Esses dias e sem nenhuma expectativa, vi um filme chamado Focus, baseado numa novela do Arthur Miller. E com aquele sujeito de rosto estranho que sempre cai muito bem nos anos 40 ou 50. O argumento fabulesco é interessantíssimo: um belo dia o cara passa a usar óculos e a partir daí todo mudo começa a pensar que ele se parece com o judeu. Isso o faz perder o emprego e ser vigiado pelos vizinhos membros de um grupo fantasioso da supremacia branca, entre outras coisas que não posso (porque me falha a memória) e não devo contar.
Comprei o livro num balaio da feira, mas ainda não consegui começar. Há coisa demais para ser lida e estou tentando priorizar as leituras em francês. Mas cheguei já a olhar a primeira página, o que faço por hábito, e vi que ele começa como o filme: num sonho. Tenho uma implicância muito grande com sonhos em filmes ou obras literárias. Acho uma solução simples demais para revelar o subtexto ou algum desejo do personagem, não é não? O pior é quando querem num filme te enganar que aquilo é realidade, e de repente aparece um close do sujeito acordando em sobressalto e tal. Em todo o caso, não me fez gostar menos desse Focus.
postado por Carol Bensimon as 12:25 | pitacos (5) | trackBack (0)