Samjaquimsatva


 

Sartorialist no ABC News

O ABC News acompanhou o Sartorialist Scott Schuman em suas fotografias na rua. Vejam o vídeo.





Retratos de Angeli

Muita vida em nenhuma história nos perfis do Angeli na Piauí.





Mensagem a um pianista
"Se eu achasse que você possui os dons de um artista, não hesitaria em exortá-lo a abrir mão de tudo em nome da arte. A arte é a única coisa que importa. Em comparação com a arte, riqueza, posição social e poder não valem nada. [...] Evidentemente, percebo que você tem se esforçado muito. Não pense que isso foi um desperdício. Sempre será pra você um prazer tocar piano, e isso lhe permitirá apreciar as execuções grandiosas como nenhuma pessoa comum pode ter esperança de fazer."

Trecho dito pela a pianista Lea Makart a George, um filho da nobreza emergente da Inglaterra que teve o desejo arrebatador de se tornar pianista. A família concordou com uma ressalva. Ele iria para a Alemanha estudar música e voltaria após dois anos para se submeter a avaliação de um pianista profissional. Após dizer o trecho acima, ela fez questão de ressaltar que George não se tornaria um excelente pianista "nem em mil anos". Ainda assim achei o trecho tocante. A história faz parte do capítulo "Razão e Sensibilidade: A variação da musicalidade" do livro Alucinações Musicais (Companhia das Letras) do neurologista Oliver Sacks.





Mundos em comidas

Mundos inteiros em pedaços de comida.





Man Booker Prize 2007

Contrariando as previsões, e desbancando Ian McEwan, a vencedora do Man Booker Prize 2007 é Anne Enright com o livro The Gathering. Matéria do Guardian. E não esqueci que quero ler o vencedor do ano passado, o Legado da Perda de Kiran Desai.





Cara de comida

As pessoas e seus cafés da manhã. Elas são o que elas comem?

Coalhada eu acharia bom poder comer todo dia de café da manhã.

E isso me lembrou do ensaio "What the World Eats" da Times.





Tocado pela luz

No New York Times, uma fascinante galeria de fotografias feitas com daguerreótipo da exposição "Impressed by Light: British Photographs From Paper Negatives, 1840-1860" que estará no Metropolitan Museum of Art. Incrível como quem fazia as fotos na época não tinha nenhuma pretenção artística, nem as faziam para exibir a um público. Mas aí estão elas pra gente ver agora.





Por que eu adoro o The Sartorialist

"Everyone wants to take a picture of me".





Charlie Rose e os grandes fotógrafos

Estão disponíveis na íntegra no site oficial do Charlie Rose as entrevistas com alguns dos maiores fotógrafos do nosso tempo. (Suas cópias também se encontram no Youtube.)

Pra começar, Henri Cartier-Bresson, o maior de todos. Ele que não gosta muito de racionalizar sobre fotografia recebeu Charlie Rose em uma tarde em Paris. É uma preciosidade poder ouvir um artista desse calibre em uma entrevista de 1h.

Na seqüência, Richard Avedon, de longe a minha entrevista favorita. Ele que elevou a fotografia de moda aos patamares mais altos da arte. Ouvir ele falando sobre seu trabalho é a maior aula que alguém pode ouvir sobre fotografia e sobre a vida.

Há ainda Gordon Parks, Annie Leibovitz, Roy DeCarava, Sally Mann e Mary Ellen Mark.





Rancho de palavras

Daniel Galera, em sua melhor entrevista, dá uma dica preciosa para quem tem qualquer tipo de pretensão artística:

Nunca esqueça que não há evidência nenhuma de que qualquer ser humano na face da terra esteja minimamente interessado no que você tem a dizer.




Últimas de Tunick e Salgado

Spencer Tunick em Miami, fotografando seus nus de multidões.

Sebastião Salgado na Amazônia, para seu projeto Genesis.





PJ Harvey: White Chalk

O disco novo da PJ Harvey, White Chalk, é a melhor coisa que ela poderia ter feito nessa fase de sua carreira. Sairam as guitarras e entrou um piano, que fez deste talvez o seu disco mais intimista, o mais Polly Jean Harvey, rompendo com o seu estilo de compôr e cantar com a banda. O disco tem uma aura fantasmagórica, com gritos e sussurros de arrepiar, e lúdica, pela maneira simples e hipnotizante como ela toca o piano. O que faz com que sua desolação e tristeza soe mais reconfortante, próxima e de uma beleza que por si só nos faz transcender tudo isso. É um disco pra se ouvir no repeat durante uma noite inteira e não enjoar.





Nobel de Literatura 2007

Na verdade eu estava torcendo muito para o Philip Roth levar o Nobel de literatura deste ano, mas não foi dessa vez - será que isso acontecerá? Doris Lessing foi a 11ª mulher a receber o prêmio.





O Fotógrafo Perfeito

Muito boa essa matéria no Estadão de hoje sobre um fotógrafo amador de Capão Redondo. Aí está alguém com nenhuma referência e com uma necessidade natural de fotografar.

Periferia pela lente de quem vive nela

Gilberto Amendola

Com o dinheiro que ganhava como servente de pedreiro, Ronaldo Camelo da Cruz, de 22 anos, comprava filmes para sua câmera fotográfica, uma velha Kodak. Em seus “rolês” pelo Capão Redondo, na zona sul de São Paulo, clicava “amigos de quebrada”, familiares e todo o cotidiano do bairro. “Teve uma vez em que acharam que eu estava maluco. Fiquei meia hora fotografando uma cadeira vazia.”

Há três anos, a vida de Cruz era quase como aquela cadeira vazia. Sem agüentar muito tempo nos bicos que fazia, passava os dias na rua ou, como gosta de dizer, “vegetando”. A única preocupação dele era com o filho, Isac, de 5 anos. “Eu não tinha nada. Só essa câmera velha e a vontade de fotografar.” No ano passado, ele soube de um curso de fotografia na ONG ImageMagica, lá no Capão Redondo. “Gostei e fui fotografando tudo o que me chamava atenção.” Algumas fotos de Cruz impressionaram os profissionais da ONG. Como reconhecimento, uma professora emprestou a própria câmera digital. A partir daí, ele registrou flagrantes de sua mãe saindo do banho, closes no pé da namorada enquanto ela pintava as unhas e polêmicas imagens de cápsulas de cocaína sobre um vestido azul com estampa de estrelas.

Quando esse material chegou, o pessoal da ONG tomou um susto. “Cruz tem uma percepção especial da realidade ao seu redor”, afirmou o idealizador da ONG, André François. Rapidamente, o rapaz foi inscrito no Prêmio Porto Seguro, concurso de fotografia. “As pessoas falam das minhas fotos. Perguntam se sigo algum fotógrafo. Mas eu não tenho referência nenhuma. Na minha vida, só fui três vezes ao cinema e li apenas um livro, O Quinze, da Rachel de Queiroz”, diz Cruz.

No concurso da Porto Seguro, foi premiado como fotógrafo revelação. Com o prêmio, R$ 8,5 mil, ele pretende comprar uma câmera profissional e um computador. “Eu poderia ir para o Parque do Ibirapuera e fotografar árvores, mas isso todo mundo faz. Quero mostrar meu jeito, minha realidade”. O próximo projeto dele é fazer um ensaio sobre o cotidiano de Deuclides, amigo da família que sofre de alcoolismo.

Obrigado pela dica, Claudemir.





Portfolio

Montei um portfolio com minhas fotos na internet. A quem interessar, o endereço é:

http://www.renatoparada.com/