Palavras importantes vão rolar, dirijo pra uns paralelepípedos vazios. Ela vem com uns papos de violência urbana quando tenciono parar o carro, e me veta completamente. Plano 2 no improviso, posto de gasolina que já serviu pra organizar droguinhas, paro o carro na frente da loja, porque o canto escuro capitalizou-se em estacionamento. Moça desce pra buscar uma bock e vem trazendo tubo de trakinas. Eu estranho, porque ela não é dada a junk food. Então tudo explica-se em imagens: estende para o garoto encolhido no canto e eu lá do carro viro do nervosismo pra um sentimento terno.
Depois disso, o menino se desfila no meio do meu discurso confuso. Entra na lojinha e troca o sabor, mas aí apaga-se o social e crescem as dúvidas burguesas, o menino some de mim e dela. Reaparece bem mais tarde, de bicicleta e com um saco de carvão. Creio que fomos profundamente enganadas.
postado por Carol Bensimon as 18:21 | pitacos (0) | trackBack (0)