Ainda bem que eu fui embora. MESMO
"Porto Alegre me dói/ Não diga a ninguém"
"Porto Alegre, 22 de fevereiro, sexta-feira quente e movimentada, trânsito caótico das 19h, tanto dos que querem voltar para casa quanto dos que já rumam para a freeway, em direção ao Litoral. Na avenida Voluntários da Pátria - uma das ruas de mais intenso tráfego de Porto Alegre - próximo à Vila dos Papeleiros, mais um cavalo atinge a redenção final. (...)
Transeuntes apenas desviavam do corpo, na pressa do cotidiano, até para atravessar rapidamente a região, conhecida pela violência, e com tráfego intenso de veículos pesados. Um popular parou junto ao cavalo, alisou a cabeça inerte, e disse que este repórter deveria "chamar a Secretaria da Saúde", pois o animal já "estava morto mesmo". "Isso é coisa de quem trata os bichos a paulada", completou, enquanto se afastava.
Essa cortesia da equipe do Porto Alegre Melhor me lembra quando passei pela capital bovina com a turma do curso do Estadão. Alguns me perguntavam que diabos eram aquelas carroças. A resposta era simples, porém brutal para eles: "Herança do PT numa cidade que administraram por 16 anos. Querem dar uma olhada na máfia das cooperarivas?".
Sem dúvida, o Poeta manteve o que era bom e mudou o que não funcionava. Mas o que era, os porto-alegrenses politizados não lembram.
E dá-lhe Yoda desgovernada:
"Homicídios em Porto Alegre crescem 57,5%
Entre as 13 maiores capitais do país, a cidade gaúcha lidera em aumento de assassinatos; somente em 2007 foram 430
Sucateamento da segurança, aumento do tráfico de drogas e da pobreza são apontados como as principais causas
Porto Alegre é a capital brasileira entre as 13 maiores do país onde o homicídio mais cresceu em 2007, apontam estatísticas das secretarias estaduais da Segurança Pública.
O número de mortes por agressão aumentou quase 60% em relação a 2006 e se tornou recorde da década na capital gaúcha. No ano passado, houve 430 homicídios na cidade, contra 273 em 2006 - aumento de 57,5%, segundo dados da Secretaria da Segurança Pública do Rio Grande do Sul.
As estatísticas da Delegacia de Homicídios de Porto Alegre, que atualiza os números a partir de suas investigações, revelam, no entanto, dados absolutos mais preocupantes: 525 homicídios contra 337 no ano anterior -crescimento de 55,7%." (Folha de S. Paulo)
Capital bovina > São Paulo ou gaúcho é melhor em tudo
"Porto Alegre torna-se mais violenta que SP
Em menos de uma década, Porto Alegre tornou-se mais violenta do que São Paulo e Nova York.
Proporcionalmente à população, mata-se mais na Capital do que em duas das principais metrópoles do mundo.
No ano passado, 430 pessoas foram assassinadas em Porto Alegre (29,86 para cada grupo de 100 mil, de acordo a Secretaria da Segurança Pública). Foi o mais violento da década no município. O quadro pode ser mais grave ainda. Cálculos da Delegacia de Homicídios apontam para mais de 500 assassinatos, número questionado pela secretaria.
(...)
Os homicídios se intensificam de forma homeopática desde 2000. Naquele ano, com 285 assassinatos (20,95 para 100 mil), a situação era considerada sob controle. No mesmo período, São Paulo despertava a atenção com 51,33 mortes por 100 mil. Desde lá, as duas capitais protagonizam situações antagônicas. Investimentos do Estado e da prefeitura da capital paulista em segurança, articulados com ações de ONGs, reduziram em mais da metade os índices de assassinatos. O último dado disponível, de 2006, revela que 18,39 pessoas foram assassinadas para cada grupo de 100 mil - fenômeno semelhante ocorre no Estado paulista.
(...)
São Paulo, que tem 40 milhões de habitantes, deve investir esse ano em segurança pública R$ 8,7 bilhões. O Rio Grande do Sul, com quatro vezes menos população, vai gastar R$ 340 milhões com segurança - 26 vezes menos.
(...)
[O delegado da Delegacia de Homicídios Juliano] Ferreira estima que 70% dos homicídios estejam relacionados, não ao álcool, mas sim ao tráfico de drogas. O delegado, assim como outras autoridades, tem dificuldades em interpretar o crescimento assustador.
- É difícil saber por que aumentou. Associo à falta de políticas sociais.
(...)
Se governo e prefeitura não acelerarem suas ações, é possível que essa espiral da violência se acentue. Apenas no feriadão de final de ano 39 gaúchos foram assassinados, engordando as estatísticas de 2008." (Carlos Etchichury, Reportagem Especial, Zero Hora)
"Porcos são utilizados para disfarçar cheiro de maconha em Porto Alegre
O Departamento Estadual de Investigações do Narcotráfico deflagrou uma operação nesta manhã no Morro Santana, em Porto Alegre. Vinte quilos de maconha foram apreendidos. Em uma das casas investigadas, os policiais encontram porcos. Os animais eram utilizados para disfarçar o cheiro da droga." (Zero Hora.com)
Prefeito José Fogaça durante solenidade de Adoção da Praça Comendador Souza Gomes
É um transtorno governar Porto Alegre.
O IBGE publicou uma pesquisa essa semana, mostrando que o Rio Grande do Sul é o Estado que menos recebe migrantes no Brasil. Só pode ser por causa da proximidade da Semana Farroupilha (evento que comemora as derrotas gaúchas frente a nordestinos e cariocas), mas a Zero Hora resolveu entrevistar tradicionalistas a respeito do assunto. Obviamente, a demência imperou nas declarações:
Por fatores históricos, econômicos e geográficos, o Rio Grande do Sul cultivou uma cultura particular. Quem usa "você" em vez de "tu" vira alvo de piadas. Quem assa carne na grelha, em vez de no espeto, também. Tanto que, mal os dados foram divulgados na sede do IBGE, o bochincho chegou ao Acampamento Farroupilha.
Para Vitor Pochmann, patrão do Departamento de Cultura Gaúcha Mescla de Guapo, da Sogipa, o baixo número de forasteiros tem uma razão simples:
— Essa terra tem dono.
Na opinião de João Osório, também integrante do Mescla de Guapo, a falta de conhecimento da cultura local pode ser uma das razões para o pouco número de "forasteiros":
— Não ficam porque não conhecem a cultura gaúcha a fundo.
Tentando contemporizar, Armando Fraga, dono de uma loja de artigos tradicionalistas, diz que as portas do Estado estão sempre abertas:
— Vem quem quer, fica quem é capaz - afirma.
Só faltou alguém defender a criação da República do Pampa. Até seria uma boa, porque assim o Rio Grande do Sul poderia encarar uma longa jornada ostracismo econômico e político adentro, os jornais iriam à falência e ninguém precisaria ler as bobagens que os tradicionalistas dizem por aí. Na verdade, para quê esperar? Proponho a anexação imediata de todas as terras abaixo do Mampituba ao Uruguai. Assim, podemos aproveitar o savoir-faire de anos que a república da Banda Oriental tem em decair.
E o Antonio Britto que mande quantas fábricas da Azaléia quiser para o Nordeste! A evidente superioridade cultural gaúcha vai se espalhar irresistivelmente pelo mundo e vamos viver da produção de erva mate e discos de vanerão.
Manter o dos outros, esconder o que fez
Como não tem nenhuma notícia decente do Bovinão na Zero Hora de hoje, lá vai mais um clipping do Painel da Folha:
"Força total
Gilberto Kassab (DEM), que no Datafolha demonstrou ser competitivo contra Marta Suplicy (PT) e capaz de criar embaraço ao líder Geraldo Alckmin (PSDB), dispõe de pelo menos R$ 1 bi em caixa para investir nos próximos meses. (...) O prefeito tem pela frente um cronograma de inaugurações de fazer inveja a qualquer candidato. (...)
Para conquistar o eleitorado da ex-prefeita, Kassab manteve vários de seus projetos em andamento, mas cuidou de enfraquecer o peso das marcas petistas."
Lembra alguém? Pois é. O prefeito/ poeta da capital bovina deveria cobrar royalties do Kassab, para ver se nào fica fora do segundo turno por falta de grana e apoio, como aconteceu com o Guri Chorão.
Contrastes entre o Público e o Privado de Porto Alegre
Que curioso: uma chuva e um frio de lascar na capital bovina e a Secretaria de Turismo, em um lance ousado, resolve investir no passeio. Para isso, foi escolhido um empreendimento do secretário de Esportes da cidade. Para onde vai o dinheiro do "desconto", Bosco?
Linha Turismo oferece desconto no Museu do Esporte
"No período dos Jogos Pan-americanos, de 13 a 29 de julho, o Escritório Municipal de Turismo e a Carris oferecerão aos passageiros do Linha Turismo a oportunidade de conhecer o Museu do Esporte. Na compra da passagem do city tour, será oferecido 50% de desconto no ingresso do Museu, que sairá por R$3. Localizado no Shopping Total, o Museu possui mais de 300 peças raras entre chuteiras, camisas, calções, medalhas, troféus e objetos dos principais ídolos do esporte mundial.
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Um amigo que mora no Rio de Janeiro chegou a Porto Alegre na semana passada. Ao ser recebido pela mãe no aeroporto, travou-se o seguinte diálogo:
— Filho, tu viu quem veio contigo no vôo?
— Não.
— O prefeito da cidade!
— É? Nem notei.
— Tu vê! Cadê a comitiva dele? Tu tem uma mãe aqui pra te receber, e ninguém veio receber o prefeito.
Só não pode ser maior que o Laçador
"O deputado Vieira da Cunha (PDT-RS) tenta levantar fundos para construir um memorial em Porto Alegre com direito a um busto de Brizola com quatro metros de altura - um gigantesco exagero. Ambos projetos serviriam para guardar o acervo pessoal do ex-governador. Mas seu herdeiro político, o deputado Brizola Neto (PDT-RJ), diz que até hoje ninguém fez contato formal com a família para pegar uma carta ou foto sequer." (Lauro Jardim, Radar On-line, Veja)
LAÇADOR FREE!
"CENTENAS DE PESSOAS aguardam remoção da Estátua do Laçador - A vigília conta com roda de chimarrão, música gauchesca, cavaleiros e mulheres garibaldinas. O prefeito José Fogaça e o folclorista Paixão Cortes, modelo para confecção da estátua, deverão acompanhar a operação de translado." (ClicRBS)
Sempre é carnaval em Porto Alegre
Luciano Lanes / PMPA
O prefeito José Fogaça (PPS) é a imagem do carnaval porto-alegrense
Vereador tem surto de utilidade
O PT gaúcho não aprende. Depois de começar a enviar mensagens de que está disposto a disputar a eleição à prefeitura no ano que vem, o vereador Adeli Sell - carinhosamente apelidado de "Maníaco do Alvará" - reclama da forma como a prefeitura conduz a discussão do projeto Portais da Cidade.
O ex-secretário da Smic diz que na Câmara só foi apresentado um folder e um vídeo institucional e ninguém discutiu o projeto com os vereadores. O detalhe é que a primeira audiência foi na sexta-feira passada, mas Adeli já subiu nas tamancas para tentar se cacifar contra a provável candidatura de Maria do Rosário (PT).
Por outro lado, não dá para culpar a prefeitura por desdenhar o Legislativo. Os nomes dos pórticos e dos terminais deverão ser escolhidos pelas empresas privadas que entrarem no projeto, e não pela Câmara, onde essa atividade é mais comum.
Pelo fim do Conselho Municipal de Saúde já!
Olhe bem para esse homem. Por culpa dele, um dos melhores projetos de planejamento familiar e saúde pública desse país pode ir por água abaixo. Só quem já tentou fazer com que adolescentes pobres e de baixa escolaridade parem de engravidar sabe as dificuldades que se enfrenta. Entre elas, a desconfiança frente a um poder público nunca presente na vida dessas pessoas. Pois Oscar Paniz e o resto dos aspones do Conselho Municipal de Saúde deram um jeito de melar a distribuição de implantes anticoncepcionais para adolescentes pobres de Porto Alegre. Arrisca a gerar descrença quanto ao projeto, quando ele finalmente voltar a operar. A justificativa é que o CMS não foi consultado antes do início do projeto:
-- Sempre deixamos claro. Somos a favor da saúde do município. Não somos contra o projeto, só que a gente precisa ser respeitado no nosso objetivo de ser. É uma questão legal. O projeto teria de passar pelo conselho, que é propositivo, deliberativo e fiscalizatório.
Conforme Paniz, tudo aconteceu porque ele teve de sair durante uma sessão plenária e as pessoas resolveram tomar uma decisão sobre o assunto, assim, como quem discute a novela das oito. Provavelmente, ficaram chateadinhos porque a prefeitura resolveu fazer algo que preste em favor da saúde pública, sem que eles pudessem auferir algum tipo crédito dando aval ao projeto. Aí, resolveram pegar a bola e ir para casa, demonstrando total indiferença para com as adolescentes que esperam por um método contraceptivo seguro e simples de usar.
O Código Penal não prevê nenhuma pena ruim o suficiente para gente desse tipo. E, aliás, quem é essa gente? Quem pôs esses cretinos em uma posição com poder de veto sobre projetos para a saúde? Só resta mesmo arrastar o nome de todos na lama. Mensagens desaforadas podem ser enviadas para cms@sms.prefpoa.com.br.
Depois de turbinar a Restinga com conexão banda larga pela rede elétrica e pontos de acesso sem fio, o poeta, cantor e prefeito de Porto Alegre, José Fogaça, decidiu continuar o processo de mudernização de nossa capital provinciana copiando a iniciativa de José Serra e criando barreiras "antimendigo" em algumas das pontes sobre o Arroio Dilúvio, a versão porto-alegrense do Rio Tietê.
A próxima medida de Fogaça será fornecer um notebook para cada mendingo e mandar todos eles para a Restinga para testar a nova conexão. Inclusão digital é a palavra de ordem do novo milênio.
Só pode ser brincadeira.
Cinemateca Paulo Amorim pode fechar
As salas de cinema da Casa de Cultura Mário Quintana podem fechar. Elas compõem a Cinemateca Paulo Amorim, que até pouco tempo atrás hospedava o Espaço Unibanco em Porto Alegre. O banco, porém, abriu já há algum tempo salas em um shopping center. Este ano, compreensivelmente, decidiu encerrar o patrocínio. A partir de janeiro, a cinemateca não receberá mais nem um centavo.
O valor de manutenção das salas de cinema não é alto: R$ 10.800 por mês, que pagam os salários dos funcionários e algumas outras despesas. O espaço é cedido pelo governo do Estado, que é gestor da CCMQ. Aí começam os problemas. Conforme a assessoria, a Lei de Incentivo à Cultura não permite o uso dos recursos para despesas de manutenção, que são justamente salários e quetais. Assim, uma empresa que queira patrocinar a cinemateca não poderá abater o valor do Imposto de Renda.
O diretor das salas vem tentando uma reunião com o secretário de Cultura do Estado, mas Victor Hugo se nega a recebê-lo, informam nossas fontes. Limitou-se a mandar um recado dizendo que "apóia toda e qualquer iniciativa do diretor". Como a cinemateca não faz parte da CCMQ juridicamente, o Estado não é realmente obrigado a mantê-la. Porém, está tão incrustada num órgão estatal que só se vai descobrir ser uma entidade separada quando se tenta entrar em contato com sua diretoria.
O ideal seria que algum empresário resolvesse doar os R$ 10.800 mensais — ou alguns empresários. A exposição vale o investimento, já que só o que os marqueteiros gostam de chamar de "formadores de opinião" freqüentam os cinemas. O que não pode acontecer é de fechar um dos poucos cinemas BARATOS a passar filmes que prestem na cidade. O novo Espaço Unibanco cobra numa tarde de dia de semana o mesmo preço do ingresso de domingo na Paulo Amorim.
O Gabriel era tinhoso. Na última vez que peguei uma carona com ele, no fim de semana do segundo turno das eleições – agora não consigo me lembrar se foi na madrugada de sexta ou sábado –, ele insistiu em argumentar inutilmente para tentar me convencer em um esforço derradeiro a votar no seu candidato ao governo do Rio Grande do Sul.
O mesmo partido defendido – o PT – fez com que ele chegasse pálido em agosto do ano passado ao Via Imperatore no aniversário do Walter. O Gabriel nos avisou que precisou intervir no A Nova Corja porque havia recebido uma ameaça de processo contra todo o Insanus. Ele não nos advertiu nem nada a respeito do que fazer a respeito daquilo – até porque não adiantaria. Hoje imagino a decepção que ele deve ter sentido com o PT à época.
Não levou meu voto. Mas sempre teve meu respeito.
A Prefeitura de Porto Alegre resolveu tomar uma atitude a respeito do número alarmante de adolescentes que engravidam nas zonas mais desvalidas da cidade e passou a distribuir implantes anticoncepcionais.
Se 17% das grávidas têm até 20 anos, isso significa que a maioria dos jovens não dá a menor bola para proteção, ou então não consegue usar de maneira correta as camisinhas e pílulas distribuídas em postos de saúde. Distribuir implantes é um passo significativo para a melhoria da vida do cidadão. Deviam fazer isso no Brasil inteiro, mas a igreja católica vive boicotando esse tipo de iniciativa. Volta e meia aparece gente preocupada que o Estado esteja interferindo na liberdade de engravidar, ou até mesmo praticando eugenia. Besteira. "Liberdade" com certeza não é ter três filhos antes dos 18 anos por pura ignorância e passar o resto da vida presa a um marido alcóolatra num barraco da Vila Cruzeiro.
Se essa medida for mesmo bem aplicada, garantindo o atendimento de todas as interessadas, já vai sozinha ter valido os quatro anos de Fogaça no Paço Municipal. O que não significa um salvo-conduto aqui no Nova Corja, evidente. Continuaremos exigindo a reativação da escola Neuza Canabarro na Usina do Gasômetro.
Antes da palestra do historiador Paul Kennedy, ontem à noite, em Porto Alegre, a Copesul anunciou uma lista de intelectuais que deverão vir à Capital ao longo de 2007. A lista impressiona. São 22 caras, entre eles: Michel Houellebecq, romancista francês, Barnard-Henry Lévy, filósofo, Christopher Hitchens, neocon de carteirinha, Edmund Phelps, Nobel de Economia em 2006, Pierre Lévy, cyberculturaman, e Peter Burke, historiador inglês. Pelo time brasileiro, Paulo Renato de Souza e Celso Lafer. O projeto se chama Fronteiras do Pensamento e, quem quiser assistir a todos os seminários, deve desembolsar módicos 500 contos. Os encontros acontecerão entre março de dezembro, às terças-feiras. É o evento mais Daslufrgs da década, em Porto Alegre. Masturbação intelectual sem limites em 2007. Aguardem coberturas na Corja.
O povo quer o nome dos poluidores
O Jornal Já publicou os nomes de quatro das empresas responsáveis pela morte de 80 toneladas de peixe no Rio dos Sinos, na área metropolitana de Porto Alegre. São elas:
U.T.R.E.S.A – União dos Trabalhadores em Resíduos de Estância Velha Estância Velha R$ 463.386,00
TRES PORTOS S/A - INDUSTRIA DE PAPEL Esteio R$ 109.423,34
GELITA DO BRASIL LTDA (curtimento de pele de porco, alta carga orgânica) Estância Velha R$ 158.604,00
A quarta é a indústria de papel PSA, de São Leopoldo. Esta, no entanto, não teve seu nome divulgado pela Fepam por conta de uma liminar da Justiça de São Leopoldo. A matéria também informa que 313 empresas foram multadas nos últimos dois anos, cujos nomes muitas vezes são um mistério para o público em geral.
O pior de tudo é que as empresas responsáveis nem mesmo são suscetíveis a boicotes, já que são agentes intermediários no processo industrial, ou seja, vendem seus produtos como matéria prima para outras empresas, não para o público diretamente.
— ...E vêm me publicar que o Judiciário está onerando o Estado com a construção de foro? Ah, espera um pouquinho! Se não sabe, não publica. É por isso que não dou entrevista à RBS. Quando publicam, ou tem má-fé ou tem sem-vergonhice no meio.
O presidente do Tribunal de Justiça, desembargador Marco Antônio Leal, está puto da cara com a RBS. Os veículos da empresa vêm pintando o Judiciário como principal responsável pelo fracasso do Pacto pelo Rio Grande inventado pelo César Busatto, da tchurminha do Britto, que por sua vez é amiguinho dos Sirotsky.
Conforme fontes do Judiciário, o problema todo é que este é o único dos três poderes a administrar bem seus recursos. Agora, os juízes procuradores e promotores se sentem punidos por ser eficientes. São acusados de construir prédios e comprar automóveis, como se isso, em si, fosse um problema. Na verdade, estão é mostrando o quanto o Estado pode fazer se souber administrar direito.
Se podem ser acusados de alguma coisa, é de falta de sensibilidade para o momento político do Rio Grande do Sul. Não há como a população entender a posição do Judiciário, frente aos problemas de endividamento. Mas eles não precisam do apoio do povo para nada, já que seus cargos são vitalícios, então estão dando uma banana ao Legislativo e ao Executivo. Isso parece um tanto contraproducente.
O secretário do Planejamento de Porto Alegre, Isaac Ainhorn (PDT-RS), morreu ontem. Tinha 60 anos, mas parecia ter mais. Trabalhou incansavelmente como vereador e teve papel relevante na construção do Plano Diretor da cidade. Também ajudou várias firmas de construção. Os espigões que surgiram em diversos bairros da cidade distorceram a característica deles e inflaram a bolha imobliária na capital. Nunca vi um lugar com tantos prédios novos e carentes de moradores. Não tenho autoridade e conhecimento para opinar sobre o Plano Diretor – tente o jornal Já –, mas posso testemunhar que o ex-vereador conseguiu alcançar um dos seus principais obejtivos: destruir o bairro Bom Fim.
Aí aparece na Zero Hora o seguinte texto: "Ainhorn também era um ativo defensor do bairro, onde nasceu e se criou. Dedicou-se sobretudo à regularização de casas noturnas e à segurança no entorno da Redenção, como a reforma do posto da Brigada Militar na esquina das avenidas Osvaldo Aranha e José Bonifácio".
Só pode ser uma piada. Enquanto não demoliram o prédio do cinema Baltimore e fecharam bares na avenida Oswaldo Aranha, ele não sossegou. Tinha um discurso que criminalizava todos os freqüentadores desses lugares. No lugar do Baltimore, Ainhorn pregava a construção de um shopping. Pois todo o esquema deu merda e agora existe um vácuo no meio do Bom Fim. Ao invés de lojas, instalou-se ali um estacionamento que excede claramente a oferta de carros na região.
Só tem marginal no Bom Fim
Na minha adolescência em um colégio bunda mole com colegas cagalhões, ir à noite ao Bom Fim soava ser mais perigoso que Bagdá. Qual não foi minha surpresa ao caminhar por ali sem qualquer tipo de ameaça. Isaac tinha sua base política montada no bairro – de relativa maioria judaica que se julga dona do território. Não é – e por favor, antes de me incomodar, religião para mim é como política ou sexo: faz o que quiser, desde que não venha me acossar.
Pois me tornei morador do Bom Fim e realmente adorava o bairro. Fora um ou outro incidente com terceiros, o que realmente levou o lugar para o buraco foi a demolição do Baltimore. Desde então, a violência, o tráfico de drogas e assaltos só fez aumentar. A despeito de suas declarações, não acredito que isso seja do interesse de quem habita o bairro. Meses atrás, vi um brigadiano pela primeira vez em três anos. Eu estava sóbrio, mas parecia ilusão.
Os incidentes são mais do que conhecidos e localizados pela Brigada Militar há anos, mas imagino que discutir isso não estava na pauta de Isaac. Manter um curral étnico com a criminalização de pessoas que só querem se divertir e defender os espigões das construtoras que mais tarde vão instalar condutos pela cidade em razão da demanda de saneamento nunca foi fácil. Agora alguém me diga que Isaac Ainhorn melhorou a vida para os moradores do Bom Fim, porque a minha rua é conhecida como Travessa do Crack há dois anos. Quero saber quem é testemunha do Espetáculo da Segurança que Isaac tanto prometeu.
Criança não tem direito a nada
O prefeito de Porto Alegre, José Fogaça (PPS/ RS) foi o maior beneficiado com as crises em Brasília e financeira do Rio Grande do Sul. Eleito para “Continuar o que está bom e mudar o que está ruim”, Fogaça passou os dois primeiros anos incólume no noticiário local. Não que não estejamos de olho nele. Hoje, ele deu entrevista ao Gaúcha Atualidade, no qual citou alguns programas que serão colocados em prática no ano que vem.
Entre eles, propôs a “Descentralização do acolhimento das crianças de rua” ou algo do gênero. Dividir a cidade em 17 microrregiões para que agentes do município atuassem e encaminhassem de volta para quem merece o menor que estiver vagando. Isso estaria inclusive no projeto orçamentário do ano que vem. Uau. Isso é que é arrojo administrativo. Só precisou de uns dois anos para notar o problema.
Seria a solução para tirar a gurizada à solta pela cidade que tanto incomoda as pessoas, muito mais pelo descaso das autoridades do que pela situação social delas. Essa é uma das questões que Fogaça deveria ter começado a resolver nos primeiros meses no Paço, mas como todos dizem: “Nem sempre a pessoa quer se ajudar”. Não que o PT tenha feito algum esforço nesse sentido – lembro da responsável pela Juventude da prefeitura declarar em 2004 que as crianças tinham o direito de ficar nas ruas porque era um espaço lúdico –, mas foi esse o caminho que Porto Alegre escolheu.
E continuo esperando a Escolinha do Gasômetro, que Fogaça prometeu reconstruir caso fosse eleito.
Vereador culpa a Brigada pelo fracasso do Desfile Farroupilha
O vereador Ervino Besson (PDT) propôs, na tribuna da Câmara Municipal, que os desfiles da da Brigada Militar, Polícia Civil, Polícia Federal e EPTC sejam limados do Desfile Farroupilha, deixando o evento apenas para a apresentação dos piquetes gaudérios. Para o vereador, o atraso no desfile da última quarta-feira foi causado pela passagem destas representações que "teriam espaço garantido e mais apropriado no desfile de 7 de Setembro". Besson ainda acrescentou: "Se as pessoas saem de casa, é porque querem ver o desfile Farroupilha".
Algo me diz que esse papo não vai cair bem nos ouvidos dos milicos. De qualquer forma, o fracasso do desfile deste ano foi ótimo para arrefecer o discurso das dúzias de candidatos que usam "o sucesso do Desfile Farroupilha" para ganhar voto. Além de derrubar de vez a farsa de que a Semana Farroupilha é a maior festa popular do Estado – assunto que foi tratado neste blog há exatamente um ano, para a fúria de muitos leitores.
No edital de licitação do DMLU foram citadas como exemplo de modernidade na coleta do lixo as cidades de Salvador e Curitiba. O relatório do DMLU era tão cara de pau, que citava como exemplo de coleta de lixo Curitiba e Salvador, onde o lixo seria controlado pela Vega e pela Camargo e Corrêa. Elas contribuíram com R$ 100 mil, cada, para a campanha eleitoral do prefeito José Fogaça (PPS/RS).
É prática comum empresas grandes doarem recursos para diversos candidatos. Tanto que a Camargo e Corrêa deu R$ 30 mil para Mendes Ribeiro Filho (PMDB/ RS), nada para Raul Pont (PT/ RS) e apresenta uma relação de financiados bem heterogênea. De 43 candidatos que a Vegas patrocinou no país inteiro, apenas dois são do PPS. Os gastos com esse partido foram de exatos R$ 115 mil. A aposta em Fogaça – favorito para derrotar os 16 anos do PT na prefeitura – era grande, mas garantida. Os R$ 15 mil restantes foram para o postulante do Rio de Janeiro, André Corrêa. Desnecessário dizer que a Vegas não desembolsou um centavo para Raul Pont (PT/RS), que foi ao segundo turno contra Fogaça.
Em Curitiba, a empresa doou R$ 100 mil para o candidato vencedor, Beto Richa (PSDB/PR) A Camargo Corrêa, R$ 300 mil. Mas esta gastou R$ 1,8 milhão no financiamento de três candidatos a prefeito na capital paranaense. Richa era favorito e foi eleito. Aos derrotados, as seguintes quantias:
Osmar Bertoldi (PFL/ PR): R$ 1,2 milhão
Angelo Vanhoni (PT/ PR): R$ 300 mil
Pois bem. Mas o prefeito eleito de Salvador em 2004, João Henrique (PDT/ BA), não recebeu um tostão das duas empresas. A Vega deu R$ 150 mil para César Borges (PFL/ BA) que era o favorito nas pesquisas no começo da campanha.
Aí fica a se descobrir o que seria o tal Exemplo de Modernidade que o edital do DMLU citou. Em Porto Alegre, quem colhe meu lixo é o carroceiro que mora na Vila dos Papeleiros e nunca ouviu falar em José Fogaça.
Update: os outros dois candidatos gaúchos patrocinados pela Vega foram Marcos Ronchetti (PSDB/RS) – reeleito com 70% dos votos – e Ênio Saltiel (PDT/ RS), candidato derrotado em Novo Hamburgo. Receberam R$ 100 mil e R$ 60 mil, respectivamente.
Saio de casa e avisto uma miragem: três motos da Brigada Militar na minha rua. Passo reto por eles. Volto. Pergunto para um deles:
A Nova Corja: Todo mundo por aqui sabe que a João Telles tem assalto, tráfico de drogas e arrombamento de residências no perímetro dessa quadra há anos. Por que é tão raro ver brigadianos por aqui à noite?
BM: Nós sabemos de tudo o que acontece. Mas não temos efetivo.
A Nova Corja: Mas não se pode colocar um BM para ações preventivas? Deixar um policial, ao menos? Vocês têm um posto a duas quadras daqui.
BM: Não adianta. Não são essas as ordens. Sabe o Moinhos de Vento?
A Nova Corja: Sim.
BM: Ali na padre Chagas precisamos manter pelo menos dois soldados a noite inteira.
A Nova Corja: Mas aqui já virou folclore o consumo de drogas, o assalto a carros e pessoas. Não tem nada que vocês possam fazer? Precisa matar um guri ali na esquina para o secretário de segurança fazer aquele fiasco ao vivo na TV para que se tomem providências?
BM: É, a melhor solução é ligar para o 190.
Em entrevista dada ao A Nova Corja, a vereadora Manuela dÁvila (PCdoB) alertou sobre a falta de cobertura da imprensa sobre o caso do processo judicial do ex-diretor do DMLU e ex-vereador Wilton Araújo (PPS/ RS), por corrupção passiva:
Manuela: E a gente tem um exemplo claro disso que foi, enfim, de um ex-vereador que vendeu um Projeto de Lei do Plano Diretor a R$ 26 mil, embora a empresa não tenha trabalhado muito. É uma prova. E a Câmara de Porto Alegre talvez seja um dos melhores espaços nesse sentido no país.
Träsel: Qual vereador?
Manuela: Wilton Araújo (PPS/ RS), ex-vereador. Vocês não viram isso? Não estou acusando que foi. É uma sentença judicial.
Träsel: Quando foi que saiu essa sentença?
Manuela: Ah, pois é. Teve pouca visibilidade.
Träsel: Por algum motivo, né?
Manuela: É, por algum motivo. Ele trabalhava no gabinete do prefeito [José Fogaça (PPS/ RS)], talvez esse tenha sido o motivo.
Empresas interessadas na licitação do lixo doaram dinheiro à campanha de Fogaça
"Duas empresas interessadas na megalicitação dos serviços de limpeza urbana de Porto Alegre doaram dinheiro para a campanha do prefeito José Fogaça nas eleições municipais de 2004. A Vega Engenharia Ambiental deu R$ 100 mil, no dia 26 de outubro.
Também no segundo turno da disputa, a Construções e Comércio Camargo Correa, do mesmo grupo dono da Cavo, doou R$ 100 mil. Os valores doados pelas empresas estão entre os mais altos arrecadados pelo comitê da campanha Fogaça – somente a Gerdau doou mais, R$ 200 mil. Vega e a Cavo constam na lista das 18 empresas interessadas na licitação de R$ 305 milhões.
A Vega atua no mercado do lixo de São Paulo, Rio de Janeiro e Salvador, entre outras 20 cidades brasileiras. A Cavo pertence ao grupo Camargo Correa, que teria pago a hospedagem do consultor do DMLU, Fábio Pierdomenico, conforme investigação do Ministério Público Especial (MPE), vinculado ao Tribunal de Contas do Estado. A empresa já teve contratos nas cidades de São Paulo e Curitiba.
A assessoria de imprensa da Prefeitura informou que Fogaça não comentará mais o assunto para não fomentar especulações. Em entrevista à Rádio Band AM, o prefeito afirmou que os doadores de sua campanha não tiveram qualquer intervenção no processo de licitação do DMLU e em nenhuma outra instância da administração municipal. Disse ainda que as doações são feitas ao partido e não ao candidato.
A Promotoria de Defesa do Patrimônio Público do Ministério Público (MP) do Estado aguarda o envio da prestação de contas da candidatura Fogaça para, se for o caso, fazer uma denúncia ao MP. O trabalho, liderado pelo promotor César Faccioli, é feito em conjunto por uma força-tarefa, que inclui ainda MPE e Delegacia Fazendária."
Leia mais no Jornal Já.
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Cara de pau chega ao limite na Câmara de Vereadores de Porto Alegre:
Homenagem ao 5º aniversário de fundação do Jornal O Sul
A Câmara Municipal de Porto Alegre realiza, na próxima quinta-feira, uma sessão solene em homenagem ao 5º aniversário do Jornal O Sul. Sugerida pelo vereador Nereu D'Avila (PDT), a cerimônia ocorrerá às 19h, no Plenário Otávio Rocha.
Só o arrojo dos vereadores de Porto Alegre poderia credenciar homenagem a um jornal que não tem link na internet.
Correção 1º/08: ter link, tem. O detalhe é que só vale para os colunistas e a capa que está no ar é de ontem.
Propaganda de rádio e TV da prefeitura de Porto Alegre ensina o cidadão a se arranjar em razão da falta de governo. A dicas envolvem o exemplo de uma Associação de Pais e Mestres em um bairro desamparado que resolve juntar suas economias para consertar uma parte da rua que estava sempre alagada, apesar dos apelos ao prefeito para dar um jeito naquilo.
Em outro exemplo, uma senhora residente do bairro Restinga olha para um poste e pensa: “Devemos fazer alguma coisa”. Mais adiante, acrescenta coisas do tipo: “Não basta esperar que as coisas caiam do céu. Cada um tem que cuidar do seu cantinho e comprar sua própria lâmpada".
Felizmente, o slogan do governo de José Fogaça (PPS/RS) é bem didático: "Porto Alegre: Nossa Cidade cuidando da Cidade". Igual à frase de uma história ficcional (Transmetropolitan, de Warren Ellis), na qual o presidente anuncia ao habitantes: “Cuide da sua cidade. Porque nós não podemos fazer isso por você".
Passou o primeiro final de semana desde que, teoricamente, não se pode mais fumar em locais públicos de Porto Alegre. Freqüentei poucos bares e não pude testar a eficácia da lei sancionada na sexta-feira. Mas minha única tentativa, no domingo à noite, funcionou. No bar ao lado da Padoka, na Rua da República, que não tem local exclusivo para fumantes, dois jovens brandiam dois Oliú fumacentos. Chamei o garçom e, apontando para os fumantes, falei "vou chamar a Smic". Não foi preciso nenhuma outra palavra ou explicação, o que mostra que os comerciantes já estão bem informados sobre o assunto. Prontamente, o garçom pediu aos dois que apagassem os cigarros ou que terminassem de fumar no lado de fora do estabelecimento. Eles optaram por ficar fumando na calçada, protagonizando uma bela cena de civilização. Em breve, mais Testes Nova Corja pelos bares da Capital.
O Diário Oficial do Município de hoje confirma: o prefeito José Fogaça sancionou a lei contra o fumo. A partir de hoje, ninguém mais pode fumar em recintos fechados de uso público. A norma não se aplica a áreas destinadas exclusivamente para fumantes, desde que devidamente isoladas. A fiscalização vai ficar por conta da Secretaria Municipal da Indústria e Comércio (Smic). O titular da Smic, Idenir Cecchim, garante que a lei "não é mais uma lei para não ser cumprida".
A multa é de R$ 414,38 e quem paga é o dono do bar, que também perde a licença de funcionamento por 30 dias.
É ver para crer. Quem encara uma cerveja lá no Ex-Ovelha hoje para comprovar?
PS.: Nem precisa dizer que, óbvio, a fiscalização só funciona durante o dia. Piada.
Encontros de Eliseu com Cristo
Para: dreliseu@gp.prefpoa.com.br
Assunto: Programa na TV Guaíba
Olá,
é verdade que o senhor irá apresentar o programa "Encontros de Eliseu com Cristo" na TV Guaíba, como tem sido propagandeado na internet?
Grato pela atenção,
Rodrigo Alvares
De: claudiagloger@gvp.prefpoa.com.br
Enviado: segunda-feira, 26 de junho de 2006 15:37:04
Assunto: Dr. Eliseu
Prezado Rodrigo
Informamos que o programa encontros de Eliseu com Cristo não há nenhuma veracidade e não temos nenhum conhecimento.
Grata
Claudia Gloger
Câmara Municipal em ritmo frenético
Parem as máquinas! A Câmara Municipal de Porto Alegre acaba de aprovar requerimento de autoria da vereadora Manuela d'Ávila (PCdoB) que solicita a entrega do título de Cidadão de Porto Alegre ao desenhista paulista Mauricio de Sousa, criador das histórias em quadrinhos de Mônica e sua turma. A solenidade está prevista para o dia 6 de novembro, às 9h, no Teatro Sancho Pança, localizado no Cais do Porto da capital gaúcha.
Ah sim, na mesma sessão, os vereadores aprovaram projeto de João Dib (PP) que denomina Esplanada Edgar Klettner a rua conhecida como Esplanada 3.136, no Bairro Passo D'Areia. A questão das faixas de segurança de concreto, ao que parece, aguardará momento mais propício à discussão.
Mais polêmica na Câmara Municipal!
O vereador João Antonio Dib (PP) encaminhou à prefeitura de Porto Alegre pedido de providência para que as faixas de segurança, no município, sejam feitas em blocos de concreto. Conforme Dib, esse tipo de sinalização poderá substituir a tradicional pintura sobre o asfalto. Com essa iniciativa, argumenta o vereador, também haverá maior agilidade na mudança de local, se necessário. O tema, polêmico, deve enfrentar resistências. Que venha o debate! Para contribuir com a discussão, A Nova Corja conversou com o vereador sobre o assunto:
A Nova Corja – Como os blocos de concreto substituiriam a pintura?
Dib – Serão blocos de concreto com corante permanente, preto e branco.
A Nova Corja – Que vantagens isso traria para a cidade?
Dib – Economia, durabilidade.
A Nova Corja – O senhor afirma que seria mais fácil transportá-las. Me parece que, sendo blocos de concreto, ficaria mais difícil.
Dib – Blocos podem ser utilizados tal como se fosse um calçamento em paralelepípedos. Passíveis, portanto, de serem removidos.
A Nova Corja – De onde o senhor tirou essa idéia?
Dib – Fiz uma experiência quando fui Secretário Municipal de Obras e Viação. A faixa ficou implantada por mais de dez anos na Avenida Borges de Medeiros. Quando foi asfaltado aquele trecho da Borges, também a faixa de segurança em concreto foi coberta, apesar de apresentar ainda excelente estado de conservação. Não sei se existem em outros lugares.
A Nova Corja – O senhor não acha que seria mais importante fazermos uma campanha forte para que os motoristas da cidade respeitem as faixas?
Dib – Sem nenhuma dúvida. Mas não pode, entretanto, ser um fato isolado, posto que é meu entendimento que a localização de muitas das faixas de segurança deve ser reexaminada.
A Nova Corja – O senhor já teve problemas para atravessar em faixas de segurança?
Dib – Não.
O resultado da CPI dos encostados
A Câmara Municipal de Porto Alegre votou, agora há pouco, o relatório final da CPI da Biometria, que foi instalada para descobrir por que, em média, 11% dos 11,2 mil funcionários públicos municipais costumam estar de licença médica. Pois a CPI, instalada no início do ano, pretendia identificar as distorções que estão dando origem a este índice claramente desproporcional e pelo qual são responsáveis, principalmente, as secretarias da Educação e da Saúde.
A explicação dos órgãos é a de que estas sãos as duas áreas da prefeitura que mais lidam com o público e com as classes baixas, estando seus funcionários mais sujeitos a doenças, em especial as de origem psicológica. De fato, o stress era apontado como a principal causa de enfermidade dos professores que trabalham na periferia e convivem diariamente com a violência. A explicação não é de todo absurda, mas a CPI, ao que parece, se contentou apenas com ela. Pouco, muito pouco para quem esperava uma devassa na intocável burocracia municipal.
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Provavelmente não existe em nenhuma universidade brasileira um esquema de corrupção e bagunça tão antigo quanto o do Diretório Central de Estudantes da PUCRS. Eleições fraudadas, presidentes que enriquecem da noite para o dia, ameaças e agressões físicas contra os estudantes por parte de seguranças contratados são coisas já tradicionais – quase folclóricas. Acompanhei de perto cinco destes quase 15 anos de falcatruas. Pelo menos duas lideranças políticas surgiram desta batalha já histórica: a vereadora Manuela D'àvila (PCdoB), da oposição ao DCE, e o secretário da Juventude de Porto Alegre, Mauro Zacher (PDT), acusado pelos movimentos de oposição de ser um dos pais da falcatrua toda.
A questão é que, há pelo menos três anos, a oposição ganhou uma força que nunca teve, e a pressão tem feito com que notícias como esta se tornem cada vez mais freqüentes nas páginas dos jornais. A reitoria já não tem mais como abafar as histórias quase semanais de confronto no campus. Só em 2006, já foram três vezes. Se desta vez o esquema não cair, não cai nunca mais.
Tem coisas que só a câmara de Porto Alegre faz por você
Já tarde da noite, a Câmara Municipal aprovou ontem a lei que proíbe fumar em recintos fechados como bares e restaurantes, a chamada Lei Antifumo. O detalhe é que a lei foi aprovada sob protestos do próprio autor, o vereador João Carlos Nedel (PP). Ele reclama que as emendas previamente negociadas junto aos comerciantes foram ignoradas pelos colegas de plenário, tendo sido aprovado um texto que o vereador comparou a um "dinossauro com cabeça de tico-tico". A tal negociação com os comerciantes previa a modificação de um aspecto da lei: a punição sobre o infrator recairia sobre o fumante e não sobre o estabelecimento. Mas como a emenda que modificava este ponto do texto não foi aprovada, o que ficou valendo é o texto original, com a penalidade recaindo sobre os donos do boteco mesmo. Resumo da ópera: Nedel pedirá ao prefeito José Fogaça que vete a lei que ele mesmo criou.
PS.: para quem não lembra, o vereador João Carlos Nedel é aquele que conseguiu "mobilizar" cinco cristãos para protestar contra o filme Código da Vinci em frente às salas de cinema, por ofensa à Igreja. A piada que corre na Câmara é que, depois de protestar contra o Código da Vinci e proibir o fumo, Nedel se prepara para propor o fim da foda e do trago no município.
Agenda do prefeito de Porto Alegre
16h30min às 16h55min
Audiência com Sr. Roberto de Assis Moreira e Sr. Cláudio Duarte
Local: Gabinete do Prefeito
Para quem não sabe, o senhor Roberto Moreira é Assis, ex-jogador do Grêmio e irmão-procurador de Ronaldinho "Só jogo no Grêmio para Pagar a Gasolina" Gaúcho. Cláudio Duarte foi jogador de futebol, técnico de Inter e Grêmio e comentarista sazonal de transmissões de futebol. Seu papel na reunião é uma incógnita. Como nas Pautas do Dia que são publicadas diariamente no site da prefeitura o encontro não é mencionado – muito menos a presença do secretário Municipal de Esportes, Márcio Bins Ely (PDT) –, o assunto da reunião não deverá tratar de futebol ou assemelhados. Até porque se fosse para recuperar alguma pracinha, o irmão de Ronaldinho não deixaria passar mais essa oportunidade e aumentar o marketing "Bom Moço" do irmão. A conferir.
Por incrível que pareça, fez bem
A colunista Vera Spolidoro saiu do jornal O SUL (o link é da Rede Pampa. O SUL não tem página na internet para o Ctrl+C/ Ctrl+V não ficar escancarado) para assessorar Tarso Genro (PT/ RS). Ela irá atuar na comunicação do ministro das Relações Institucionais, Tarso Genro. A jornalista acompanha o ministro há muitos anos, com destaque para as duas passagens de Tarso pela prefeitura de Porto Alegre.
Esquadrão da Tarja Preta sofre revés em Porto Alegre
Fiscalização achou a muamba em um edifício do Centro
Medicamentos de uso controlado e produtos pirateados foram apreendidos na manhã de ontem durante operação da Secretaria Municipal da Produção, Indústria e Comércio (Smic). No local, foram apreendidos em torno de 150 comprimidos de tranqüilizantes de tarja preta e polivitamínicos, além de um remédio, na forma de suspensão oral, para casos de crises epilépticas, arritmias cardíacas, tratamento de pós-infarto do miocárdio e de enxaqueca, entre outras indicações. Havia ainda receituários em branco com carimbo de um clínico geral da rede municipal de saúde e um formulário, também em branco, para atestado médico.
Na extensão, texto completo do Correio do Povo .
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Movimento dos Sem Barraca do Brique da Redenção
Paulo Odone te convida para o Brique!
Em razão da importância do Brique da Redenção para a cultura gaúcha, o
Diretório Municipal do PPS-POA terá um espaço reservado neste local durante
os próximos meses para a promoção do partido. Gostaríamos de contar com a
sua participação. No mês de maio, nos reuniremos nos domingos dias 07, 14 e 21 das 10h às 16h.
Esperamos por você!
Paulo Odone é presidente do Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense. Em 2002, recebeu 54.236 votos na eleição para deputado federal. Fez campanha usando o distintivo e as cores do Tricolor. Teve boa votação. Alguns anos depois, assumiu a presidência do clube depois do rebaixamento. Teve sorte.
O Congresso Nacional se afogou nas denúncias e perdeu toda a credibilidade institucional. O Grêmio jogou a Segundona, venceu e retornou à Serie A com uma dívida monstruosa e a estrutura do Olímpico desmantelada. Sempre viram nisso uma jogada política visando a eleição deste ano. Bom ou ruim, é mais um integrante do Movimento dos Sem Barraca no Brique da Redenção.
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Otávio Germano era MESMO incompetente
Foi só Otávio Germano sair. A primeira providência no novo secretário de Segurança do Estado, Omar Amorim, é uma varredura em Porto Alegre. Promete chamar pessoal que está em funções administrativas e brigadianos que andavam no interior vigiando o MST. Está mais do que na hora. Há dois anos atrás era raro se ouvir sons de assalto no meio da madrugada na avenida Desembargador André da Rocha. Hoje em dia há alguma confusão pelo menos uma vez por semana.
Só resta saber o que o secretário pretende fazer com as pessoas que eventualmente forem presas. Vão ficar na cadeia? A Polícia Civil vai mesmo investigar e indiciar os acusados de algum crime, para que sejam processados e presos? Aliás, tem lugar nas penitenciárias? Prender gente é muito fácil. Difícil é manter lá dentro.
Nunca perdi totalmente o meu espírito de repórter e de antropólogo. Aí, eu tinha terminado de ler 'Cavernas & concubinas' e de entrevistar o autor, o Cardoso. Bacana! Foi um pouco depois de ter lido 'A vida sexual da mulher feia' e de ter entrevistado a autora, a Cláudia Tajes, o que me fez reler Michel Houellebecq, que poderia ser o mestre deles, mas não foi, pois, segundo me disseram os dois, eles não o leram. Mas isso nada tem a ver com a história que vou tentar contar. Certo é que resolvi voltar às ruas de Porto Alegre * como no tempo em que colhia material para reportagens, que depois se transformou num livro, 'A noite dos cabarés' * para sentir o 'espírito da cidade'. Fui ver o pôr-do-sol no Gasômetro. Dei de cara com uma rapaziada, tipo hip-hop, entendem?, com bonés virados para trás, calças pela canela, tênis enormes, o circo todo. Não longe deles, havia um bando de quarentões vidrados no 'astro-rei' ou coisa que o valha. Eu estava ali empurrado pelo Cardoso. Então, um dos guris, que até podia ser primo do Cardoso ou meu sobrinho, melhor, um daqueles personagens do Cardoso, me olhou como se eu fosse um deputado, apesar da falta da gravata, e perguntou assim na bucha:
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Solon Brochado: "A verdade é que ando de saco cheio de ler comentários sobre política ultimamente, porque tudo cada vez mais se reduz a implicâncias de criança, entre os “da direita” e os “da esquerda”, “conservadores” e “liberais”, ou “republicanos” e “democratas”."
"Mas, ó pá, pensei que fosse o Padilha"
Vice-prefeito Eliseu recebe embaixador de Portugal.
População vai escolher as novas cores da Usina do Gasômetro
A consulta popular para definir as novas cores da Usina do Gasômetro vai até o dia 25 e faz parte da campanha "Vem Pintar a Usina". Esta é a primeira vez na história da cidade que a população vai opinar sobre as cores de um prédio público tombado pelo Patrimônio Histórico. A iniciativa conta com a autorização de todas as instâncias patrimoniais. Serão disponibilizados quatro prospectos com sugestões de cores.
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Melara foge do regime semi-aberto
Polícia está mobilizada na procura do detento
O mais perigoso presidiário do Rio Grande do Sul, Dilonei Francisco Melara, fugiu do semi-aberto na noite desta segunda, dia 29. Melara estava na Penitenciária Estadual de Jacuí (PEJ) desde o dia 25 deste mês.
Se eu fosse ele, viria DIRETO pro Plaza São Rafael.
...o Fogaça ficar doente?
...o Fogaça morrer?
...o Fogaça sair para disputar o governo do Estado?
...
Assembléia de Deus em vocês, desgraçados!
A Orquestra Sinfônica de Porto Alegre recém concluía os acordes de Nessum Dorma [abertura da Feira do Livro], quando um grupo formado por cerca de 50 estudantes universitários portando bandeiras do PSTU e faixas com palavras de ordem começaram a protestar - com o auxílio de um megafone - contra a Reforma Universitária proposta pelo Ministério da Educação, comandado por Tarso Genro. A Brigada Militar e os segurança forçaram a maior parte do grupo a se retirar, mas alguns, menos de 10, permaneceram e confrontaram o ministro com gritos e vaias durante toda a solenidade.
Frase de final da noite: 80% da população de Porto Alegre acha que o Eliseu Santos é o Eliseu Padilha.
... saber que o Eliseu Santos, vice de José Fogaça, é ministro evangélico da Assembléia de Deus.
Ai, amor, que engarrafamento infernal. Vou me atrasar 15 MINUTOS.
A idéia de colocar metrô em Porto Alegre é totalmente demente.
Acho que fora o Guilherme Giordano e a Vera Guasso — que provavelmente devem achar que metrô é coisa de capitalista — parece que todos os outros candidatos são favoráveis a colocar a máquina estrambólica na nossa cidade, ou pelo menos não são contrários à idéia. Quer dizer, o PT parece que tem um pouco mais de bom senso e tem o pé atrás, utilizando o argumento óbvio de que seria economicamente inviável.
Só que não precisa nem recorrer a muitas estatísticas. Basta fazer alguns experimentos mentais não tão complexos (já ter andado de metrô em outras cidades também ajuda bastante), como, por exemplo:
- independente do lugar onde você mora, pense em rotas possíveis para fazer com um metrô em Porto Alegre.
Eu fico pensando no meu caso, que moro no Centro e talvez o lugar mais longe para onde me desloco semanalmente seja a PUC. 20 a 25 minutos de T-1 e está resolvido. Por que diabos eu caminharia uns 10 minutos até o meio do Centro (local provável de uma estação) para pegar um metrô que levaria 10 minutos para chegar na PUC (com otimismo se estendendo até o Campus do Vale da UFRGS)?
Alguém pode me dizer um trajeto que demore mais de 20, 25 minutos de ônibus, partindo do Centro, até – digamos – o Cristal (para os lados da Zona Sul), o topo da Protásio e arredores (em direção à Zona Norte), final da Ipiranga (para o lado Leste) ou Aeroporto?
- fique parado 15 minutos na esquina da Borges de Medeiros com a Andradas, no Centro de Porto Alegre. Depois passe os mesmos 15 minutos no Vale do Anhangabaú, em São Paulo; logo em seguida, mais 15 minutos no meio da Estação Sé do metrô de São Paulo. Faça isso sempre às 18:30. Depois vem me dizer se é a mesma coisa.
- vá até a Salgado Filho e pegue, por exemplo, um ônibus Serraria, cujo final da linha é lá no inferno da Zona Sul, para os lados da Juca Batista. Mas faça isso às 9:30 da manhã ou às 15:30 da tarde, tanto faz. Depois vem me dizer se o metrô seria economicamente viável.
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