o maior filme de todos
O amor sempre anda de braço com a vergonha. Assim sendo, meu primeiro amor também foi minha primeira vergonha. Fiz até site. Nada pode ser pior que a breguice nerd, e eu tenho certeza que nenhuma modernésima garota atual de quinze anos faria coisa semelhante. Eu ainda posso dizer que eram os noventa, embora seria muito mais perdoável se fossem os oitenta.
E, se no começo das diversões me fizeram gato e sapato, agradeço. Agradeço por cada tempo que deixei de dançar, sentada na escada tomando vodca com licor de menta. Pelas furtivas dormidas fora de casa e por precoce que fui em querer a monogamia. Sofri, mas na época nem doía tanto assim.
Agradeço por motorista que fui pra uma paixão, que essa doeu, depois virou páginas, depois amizade. E pela culpa que noutra ocorreu, eu quase uma adúltera e nós, culpados, dizendo com o olhar e com uns versos da MPB que, bem, suddenly, alguma coisa muito estranha ocorrera. E admito que eu não soube lidar muito bem depois quando surgiu o IRMÃO, na certa havia alguma coisa na família de vocês que eu almejava por demais.
Agradeço as história sobre a Idade Média e as audições de bandas que nunca conheci. Depois setembro com trilha de Beck e Yan Tiersenn no Rio de Janeiro, pra dar finalmente em história que começou em Nabokov.
Agradeço a todos os coadjuvantes que talvez por culpa minha não viraram principal. E percebam que quase todas as história paralelas aconteceram como curta-metragens nos intervalos (muitos) desse nosso filme que nunca chega ao fim.
Shame on me.
Mas perceber é talvez mudar. Orkut status: single.
postado por Carol Bensimon as 17:03 | pitacos (3) | trackBack (0)