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abril 01, 2005
Comentário pertinente
Um detalhe curioso é que, segundo Freitas Jr., ele sequer pôde gravar a entrevista, só podendo fazer "a penosa cópia da conversa à custa de papel e caneta". Mais um ponto contra a possibilidade de que as respostas sejam rigorosamente iguais nas seis entrevistas citadas. Há que se notar, no entanto, que, se não dizem que tratava-se de uma entrevista exclusiva, todos os outros autores creditam as perguntas a si mesmos e não citam a presença de outros jornalistas, o que é razão mais do que suficiente para se supôr que, mesmo que em um junket, a entrevista foi dada para o jornalista apenas.
De qualquer jeito, como comentou o Francisco num post anterior, ou o jornalista pegou as respostas no mesmo junket ou release que os outros citados, e está mentindo sobre o jantar, ou então não esteve presente em coisa nenhuma, e daí está mentindo E plagiando.
No entanto, acho que com o surgimento dessas novas entrevistas, o episódio deve servir como um exemplo também para pessoas como o Francisco que, sem dar ao jornalista a possibilidade de se retratar e sem pesquisar o que quer que fosse, disse que a entrevista "não é 'talvez seja plágio', não é 'quem sabe é plágio' e não é 'pode ser que seja plágio'. É plágio descarado".
Como ele bem viu e aceitou no comentário citado, a coisa não era bem assim. Um blog não é um veículo impresso, é verdade, mas isso não significa que um pouco de tolerância e cuidado ao tratar desse tipo de assunto não seja adequado.
Solon Brochado comenta em seu blog o surgimento das novas entrevistas. E o mistério continua...
Update: Daniel Epstein respondeu para Jones Rossi:
"ok its called a roundtable interview. it was done at a hotel in NYC. thats it ok?"
Era uma coletiva. O que explica a semelhança entre as entrevistas americanas.
Posted by parada at abril 1, 2005 12:04 PM
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