Quase.
Ficou mais real, a ida para Paris, quando aluguei o apartamento, aka quartinho, dada as condições de moradia na cidade (devido ao charme indescritível do tal, faz-se necessário, tão logo se chegue, um ensaio fotográfico com a dupla de escritores emergentes). 22 metros quadrados de pura alegria e falta de espaço no bairro descolê gay judeu de Paris (o Marais). Agora ficou mais mais real, com data e passagem (29 de setembro), embora eu ainda vá esperar por algum tempo a dramática chegada do visto (quem mandou não ter um avô italiano, né). Ansiosa ansiosa feito criança. Sou nova nisso de mudar. Nasci e cresci no mesmo apartamento, só pra dar uma idéia do quanto algumas coisas parecem um tanto fixas para mim. Passei doze anos no mesmo colégio, só pra aumentar um pouco essa idéia. Enfim. E agora isso de ir morar noutro país por no mínimo dois anos parece que vai ajudar no sentido de que posso me permitir, uau, isso vai soar muito literatura feminina, mas vá lá, posso me permitir RECRIAR-ME. Ficando no mesmo lugar, há claramente uma tendência de fazer tudo sempre da mesma maneira. Isso é claro que estará bem marcado nas mudanças radicais (língua, dinheiro, morar com um garoto), mas também nas coisas pequeninas da vida, como não ter livros em casa e freqüentar bibliotecas municipais (uma a 300m do studio). É, dá pra ser outra, e assim ver o que é sólido e o que se dissolverá no céu acinzentado de Paris.

postado por Carol Bensimon as 17:39 | pitacos (12) | trackBack (0)

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