tevê.
Estou convencida de que há apenas uns 5 canais na tevê a cabo. E tendendo pra menos. People+Arts teve que ser eliminado das minhas preferências nos últimos meses, uma vez que SÓ passa reality shows imbecis. Eu recomendo que tirem o Arts do nome, inclusive. O Multishow, além de estar com cara de bastidores da Globo cada vez mais, está sempre passando sexytime na hora em que tenho o hábito de ligar a televisão. Constrangedor. o GNT virou essa coisa programinhas pra mulher, que me causa tremenda irritação. E a Sony se encheu de novas séries que sequer sei o nome, e são as de uma hora, que tendem mais pro drama e portanto geralmente lixo puro. Salve daí a boa criminalística do CSI em episódios tão iguais que eu fico achando que estou com Alzheimer, porque no dia seguinte a ter assistido a gravação, já não me lembro se realmente terminei de ver ou não, nem se tal trama foi a de ontem ou a da semana passada. Acaba que divido minha atenção principalmente entre Discovery e National Geographic. Sempre tem alguma ponte sendo construída ou uma mulher presa por matar os filhos. Além do Myth Busters, que é maravilha. Aliás, um que se renomeou foi o National Geographic: as propagandas frisam ao extremo que o canal agora é NAT GEO. Cada vez que o locutor fala isso, causa-me um estranho terror. Não sei explicar ao certo, mas acho que é um pouco de T.O.C (Transtorno Obsessivo-Compulsivo, para quem não entende muito de neuroses).
Na semana passada eu assisti um episódio daquela série Metrópoles, que fala sobre o funcionamento de algumas cidades do mundo, tipo coleta de lixo, metrô, água, luz, transporte e etc. A do dia era Las Vegas, não podia perder, essa coisa do brega me fascina muito. Foi bem interessante descobrir por exemplo que alguns cassinos tem contas de luz mensais de 2 milhões de dólares, que a cidade mais próxima fica a 400km, que Las Vegas IMPORTA 50% da energia elétrica que utiliza, que às vezes DE NOITE está 40 graus, que tem 2 milhões de habitantes e que é a segunda cidade que mais cresce nos Estados Unidos. Sobre esse último dado, aliás, cheguei (chegamos, eu e uns comparsas) à conclusão de que é de matar quando falam o segundo não sei o que ou o terceiro não sei o que e o espectador sempre quer saber quem é o primeiro, quem são os outros, e eu sei que isso é fugir do assunto do documentário, nesse caso, fugir de Las Vegas, mas a gente QUER saber qual o primeiro SEMPRE, é de nossa natureza.
Bem, ainda mais um comentário: me causa grande angústia saber que daqui há uns meses eu sequer vou me lembrar desses números e dessas estatísticas que aprendi vendo tevê. Isso me torna um pouco infeliz, quando lembro de pensar sobre o fato. Um belo exemplo concreto do que quis dizer ali embaixo.

postado por Carol Bensimon as 14:54 | pitacos (8) | trackBack (0)

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