jewish people.
Na próxima consulta, estréio no divã. Isso deve mudar um pouco o script das sessões. Quiçá eu até me entregue por completo, fechando os olhinhos e tals.
Enquanto isso, mamãe acusa incontrolavelmente a terapeuta de estar me transformando em algo que ela não esperava. A propósito, mamãe e papai NUNCA são responsáveis por nada que venha a se manifestar na minha formação (na parte, digamos, "ruim" dela): tudo vem das "más companhias" e dessa coisa "destruidora de laços" (palavras minhas, idéia deles) que é a psicanálise.
Eu estou lendo O Complexo de Portnoy, esse livro do Philip Roth cujo personagem, Alexandre Portnoy, cresceu numa família judia. O livro inteiro é um amontoado de lembranças bizarrísimas, relatadas a um analista. É impressionante como crescer nesse núcleo judaico (mesmo que o meu se resuma a uma mãe tipicamente judia e só) constrói características que provavelmente serão impossíveis de se dissolverem. A cada página, não sei se me abro na risada que usualmente nasce nessas situações de identificação, ou se choro no cantinho reconhecendo de onde nasceu o medo, a paranóia e o temor da rejeição.

postado por Carol Bensimon as 16:50 | pitacos (8) | trackBack (0)

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