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pensamento do dia.
Certo que eu tenho talento pra ÍDOLO TEEN.
postado por Carol Bensimon as 16:03 | pitacos (431)
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minha agência.
Uma vez eu li que havia uma explicação científica para o fato das pessoas terem idéias no banho. O contato com água faria não sei o quê e blá blá blá.
Deviam instalar uma banheira na agência. Foda ter idéia em casa, depois de ficar a tarde inteira fazendo brain.
Ah, e uma praça. Devia ter uma praça, com um sol permanente.
postado por Carol Bensimon as 10:04 | pitacos (6)
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corrimão.
Sério, o amigo aqui do computador ao lado é uma fonte inesgotável de anomalias da língua falada. Não por ele, fique claro: pelos amigos e pessoas pelas quais cruzou na vida. Temos a última, que fala da
chuva de granito sobre a qual um sujeito eventualmente comentava. E a clássica senhora que entrou na casa e disse "que lindo, tudo reformadinho, o
corrimão BRILHANDO! (referindo-se ao rodapé). A mesma que falava do lindo
consórcio da sala (console, minha senhora, console).
O outro amigo da mesa veio acrescentar o dito em algum canto
peitoral da janela. E depois, lá do estúdio, Bia destruiu tudo mais ainda, propondo o
verde músico.
postado por Carol Bensimon as 15:09 | pitacos (7)
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hahahaha.
"Adrian Smith é gerente de uma revenda da Apple na cidade de Nottingham, e depois de ter seu iPod roubado do carro, não pensou que fosse recuperá-lo em poucos dias - e de uma maneira inusitada. O próprio ladrão, sem querer, acabou por devolvê-lo.
Smith mal acreditou no que estava acontecendo quando um homem entrou na loja à procura de cabos para o seu iPod. O gerente achou aquele aparelho muito familiar, e quando o conectou a um computador veio a confirmação: “Adrian´s iPod". Era o seu próprio tocador, que havia sido roubado de seu carro poucos dias antes.
Um dos funcionários conversou com o ladrão para mantê-lo ocupado enquanto Adrian Smith chamava a polícia. Ela chegou e prendeu o “cliente” na hora, além de parabenizar Smith pelo pronto reconhecimento e reação."
Fonte: Magnet
postado por Carol Bensimon as 15:37 | pitacos (0)
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revistas científicas.
Tão dizendo
aqui que os homens são mais inteligentes que as mulheres. Mas pera aí, o critério da pesquisa foram TESTES DE QI. Ei, testes de QI já não tinham caído como método de avaliação? Pois era o que eu sabia. Convenhamos que aquilo lá é mui duvidoso, e não me surpreende que os homens tenham se saído melhor, já que o negócio tende para a LÓGICA, coisas que, amigo, já lemos em apresentações de Power Points e livros de sexo: homens, lógica / noção de espaço. mulheres, cheiros, maior percepção de cores, enfim, os sentidos.
Nessa notícia aí diz que a diferença média entre homens e mulheres foi de 5 pontos de QI. Bem, sendo a média do QI 100, me parece que 5 pontos poderia ser tomado como uma MARGEM DE ERRO ou coisa assim, embora eu não entenda nada de pesquisas.
postado por Carol Bensimon as 17:27 | pitacos (4)
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polcas.
Ó, eu sei que tu te lembra do Homem Célebre, o conto do Machado cujo personagem era FODA na composição das polcas, mas o que ele queria era fazer uma... Ahn, o que mesmo? Não recordo. Sigamos. O essencial é dizer que o sujeito fazia uma coisa, e essa bem, mas desejava OUTRA. Pois então. É o que parece acontecer comigo. Não que eu possa dizer assim com orgulho que alguma coisa faço bem. Mas de fato o que faço - literariamente (e faço pouco, já que essa coisa de tentar ganhar dinheiro destrói qualquer possibilidade maior) - talvez esteja muito distante do que gostaria de produzir. Claro que há uma certa TEMPORALIDADE nesse discurso. Amanhã ou depois, creio, estarei pensando diferente. Fato é que ontem estava nuns devaneios de que queria construir uma obra que soasse como Guided By Voices. É uma banda indie dessas, e me refiro particularmente ao disco Under the bushes, under the stars. É, soasse como Guided by Voices, como se do meu livro fizessem filme e no filme colocasse lá pra tocar. Umas voltas dessas deu o meu pensamento, sabe-se lá porque, mas me agradava então pensar nessa névoa, nesse rúido, nessa melancolia pesada que eu queria imprimir, sensações sonoras transpostas pra palavra escrita e coisa e tal. Cheguei em casa e despejei coisa qualquer. Passeis semanas sem escrever, e daí ontem veio essa onda. Meti a casa sobre a qual queria falar e outras questãs de alguma importância. Mas a prosa é SO ME, e talvez eu não goste mais desse meu ESTILINHO. As coisas que escrevo me parecem por demais JOVENS, mas quanto a isso não me parece haver qualquer tipo de saída. Eu SOU jovem, logo, as questões, os dilemas, os pontos de vistas são jovens. E há também um toque de humor que me deixa um pouco irritada.
Talvez não seja mesmo uma questão literária, mas algo de identidade ou sei lá o que.
Então hoje de manhã Lisbon Sister ouviu meu drama, Guided By Voices, climão e etc, e disse apenas, com essa síntese que lhe é tão preciosa quanto habitual: talvez não tenha chegado tua hora de névoa.
Calei sem encontrar qualquer saída.
postado por Carol Bensimon as 17:09 | pitacos (0)
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lixo pós-moderno.
Uma dessas barras de cereal tem uns outdoors perto do Iguatemi falando em pneuzinhos. Aquela coisa HIPER original. O detalhe é que a dita cuja tem cobertura de brigadeiro, ou uma coisa dessas. E, segundo Dani F., que entende dessa coisa de calorias, não há muita diferença entre comer um troço desses ou uma barra de prestígio. Portanto volto a destilar meu ódio contra as barras de cereal: nem pra emagrecer elas servem. Então, sinceramente, qual o argumento? Não me venha com praticidade. Temos muitas coisas práticas por aqui. Como uma maçã.
postado por Carol Bensimon as 17:25 | pitacos (9)
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22 de agosto.
Uma sensação meio cinza tomou conta desse aniversário de 23 anos. Duas coisas vieram acompanhar o acontecimento de sempre. A primeira foi a formatura. Formei-me em gabinete hoje pela manhã, num ritual tímido e um pouco vergonhoso de quem decidiu não se importar com rituais. Jurei com desconfiança, num cartão plastificado escrito em Word. Conhecia apenas dois rostos. Acreditei de início que o diretor da FABICO era um aluno, daqueles engajados e que tomam pra si o controle e a organização das situações de grupos. E desses carecas que optam por raspar a cabeça.
Pela última vez, que não será última, mas a mais marcada como tal, cruzei pelo saguão que não significa mais nada, só uns rostos do que já fui e maybe um pouco de desprezo incompreendido.
O segundo acontecimento que decidiu acompanhar esse 22 de agosto foi a partida do Gabriel. O jantar de despedida tinha uma espécie de som de risada com gosto de melancolia. O duelo de ipods provou que ambos carregamos coisas bizarras, para surpresa dos convidados (citam e eu coloco je t'aime moi non plus, citam e ele coloca as do velho Fantástica Fábrica de Chocolate). O pretê americano da Fotógrafa, nascido no Kentucky, sorri simpático sem compreender absolutamente nada. E eu fico assustadoramente triste na frente do portão, e agora durante a tarde tudo adquire um aspecto BISONHO.
Tem um fondue familiar mais além, que talvez seja uma tentativa desesperada de retomar origens (era um hábito meu da infância pedir pra comer fondue no aniversário). Ainda há esperança nisso, um momento de comunhão e laços e etc, mas é mais provável que descambe pra tristeza coletiva da família.
Eu não agendei coisa nenhuma com os amigos, porque não me sentia com vontade pra colocar o pé pra fora de casa e ser hostess e conversar e me dividir em grupos que não se integram, ainda carregando a dúvida se eu mesma ainda me integro nos grupos.
postado por Carol Bensimon as 18:41 | pitacos (2)
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träsel.
postado por Carol Bensimon as 12:44 | pitacos (8)
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no lugar.
O especial da Patife, "A Quatro Mãos", tem um conto meu e da Julia Dantas. Um não, dois. A partir de uns fragmentos aleatórios que escrevemos, eu criei um texto, e ela outro. Valeu pela experimentação da coisa. Creio que não preciso dizer qual o meu. Vai
lá.
postado por Carol Bensimon as 12:11 | pitacos (0)
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de cair os butiá do bolso.
Nenhuma expressão popular é tão fantástica e sem sentido quanto essa. Vem dos lados de Vacaria e Lagoa Vermelha e chega em Porto Alegre pela parentada do interior de alguns convivas aí.
postado por Carol Bensimon as 21:42 | pitacos (2)
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bambu's com avril lavigne.
Insanus divulgou em sua lista privê que a Avril Lavigne anda atrás da NOITE PORTOALEGRENSE. A moça começa sua turnê por aqui pelos vintes de setembro e tá a fins de um rolé. Brincou o Bruno que é só chegar ali no Bambu's e lá vai estar a Avril tomando um trago. Outro respondeu que alguém teria a péssima idéia de encaminhá-la com vinte seguranças para a calçada da fama. O certo é que interessaram-se os membros do Insanus por uma caçada descontrolada à loirinha.
Eu já comecei os movimentos pra descolar um jeito de entrar no Gigantinho. Eis o mail enviado para pessoa cuja identidade preservarei até segunda ordem.
xxxxx, tu que é uma mulher de contatos múltiplos, te peço encarecidamente um daqueles favores DE POBRE. Eis: meu lado teen acredita que eu deveria ir ao show da Avril Lavigne. Que seja por CONSUMO IRÔNICO, mas minha presença no evento portoalegrense é essencial. Só que oitenta dinheiros é um pouco demais pra sustentar essas piadas de mau gosto. Como eu sei que tem dedo de ---- por trás disso, creio que há uma esperança para mim.
há?
gracias,
carol.
Em seguida, xxxx me chineleia sem nenhuma piedade, me julgando mais imatura que a filha de onze anos:
ahahaha, nunca pensei que tu gostasse dela. Minha filha adorava e agora odeia porque diz que ela é uma patricinha disfarçada de roqueira. Com ---- é meio difícil (nunca me deram nada), mas se for com uma rádio da RBS, tipo Atlântida, é bem mais fácil. Tu sabe qual rádio apóia o show?
Ao que respondo:
sim, CERTO que ela é uma farsa. eu não exatamente gosto, na verdade não conheço muito, mas sabe, faço parte desses grupos idiotas
pseudo-intelectuais que acham bacana curtir uma coisa ruim.
Parece que a Atlântida está metida.
O esquema está armado, meu jovem.
postado por Carol Bensimon as 18:15 | pitacos (6)
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esconda-me tudo.
Como qualquer adulto jovem transtornado, eu gosto imenso de ver minhas questões existenciais retratadas com a doçura de Charlotte e os neons de Tóquio em Lost in Translation (Encontros e Desencontros). Foi por isso que adiantei-me nos módicos 19,90 do DVD. Já bem familiarizada com o filme (cinco vezes, sendo três na telona), não cogitei a empreitada novamente. Comprei pelos extras. Um grande e justificável equívoco pós-moderno.
Leitor, compreenda. Estamos virados em gente chata que quer saber o "como?". E a tecnologia do DVD veio ao encontro de nossa curiosidade infantil: é possível ver aquele ator transformando-se em monstro verde com uma dose de maquiagem e outra de computação gráfica. Ou descobrir que aquela cena que nos levou às lágrimas foi gerada por mero acaso numa bebedeira da equipe de filmagem. Há também, com certa freqüência, as famosas "cenas excluídas". Ora, mas se foram excluídas, é porque pareciam não ir bem com o conjunto da obra. Portanto, revelar o que o filme não foi me parece tremendamente desnecessário.
Todos esses extras interferem cruelmente na percepção que temos do produto final. Pois então descobri, um pouco tarde talvez, o quanto isso me desagrada. É um convite para perceber que tudo não passou de uma grande mentira. Que, num quarto onde duas pessoas estão convencendo o espectador de sua melancolia e desesperança, há na verdade mais que tristeza no ar: luzes, fios, diretora, assistente, figurinista, o homem da claquete e talvez até um estagiário rindo no banheiro, porque, momentos antes, o Bill Murray fez alguma piada. Sim, leitor, todos nós sabíamos disso. Mas eu não gosto que me lembrem, é só. É como revelar o truque do mágico ou explicar o amor falando de substâncias químicas.
E se a moda desembarca também na literatura? Livros serão vendidos com anexos. Neles, será possível encontrarmos a primeira versão (horrorosa, claro) daquele impecável terceiro capítulo que acabamos de ler, bem como alguns finais cogitados anteriormente pelo autor. É claro que isso parece muito interessante para aqueles que também querem ser criadores e portanto desejam se familiarizar com os processos de outros. Mas, para os demais, me parece haver nisso uma série de desvantagens. Pois imagine que lanço um livro e construo um site para divulgá-lo. No site, através de um arquivo de vídeo, você pode me ver na frente do computador tomando chá de morango e trabalhando no livro, que você, aliás, já leu e gostou muito. Sim, criei com esforço, no trabalho pesado, em páginas de bloco e idéias luminosas na banheira, mas você quer realmente se deparar com toda a frieza da criação?
Encarar o processo pode apagar a vida do personagem, ou ao menos esmaecê-la um pouquinho. Tudo bem se uma maçã caída na cabeça foi decisiva para a descoberta da gravidade, mas na arte me parece que o melhor é esconder tudo que foi responsável pelo nascimento de uma obra. É quase obsceno descobrir, por exemplo, que ficções que ajudaram a mudar o curso de nossa existência foram concebidas por meros detalhes do acaso.
Acontece é que estamos fissurados nessa coisa de documentar processos. Mas processo só interessa porque faz a obra. De forma que, uma vez que a tal está terminada, deixe ela falar, e cale o que a construiu. Assim, vou sossegada assistir mais uma vez o DVD do uruguaio "Whisky" – no qual sabiamente não há extras –, acreditando na ilusão de que surrupiei uns instantes da vida de alguém para mudar um pouco a minha.
postado por Carol Bensimon as 14:47 | pitacos (6)
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bata a cabeça.
Se as pessoas em geral reclamam da falta de tempo, eu acho que tem outras com tempo DEMAIS. Segundo a Folha de S. Paulo, há pessoas no Orkut BATENDO A CABEÇA NO TECLADO e escrevendo o resultado, do tipo hgfjgfjhsagd, hojkhgojk e etc. Realmente alguém pode achar isso divertido? Pois lá está o printscreen da comunidade "Eu bato a cabeça no teclado", que a essa hora já deve ter mais do que os 696 membros que tinha.
postado por Carol Bensimon as 16:31 | pitacos (3)
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um dia simétrico.
Emocionei-me agora por um quase nada. Estava sem idéias, e portanto arrancando todos os cabelos cacheados por conta de um trabalhinho pra essa empresa de telecomunicações. Pois em momentos assim a saída é levantar e dirigir-se ao banheiro mais próximo. Que seja só pra trancar a porta e lavar as mãos, o espírito areja e a idéia brota. A volta então é sempre turbulenta, passos descoordenados pra alcançar o computador e digitar o publicitês. E me saiu hoje, meu caro, uma frase perfeitamente simétrica. Duas pontas iguais que se encontram no meio. Um espelho. Talvez não seja mesmo muito relevante para a empresa de telecomunicações, mas pra mim foi uma descoberta.
Se são essas as coisas empolgantes que me acontecem, não me surpreende, e nem ao meu caro amigo, a falta de vontade para posts. Mas é ou não é uma preciosidade essa história de línguas?
postado por Carol Bensimon as 15:35 | pitacos (1)
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a voz é sempre igual.
Ainda está em fase de testes, mas já no ar o site da Infraero, no qual você consulta os painéis da maioria dos aeroportos brasileiros. Sim, aquele painelzinho com os voôs que estão chegando, se estão confirmados, atrasados ou etc. Eu não sei se um dia você vai precisar disso, mas achei que era de bom tom divulgar essa coisa que eu fiquei sabendo aí por acaso. Te distrai
aí.
postado por Carol Bensimon as 18:37 | pitacos (3)
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aliterações.
Tio Moisés disse que a maioria esmagadora dos personagens de desenho animado tem seus nomes formados por aliterações: a primeira letra do nome se repete no sobrenome. Tipo Mickey Mouse. Comprovei em alguns casos, pero não sei se é TÃO recorrente assim. Me ajuda aí na lista.
postado por Carol Bensimon as 16:01 | pitacos (17)
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festa.
Então vai rolar nessa quinta uma festa do insanus, pra marcar a fuga do Gabriel pro Canadá. O moço vai fazer muita falta pra essa que vos fala. Vou até ir na tal festa, contrariando meus princípios idosos de que quinta não é dia de sair. E mais: estarei no som. Claro, no começo, e eu lá sei empolgar de fato as pessoas? Mas até que entrei no climinha e estou preparando um set de qualidade. Depois eu fico um pouco e vou DORMIR. =) Bem, veja o flyer aí, que ficou massa, sobretudo por esse foguete roubado de um livro do Tintin. Vá. Custa misérias e é promessa de diversão.
update: Pô, ia bem um gif transparente, né, gabi? Olha como ficou!
postado por Carol Bensimon as 22:45 | pitacos (6)
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programa para a família.
Estava eu, por motivos profissionais, concentrada na leitura do folder da Sauna Porto Alegre, a única sauna séria da cidade (dizem, e o outdoor mostra(rá) uma família e coisa e tal. Very touching). Começo a ler o tópico "sauna finlandesa" e eis que diz lá: "....em uma temperatura ambiente de 80º C". Oitenta? Meu Deus! O troço me impressiona mais que qualquer teoria da física-quântica. Saio contando por aí. Sala, outra sala, cozinha... que, o moço vai? No União? setenta e quatro, cinco minutos, enxergando as "coisas ruins deixando o corpo", ducha fria depois? Caralho. Ainda não entendi onde está o prazer aí. I mean, sem as putas.
postado por Carol Bensimon as 17:55 | pitacos (6)
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jewish people.
Na próxima consulta, estréio no divã. Isso deve mudar um pouco o script das sessões. Quiçá eu até me entregue por completo, fechando os olhinhos e tals.
Enquanto isso, mamãe acusa incontrolavelmente a terapeuta de estar me transformando em algo que ela não esperava. A propósito, mamãe e papai NUNCA são responsáveis por nada que venha a se manifestar na minha formação (na parte, digamos, "ruim" dela): tudo vem das "más companhias" e dessa coisa "destruidora de laços" (palavras minhas, idéia deles) que é a psicanálise.
Eu estou lendo O Complexo de Portnoy, esse livro do Philip Roth cujo personagem, Alexandre Portnoy, cresceu numa família judia. O livro inteiro é um amontoado de lembranças bizarrísimas, relatadas a um analista. É impressionante como crescer nesse núcleo judaico (mesmo que o meu se resuma a uma mãe tipicamente judia e só) constrói características que provavelmente serão impossíveis de se dissolverem. A cada página, não sei se me abro na risada que usualmente nasce nessas situações de identificação, ou se choro no cantinho reconhecendo de onde nasceu o medo, a paranóia e o temor da rejeição.
postado por Carol Bensimon as 16:50 | pitacos (8)
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trakinagens.
Palavras importantes vão rolar, dirijo pra uns paralelepípedos vazios. Ela vem com uns papos de violência urbana quando tenciono parar o carro, e me veta completamente. Plano 2 no improviso, posto de gasolina que já serviu pra organizar droguinhas, paro o carro na frente da loja, porque o canto escuro capitalizou-se em estacionamento. Moça desce pra buscar uma bock e vem trazendo tubo de trakinas. Eu estranho, porque ela não é dada a junk food. Então tudo explica-se em imagens: estende para o garoto encolhido no canto e eu lá do carro viro do nervosismo pra um sentimento terno.
Depois disso, o menino se desfila no meio do meu discurso confuso. Entra na lojinha e troca o sabor, mas aí apaga-se o social e crescem as dúvidas burguesas, o menino some de mim e dela. Reaparece bem mais tarde, de bicicleta e com um saco de carvão. Creio que fomos profundamente enganadas.
postado por Carol Bensimon as 18:21 | pitacos (0)
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medo.
No mês que vem, as revistas americanas Rolling Stone e Us Weekly trarão um novo anúncio da rede de TV Warner Bros. que os leitores não terão como não notar. Os faróis da ilustração de um carro vão piscar enquanto uma música toca e personagens de Supernatural, um novo seriado da WB sobre assombrações, falam sobre o programa. O anúncio representa "algo que não vai ficar apenas jogado sobre a sua mesinha de centro", diz Lew Goldstein, um dos diretores de marketing da rede da Time Warner. (Brian Steinberg, The Wall Street Journal)
postado por Carol Bensimon as 11:10 | pitacos (0)
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da zona sul até aqui.
Não creio que a chance de ser amado seja igual para todos.
postado por Carol Bensimon as 00:58 | pitacos (2)
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por sabrina fonseca.
postado por Carol Bensimon as 09:00 | pitacos (4)
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divã.
Eu queria que me deitassem no divã. Eventualmente, quando a sala habitual onde QUASE TUDO conto está ocupado, vamos para essa mais escurinha que tem um divã. Jamais deito nele, nem sou solicitada para. Fico com a poltrona. Mas cobiço o divã às vezes, muitas vezes. Lacanianos não usam? Alguém sabe algo sobre isso?
postado por Carol Bensimon as 15:46 | pitacos (10)
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bah.
Eu quero saber porque acabaram com o kit&kat.
Porra, eu amava aquilo. E me lembro claramente do dia em que experimentei pela primeira vez, na tabacaria do lado do Joe's.
Eu fecho os olhos e sinto o kit&kat DENTRO de mim.
hmmm. =)
postado por Carol Bensimon as 17:54 | pitacos (17)
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a home at the end of the world.
Baixei o filme "A home at the end of the world", baseado no livro do Michael Cunningham que me arrepia TODOS os pelinhos do braço. Cansei de esperar que chegasse ao cinemas ou às locadoras.
Já previa a inferioridade em relação ao livro, mas fiquei ainda mais desapontada. Provou-se que não há jeito. (isso que o roteiro foi feito pelo próprio Cunningham). Não se pode pegar uma história com essas três características e transformar num filme JAMAIS. Seu Cunningham devia ter dito isso, e recusado a proposta com categoria. Bem, as caraterísticas do livro que, na minha opinião, impossibilitam a possibilidade de adaptar:
1) Carregada de emoções diversas (ou seja, há inúmeros conflitos)
2) Que dura uns vinte anos (começa na infância e vai até a idade adulta)
3) Com foco alternado entre quatro personagens (a narração em primeira pessoa muda toda hora de um personagem pra outro)
Conseqüência da tentativa de adaptação?
1) Tudo passa numa velocidade inaceitável, impossibilitando o espectador de se sensibilizar com as situações, às vezes até extremas, como o caso da morte do irmão de Bobby contra a porta de vidro, no meio de uma festa. Há elipses demais.
2) Ainda assim, metade da trama fica de fora, sem contar umas cenas MAGISTRAIS, como o Ned e o filho conversando no deserto.
3) Não é possível identificar nem um quinto dos conflitos dos personagens.
4) Pessoas que eram importantes na obra transfomaram-se em personagens secundárias ou mores BIBELÔS de cena.
5) A própria casa do final (a home at the end of the world) perde completamente o sentido.
postado por Carol Bensimon as 12:00 | pitacos (3)
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tira essa barra de cereal daqui.
Há um prazer incalculável em comer. E, de posse dessa opinião, não consigo achar nada além de ABSURDA a onda saudável que tomou o mundo, ou, mais especificamente, o Brasil.
Das academias, não vou NEM falar.
Pois então outro dia eu estava me acordando com a TVCOM e havia essa nutricionista respondendo a pergunta: precisamos realmente comer mais no inverno? Sim, precisamos, responde a mulher, mas não TANTO ASSIM. E, por fim, recomendava a ingestão de sucos e sopas. Sucos e sopas? Ah, por favor.
E ontem: Moinhos Shopping, Primo P. quer uma água de coco. Na banquinha da dita cuja, lê-se dez tópicos com as saudáveis propriedades do coco, bom pra isso, bom praquilo, hidrata o corpo, evita não sei que doença, tem menos calorias que não sei o que e, PORRA, CHEGA, é gostoso e pronto! (isso, claro, não dizia em lugar nenhum) As pessoas agoram entraram nessas de ficar se sacrificando pra não engordar, pra viver mais, e então comer um doce parece virar uma espécie de pecado. É tanta culpa que um dia todo mundo vai explodir.
postado por Carol Bensimon as 14:23 | pitacos (135)
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