Samjaquimsatva


 

Dândi ogro ruivo
"Se você é um ser humano caminhando pela Terra, você é esquisito, você é estranho, você é psicologicamente desafiador. Você é bastante incapaz em certas coisas, bastante bom em outras. Você provavelmente não se acha tão atraente quanto você é."

The Observer bateu um papo com Philip Seymour Hoffman.





Camaleão

O Brad Pitt muda de aparência e estilo de vida a cada namorada nova. Sem dúvida ele fica melhor com a Juliette Lewis.





H=S+C+V
"É melhor ganhar na loteria do que quebrar o pescoço, mas não tanto quanto você pensa... Dentro de um ano, ganhadores da loteria e paraplégicos terão ambos (em média) retornados a maior parte dos parâmetros de seus níveis de felicidade."

É a New Yorker explorando a busca pela felicidade e a fragilidade do contentamento. Uma coisa eu concordo, nossos momentos mais felizes são quando estamos absortos, concentrados, submersos naquilo que estamos fazendo.





Não fuja da dor

A entrevista das páginas amarelas da Veja dessa semana é com o psicólogo Steven Hayes, cuja terapia da aceitação e comprometimento é o mais novo contraponto à terapia cognitiva comportamental, utilizada a mais de 30 anos no tratamento dos transtornos de humor, depressão, síndrome do pânico, stress pós-traumáticos, etc.

Comentei há duas semanas aqui no blog uma matéria da revista Time sobre Hayes. A entrevista da Veja comenta o básico, que a terapia de Hayes incentiva os pacientes a aceitarem o sofrimento como parte da vida, enquanto a terapia cognitiva ajuda os pacientes a se livrarem dos sentimentos negativos. Mesmo assim vale a pena ler.

"As artimanhas que usamos para escapar da aflição nos desviam de nossos objetivos de vida." É interessante ver idéias aparentemente banais tomadas como revolucionárias pela psicologia. Resta saber o que os beneficiados pelos tratamentos convencionais acham disso tudo. Ao que me parece, a terapia de Hayes não é para qualquer pessoa. É pra quem já está bastante forte e nem um pouco fragilizado. Mas parece ser um passo que a psicologia dá na direção de livrarem os pacientes de serem dependentes dela.





Corrida da Desintegração

Está sendo uma experiência de velhice ir correr na pista de atletismo da Unicamp. Tudo bem que correr é um esporte difícil, requer muito preparo. Meu amigo Zé Paulo, a.k.a. Zepa, 38, corre 15 km todo dia e demorou 2 anos para conseguir esse preparo. Mesmo sabendo disso a experiência de ir correr na Unicamp está sendo perturbadora.







Mão do Demo

"Que bom", respondi com satisfação certa vez em uma conversa no MSN. A moça do outro lado perguntou, “Por que a frieza?”.







Capote

Philip Seymour Hoffman interpretando Truman Capote é parecidíssimo com Daniel Mojo Pellizzari. Muitos trejeitos são idênticos. Impressionante. Tive dificuldade pra permanecer quieto e concentrado nos primeiros dez minutos do filme por causa da voz fina que Hoffman faz. Espasmos de risada escapuliam em momentos inesperados ao menor "thank you" que fosse. Foi bom ter ido sozinho. Assim isso não potencializou e passou bem rápido.







Amphitryon

Incrível o livro “Amphitryon” do mexicano Ignácio Padilla. Senti o poder da literatura latino-americana que conheço muito pouco, quase nada. A trama se passa em meados da Primeira Guerra Mundial até o fim da Segunda Guerra, uma parte na Alemanha e outra Áustria. Há um motivo para um escritor mexicano tratar de um tema tão distante assim. Padilla faz parte de um movimento literário chamado Crack, que pretende dar um sai pra lá no realismo fantástico pós-Gabriel García Márquez que contaminou a literatura latina. Para dar um basta nos famigerados temas sociais entre outros recorrentes que buscam decifrar um suposto latinismo mágico.







Mogwai

Channel 4: "Watch 'Glasgow Mega-Snake' live right now!"





Match Point

Woody Allen está velhinho e não gosto de vê-lo em cena por causa disso. Fico nostálgico. Querendo que ele nunca tivesse envelhecido. Que continuasse fazendo seus filmes sempre meio parecidos, que causam a sensação familiar de estar trocando idéias com um grande amigo. Também não gosto de ver novos atores fazendo seu personagem neurótico. Por essas e outras achei excelente seu último filme “Match Point”, onde ele foge disso tudo. E fico feliz por saber que ele está em ótima forma para continuar fazendo grandes filmes.







O mistério da New Yorker

O jornal israelense Haaretz aproveitou que David Remmick, editor da New Yorker, estava em Jerusalém para escrever um artigo sobre a vitória das eleições parlamentares pelo Hamas e tentou desvendar a fórmula do sucesso da revista.







Minhas fotos

Atualizei minha página inicial do Flickr com fotos antigas que encontrei no computador do meu irmão.





Felicidade não é natural

A revista Time publicou uma matéria interessante sobre a terceira onda de mudanças no campo da psicologia. Uma nova tendência que está crescendo dentro da ciência do tratamento comportamental. Atualmente a vertente mais disseminada e responsável pelos tratamentos de depressão, ansiedade, obsessões, traumas, síndrome do pânico, entre outras doenças é a Terapia Cognitiva Comportamental (TCC). A terceira-onda seria a sua substituição pela Terapia da Aceitação e do Comprometimento(TAC) – “Acceptance and Compromise Therapy” – que tem como especialista o psicólogo Steven Hayes, personagem da matéria da Time.







Sábado

Um acontecimento traumático invade a vida do protagonista e faz ruir suas certezas e sensações de segurança. A estrutura dos livros do inglês Ian McEwan se assemelha a do norte americano Philip Roth. Só agora notei isso. Sábado, último romance de McEwan, não foge disso. A mudança que houve está na intensidade em como o terror, a desgraça e o sofrimento aflige seus personagens. Uma mudança bem-vinda, apesar de suavizar aquilo que ele faz melhor. Algo que, pra quem conhece, acaba cansando. Fica previsível. Não é preciso querer superar o abismo de tensão d'O Jardim de Cimento. Ou criar um novo Homem-Armário, do livro de contos do Primeiro Amor, Últimos Sacramentos. Já tá ótimo. Que mude. E mudou. Apesar de perder um pouco no ritmo, a estranhezas e inseguranças ganharam uma dimensão mais cotidiana, próxima e real. Afinal, o que uma discussão sobre uma leve batida de carro pode ter de tão trágica?







Call me Ishmael

As 100 melhores primeiras linhas de livros segundo a American Book Review.





As crianças e os livros

O The Guardian pediu para a Royal Society of Literature nomear os 10 melhores livros para crianças na fase escolar. Não especificaram a idade. Supõe-se que sejam crianças entre 7 e 15 anos. Publicaram a lista e haviam obras como “A Odisséia” de Homero, “Dom Quixote” de Cervantes e até “Ulisses” de Joyce. Desde então está rolando uma discussão no Culture Vulture sobre a escolha desses livros. Não estariam superestimando essas crianças demais? Não há um exagero em querer que elas leiam esses livros?