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um tudo.
Pequena Lili eu recomendo. Saí com a melancolia pesando e invejosa da sinceridade dos personagens. Tá certo que a coisa velada muitas vezes fascina pelo mistério, eu sou é uma dessas, mas tem vezes que descamba pra hipocrisia. Em
Pequena Lili, toda refeição entre família e amigos era devastada por baforadas de verdade. O excesso disso, porém, não deve ser lá muito saudável.
Pegou fundo o velhinho - melhor personagem - olhando pra vida e dizendo que percebia naquela altura não ter feito nada. Que o tempo só passou assim, rápido, mecânico, e NADA aconteceu. Pois tanto quanto me desespera essa conclusão me desespera a minha preocupação um tanto precoce, eu tenho 22 anos, meu Deus, serei eu certamente uma adulta muito mala.
Na leitura do
Plataforma, de novo vem a história do nada. Eu tava no ônibus e nem pensei: saquei a caneta e fiz o risco mais reto que a freeway permitia. A senhora do meu lado ficou de canto de olho. Sempre dá pra saber quanto tão de papagaio de pirata. Ela queria saber o que tinha me batido. Sabe-se lá se compreendeu. Ela tava com Tititi na mão, ou uma dessas outras coisas que falam que o filho da Angélia nasceu com duas voltas de cordão umbilical em volta do pescoço e etc. Mas a frase era essa:
Tudo pode acontecer na vida, principalmente nada.
E hoje eu queria te estender o livro com minhas mãos pequeninhas – essas que todo mundo mede com as suas nas situações romanescas da minha vida – e dizer que o teu desespero é igual ao meu, então vamos tomar providências e fazer do nada um tudo.
postado por Carol Bensimon as 15:18
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michel.
O Michel Houellebecq tava mandando mal no começo do
Plataforma. Aquele papinho de frieza frente à morte do pai parecia uma emulação vagabunda de Camus, L’Étranger. Me lembrei de cara daquele papo que, em 40 páginas de um livro, a gente decide se gosta ou não. Com o número vencido, eu já tava lendo de cara feia, por obrigação moral e financeira: ia ser o segundo Houllebecq que eu largava no caminho, que feio e, além de tudo, eu tinha colocado grana nessa droga. Segui.
O protagonista é o Michel. Ei, eu admiro esses autores que nem se dão ao trabalho de criar um nome para os seus alter egos. Mó mala esse Michel na sua viagenzinha pra Tailândia e a gente nem sentia de fato que estava lá, e eu pensando, pô, bota fraquinho esse livro que a contracapa coloca no nível de Marcel Proust (não que eu já tenha lido). Mas eis que de repente pinta uma mulher na vida do Michel, que antes se divertia com os peeps shows e as putas tailandesas (o Michel, não a mulher. Ah, mas esta língua portuguesa!). E é a partir dessa mulher, dessa relação, que o livro vira outro. Tá, tem umas duzentas e catorze cenas de sexo, alguns ménage à trois bem forçadinhos, by the way, coisa que era o desejo do escritor pulsando e ele achou que estava escrevendo no contoseroticos.com.br, arrumadeira cubana no bangalô com a tua mulher? Ah, tá. Executiva fazendo sexo oral noutra na piscina do spa? Ahãm, tá bom, Michel, suddenly somos todos meninos adolescentes espinhentos que nos divertimos com o absurdo. Enfim, fora essas farpinhas o livro flui beleza num belo panorama sobre o turismo, a prostituição, a sociedade contemporânea e todo esse papinho. Agora te deixo com uma citação contextualizada: na Tailândia, Michel está na beira da praia. Aproxima-se Valérie, que virá a ser sua mulher tempos depois. Mas o que as mulheres tailandesas tem que as ocidentais não tem?, pergunta, referindo-se não só à prostituição, mas ao fato de que muitos americanos e europeus efetivamente se casam com mulher tailandesas. Michel então mostra uma revista. O que se lê na revista:
There seems to be, observava Mr. Sawanasse, a near perfect match between the Western men, who are unappreciated and get to respect in their own countries, and the Thai women, who would be happy to find someone who simply does his job and hopes to come home to a pleasant family life after work. Most Western women do not want such a boring husband.
One easy way to see this, continuava, is to look at any publication containing 'personal' ads. The Western women want someone who looks a certain way, and who has certain 'social skills', such as dancing and clever conversation, someone who is interesting and exciting and seductive. Now go to my catalogue, and look at the girls say they want. It's all pretty simple, really. Over and over they state that they are happy to settle down FOREVER with a man who is willing to hold down a steady job and be a loving and understanding HUSBAND and FATHER. That will get you exactly nowhere with an American girl!
As Western women, concluía com audácia, do not appreciate men, as they do not value tradicional family life, marriage is not the right thing for them to do. I'm helping modern Western women do avoid what they despise.
postado por Carol Bensimon as 14:46
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no hotel.
Eu te esperava nesse hotel que era até mais limpo do se poderia supor pelo preço. Faz tão pouco tempo que isso aconteceu e ainda assim eu não lembro porque de repente eu estava sozinha num quarto com as camas arrumadas e as cobertas em pilhas e no corredor tinha o cheiro de cigarro que era do teu. Aconteceu é que, quando tu abriu a porta lá do fundo, a tua porta, voou num segundo a minha adolescência na voz da Courtney Love: o hotel se encheu do tempo que eu perdi e tento recuperar. Foi bonito.
postado por Carol Bensimon as 15:45
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espere sentar.
Melhor começo de matéria. Folha teen, sobre calças de cintura baixa. Grifo meu.
Há algum tempo, quando os meninos queriam ver a calcinha das meninas do colégio, costumavam tentar espiar por baixo da saia. Agora, basta esperar que elas sentem.
Fato, e eu já tinha alertado: tá ficando perigoso, será que os estilistas não se deram conta não? Ó, a mulherada passa mais tempo sentada - no trampo, no colégio, onde for - do que desfilando por aí. Eu odeio pessoas que não pensam na funcionalidade das coisas. Mas, sim, minhas calças são excepcionalmente baixas.
postado por Carol Bensimon as 17:37
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adorável.
Eu fiquei na casa da amiga em Capão e em todos os momentos que eu estava na rua, me torturava por me acreditar incompatível com a família da moça, o que obviamente deveria ter descambado para "a carol é grossa", mas que é isso, eu sou só tímida. Mas a amiga disse em scrap na madrugada que a mãe dela me adorou: a carol é educadíssima e não sei mais o que. Então tá. Pena a gastrite de antes.
Capão é férias, e férias é se desprender de rituais. Ou ao menos deveria. Mas não. Tenta comer um crepe às duas da tarde. Fechados. Crepe é coisa de noitinha, de ir mordendo enquanto se vê as lojas do centro. Às duas da tarde tu tem que ir de frango assado com polenta da padaria. Mas eu quero fazer a minha própria ordem das coisas, malditos.
E eu tava no Houve uma vez dois verões, embora não lembre quase nada do filme. É justo eu ter meu beach romance. Antes tarde e com a lua subindo devargarzinho pelo mar. Lindo lindo.
Depois de longos momentos com pessoas, bom mesmo é se encaixar no ventão da praia quanto tá quase fazendo noite e sentar nas ruínas do Garota Verão dando uns goles d´água.
Foi um adorável fim de semana.
postado por Carol Bensimon as 09:21
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bru beber.
Bruninha, tu é
foda, menina. Tu sabe que eu pago pau sem vergonha nenhuma. Deu vontade de ir assinalando trechos.
postado por Carol Bensimon as 18:00
maconheira.
Pouparei meu romance de qualquer coisa escrita em impulso por PEGAS no carro. O blog eu não poupo. Enterro qualquer tentativa de escrever hoje a monografia. Minha derrota precisava ser celebrada. Ainda que o exército avance com a artilharia, Carol, tu tem a impressão de que vai fazer tudo errado. Mas é justamente o pré-julgamento que fode tudo. Não é mesmo, minha amada terapeuta? Eu lá acho que posso calcular padrões, como se o mundo já não tivesse provado que não faz o menor sentido. Um romance, esse que se escreve, tem que ser feito com cuidado. O outro romance, esse que se vive(rá?) tem que ser CUTUCADO pelas sutilezas, pra ver se desperta. Não escolha gente burra, porque deixa essa etapa complicada. É bom tremer as pernas. Ao menos se o OUTRO não perceber que você olha de cantinho, ou talvez para que perceba, ó, não tem regrinha, manual, professor, vai lá que pode dar pé, e daí tua auto-estima vai subir tanto que, hahaha, I'll be the queen of the world.
Não reparem os meninos que trabalham perto se eu pulo de repente na cadeira aos sorrisos. Eu ouço No Doubt e leio coisas que me deixam toda boba. Vá que funcione. Orem.
postado por Carol Bensimon as 20:45
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comi as idéias.
Comi as idéias. Deve ser medo de iniciante, junto com a auto-exigência poderosa de sempre: nesse livro que eu estou escrevendo, vai entrando tudo quanto é idéia, que no fim forma unidade e coisa e tal. Mas é tanta idéia, tanta trama, tanta gente e situação, que parece que vai esgotar. É, que vai esgotar pra sempre a fonte das idéias e que eu nunca mais vou conseguir escrever nada diferente desse livro, que me consumiu o todo. É certo que é viagem que não dura, um dos meus temores idiotas de sempre, mas que dá um pavor, dá.
postado por Carol Bensimon as 21:25
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na cozinha da empresa.
Me acostumo a ser um tipo engraçado na empresa. Mamãe volta e meia, ao gostar de uma pessoa, diz "ela é bem afetiva", assim, colocando no campo das qualidades. O Michel Houellebecq fala no Plataforma da mania feminina de querer criar laços com os colegas de trabalho. Engraçado perceber essas duas coisas na mesma semana. Ser afetivo deveria ser um princípio do ser humano, a diferença além do polegar opositor coisaetal. Eu só não sou mais porque a timidez não deixa. Mas canso de dar bandinha até
o outro lado da divisória de vidro. Pergunto como é que tava a praia, se foi aprovado tal trabalho, como é que rolou o sushi do fim de semana e a discussão com o namorado. Sei lá se me dão intimidades. Eu vou me enfiando. Na cozinha é que rolam os contatos mais humanos. Eu e meu potinho de nutella convidando as meninas a sentar comigo. Daí eu fico sabendo de infiltrações no apartamento, programas de domingo e etc. Não posso mesmo conceber de levar de outra maneira as oito horas na empresa. Seria realmente um desperdício da vida.
postado por Carol Bensimon as 19:14
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comments.
Eu aceitei uma sugestão e tirei os comments, ao menos temporariamente. E vocês nem vão poder comentar sobre isso. Hahaha. Que alívio.
postado por Carol Bensimon as 19:04
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não deu pra miar.
"Estilos de vida". Essa coisa meio sociológica, meio marketeira (e completamente necessária para minha monografia) me levou a encontrar um dos blogs mais bizarros que já vi na vida, esse aqui:
Anorexia e bulimia, estilos de vida! Não doenças!. Confesso que fiquei muuuito assustada com o que algumas pessoas são capazes de fazer. Basta ler o primeiro post.
E, ó, descobri até gíria de bulímica: "... o pior é que não deu para miar, o banheiro sempre ocupado".
postado por Carol Bensimon as 11:48
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o que?
Ó. Tem um monte (tá, nem tão monte talvez) de gente que entra aqui que não toma sorvete ou vai em bar comigo, nem escreve comentários sarcásticos nos comments. Por sua natureza ou pela natureza panelinha das janelas de comentário, preferem não se manifestar. Queria que o fizessem, particularmente agora, que detecto problemas. Se outro dia disseram que eu precisava mudar o layout - o que eu concordo - acho que a mudança mais necessária é a estrutural. Tá, como se blog tivesse estrutura ou sei lá o que, mas vá lá. Em primeiro lugar, ando lançando energias para outros suportes, coisas que tomam esforço e tempo (vida pp, romance, monografia, conto). Em segundo, muitas vezes me vejo num impulso de abrir o coração e me expor como nos velhos tempos, mas broxo assim que, num lampejo de lucidez, imagino todos os comentários sarcásticos que certas coisas, que qualquer coisa, originará.
Pois então eu queria ouvir as pessoas. Procuro, sem muito rumo, sem muito foco, uma solução. Eu sei que alguns devem ter, já pronta, já mordaz, uma piadinha realmente boa, mas segura, amigo, não é o momento.
postado por Carol Bensimon as 16:40 | pitacos (12)
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sobre porra nenhuma.
Detestei "Sobre Café e Cigarros". Desde o primeiro com o Roberto Benigni, eu já fazia contagem regressiva (sabia que eram onze histórias). Podem me chamar de radical ou qualquer coisa parecida, mas pra mim um filme desses é uma OFENSA ao espectador. E muito mais do que qualquer enlatado. Um enlatado está APENAS sendo um enlatado, sem pretensão nenhuma. Agora, esses filmes intelectualóides que falam sobre o nada - e, diga-se de passagem, o nada sem inteligência nenhuma, porque "falar sobre o nada" também é o mote do Seinfeld, que é um grande seriado - são um porre, pelo amor de deus. E infelizmente vai ser difícil que eu acredite em alguém que realmente gostou da coisa. Vou achar que é um caso "roupa do rei". Não preciso relembrar essa historieta, né, de que o rei estava vestido com roupas que só os inteligentes podiam enxergar, e todo mundo fingia ver, mas na verdade ele estava pelado e coisa e tal.
"Sobre Café e Cigarros" pra mim parece um caderno de notas de um escritor/cineasta. São cenas que podem ficar interessantes dentro de um filme, mas, ei, FALTOU O FILME, meu amigo. Pra mim é o rascunho de alguma coisa, não o produto final. Se eu tivesse material literário semelhante nas mãos, NÃO publicaria. Isso que eu ainda não sou NADA, né? Acho que as pessoas às vezes precisam de uma auto-crítica maior do que elas tem. Meu Deus, literatura ou cinema, o que é isso? É CONTAR HISTÓRIAS, basicamente. Daí sempre tem um intelectual que acha que pode esquecer disso. "Sobre café e cigarros" não emociona, não faz rir, não faz pensar, não diverte, não serve pra porra nenhuma e é um tempo que demora uma eternidade pra passar. Eu me senti enganada e, sim, estou espumando.
postado por Carol Bensimon as 11:37 | pitacos (17)
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lolita ESTRELINHA.
O mundo vem com ironia pra gente sorrir. A comunidade "Lolita" do Orkut foi criada por Lolita ESTRELINHA*, female, 18, single, que diz no about "detesto que me rotulem". Ah, tá bom.
* compreenda que ESTRELINHA não é o last name da Lolita, mas um sinalzinho de estrela mesmo, daqueles que só as "detesto que me rotulem" são capazes de digitar.
postado por Carol Bensimon as 15:51 | pitacos (4)
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sono.
De um dicionário eletrônico de latim:
sono : to make a noise / sing / celebrate / (of words) to mean.
postado por Carol Bensimon as 10:59 | pitacos (0)
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sutilezas.
O amigo não aguenta a sutileza. Pra você é material muito analisado por horas deitado na cama, a caminho do trabalho, uma sutileza repensada reconfigurada recolocada na cabeça como sinal de algum troço importante, mas pro amigo nem vale a pena contar e, caso se faça, ele vai dizer o que acha: insignificante. Se em uns gestos pequenos você sente uma nova atmosfera pegando, o amigo acha no máximo que há um exagero ocasionado pelo seu desejo em ver as coisas de tal forma. Um mail, palavra ou olhar, pro amigo é tudo normalidade. Então você não vai dizer é, fiquei de noite pensando remoendo inventando um final, sorri desnecessariamente algumas vezes pelo dia e diminuí na carga de chocolates. Dá uma vergonha confessar pro amigo, mas ao mesmo tempo aquela necessidade de dividir as evidências, porque é você bem no meio da ação, totalmente confuso por estar talvez exagerando, mas, ô, amigo, pega leve comigo, diz que tem futuro, vai.
postado por Carol Bensimon as 09:33 | pitacos (2)
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capa.
Eu ia ler sobre o pouco público do Lenny Kravitz em São Paulo, mas, de volta à capa do Terra, ele foi substituído por "Porcos fazem competição na Austrália".
postado por Carol Bensimon as 09:17 | pitacos (2)
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baianos.
Baianos e baianas, um minuto de sua atenção: a moça aqui saiu hoje no caderno "dez!" do "A Tarde", acompanhada de pessoal que eu ainda não sei quem, justamente por esse problema que agora comunico. O problema: é impossível encontrar o jornal baiano aqui no sul e, embora a jornalista tenha me prometido que vai enviar uma cópia, a curiosidade é imensa e eu queria acessar a versão online. O problema continua: só quem pode são os assinantes do provedor do jornal. Pois então, baiano, baiana, será que tu não podia colar o artigo não e me enviar por mail? É esse que tem aí no blog. Vou te cobrir de agradecimentos.
postado por Carol Bensimon as 15:00 | pitacos (10)
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papo furado.
Parece que o som do Lenny Kravitz vazou pro quarto do Cardoso. E nessas de vazar me lembro de uma ocasião very romantic numa praça do Menino Deus, o Eric Clapton tocava no Olímpico Tears In Heaven e dava pr'ouvir como se fosse radinho e tals. Uma graça.
Pra dizer também nesse post que esse blog está largado porque tudo que é boa idéia eu jogo no meu livro que está saindo e que eu finalmente acertei o TOM. Quando eu for mais famosa, isso aqui vai virar daqueles blogs que ficam informando só quando eu saí no jornal e coisa e tal.
Daí a outra metade da força eu tenho que guardar pro trampo. Na cruzada pelo bom português, às vezes se esbarra porque acham mais bonitinho uma BOLINHA do que uma vírgula, assim, no meio de frase, conheça o nossa loja, no 4o andar do Shopping X, fone: 3333-9999 BOLINHA www.blabla.com.br . Ah, tá.
No mais, faz duas noites que eu acordo às seis e meia da manhã e não há jeito de dormir até oito e meia. Sonhos me povoam, daí o impossível parece até que aconteceu e, quando se abre os olhos, aquela frustração.
postado por Carol Bensimon as 10:12 | pitacos (7)
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chocolate junkie.
O Cuenca pergunta no blog dele se existe injeção de serotonina.Claro que existe, e chama-se chocolate. A questão coloca-se em boa hora. Eu já era chocolate junkie, alguns sabem, de ter crise de abstinência mesmo. Mas agora degringolou: sem um objeto AMOROSO (tudo segundo minha teoria nada científica, é claro), a necessidade pelo chocolate aumentou em progressão geométrica. Preciso consumi-lo em intervalos bem menores. Preocupante?
postado por Carol Bensimon as 19:03 | pitacos (7)
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chinês.
postado por Carol Bensimon as 15:34 | pitacos (6)
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novo layout.
Gabriel, o fofoqueiro, me disse que andam dizendo (sujeito oculto) que preciso de um novo layout para o blog. Concordo muitíssimo e já pensei a respeito, mas bem por cima. O que eu sei é que precisa ser azul - o tom exato já está na minha cabeça - e até cogitei ilustração de contornos pretos e toda preenchida de branco. É, enxerguei isso. Que ilustração? Não sei. Abro para sugestões gerais de layout, então.
postado por Carol Bensimon as 14:15 | pitacos (15)
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pesquisas.
Se algum(a) psicanalista lê esse blog e puder me passar umas leituras sobre
amor transferencial, agradeço imensamente. O novo texto tá exigindo algumas pesquisas. Pelo menos o dragão chinês já foi.
postado por Carol Bensimon as 11:10 | pitacos (6)
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quote.
Marion: I wondered if a memory is something you have or something you've lost.
Woody Allen mestreee. No "A outra".
postado por Carol Bensimon as 11:08 | pitacos (0)
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prefa.
Que responsa. Daniel Galera, que, todo mundo sabe, está de cargo na prefeitura, ligou para o telefone móvel, daí veio convite. Vai sair um livro de contos com escritores gaúchos nos moldes daquele carioca que sempre esqueço o nome, cada sujeitinho ambientando um conto em um bairro do burgo. Aceitei. Estarei ao lado de consagrados como Moacyr Scliar, Faraco, Cíntia Moscovich, Fischer e os novos talentosos Daniel Pellizzari e Paulo Scott, entre outros que não sei ainda ou esqueci de citar. Como a Cíntia se antecipou no Moinhos de Vento, parti pra Zona Sul e me decidi por
Vila Conceição. Nada impede uma mudança, mas não creio. Nunca morei praqueles lados, antes que me perguntem. Nosso caso é só de fim de semana.
Agora, até julho, tenho que escrever alguma coisa que não destoe desses grandes caras (e moças).
Ó, no amor tá mals, mas, nesse jogo, eu tô avançando.
postado por Carol Bensimon as 15:25 | pitacos (16)
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gemido móvel
Da Reuters:
Consumidores americanos vao poder escolher ringtones sexy para seus celulares. A empresa de filmes 'adultos' New Frontier Media e a provedora de conteudo wireless Brickhouse Mobile se uniram para oferecer sons produzidos por atrizes pornô - gemidos e outros. Também vao disponibilizar videos 'adultos' e imagens explicitas para serem usadas como wallpaper. Os usuarios poderao fazer assinatura mensal do serviço ou comprar produtos individualmente. Os conteudos mais explicitos serao oferecidos inicialmente em outros países.
Quando isso chegar aqui, vai ser uma espécie de medidor da magalzice de um cidadão, como já o são as buzinas que emitem barulhos bizarros e os adesivos bagaceiros-criativos ("Calma, coroa. Sua filha pode estar aqui dentro!"). Pois imagine você sentado no McDonald's com as crianças quando um gemido atriz pornô começa a soar do seu lado.
Para tudo há um local, amigo. Gemido móvel? Não.
postado por Carol Bensimon as 17:16 | pitacos (5)
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o porquè.
Já que todo o insanus responde, eu respondo também o porquê do blog. Porque eu não gosto de contar histórias ou pensamentos aleatórios uma vez a cada pessoa diferente que encontro. Melhor que todas leiam no blog e pronto, me poupa o trabalho. E porque eu escrevo melhor do que falo. E porque podem digitar "carol bensimon" no google e saber que eu fui pra Buenos Aires na Páscoa, que eu tô escrevendo um conto e que eu como sorvete no Troppo Buono. Assustador, mas bem bom. Só facilita.
postado por Carol Bensimon as 16:11 | pitacos (1)
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o rap da água.
Eu nunca dei pra poesia (só pra prosa eu dei. uh.). E hoje me inventam coisa que achei de início tarefa hercúlea: dois rappers CANTAM cuidados que adolescentes da rede pública de ensino devem ter com a água. Economias, resumindo, do tipo não escovar os dentes com a torneira aberta e blá blá blá. Bom, nem será necessário dizer que o CANTO dos rappers ficou de minha responsabilidade. Tremi. Rimas, eu? Jamais tentei, por acreditar na minha completa falta de talento pra tal. Mas, já que agora obrigação, baixei cabeça e fui. Em dez minutos eu estava me DIVERTINDO como nunca imaginei possível. Veio ritmo e rima. Contei historinha e imitei voz de rapper. Me deu uma mão esse
dicionário de rimas. Rimei verbos no infinitivo vez em quando, eu sei, mas até rolaram as tais RIMAS RICAS.
Vamos ver se a gurizada curte os rappers H2 e O (lamento, mas não sei fazer o "2" subescrito nesse teclado maldito espanhol). E tu fica com o início da epopéia publicitária. Destaque para a último verso, o MELHOR de todos. hehehehehe
Ó, mano, vou te contar uma história
Te liga que a água pode só virar memória
Aqui tem água de montão, mas é quase tudo mar
A potável que é a boa um dia pode acabar
Então pra ajudar, tem que se ligar
Fazer a sua parte, vamos logo conversar
Do ciclo da água, participa todo mundo
Do rio ela evapora e vai pra nuvem num segundo
Depois cai na planta, vira banho, bebida
O ciclo da água é na real o ciclo da vida
postado por Carol Bensimon as 15:50 | pitacos (4)
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sexy eyes.
Me corrijam se houver distorção na linha de tempo (creio que não). Acabo de me lembrar de uma músicas anos 90 clááásica (das reuniões dançantes, será?). Porque não estava em nenhuma trilha internacional de novela - ao que parece - escapou das festas fabicanas, revivals da adolescência e conversas de bar dos nascidos entre 80-84:
Ooh ooh aah aah sexy eyes
I'm gonna take you to paradise
hey hey my my look at me
you got me felling free
postado por Carol Bensimon as 16:18 | pitacos (6)
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max.
Amigo, prazer nenhum se iguala ao que vem via chocolate. Se tu mora nas proximidades, passa na Confeitaria Max. Se não, vale a viagem igual: foi só quando as trufas de uísque estavam em falta que pude descobrir que todos os outros também são ótimos. Inigualável o com recheio de marzipã. E todos os alcoólicos, claro, que não tem melhor lugar pro álcool do que dentro de bombons.
O Max tá na família desde que o tio era outro: o velho V., que hoje vende bonsais, queria discutir regras gramaticais. Pros Bensimons, era O Max, já que Max é nome do homem. Para o velho V, A Max, pois diz-se A confeitaria. Nunca chegou-se a conclusão e a vida segue colocando os desta facção concordância-com-o-tipo-do-estabelecimento no meu caminho. Eu prefiro privilegiar os nomes. Se há o certo, permito dizer que não sei.
postado por Carol Bensimon as 15:10 | pitacos (2)
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agora é.
Mas tá. Urgente a necessidade de jogar um livro no mundo, now is the time, que pra ser escritora tem que escrever, garotinha. Idéias algumas, e ainda o diabo da monografia pra ocupar o tempo ocioso, será que dá pra ser redatora, fazer a mono e escrever um livro? Tudo, claro, até julho, e driblando a preguiça natural, acrescentando psicanálise, aula de francês e encontros pra tomar água sem gás em bar.
postado por Carol Bensimon as 21:08 | pitacos (2)
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pior praia.
Amigo, tô tão cansada que até Capão da Canoa se configura em paraíso. Pego o auto no fim do expediente e vou m'embora com os amigos. Tudo cheira nostalgia, porque há tempos a gente não tricota os assuntos together. Faculdade e coisas da vida jogaram um pra cada canto da centrífuga. Acontecerão atualizações. Se tudo der certo, não coleto grãos de areia pelo corpo: antes um papo batido em casa e desenhos primários do imagem&ação.
Boicoto Capão há anos, e com orgulho. Templo do mau gosto imobilário, aqui está bem distante do que entendo por DESCANSO. Em uma livre associação, o condutor diz TERROR e eu digo PARAGUASSU. Será que ainda usam essa técnica? Esqueci de perguntar.
E como a culpa me molda toda sempre - sou tarefa foda para a Terapeuta, tadinha - tô até me sentindo mal pela falta de posts. E de qualidade, obviamente. Acontece que tomaram a minha cabeça um montão de nomes promocionais e, depois da alopração toda, recém tá dando pra respirar mais ou menos. Segunda eu volto fresquinha e provavelmente com a mesma cor que fui (bastante branca, se tu ainda não sabe). Até lá, as idéias devem aparecer.
postado por Carol Bensimon as 17:45 | pitacos (6)
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histórias curtas.
Nehuma produtora quer entrar no Histórias Curtas comigo não? Roteiro? Ah, eu tenho só a introdução. Mas é linda, creia.
postado por Carol Bensimon as 17:04 | pitacos (4)
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valse d'amélie.
Eu coloquei a Audrey Tatou pra segurar o tranco aqui comigo n’agência. Daí fica o Word ocupando meia tela e na outra metade a carinha da Amélie de quem fez coisa errada, mas por bem e com alma de criança. Segurando uma colher, a expressão dela tira sarro com a minha cara, ao mesmo tempo que dá a maior força pra eu debochar junto e tirar os problemas de letra.
Hoje a coisa tá pegando.
O que eu mudaria no meu perfil ZH: "O problema é que os novos autores só lêem os novos autores". Não foi isso que eu disse. Eu disse que o problema é os novos autores só são lidos pelos novos autores. Um caso de voz ativa e passiva alterando o significado da oração? Eu sei lá. Tenho que retomar umas nomenclaturas pra poder justificar decisões aqui no trampo.
Há, e depois da foto mezzo playboy, tá todo mundo me achando gatinha e querendo pegar. He. Tá bom.
Com o detalhe, claro, que "todo mundo" para mim significa duas ou três pessoas.
postado por Carol Bensimon as 17:03 | pitacos (6)
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lsd.
E.S. vê cores ao ouvir uma nota. Desta forma, ela vê a cor violeta ao ouvir um fá sustenido, enquanto, ao ouvir um dó, ela visualiza a cor vermelha. Mais notável ainda é a capacidade da jovem de distinguir sabores em sua língua de acordo com a nota que ela escuta.
Um intervalo musical de segunda menor a induz a sentir acidez, enquanto o de segunda maior deixa um gosto amargo em sua boca. A terça menor é salgada e a terça maior, doce.
Nossa.
postado por Carol Bensimon as 16:02 | pitacos (5)
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sem blusa na zh.
Que situação.
De sutiã na Zero Hora. Calma, vem explicação. Antes, entenda que você dificilmente me verá de sutiã, a não ser que façamos SEXO. Amigas e tal, jamais, eu troco de roupa no banheiro fechado e sem essa intimidade. Mas ontem, exceção: os acontecimentos me colocam numa sala com duas mulheres as quais eu acabara de começar com os dois beijinhos na bochecha. Elas vestidas, eu sem blusa. Tudo pra atingir uma tal de foto super clean. Eu tava de amarelo, não de branco, e parece que isso seria prejudicial de alguma maneira pra unidade da coisa. Unidade. Sim, eu esqueci de dizer o que eu fazia na noite de ontem em plena redação da Zero Hora: Dia Internacional da Mulher, coisa e tal, Segundo Caderno de ZH decide pegar uma promessa de cada área da cultura e fazer um "Mulheres que você ainda vai ouvir falar" (ou algo muito próximo disso). Meu nominho surgiu entre as literatas. Ligaram pra vó, pra mãe, por fim me acharam no celular. E ninguém me disse pra ir de branco, mas well, ali estava eu então sendo obrigada e tirar a blusa. Terrivelmente envergonhada. Claro que os peitos não iam aparecer, dirty mind. Até do relógio swatch eu tive que me livrar. Mas a pulseira de dadinhos agradou a moça fotógrafa e, num movimento distraído entre fotos, apoiei a mão direita no braço esquerda. Pronto. Fodeu. Dei idéias. Essa mão aqui, a outra ali, e o resultado, hm, não vi direito ainda, mas com certeza não sou eu, muito mulher e ao mesmo tempo muito debutante, veja com os próprios olhos
amanhã, mas tente se concentrar na entrevista, amigo.
Ah, a entrevista. Ih, falei tanto como se na terapia, vim lá do Conan Doyle pra blog e Paraty, ela anotando sem ver, desculpem, é a primeira vez que me deparo com tal habilidade. Reclamei de coisinhas que, se não saírem na página, reclamo aqui mais tarde.
A menina foi um doce, aliás. De blusa, é tudo sempre mais tranqüilo.
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o que existe são pessoas.
Eu não quis brigar com quase-desconhecido, e logo e discussão se sumiu, de qualquer maneira. Dizia alguém que não importa se é homem ou mulher, o que existe são pessoas e é por elas que nos apaixonamos. Psssss. Eu já ouvi tantas frases das adjacências, ditas por elementos que nunca sequer encostaram num outro do mesmo sexo, máximo um beijo transgressor no trago. Há um exagero no politicamente correto que chega a ser uma ofensa para a minha inteligência.
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