O critério para avaliar um croissant é: faz farelo? Muito farelo? Se fizer, as chances de ter dado certo são altas. Em Porto Alegre, e sinto-me desolada por isso, não há nada perto de um bom croissant, e creio que o uso desse nome inclusive deveria ser abolido, tamanhas são as anomalias que surgem. Ano passado, quando voltei da França, novamente cito a palavra, DESOLADA, implorei que minha mãe tentasse fazer alguns, mas a receita revelou-se desencorajadora: há uma sucessão de passa-passa de manteiga, o que provavelmente os brasileiros não fazem, e o que provavelmente é a razão do seu fracasso no croissant.
A melhor emulação que consegui até o momento é esquentar o croissant do Zaffari no forninho elétrico. Ao que parece, há nessa ação uma certa retomada de gordura e, se eu ainda fosse publicitária, ousaria dizer também CROCÂNCIA.
postado por Carol Bensimon as 11:07 | pitacos (14) | trackBack (0)