Conheci os filmes do Ingmar Bergman graças ao Eduardo Pinheiro. Até hoje lembro como fiquei deslumbrado em sua casa ao ver como aquilo na tela se aproximava da mais perfeita das pinturas. O filme no original em sueco, sem legenda, e impossível de tirar os olhos. Os closes nos rostos das mulheres. Elas se mexendo. Bergman pra mim é sinônimo de perfeição. Insuperável na fotografia. Na profundidade psicológica. Lembro que na época O Sétimo Selo não bateu de primeira. Foi Persona que me pegou de jeito. Cinema nenhum era parecido com aquilo. Gritos e Sussuros e Morangos Silvestres estão entre os clássicos imperdíveis. Não vi mais por não ter acesso. Foi Bergman também quem me fez ver quase todos filmes de Woody Allen, que foi buscar seu diretor de fotografia para fazer seus filmes. Bergman morreu hoje, aos 89 anos, em sua casa na Suécia. Eis o obituário do New York Times, a notícia no Estadão e um artigo de Woddy Allen no New York Times de 1998 sobre ele.