violenza.
Um pouco atrasada, chegando junto na capa. Violenza. Certo que HÁ pelo ar, mas quando se resolve ignorá-la e estar numa praça às onze da noite, nada acontece. Ok, natural, amigo, assim como natural que explodam tua cabeça por nervosismo + droguinhas + tênis Nike que o cara quer ter. Todo mundo conhece alguém, alguéns, que já sofreram uma ou outra experiência traumatizante. Banalizou-se a coisa. Abra na página policial. A morte não nos espanta mais. Aceitamos que cada saída de casa é um risco. Ou mesmo lá permanecer.
Por outro lado, aí é que está, a pilha estadounidense do MEDO tomou conta. Pro meu pai, qualquer homem com a mão no bolso deve portar uma arma e portanto se configura numa ameaça. Se nunca é demais precaver-se, a precaução nos estraga a cada dia.
Permanecendo na família, vovô e vovó servem quase como cobaias humanas do quanto a mídia pode determinar os contornos e as cores do que tu vê. Eles passam meses sem sair de casa, salvo algum aniversário ou ida ao médico. Maybe síndrome de imigrante: o lar é a fortaleza, onde há tudo que se precisa para viver. O exterior é uma ameaça permanente. Mas o ápice de nosso estudo behaviorista se atinge quando, por obrigação qualquer, leva-se vovô e vovó a rua: impressionam-se que nada esteja acontecendo. Que as pessoas circulem, indo tomar cerveja, café. A vida não corresponde à sua leitura de todo o dia.


postado por Carol Bensimon as 09:30 | pitacos (0) | trackBack (1)

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