– O crawl está perfeito. O peito você tem que puxar menos, o cotovelo não pode passar da linha do ombro. A puxada tem que ser curta e rápida, o afundar tem que ser pra frente, não pra baixo, como você está fazendo (com essa puxada larga) o corpo afunda só pra baixo. Já o costas está uma festa. Você parecendo um liquidificador. Todo mundo acha que costas é sair batendo os braços e pernas feliz da vida. Não pode, vira uma anarquia. Vamos reaprender do começo de novo, vai. Os dois braços esticados pra trás, palmas viradas pra fora. Segura os braços esticados, concentra em deixar os braços esticados, deixar eles esticados é a dica. Então faz a primeira puxada (o outro esticado, não mexe o outro, deixa ele lá esticado). Puxou, agora vai tirar ele pra fora d’água tirando o ombro primeiro pra fora d’água. Vai levantando ele. Quando estiver na altura do rosto, vai virar de novo a mão para o lado de fora (o outro braço vai estar lá, paradinho, esticado, esperando o outro pra ficar esticado do lado). Bate bem as pernas enquanto isso. Então quando os dois braços estiverem esticados iguais, você faz o mesmo movimento com o outro braço (e o outro esticado, é assim que vai corrigir). Faz cinqüenta metros pra eu ver. Vai e volta. Vou ficar vendo. (...) Isso, viu?, como já fez uma diferença enorme? Não tá liquidificador mais. Reto e bonito, organizado e compassado. Outra coisa, não é? Faz duzentos assim. Depois nada livre. Tá bom. Lembra dos braços esticados que não tem erro. É chato reaprender, mas já já você acostuma. Quando você esquecer que precisa deixar o braço esticado enquanto faz a puxada do outro, te passo a próxima dica para as puxadas ficarem em seqüência, sem espaço de tempo nenhum entre elas. Por enquanto faz mais assim como te falei. Tenho que sair agora. Você vem amanhã, né? Tá bom, vou ficar te esperando. Precisamos dar uma corrigida no borboleta também. As pernas e os braços tão bem, mas a golfinhada do corpo não está saindo direito. Melhorando ela vai precisar fazer menos força.