Comecei a escrever um conto e de repente percebi que estava caindo numa armadilha: me levava a sério demais. O conto pesava como os românticos da segunda geração. E pensar nas aulas de Charles Watson enquanto eu discutia por telefone sobre processo criativo me fez perceber que justamente o acerto do meu último conto foi a indefinição. Não é triste, nem engraçado. Mas isso é uma obviedade, certo? Ai, eu agora só falo obviedades, perdão. Nesse novo conto, por outro lado, começou a exalar uma coisa incômoda: parecia que ele queria ser muito importante. Me passei na dose, mas percebi depois de umas 25 linhas. Subi até a primeira, fiz cópia, vamos lá tirar agora um pouquinho da tragédia. Bem, na verdade estou contextualizando até aqui SÓ pra dizer que trocar "linha infinita" por "linha compridíssima" fez uma diferença cavalar no tom. E que perceber isso me deixou triemocionada com o processo criativo.
postado por Carol Bensimon as 12:36 | pitacos (11) | trackBack (0)