Samjaquimsatva | |
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Do you spend time with your family? As melhores reavaliações nascem das piores críticas. Aconteceu para todos nós em diferentes graus. Fique contente por isso e não tenha medo. Isso só pode ajudar. Relaxe a aproveite. Telegrama que Marlon Brando enviou para Marilyn Monroe quando ela estava internada por depressão em Nova Iorque, em fevereiro de 1961. De uma matéria do Estadão de hoje sobre o leilão dos objetos de Brando. Fiquei imaginando uma pessoa internada por depressão recebendo um telegrama com os dizeres "relaxe e aproveite". Muito bondoso. O Segredo de Joe Gould Li “O Segredo de Joe Gould” do jornalista da New Yorker Joseph Mitchell. Pensei que tinha ganhado de presente de uma leitora por causa do meu perfil do Zequinha, mas não foi interamente por causa disso. É porque esse é um de seus livros prediletos mesmo. Fiquei agradecido do mesmo jeito. O livro traz dois perfis que o jornalista escreveu sobre Joe Gould, um sem teto letrado de Nova Iorque. Estudou em Harvard, mas escolheu esse estilo de vida porque seria a única forma que ele poderia trabalhar integralmente no seu livro “Uma história oral de nossa época”. Um livro gigantesco, onze vezes maior que a bíblia, onde estaria reunido todo tipo de histórias e conversas que Gould ouvira na vida. Acreditava que no futuro essa sua obra seriam de grande importância para o estudo histórico de sua época. Aquelas conversas e histórias significariam muito mais do que as atitudes dos parlamentares ou presidentes do seu país tomavam. Gould tinha vários amigos que o ajudavam com "contribuições para a fundação Joe Gould", como ele gostava de dizer. Tinha como amigo vários escritores, editores, jornalistas e poetas. O único famoso que consigo lembrar agora é o poeta E. E. Cummings. O primeiro perfil, escrito em 1942, é chamado “O Professor Gaivota”. Gould dizia saber a língua das gaivotas e que alguns de seus poemas ficavam mais bonitos em gaivotês. O segundo perfil foi escrito 22 anos depois. Tempo que Mitchell passou mantendo contato com Joe Gould. Esse tem como título o nome do livro e é onde Mitchell revela alguns dos grandes segredos de Joe Gould que guardara por todos esses anos. Realiza um profundo perfil psicológico de Gould. Num estilo muito acessível e profundo, complexo, rico em detalhes. É uma escrita tão agradável, organizada e limpa que acredito que esse livro pode ser capaz de fazer com que uma pessoa passe a gostar de ler. E agrada mais ainda quem já está acostumado com leitura. O cara foi um dos melhores colaboradores da New Yorker, a famosa revista onde um jornalista que entrava nela ganhava condição de escritor, tamanha era obsessão editorial pela qualidade do texto. A ótima tradução é de João Moreira Salles. Ele escreve também um ótimo posfácio contando sobre o jornalista Joseph Mitchell e sobre a New Yorker. Chega a parecer piada a maneira como a revista trabalhava. Um lugar de sonho para qualquer jornalista. Não sei se ainda hoje ela é assim, mas na época de Mitchell, era o próprio jornalista que se pautava e tinha o tempo que achasse necessário para conduzir suas pesquisas e escrever a matéria. Isso significa deadlines de 8 meses, 2 anos ou até mais. E todo mês pingava o salário na conta dos jornalistas. Só pra contar um absurdo, depois que Joseph Mitchell escreveu “O Segredo de Joe Gould”, trabalhou por mais de 30 anos na revista sem publicar absolutamente nada. Ia trabalhar todo dia, sentava na sua máquina e ficava escrevendo o dia todo, mas nunca mais publicara uma linha na revista. E durante esse tempo todo seu salário caia todo mês em sua conta. Queria saber se até hoje a New Yorker é assim. Incrível. Pra quem interessa em jornalismo literário, ou que está estudando jornalismo, é um livro que tem que ser lido. Pode ensinar mais que os quatro anos de cursos. É uma obra-prima do jornalismo literário, bem como diz em sua capa. Estou pensando em reler só pra poder entrar em contato de novo com a cadência e lucidez do texto de Mitchell. E não é a toa que o texto é tão bom. Mitchell e os editores da revista trabalharam durante dois anos editando o texto antes de publicarem - parece que foi escrito numa sentada só, sem a necessidade de revisão. E personagens como Joe Gould, ou mesmo o Zequinha, são mesmo pessoas que são um privilégio de conhecer. Isso faz com que fique ainda mais claro pra mim que escrever é, além de tudo, um grande ato de generosidade, uma vontade de compartilhar. Saber não é poder "Saber, segundo essa mentalidade, é acumular micro-informações específicas e, copiando em geral algum pensador estrangeiro da moda, embrulhá-las e enrolá-las como se fossem papiros sagrados, para num futuro distante quem sabe entregar aos leigos como frases prontas. A intelectualidade brasileira não assimilou até hoje o espírito do ensaísmo, do ensaísmo nascido com Montaigne e Francis Bacon, não à toa contemporâneos da transformação urbana das sociedades e da explosão dos dogmas religiosos pelas descobertas científicas. Os acadêmicos pátrios não prezam pela linguagem experimentada, em tom de conversa, que duvida das verdades estabelecidas e preza a transparência como recurso para contestar o senso comum. Vêem seu acesso a idéias importadas e termos empolados, em suma, como instrumento de poder. Por meio de seu código restrito, controlam as relações sociais ao seu redor. Se não podem comandar o mundo, ao menos determinam as regras no departamento da sua universidade, como quais livros o orientando deve fazer constar da bibliografia – ou seja, por quais deuses deve rezar. Tome como exemplo dois dos intelectuais brasileiros mais respeitados: o tucano José Arthur Giannotti e a petista Marilena Chauí, ambos da Universidade de São Paulo. Tente ler seus livros sobre Marx, Heidegger, Spinoza, Lyotard. Veja-os falando no Roda Viva da TV Cultura. A maioria não entende nada! E os poucos que entendem, entre bocejos, não encontram rigorosamente nada de novo." Belo texto do Daniel Piza. Whispering imp posters "The Image of the sagacious magician looking knowingly at the viewer with small imps whispering the enduring secrets of magic in his ear has been often used on magician's advertising posters." (via Boing Boing) Hot hot hot Perry Gallagher Professional Photography of Erotic Fetish and Nude. Harlan Erskine Ótimas fotos noturnas de grandes construções em concreto, lojas de conveniência, estacionamentos, prédios, indústrias, pilares de auto-estradas e alguns retratos: Harlan Erskine photography. Gosto muito do estilo das composições e da forma em que ele explora a pouca luz. É legal sentir os olhos grudados em uma imagem aparentemente comum e não entender por que aquilo te agrada tanto. (via Metafilter) Sentir o chão "A questão de fundo é essa: o ser humano se ilude muito facilmente, daí o desencanto. Mas é possível viver, e feliz, sem grandes ilusões políticas e também sem fobias, manias, vícios, superstições, religiões, auto-ajudas, credulidades de qualquer tipo. Como diria Carlos Drummond de Andrade (...) é "a vida apenas, sem mistificação" que é difícil de ser aceita, em tempos de prosperidade ou pobreza; mas é melhor que mistificá-la. Quanto mais muletas o indivíduo acha que precisa, menos se apóia." Daniel Piza no Estadão desse domingo de feijoada. Fat Tire Beer Que ducaralho os comerciais da cerveja New Belgium. O tema da campanha é "Free yourself, ride your bike" e mostra a relação de um sujeito do campo com uma bicicleta. A trilha sonora é um ponto forte já que são as ótimas canções do cantor folk Devendra Banhart. Publicidade do bem. Os cenas dos comerciais não tem relação alguma com cerveja, mas depois de assistir dá uma baita vontade de tomar a cerveja do urso gordo e cansado. Daí você lembra dos comerciais que são feitos por aqui e perde a vontade de tomar. Otto Stupakoff Pra quem gosta de fotografia, a Carta Capital dessa semana (nº 347) traz uma matéria muito boa e extremamente bem escrita pelo Mauricio Stycer sobre o fotógrafo brasileiro Otto Stupakoff, "bem pouco conhecido no Brasil, até mesmo entre os seus pares". O nome da matéria é "As Sutilezas de um Olhar". Dei uma procurada no Google e não achei nenhuma galeria virtual do fotógrafo. Uma exposição que comemora os 50 anos de sua carreira acontece do dia 28 de junho até 4 de julho, no prédio da Bienal em São Paulo, em meio do São Paulo Fashion Week. Os fotógrafos Bob Wolfenson e Fernando Laszlo que organizaram a exposição. Fiquei com muito vontade de ir ver, mas provavelmente não irei por pura preguiça de viajar e procurar companhia que tenha interesse. Vou tentar me contentar com as fotos na revista e com o primor de texto do Stycer. Vizinho do Jefferson "Chegou a corregedoria representada pelos deputados Robson Tuma, Ciro Nogueira, Mussademis e Odair José. Será que antes vai rolar um champanhe para desinibir o depoimento? Entraram que nem foguete pela porta do Bloco I, o Tuminha disse que depois fala à imprensa." Vizinho do Roberto Jefferson blogando sobre a movimentação jornalística na quadra do parlamentar. A repórter Marina Melo da CBN entrevistou o blogueiro hoje e minha amiga Nara Lacerda, também da CBN, que mandou a dica. Luba Luba Shumeyko, a famosa modelo ucraniana descoberta pelo fotógrafo e marido Petter Hegre, vestindo Calvin Klein. Alfabetização contra mortalidade infantil Não é novidade pra ninguém, mas achei o dado interessante. Uma pesquisa do Ministério da Saúde indicou que o fator de maior peso contra a mortalidade infantil é a alfabetização feminina. Mais do o acesso à rede de agua tratada. Li ontem no Estadão. Em 10% de redução do analfabetismo feminino, a redução da taxa de mortalidade infantil foi de 16,8%. Em 10% de aumento da cobertura do Programa de Saúde na Família, a redução foi de 4,6%. E em 10% do aumento da rede de água tratada, a diminuição foi de 3%. Prédios Russos Fotos de prédios são legais. Fotos de prédios russos abandonados são mais legais ainda. Sad bike O jornal sueco Dagens Nyheter prendeu uma bicicleta em uma ponte da capital Estocolmo. Foram tirando fotos da vida da bicicleta alí, de 27 de semtembro de 2004 até 13 de junho de 2005. Um flash mostra as fotos com a música Quatro Estações de Vivaldi. Bonito. (via Metafilter) Winnie Liguei a televisão e apareceu o Kevin Arnold dizendo Uma hora, depois das piadas e do papo-furado, todos precisam se abrir. Still Reigning Assisti o DVD Still Reigning do Slayer. É o show em que eles tocam o disco Reign of Blood inteiro. Único vídeo de metal que vi e não ri em nenhum momento. Cheguei a ficar com medo do poder do metal em algumas horas. Pantera = Belle and Sebastian. Os guitarristas parecem que trabalham num matadouro. Não são caricaturas de metaleiro. A música que eles fecham o show é a "Raining Blood". Já atemorizado por estar vendo o show inteiro, entro em estado de choque quando percebo que começa a cair uma chuva de sangue no palco. Bateria, guitarras, baixos, corpos, completamente encharcados de sangue vermelho pastoso. Não sei como eles conseguiram tocar a música inteira sem errar. Temei. Não sei como o Capeta não apareceu no final. Rezem por mim. Cantor de ópera Não podemos esquecer que amanhã tem Roberto Jefferson no Roda Viva. O show começa às 22h30. Macarrão à bolonhesa Deixa eu te contar uma coisa. Sonhei que estava fazendo amor com você. Ao contrário de você, sabe como é difícil essas coisas acontecerem comigo. A gente tava na cozinha. Foi totalmente imprevisto. Você estava começando a fazer o almoço, vestida com aquela sua saia que eu gosto, e eu estava sentado batendo as unhas na mesa, só de short. A gente conversava amenidades, então você despejou o macarrão na água fervendo e veio me dar um beijo. Era pra ser um beijinho só, rapidinho, só que durou um pouco mais de tempo. Eu te segurei, na verdade, e você ficou. Então durou um bom tempo. E foi indo até... uau, nem vou me por a detalhar. Seria meio que crueldade comigo mesmo. Fazia tempo que eu não tinha um sonho tão real. Enquanto olhava pra você em cima de mim na cadeira, conseguia sentir o cheiro da água esbranquiçada borbulhando com o macarrão dentro. A carne moída borbulhando, fazendo ploc-ploc-ploc junto com o molho vermelho. Quando eu olhava pro lado dava pra ver a fumaça da panela saindo. Ploc-ploc-ploc o molho borbulhava cada vez mais rápido e a água do macarrão começava a respingar pra fora da panela. Foi quando vi que os dois fogos estavam no máximo e quando voltei pra olhar o seu rosto você falou Meu amor, a comida vai queimar. Não, não vai – eu disse. Mesmo sabendo que iria. Não era problema nenhum que nosso molho à bolonhesa ploc-ploc-ploc começasse a secar e a queimar. Não vai, eu repetia. Vai sim – você disse meio que sorrindo. Segurei firme no seu pulso e disse – não, não vai – meio rindo. Você me deu um beijo, saiu, se arrumou rapidinho e foi tirar a panela do molho do fogo. Fiquei imóvel, ali, com o short na canela, te vendo de costas mexendo e colocando mais água no molho. Gostei tanto da cena que minha frustração de ter parado no meio quase desapareceu por completo. Não falei nada. Estava entretido demais em observar minha respiração voltando ao normal. Então você virou e começou a rir de mim. Subi o short na seqüência e fui pegar um gole da cerveja que esquentava na pia. Te abracei de leve por trás e topei meu nariz na sua nuca – saí logo porque vi que estava atrapalhando. Vou ao banheiro, falei e me arrependi achando que era uma informação inútil a ser dada. Quando voltei você não estava na cozinha. Fui na sala e as panelas estavam na mesa, com os pratos e talheres colocados. Tinha sido muito rápido. A mesa estava com a toalha colocada, guardanapos, copos com gelo, toda arrumada. E você sorria pra mim sentadinha. Fiquei em pé parado tentando entender. Que foi? - você disse. E acordei. Mestre dos Magos "Nothing hurls a writer into stupidity more rapidly than the desire to be thought wise." Circus Museum Galeria totalmente espetacular de pôsters de circo. Site gigantesco e maravilhoso. Vou chorar de tanta satisfação por ter encontrado isso. life BEFORE death Transcrição do discurso que o escritor David Foster Wallace concedeu numa formatura no Kenyon College em maio de 2005. Nicely dharma-like. No mês passado li a ótima tradução do seu livro "Breves Entrevistas com Homens Hediondos" pela Companhia das Letras. Achei extremamente genial. No começo desse mês, ganhei de um americano um calhamaço de xerox com uncollected works do autor e fiquei mais empolgado ainda pra comprar seu livro mais famoso, "Infinite Jest", que tem mais de 1200 páginas. Ainda estou ocupado com trabalhos do fim do sétimo semestre da faculdade. Mas as baterias estão carregadas - ou melhor, descarregadas. Minha vontade de recarregá-las de coisas boas e não perder tempo é que está em alta. Vou tentar aproveitar isso. É a boa ressaca do dia dos namorados. She makes me wanna die Este blog ficará parado até próxima quarta-feira devido aos meus prolongados eventos comemorativos do dia dos namorados. Até lá. Hábitos para a hora de escrever "Escrevo untado em óleo de dendê, vestindo roupa de neoprene e pés-de-pato. Antes, sangro um carneiro sobre o teclado, consulto as suas vísceras e faço um círculo de sal grosso em torno da mesa da computador. Se não for assim, o texto não sai." -Arthur Dapieve Eu só consigo escrever depois que estou com a barriga muito cheia. São Zequinha da Barra Era um sábado de manhã, acordei cedo e me preparei para ir até o único cemitério de São Joaquim da Barra, nordeste do estado de São Paulo. Ninguém querido tinha morrido, fui à procura do Zequinha para marcarmos um horário para entrevistá-lo. O cemitério estava completamente vazio, imerso num completo silêncio. Subia a grande rampa principal e olhava para os lados na esperança de encontrar alguma alma viva, mas não via nenhum sinal. O único sinal de vida ali era uma gata que dormia em cima de uma lápide, com seu filhote deitado em cima dela. Ela apenas levantou sua cabeça quando me viu. Nenhum sinal do Zequinha. Não entendi Da esquerda para a direita, Bruno Galera, Renato Parada, Cardoso, Clarah Averbuck e Daniel Galera. L'agence Hoje eu tô melhor. Gostei das fotos da Vu Photographe Agence. Compartilhando com vocês entonces. Samba, Tevez Amanhã o Pânico na TV vai estar imperdível. Jô Soares calçou a sandália da humildade e o Merchan Neves aterrorizou a turma da Seleção em Porto Alegre. Eu curto pacas a Sabrina Sato. Verbas em transe Diogo Mainardi "O período de ouro do cinema nacional foi entre 1992 e 1994. Fernando Collor de Mello cortou o financiamento público e nenhum filme foi feito. De lá para cá, tudo piorou. O governo federal deu 1 bilhão de reais à turma do cinema. Uma parte do dinheiro foi roubada, retornando por baixo do pano às empresas beneficiadas pelo subsídio fiscal. A outra parte do dinheiro teve um destino infinitamente mais sombrio: virou filme. No momento, 365 longas-metragens estão em produção no país. Se todos fossem realizados, daria para ver um filme nacional diferente por dia, durante um ano. Não consigo imaginar perspectiva mais aterrorizante do que essa. Gilberto Gil, na última segunda-feira, reconheceu que o setor cinematográfico enfrenta um "esgotamento do modelo, uma fadiga da estrutura". Ele afirmou que, embora o investimento de recursos públicos tenha crescido nos dois primeiros anos do governo Lula, a participação do cinema nacional na bilheteria caiu de 21% para 10%. Gil defendeu um "choque de capitalismo". Choque de capitalismo, no jargão do ministro da Cultura, tem um significado um tanto pitoresco. Não quer dizer eliminar o financiamento público. Pelo contrário: quer dizer aumentá-lo. De fato, a proposta de Gil é dar ainda mais dinheiro à turma do cinema. Ele acredita que o governo não deve bancar somente a produção de filmes, como fez até agora. Deve bancar também a distribuição e a exibição. O capitalismo, para Gil, funciona assim: o Estado paga tudo. Paga a produção do filme, paga a construção da sala, paga a distribuição da cópia, paga o bilhete do espectador. Se o mercado rejeita o cinema nacional, o capitalismo de Gil simplesmente abole o mercado. Em 2003, foram lançados no circuito comercial 29 filmes produzidos no país. Outros vinte não conseguiram encontrar exibidor. Foram direto para a lata do lixo. Se o governo jogasse fora dois quintos da verba da merenda escolar, alguém já estaria preso. Como joga fora dois quintos da verba de filmes, ninguém reclama. O cinema nacional só existe porque é tutelado pela política. Produtores e diretores sabem disso. Tanto que sempre buscam a proteção de quem controla o dinheiro. Outro dia, um grupo deles se reuniu com José Dirceu. Gilberto Gil aprovou o beija-mão. Ele declarou: "Melhor que procurem muita gente. É bom. É uma forma de envolver a Casa Civil". Seria recomendável que produtores e diretores procurassem agora Delúbio Soares, Silvio Pereira e Mauro Dutra, dono da Novadata e amigo do peito do presidente. Uma questão, porém, o governo jamais poderá superar: a ojeriza do espectador pelo cinema nacional. O brasileiro aceita que lhe tomem o dinheiro para financiar o parasitismo do meio cinematográfico. Aceita até mesmo que isso acabe envolvendo uma certa dose de roubalheira. O que o brasileiro não aceita, de jeito nenhum, é ter de assistir a filme nacional. Não adianta criar uma reserva de mercado, obrigando o exibidor a colocá-lo em cartaz. Não adianta baratear artificialmente o bilhete de entrada. O espectador que, uma vez na vida, caiu na cilada de ver um filme brasileiro, de Terra em Transe em diante, nunca mais repetirá o erro." Veja, 8 de junho de 2005 Not up. Down. "Note: When a dog relieves itself, it does so down. So does a horse. And so do humans, apparently. To test this last thought, I approached a man in a squatter: "Does it go down?" I asked. "What?" he said between droppings. "Your waste. Does it drop down or up?" He shrugged. "Down, you mad bugger. Now lose yourself!" I'm currently writing a paper on this to colleagues." Pérola da McSweeney's: Sir Isaac Newton's Notes, Before the Discovery of Gravity. Marron Levei quase toda a manhã para ler o perfil do Marlon Brando escrito pelo Truman Capote para a New Yorker, em 1957. Cansei. Vou cansar muito mais para escrever um perfil de vinte mil toques que tenho que entregar para a faculdade. Fuóóó Larry King totalmente transtornado assoa o nariz durante intervalo da entrevista com Bush pai e esposa. [via The Huffinton Post] Vi Fotógrafo novo na turma do iN-PUBLiC: Christophe Agou. Fotos e textos com idéias legais sobre fotos no Geist Photo Essays. Deep Throat Uma experiência pornográfica a descoberta de que Mark Felt foi mesmo a fonte secreta do caso Watergate. Comecei a ficar constrangido cada vez que via nas capas de jornais, sites, blogs, televisão, em todos os lugares ele sendo chamado pelo seu apelido: Garganta Profunda. Nem quando o filme foi lançado o termo foi tão comentado. Linda Lovelace perde o posto depois de 33 anos. |
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