idéias tacanhas.
Enquanto penso se escrevo algo mais elaborado a respeito da demolição do Timbuka, cito David Coimbra na crônica de hoje. O negrito é meu:

"Nunca fui a esse bar, não conheço seu proprietário, nem sei quem o freqüenta, mas é evidente que se trata de um consagrado local de convívio da cidade. O bar existe há 40 anos, período durante o qual teve o mesmo dono, e angariou habitués arraigados a ponto de embargar a voz ao falar de sua demolição e de promover movimentos em nome da sua manutenção. Não há muitos ambientes com essas credenciais em Porto Alegre. Tais lugares, eles se formam espontaneamente, à margem do poder público, como em qualquer cidade viva. Eis o busílis: o poder público não precisa fomentar locais de convívio, precisa apenas dar condições aos que já foram escolhidos pela população."

Sim. É essa, pelo menos, a minha concepção de cidade.
O mais sem sentido dessa história toda é esse projeto da prefeitura de fazer no local o tal do "espaço de convivência", com píer, bar, CONCHA ACÚSTICA e etc. Quer dizer que os mesmos problemas dos quais reclama a vizinhança (barulho & drogas) continuarão, mas num ambiente limpinho e sem cara e sem história. Tudo bem, porque duvido de qualquer forma que isso saia do papel (veja o caso do Cais do Porto, com projetos de revitalização, citando o Diego, DESDE O DESCOBRIMENTO).
Obviamente tudo só vem a compactuar para a completa falta de relação da cidade com o Guaíba. Vergonha total.

postado por Carol Bensimon as 10:57 | pitacos (4) | trackBack (0)

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