Samjaquimsatva






Mulher passiva, homem bundão

A autora lembra que, no mundo do trabalho, os atributos exigidos das mulheres são persistência, obstinação, atitude. Mas no território do desejo e da sensualidade ainda são requeridos qualidades como passividade. “A mulher batalhadora, guerreira e persistente [ no trabalho ] torna-se sufocante, insistente e cansativa”, explica ela.

Carla Rodrigues no Contemporânea comenta sobre a dicotomia entre a loura-burra e uma suposta adaptação da mulher inteligente para agradar o homem. A primeira coisa que me veio à mente quando li sobre a passividade como atributo da sensualidade foi uma constatação que há anos vem se comprovando em minha cabeça: homem é tudo bundão.

O linguajar agressivo com que falam sobre mulheres, pode saber, é bundão. Qualquer tipo de agressividade vinda do homem é só coisa de bundão. Expressão do medo. Insegurança em excesso, muito mais que mulher. Sentimentalmente infantil e automaticamente passivo. Uma expressão diferente de passividade. Deve ser por isso a constatação acima. O que não é passivo para o bundão, é opressor; logo, não o atrai. Só assim faz sentido.

O universo dos leitores deste blog é um bocado diferente do que mais há acontecendo por aí, mundão a fora. Acredite. Quantas vezes ouvi, de gente jovem, que namora faz tempo, que sexo com prostituta é diferente de com a namorada, como se fosse melhor. E gente que está ficando grandinha com fixação por meninas com menos de dezessete anos. Tem de punhado. No fundo, está lá, o medo, a insegurança do bundão.

Mulheres têm problemas clássicos, a competição, a instabilidade, etc. Ainda assim são muito mais admiráveis. Sempre admirei muito mais mulheres do que homens, das mais variadas idades e das cabeças mais diferentes. Mulher é um bicho superior só por ser mais interessante. Elas estão sim ficando mais inteligentes, mais independentes e mais felizes. Não consigo imaginar uma notícia melhor que essa.