Saiu uma resenha de página inteira no Caderno 2 do Estadão sobre os dois primeiros livros do Jonathan Safran Foer: Tudo se Ilumina (Ed. Rocco) e Extremely Loud & Incredible Close (Houghton Mifflin). Sérgio Augusto rasgou elogios na tradução do primeiro. Comentou do desafio que é realizar um relato ficcional com um personagem com problemas de comunicação. No caso, Alex Perchov, o jovem ucraniano guia de Foer. E cita a escritora Francine Prose quando disse que "desde A Laranja Mecânica a língua inglesa não era destroçada e recriada com tanto brilho como no livro de estréia de Foer". Sérgio Augusto emenda: "Se exagerou, foi pouco". Pois é. É absurdamente bom e o título simplifica com excelência a impressão que o jogo das palavras deixa.
Comentei sobre minha leitura do Tudo se Ilumina, mas por preguiça não comentei a do Extremely Loud & Incredible Close, que vale a compra mesmo não sabendo inglês, tanto que o livro em si é bonito. Na real, não é um inglês difícil de ler, captei quase tudo com o meu todo capenga. Sérgio Augusto achou esse "um show de acrobacia literária, superior ao primeiro". Eu já não consigo comparar. Talvez eu ache o primeiro melhor, mas o Extremely Loud é mais coração, com um rítmo mais versátil e direto, às vezes te deixa sem ar, às vezes sem chão. É mais atual, já que se trata das conseqüências do 11 de setembro em um menino de 9 anos, Oskar Scheel. O que a matéria não disse é que o Extremely Loud está sendo traduzido pela Rocco também, pra sair esse ano, e que eles tem que caprichar e não deixar de fora nenhum detalhe das picuinhas gráficas do livro. Legal o jornal ter dado espaço para falar desses dois livros. Até empolguei e escrevi aqui de vontade de indicar de novo.