecendo em São Paulo.
Há cerca de cinco meses, a artista plástica Pinky Wainer começou a vender em sua loja na Zona Oeste da capital paulista as “bolsas malote”. A inspiração surgiu assistindo às operações da PF em jornais televisivos. “Eu via os policiais saindo com aquelas bolsas cheias de dinheiro”, diz Pinky. (...)
A Polícia Federal não considera um problema a cópia dos modelos, desde que eles não estampem o emblema da corporação. O acessório pronto e exposto, virou ‘hit’ da loja. A bolsa foi feita em três tamanhos: P, M e G. A maior tem 50 cm de altura por 35 cm de largura e sai por R$ 170. A média tem 40 cm de altura por 30 cm de largura e sai por R$ 110. O menor tamanho, de 30 cm de altura por 25 de largura, não é mais vendido.
“A graça é que é um malote de verdade”, conta Pinky, que obedeceu até as cores dos malotes originais. As bolsas são confeccionadas apenas nas cores azul (banco), verde (correios), preto (polícia) e amarelo.
As Havaianas da Adidas. Capítulo 12: animais
Noves fora a grunhidez característica de boa parte dos bípedes habilitados com polegares, indicadores e neon azul nos carros, a fauna doméstica brasileira é a categoria que os nativos usam para ter filhos que durem menos tempo, custem a metade e que, ainda assim, aceitam ser dominados por eles por causa de uma coisa chamada Culpa (para alternativas, ler tópico Plantas). Ainda não existe uma explicação científica, mas algumas dessas pessoas realmente ponderam sobre a condição humana dos bichos.
Cão Bruce prefere passear no carrinho de bebê
Coelho Luck adora roer fios do telefone
Se tu chegares na casa dos pais para algum Almoço de Domingo e encontrar aquela amiga gagá com o poodle roxo no colo, comendo à mesa no mesmo prato dela, acenda o sinal de alerta e vá embora sem tirar os olhos deles. A outra alternativa é jogar o poodle pela janela e não esperar qualquer tipo de reação quando for se servir. Caso a ação degrade ainda mais o ambiente - probabilidade de 100%, segundo estatísticas -, as opções ficam a cargo da sua imaginação. O autor enfatiza que Também Jogar a Amiga da Janela, mesmo no andar térreo, pode resultar em problemas mais terrenos do que ir para o Inferno Canino.
É tarde para as Havaianas Franciscanas
Franciscanos do PPS? A piada vem sempre pronta de Brasília
"Manifestantes da Juventude Popular Socialista, ligada ao PPS, foram detidos pela segurança do Senado, quando tentavam chegar ao gabinete do presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL). Os jovens pretendiam entregar a ele e a outros senadores peemedebistas sandálias de dedo, como resposta à declaração feita na semana passada pelo senador Wellington Salgado (PMDB-MG), que classificou os dissidentes de seu partido de 'franciscanos'." (Radiobras)
Felizmente, essa tendência religiosa e educacional - à qual fui submetido no colégio, tanto que me formei em Jornalismo - está em franca decadência. Do contrário, saberiam que Renaaan está há tempos no lado negro da força: As Havaianas da Adidas.
O estimado leitor Rafael se deu ao trabalho de personalizar de personalizar o belo par de chinelas a bela chinela abaixo e criou a versão Nova Corja para este objeto representante máximo do espírito nacional.
Como vocês sabem, o conceito sociológico "Havaianas da Adidas" foi criado pelo jornalista e sociólogo Rodrigo Alvares, chefe do Conselho Editorial desta Corja.
Dúvidas? Consulte djá nossa categoria Havaianas da Adidas.
Aproveitando a homenagem do leitor, informamos que a expressão Havaianas da Adidas já está registrada em cartório; o livro Havaianas da Adidas I será publicado em breve.
"Eu tenho dito a todos os dirigentes latino-americanos: nós temos parar de viajar o mundo chorando a nossa miséria e importando culpados pela nossa desgraça. Muitas vezes, a responsabilidade é nossa".
Lulão mandando bronca no Fórum Econômico Mundial. Gostei de ver.
A ressurreição das Havaianas da Adidas
A demência chegou mais cedo para o verão. Depois de toda a campanha encampada no blog pela legalização da chinelagem do Litoral Gaúcho, a escritora Martha Medeiros retoma a grita pela Glamourização desse pedaço de areia com água que insistem em chamar de praia no Rio Grande do Sul. Desistam. Sério.
"Torres é uma praia encantadora, com atrações para todo mundo. A escritora Martha Medeiros, por exemplo, fica fascinada pelo Festival de Balonismo, em maio. Para o verão, Martha dá dicas de lugares que ela freqüenta:
O rústico Cantinho do Pescador, para tomar uma caipirinha no fim de tarde;
A pizzaria Manjericão, para apreciar boa comida em um ambiente agradável;
O Restaurante Molhes e seus frutos do mar;
A Super Livros, que tem revistas, livros e jornais;
Inaugurado recentemente, o Pub da Ilha ainda não recebeu a visita da escritora, mas já tem a sua indicação.
Quer ganhar uma camiseta da Nova Corja?
Então responda a instigante pergunta "o que você faria para ganhar uma camiseta vagabunda da Nova Corja?". A melhor resposta ganha uma camiseta de péssima qualidade cuja estampa mostra o rosto do filósofo Walter Valdevino, acompanhado do endereço do blog e da clássica manifestação valdeviniana "MORRI". A reprodução da estampa está aí ao lado, embaixo da enquete.
Respostas devem ser enviadas ao novacorja@gmail.com
"Bom domingo a todos. Tá tudo bem."
Os ex-petistas confirmam a falência simbólica de suas ações do passado pré-Mensalão e fazem recomendações para que os militantes do PT deixem de ser militantes do PT:
Veja as recomendações:
1) Não expor o candidato a situações de risco.
2) Evitar viagens para Estados com divergências entre aliados.
3) Evitar entrevistas e coletivas.
4) Só falar com a imprensa quando tiver um tema específico e definido pela campanha.
5) Não comentar assunto negativo para o governo, deixando essa função, de preferência, para os ministros.
6) Falar sempre de temas positivos.
7) Não participar de debates.
8) Explorar mais a postura de presidente do que a de candidato.
9) Evitar a presença física no comitê de campanha.
10) Esfriar a campanha, participando de poucos atos públicos, pois uma disputa acirrada e dinâmica só interessa aos adversários.
A morte das Havaianas da Adidas
Está em curso na cidade de Porto Alegre uma desapropriação objetiva – sem simbolismos – dos lugares e pessoas responsáveis pelo fenômeno da hiperinflação simbólica que viemos a conhecer como As Havaianas da Adidas. Infelizmente, todo o seu conteúdo se liquefez na selva semiológica que é a capital dos gaúchos. Agora temos a Ex-teoria da Teoria, o segundo estágio das Havaianas da Adidas: A Expropriação das Havaianas.
A Ex-teoria, enquanto segundo estágio das Havaianas, conclama as pessoas a reconherem e retomar para si os lugares que não mais se encaixam na primeira definição e que, por essa razão, merecem ser banidos do imaginário porto-alegrense.
O prazo de validade de Porto Alegre expirou. A primeira vítima foi o Bar da Ovelha, tão desfigurado que agora é conhecido apenas como ex-bar da ovelha. Assim mesmo, sem letras maiúsculas. Uma lista preliminar foi feita, sinta-se à vontade para acrescentar:
ex-bells
ex-beco
ex-garagem
ex-ocidente
ex-fabico
ex-porto alegre
ex-pt
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As Havaianas da Adidas conquistam o mundo
Eu avisei que era uma questão tempo até que as Havaianas da Adidas conquistassem o mundo. De Porto Alegre para fora. E de volta para Porto Alegre. Prepare to be boarded:
Na internet, clientes personalizam sandálias para eventos
Há alguns meses, sandálias personalizadas no estilo das Havaianas vêm ganhando espaço em eventos e festas - no casamento dos apresentadores Angélica e Luciano Huck, todos os convidados receberam um par. Esta customização pode ser feita via internet, no site da empresa de convites e acessórios Dom Bosco.
Em Crie sua Sandália, os internautas visualizam uma sandália branca que pode ganhar diferentes cores na tira e no solado. Também é possível adicionar etiquetas e criar frases, além de ver algumas sugestões da empresa.
Depois de escolher o modelo, o internauta deve preencher um cadastro e enviá-lo pela internet, caso queira fazer o orçamento da sandália. A empresa faz vendas a partir de 108 pares, que variam de R$ 10,30 a R$ 22 cada.
As Havaianas da Adidas. Capítulo 12: animais
A novidade dos últimos dias é a quantidade de gente que leva os gatos para passear de coleira pelas ruas de Porto Alegre. Sete casos no fim de semana. Deve dar um espasmo de prazer amarrar o bichano pelo pescoço e arrastá-lo pela rua para mostrar que é você quem manda na peça. Todo mundo acredita.
A seguir: a maneira mais segura para colocar a focinheira no seu coelho.
Vamos Glamourizar a Padre Chagas
A rua Padre Chagas congrega tudo o que há de mais chique e fino no elegante bairro Moinhos de Vento, em Porto Alegre (RS). Suas cinco quadras oferecem recursos elaborados para quem deseja se manter na eterna busca pelas Havaianas da Adidas em Porto Alegre. Entretanto, falta a principal mudança no horizonte para que não apenas a rua, mas que a porquice de seus transeuntes acesse o Verdadeiro Glamour: latas de lixo. Muito populares na maioria das cidades do mundo, descansa a caminho da aposentadoria um exemplar com mais de vinte anos admistrando o lixo très chic dos porto-alegrenses – na esquina com a rua Hilário Ribeiro. Se duvida, tire fotos com o seu celular.
A Marcha dos Havaianas da Adidas, PARTE 3
Churrasco nas areias, tradição dominical cassinense
Texto e fotos: Eduardo Lorea
A Marcha dos Havaianas da Adidas, PARTE 2
Amarelinho de Bagé, um marco da chinelização da praia com mais de 20 anos de tradição vendendo cachorros quentes à beira-mar
Texto e fostos: Eduardo Lorea
A Marcha dos Havaianas da Adidas, PARTE 1
Dando sequência ao Movimento pela Chinelização do Litoral Gaúcho, a Nova Corja apresenta, a partir de hoje, o registro de uma peregrinação pelo verdadeiro litoral do Rio Grande do Sul. Não o litoral sonhado por Miltinho e Martha Medeiros, mas o das tias gordas e dos botecos com peixinhos pintados nas paredes.
Para começar, o enviado especial Eduardo Lorea nos manda, direto do Cassino, as maiores chinelagens do litoral sul. Acompanhe ao longo desta semana o rigoroso trabalho de apuração do intrépido repórter.
E, na semana que vem, Brust e Alvares trazem a chinelagem do litoral norte. Não percam. E aguardamos sugestões de chinelagens que devem ser visitadas.
É glamour que não acaba mais.
Se pode entrar de carro, porque não de... “casa”? A turma do motor-home bebe cerveja na sala, com vista para o mar
A nova cor quente da Usina do Gasomêtro teve a participação popular de 5.100 pessoas na votação encerrada dia seis de janeiro. O "Vem Pintar a Usina", promovida a partir da parceria entre a Secretaria Municipal da Cultura (SMC) e as Tintas Renner, faz parte de todo um processo de revitalização da Usina que passa pela recuperação das partes erodidas do prédio como a nova cor que a prefeitura quer implementar.
As cores mais parecidas com as da Usina antiga, segundo uma das coordenadoras, ficaram com os últimos lugares na votação. O fato de que nenhuma cor tivesse um nome durante o proceso de votação foi simples: segundo o corrdendor Ricardo Coelho, a sugestão de incluir a fábrica de tintas veio da trupe teatral gaúcha Falos & Stercus, que teriam intermediado os contratos com a Usina. Talvez isso tenha a ver com o fato do erário público utilizar a participação gratuita de 5.100 pessoas em um processo de votação pública para que no final o nome da cor escolhida seja apropriada por uma empresa privada que irá pintar, divulgar e comercializar posteriormente a "Cor da Usina" em qualquer ferragem.
"O senhor não vê nenhum conflito nessa situação?", perguntou A Nova Corja a Coelho. "Não, nenhuma". E acrescentou: "para quem tu escreve?".
Update: a Secretaria diz que começa em fevereiro a pintura e a intenção é aprontar a obra para a semana de Porto Alegre, em março. Uma pena que para quem quisesse ouvir, os responsáveis pela pintura admitiam que estão sem datas para começar as obras em função da burocracia do Demhab.
"O presidente Luiz Inácio Lula da Silva teria mandado avisar os cantores Zezé Di Camargo e Luciano que dormiu no meio da sessão de 2 Filhos de Francisco, em cópia pirata de DVD.
(...)
"Lula teria mandado o recado para a dupla sertaneja pelo chefe de gabinete Gilberto Carvalho. "Diz pros meninos para não ficarem chateados. Eu nem vi o DVD todo. Dormi no meio", falou." (Terra)
As Havaianas da Adidas. Capítulo 9: Futebol
Ronaldinho usará chuteiras de ouro contra o Zaragoza
O meio-campo Ronaldinho usará um par de chuteiras de ouro na partida de amanhã contra o Zaragoza, pelo Campeonato Espanhol, confeccionadas pela empresa de material esportivo Nike, que o patrocina.
A empresa norte-americana criou esta chuteira, uma modificação do modelo Tiempo Legend, como uma homenagem ao talento do brasileiro, eleito no ano passado melhor jogador do mundo pela Fifa.
O ouro autêntico de 24 quilates foi aplicado à lingüeta, ao calcanhar e ao logotipo da Nike, enquanto o resto do calçado é de cor branca.
O novo calçado foi projetado segundo parâmetros sugeridos pelo jogador, que incluiu diferentes motivos relacionados à sua imagem e sua carreira.
Por isso, a lingüeta dourada apresenta um "R" bordado de cor prateada na bota direita, numa clara alusão ao cordão que o meia usa, e um número 10 na esquerda.
O calcanhar se caracteriza pelas cinco estrelas douradas que aparecem em relevo, uma homenagem aos cinco Mundiais conquistados pelo Brasil.
A chuteira também inclui um forro com a palavra "Ronaldinho Gaúcho", impressa com um padrão exclusivo.
"Estou louco para usar as chuteiras douradas contra o Zaragoza. Perguntávamos como podíamos dar a elas um toque pessoal, portanto copiaram meu colar para reproduzir o "R" e acrescentaram meu número 10. Tive a sorte de participar de todo o processo e o calçado é bem personalizado", comentou o jogador.
Só foram criados dois pares destas chuteiras para Ronaldinho, mas a partir de 15 de outubro estará disponível no mundo todo um número limitado à venda: porém, sem o ouro autêntico.
As Havaianas da Adidas. Capítulo 7 – Sobre São Paulo
Um estágio superior de civilização: enquanto vivemos na Calçada da Fama, eles têm a Quadra Dourada.
As Havaianas da Adidas. Capítulo 5 – Jornalismo/ Críticas musicais
Crítica/MPB: Obsessão "favela chic" retira força musical de Seu Jorge
As Havaianas da Adidas. Capítulo 4 – Movimentos Coletivos
Tem que ser muito portoalegrense para acreditar na necessidade de ser vanguarda quando se diz respeito a movimentos coletivos. Deve ser o alto nível da discussão política na cidade. Aí ressurgem passeatas que fedem a naftalina lideradas – pasmem – pela Luciana Genro. Mais uma que o PT me apronta.
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As Havaianas da Adidas. Capítulo 3 – Sedução
Tentei atravessar uma daquelas curvas que precisam de guard-rail mas não consegui. Uma guria parou do meu lado e, juntos, aguardamos o outro sinal abrir, mas os motoboys foram mais rápidos. A guria tava quase no meio da rua e voltou. Quando o último motoboy passou, gritou um "IISSA" na direção dela. Era o ápice de 10 mil anos de comunicação.
Visivelmente transtornada, retornou ao meio-fio e eu não consegui deixar de largar um Mas Que Barbaridade. Rimos. Ela me diz que desta vez até pegaram leve, que costuma ser bem pior. Concordei com um sorriso e atravessamos a rua. Cada um foi pro seu lado. Mas só por garantia, virei a cabeça para trás e dei uma espiada na mercadoria.
As Havaianas da Adidas conquistarão o mundo
Adidas compra Reebok por R$ 8,9 bi e acirra competição com Nike.
As Havaianas da Adidas subtraem a diferença
Se existe algo abominável nas pessoas é a capacidade delas de se deslumbrar. Acreditar no exagero simbólico que costuma vir a reboque e deixa para trás o valor essencial de cada objeto ou experiência adquirida. Não confundam com o espanto permanente diante dos absurdos cotidianos.
Desde 1989, Lula é tomado como uma pessoa sem recursos intelectuais para presidir o Brasil. Até 2002, quem dissesse isso francamente em uma conversa informal seria empalado em pleno Brique da Redenção. Como bem frisou Guilherme Fiúza no No Mínimo, essa acusação estava certa.
Durante 20 anos, escutei os petistas se arvorarem na convicção de que eram o povo escolhido. Hoje, eles se escondem de vergonha e não têm o que dizer. E não dá nem para ter pena deles. Os gaúchos conheceram o deslumbramento concreto do PT quando venceram as eleições de 1998. Foi um fracasso. Enquanto eu esperava que aprendessem alguma coisa com aquilo, ocorreu o contrário. O PT se deslumbrou com Brasília e não há como negar isso. Nem vou citar os acontecimentos em série porque todos estão cheios deles. É simplesmente inadmissível que um governo eleito como foi o de Lula tenha essa corrupção generalizada, desde a sua própria família até os escalões mais furrecas do governo.
O "Rouba, mas faz", do Maluf, foi substituído pelo "Rouba, mas sabe esconder", do PSDB. Até isso os petistas conseguiram. É uma proeza. E não consigo deixar de ver eles depondo na CPI e pensar: "São uns coitados". Mas é a democracia. Exatamente o que os brasileiros merecem. São tão amadores que deixaram rastros de roubalheira por todo o país pela simples razão de EMPUNHAVAM A BANDEIRA DA ÉTICA.
Agora eu assisto o Delúbio Soares claramente dopado, com o melhor advogado criminalista de São Paulo, afirmando que agiu sozinho e que ninguém sabia das mutretas. Tem dó. É patético, constrangedor e repulsivo. E antes que alguém responda que é armação da Direita, eu vou dizer uma coisa: se eles arquitetaram mesmo TODAS essas denúncias, então devem mesmo voltar para o governo, porque tudo se encaixa direitinho. E eu falo de um governo que deixou algo como o APAGÃO acontecer. Eu não queira concordar com o Walter. Sério. Mas esse governo não chega ao fim.
No meu dicionário das Havaianas da Adidas, a figura que ilustra a palavra "Política" é a foto de Luiz Inácio Lula da Silva.
Chega de folclore. Perdeu a graça.
A melhor explicação que eu tenho – até porque é a única, por enquanto – para essa expressão que sintetiza todo o cretinismo dos porto-alegrenses, é assaz simples. As Havaianas da Adidas escancaram com singeleza toda a necessidade que os habitantes desse buraco quente sentem de ter alguma relevância no desafio hipermoderno que é o COTIDIANO. Alguém vai chiar: "Aí, mas qual o problema das Havaianas da Adidas?". Fora a discrepância lógica dessa pergunta, cabe fazer outra: "Qual a necessidade disso?".
É a necessidade simbólica do porto-alegrense sentir que existe, que não há mais nada para a vida além do que ele veste, come, dirige e pensa. Sim sim, é nessa ordem mesmo. Para contextualizar melhor, imagine a capa do ZH Donna daqui a seis meses com o título: "Eles calçaram as Havaianas da Adidas", e dentro vai ter uma reportagem com seis personalidades de Porto Alegre falando como a vida delas mudou depois das Havaianas da Adidas. Um box com o que é In e o que é Out para usar com elas. O Verissimo vai escrever um texto que vai começar com: "Aqui em Paris todos comentam a moda das Havaianas da Adidas. Ontem mesmo, na Rive Gauche, uns jovens argelinos me abordaram para perguntar da nova moda porto-alegrense". A Martha Medeiros escreverá que "a vida dela nunca mais foi a mesma depois das Havaianas da Adidas". Ou será a Lya Luft?
É divertido. Brinque você também com as Havaianas da Adidas.
Único filme relevante da história do cinema
Quatro homens de meia-idade – um piloto, um executivo da TV, um chef e um juiz – entediados com a vida, resolvem cometer suícidio em grupo, para tanto, enclausuram-se num fim de semana e se estasiam de tanto comer. A presença feminina em especial da figura maternal de Andréa Ferréol, é uma providencial injeção de sexo livre e comunitário. O consumismo desenfreado (o comer e o transar compulsivo) é um processo destrutivo que provoca histérica escatologia e exorciza os fantasmas de um capitalismo viciado.
Terça-feira, 14 de dezembro às 19:00
Tema: Clube de Cinema - Exibição do filme 'A Comilança'
Palestrantes: Goida
Local: Livraria Cultura Bourbon Shopping Country - Av. Tulio de Rose, 80 - Porto Alegre
Melhor texto jornalístico de todos os tempos.
O Rio Grande do Sul é a verdadeira Bahia
Alguém por favor encaminhe este link ao senhor Donaldo Schüler:
Esses escritores devem achar que os leitores são uns idiotas, não? Que são indignos, e sujinhos, e nem sabem que correm o risco de serem assaltados na esquina “segurando os seus Rolex”, e que precisam que lhes digam como lavar atrás da orelha, não beber água estagnada, essas coisas todas? E que aliás vão todos se matar se não lerem a tempo “A Disciplina do Amor”? Ora, todos sabemos que alguns leitores até são assim, umas estrumeiras mesmo, mas não exageremos, não exageremos. Imaginar um velhinho sentado numa poltrona, pedaços de macarrão na barba rala, lendo um romance de Fernando Bonassi e ficando todo digno lá pela página 147 (imagine o velhinho ficando digno de repente, cara de metidão, levantando da poltrona ao som de um coro masculino soviético e sacudindo o punho contra uma sociedade injusta e desumana) diverte minhas noites, mas mesmo assim vou ter que pedir que parem um pouquinho, um pouquinho só, com essas empolações todas.
“Tô me lixando pra cultura brasileira”
A palestra de ontem (quatro posts pra baixo), definitivamente, foi um sinal dos tempos.
Em poucas palavras, o que aconteceu foi que os “acadêmicos” (Renato Mezan e Cirne e Lima) levaram uma SURRA FENOMENAL da CHINELAGEM SEM CRITÉRIO (Diogo Mainardi e Juremir, seu seguidor gaúcho).
O Mainardi começou a falar dizendo que não sabia direito o que estava fazendo num evento sobre “Arte e cultura em debate” porque estava SE LIXANDO PRA CULTURA BRASILEIRA. O mais sério é que, depois de ouvir a explicação dele, não tem como não concordar. A idéia é a de que cultura no Brasil só existe porque foi o governo que criou, como instrumento de dominação. Tudo começou com o getulismo e depois ganhou mais força durante a Ditadura. É a velha idéia de nação, de povo unido, de futebol, de carnaval, essa merda toda de BRASIL SUADO que não faz o MENOR SENTIDO ainda mais para quem vive no Sul do país.
Segundo o Mainardi, é um absurdo o que o governo faz, patrocinando TODA a “cultura” brasileira, principalmente os filmes. Dá para entender exatamente o que ele quer dizer quando a gente vê que alguém é capaz de fazer uma EXCRESCÊNCIA como esta e como praticamente 99% do resto do cinema nacional.
O Juremir, por sua vez, também TOCOU O HORROR, propondo uma nova religião, o MAINARDISMO (com camisetas “Diogo salva”).
Do outro lado, se apavorando e tentando manter o nível, estavam o Cirne Lima e o Mezan. Filósofos e velhos, aliás. Ficaram o tempo inteiro propondo o SEM SENTIDO, ou seja, que fosse realizado um “debate sério” sobre arte e cultura – como se isso fosse possível -, que piadinhas tinham hora, que o Mainardi analisava as coisas com muita pressa, etc.
Simplesmente não conseguiram entender a ironia do troço todo e muito menos serão capazes de entender que ACABOU TUDO.
É grave a situação: em todos em debates que eu tenho ido nos quais misturam "acadêmicos" com outros chinelos, os acadêmicos sempre levam um pau. Chegou numa situação em que simplesmente não existe mais jeito de discutir NADA seriamente. Eu acho ótimo e importante saber que foi o Baumgarten que criou a expressão "estética" e também sei ler coisas em grego clássico, só que ficar mostrando isso num debate, como fez o Cirne Lima, é o mais grotesco dos pedantismos, ainda mais porque foi - como sempre é - irrelevante. É o velho ranço acadêmico que cansa as pessoas e não leva a nada.
É duro, mas as pessoas não se dão conta de que o Iluminismo já teve a sua época.
Agora, só nos resta uma coisa: MAINARDI PRESIDENTE.
O Bruno (que também me mandou a origem de tudo) lançou o link. Tá tudo lá. Não é só uma música, é um PROJETO com 7 músicas (mais um remix de Filtro Solar).
É sério: a humanidade não tem mais nenhuma esperança.
Não vale mais a pena viver.
Filtro Solar
por Pedro Bial
O pai da criança é Alex Schiavo, vice-presidente de A& R e Marketing da Sony. Alex nos procurou e disse que precisava nos encontrar pessoalmente, não dava para explicar o motivo por telefone ou e-mail. Ele tinha algo a nos mostrar.
Não teria sido possível explicar mesmo.
Schiavo nos mostrou uma FAIXA COMOVENTE, em que ora NOSSOS OLHOS MAREJAVAM, ora UM SORRISO SE INSINUAVA NA NOSSA CARA, sem que a gente percebesse. Um sujeito de VOZ TÃO GRAVE QUANTO RECONFORTANTE falava sobre a vida, sobre a natureza das coisas e dos conselhos. Todo esse discurso rolava sobre uma CAMA SONORA ESPERTÍSSIMA, que DAVA VONTADE DE DANÇAR.
A faixa era “Sunscreen”, a voz era de Lee Perry, o tal leito musical era a canção “Everybody’s free”, de Baz Luhrman, e O TEXTO, ESPERTÍSSIMO, era de Tim Cox e Nigel Swanston.
A primeira definição que nos ocorreu foi: “É UM ‘PROSAC’ AUDITIVO!”. Com os devidos descontos e acréscimos, é isto mesmo. E se não era exato, era um bom começo para encarar o desafio que Alex Schiavo fazia a nós dois, Isabel Diegues e eu.
A saber: desenvolver e explorar a idéia, ou as idéias contidas no formato, e fazer um disco todo assim, desse jeito diferente. VOCÊ NÃO TOPARIA? Pois é... Nós topamos.
Começamos por traduzir a faixa que veio a dar origem à série, “Filtro Solar”. Na tradução, procuramos TRANSCENDER ALGUNS ASPECTOS TÍPICOS DA CULTURA NORTE-AMERICANA E JOGAR COM VALORES UNIVERSAIS. Estou QUASE convencido de que fomos bem-sucedidos. O TESTE DEFINITIVO SERIA VERTER PARA O IDIOMA TIBETANO E INVESTIGAR A REAÇÃO DO DALAI-LAMA...
Botei minha voz na reta. NA INTERPRETAÇÃO DE “EVERYBODY’S FREE”, CIDÁLIA, “BACKING VOCAL” DO CIDADE NEGRA, SIMPLESMENTE ARRASA. DIFÍCIL CRER QUE A DONA DAQUELA VOZ NEGRA TENHA PELE BRANCA...
Daí para frente, Isabel e eu fomos procurando e escolhendo textos que se adequassem ao projeto.
Para ler o poema “Mude”, de Édson Marques, bastante popular na Internet, o talento e a voz da jovem atriz Simone Spolandore se impuseram naturalmente, era como que se fosse indiscutível, tinha que ser ela. Com sua DICÇÃO QUE NÃO JOGA FORA UMA CONSOANTE SEQUER, Simone nos brindou com MANSA SENSUALIDADE. David Villefort e Rodrigo Sha AGARRARAM O ESPÍRITO DA COISA PELO COLARINHO E “CONVERSARAM” COM AS PALAVRAS DE UM JEITO SURPREENDENTE.
“Palavras ao vento” foi montado a partir de um livro de 166 páginas, o “Pequeno dicionário de palavras ao vento”, de Adriana Falcão. A escritora demonstrou um TREMENDO ESPÍRITO ESPORTIVO E APOIOU A HERESIA, até gostou do resultado final! LÁZARO RAMOS LEU LINDAMENTE, COMO, ALIÁS, LINDAMENTE VEM CONDUZINDO A SUA JOVEM CARREIRA. Leléo e Lucas Marcier fizeram a música de forma magistral, não somente criando uma trilha sonora, mas reforçando sentidos e permitindo que a POESIA AFLORASSE AOS OUVIDOS DO FREGUÊS...
E os dois músicos ainda foram além e ROÇARAM O SUBLIME NA AMBIÊNCIA da faixa “Bom, ruim, assim assim...”, com uma LEVADA QUE REJUVENESCE O OUVINTE UNS TRINTA ANOS, em questão de instantes... “Bom, ruim, assim assim...” é uma enxugada radical do texto que fecha o meu livro “Crônicas de repórter”. Isabel achou que prestava, ainda que seja talvez o MOMENTO MAIS MELANCÓLICO DE UM DISCO QUE PRETENDE ENXOTAR MELANCOLIAS VÃS.
O “Estatuto do Homem”, bem, o “Estatuto do Homem”, de Thiago de Mello, um clássico popular, foi uma bela sugestão de Ronaldo Viana e Bruno Batista. O poema é uma REFERÊNCIA NA CABEÇA NÃO APENAS DE LEITORES MADUROS, MAS TAMBÉM É RECONHECIDO DE CARA POR JOVENS MENOS AFEITOS À LEITURA. Mano Melo aceitou defender os versos, com a garra, o senso de humor e a entonação de visionário que o caracterizam. A música? Só podia ser “Freedom”, de Jorge Miguel, digo, GEORGE MICHAEL...
Já estávamos bastante contentes, até que chegou a notícia que nos deixou eufóricos. Fernanda Montenegro tinha não apenas aceitado, como adorado o convite para ler o texto de DANUZA LEÃO, “Mães”! Danuza foi compreensiva e permitiu que diminuíssemos um pouco o maravilhoso texto que fecha a primeira edição de “NA SALA COM DANUZA”. DJ Mam e Davi Villefort SEGUIRAM O EXEMPLO DAS CRIANÇAS: BRINCARAM DE SER SÉRIOS E LEVARAM A SÉRIO A BRINCADEIRA... A TRAVESSURA AÍ ESTÁ, SABOROSA, PARA TODO MUNDO PEGAR CARONA.
De Fernanda Montenegro fica difícil falar, mas há que se registrar que a tal “grande dama” não apareceu... Ao contrário, ficou provado que tal epíteto é só fruto da preguiça de jornalista viciado em clichê. Fernanda SE JUNTOU À GALERA COMO ‘BRÓDER’ E DISTRIBUIU GENEROSIDADE, GRAÇA E MALANDRAGEM BEM CARIOCA.
A propósito, não foi intencional, mas AS VOZES DE “FILTRO SOLAR” PASSEIAM POR SOTAQUES DO BRASIL. Fernanda é carioca; Simone, curitibana, Lázaro vem da Bahia e Mano é CEARENSE SEM PRAZO DE VALIDADE.
O remix final de “Filtro Solar” foi um presente inesperado de Ramilson Maia. Bônus para nós e para vocês.
Ah, e o único cantor aqui presente dispensa notas musicais ou sonoplastia. TONI GARRIDO LÊ A SECO o poema de Claufe Rodrigues, “Escreva sua história”, do livro “Poemas para flauta e vértebra”- palavras para dançar...
“Filtro Solar”, o disco, está aí para LANÇAR SEUS RAIOS DE GOSTO PELO VIVER, e sua VONTADE DE CELEBRAR A VIDA - este MISTÉRIO QUE SÓ SE TORNA SINGULAR QUANDO ALCANÇA O PLURAL. E VICE-VERSA.
VAI DAR PRAIA! QUEM QUISER PEGAR UMA COR, SEM MALTRATAR A EPIDERME, POR FAVOR, DEITE-SE OU NÃO; MAS, POR FAVOR, DELEITE-SE...
Quase batendo o carro novamente
Esta é a COISA MAIS ASSUSTADORA que já ouvi em toda a minha vida:
Nunca deixem de usar filtro solar!
Se eu pudesse dar uma só dica sobre o futuro, seria esta: use filtro solar.
Os benefícios a longo prazo do uso de filtro solar
estão provados e comprovados pela ciência;
já o resto de meus conselhos não tem outra base confiável além de minha própria experiência errante.
E mais assustador ainda foi saber que é costume colocarem esse POEMA MUSICADO em formaturas - em várias formaturas.
NADA mais neste Planeta inteiro faz sentido.
Estou COMPLETAMENTE TRANSTORNADO.
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