ó.
Tudo começou ainda no verão, quando, entre uma lambida e outra de sorvete na Padre Chagas, meus pais comentaram sobre supostos pratos pendurados na parede de um apartamento. Que pratos? Me apontaram um pouco ansiosos. Olhei para dentro da tal janela e não consegui identificar uma forma redonda sequer. Tapei um olho, depois o outro, percebendo que o esquerdo parecia ter mais problemas. Prato nenhum aparecia de qualquer forma.
A partir daí, todas as letras minimamente distantes se expandiam em uma certa névoa incômoda. E no trânsito, de noite, era difícil prever, que não fosse em cima da hora, para que lado era uma curva (calma, isso foi percebido numa serra, mas quem dirigia, por sorte não era eu).
Veja que muitos meses se passaram em uma vida nebulosa, até que no começo dessa semana fui parar em clínica chiquérrima nos altos do Mont Serrat. Primeira vez que pinguei gotinhas no olho. Em uma hora e meia de falta no trabalho e de queixo apoiado em aparelhos, constatou-se: miopia, -1 em cada olho.
Surpreendi-me. Esperava aquelas coisas sutis zero alguma coisa. No dia seguinte, mandei fazer os óculos. Visto-os pela primeira vez hoje. O mundo entrou em foco, é impressionante. Agora percebo que eu andava olhando tudo por um monitor velho da LG. Agora eu tenho a tela com maior definição do mercado.
Vai ser uma linda estréia no show do Pizzarelli.
Ó eu aí.

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postado por Carol Bensimon as 15:55 | pitacos (17) | trackBack (0)

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