" /> verdes fritos: julho 2006 Archives

Main | agosto 2006 »

julho 29, 2006

Anão vestido de palhaço mata 8


Essa comunidade do Orkut é pra quem adora as bobagens da Popular do Terra.

Vou processar a Globo

Vou processar a Globo por lavagem cerebral.
Acabei de ver na televisão que vai começar mais um Criança Esperança. Pelo amor de deus, eu não posso com a música do Criança Esperança. Aliás, eu não posso com nenhuma das vinhetas da Globo. Essas musiquinhas infelizes entraram na nossa vida na mais indefesa idade, nos doutrinaram, e certamente nos acompanharão até que o mundo se acabe. Isso é crime.
Quando ouço a vinheta do plantão da Globo meu coração já bate acelerado - morreu o presidente. Como fica se eu tiver um enfarto? Morre ele e morro eu. E a musiquinha do futebol, que sempre precede aquele "bem amigos da rede Globo"? Pior do que uma vinheta chata, só uma vinheta chata que traga o Galvão Bueno junto.
Domingo tem a do Fantástico, com aqueles vozerios fazendo "u u u ah" e o Cid Moreira dando um tom de importância a baboseiras da semana. Tem também a do final de ano ("hoje, é um novo dia, de um novo tempo, que começou..."), a do carnaval ("lá vou eu, lá vou eu, hoje a festa é na avenida..."), as do Jornal Nacional e Globo Repórter. Isso sem contar as "modernas" como Sítio do Pica-Pau Amarelo e Linha Direta. Coisa de fazer inveja a Goebbels.

Se processa tanto hoje em dia, sai cada decisão aparentemente absurda por aí que vou processar a Globo.

_____________________________________________________________________________________________

A única vinheta que se salva é a da Fórmula 1.
A nostalgia dos domingos de manhã, a lembrança de acordar cedo e, ainda piá, ver o fogo do meu pai avermelhar a brasa, a sensação de esperar por uma boa corrida do Senna, como a no Brasil em 91, quando só depois se soube que o Senna tava com o câmbio travado na quinta marcha.
A música do Senna ainda me cativa, emociona, até parece minha - mesmo depois de tantos anos sem ver um bom piloto brasileiro. No embalo dela, até o Galvão Bueno parecia ser menos chato.
A música opera milagres.

julho 21, 2006

Do lado de lá do front

Talvez as versões sejam tão deturpadas quanto as "oficiais", mas ao menos você pode escolher em quem acreditar.

Alaqsa
Al-Quaeda News
Hezbolah
Jihad Watch
The Muslism Brotherhood

julho 18, 2006

Suzane

Com o alvoroço causado pelo caso Richthofen, é natural que uma série de observações seja feita. É mais natural ainda que essas observações sejam críticas e direcionadas à cobertura feita pela imprensa. A frase que mais ouvi nos últimos dias foi "por que diabos vocês, jornalistas, dão tanta atenção a um caso como esse, já que filhos matam pais todos os dias?". Por que diabos damos?

* * *

Aquele quadro de focas do Caco Barcellos, o Profissão Repórter, fez um especial sobre casos muito semelhantes ao da Suzane, só que envolvendo pessoas pobres - o que não lhes garante publicidade alguma e, sequer, empenho da polícia. Hoje, depois de mais um dia imerso na cobertura do júri, consegui parar pra filosofar umas besteiras. Um delas é que o caso Richthofen chama tanta atenção da imprensa e, por conseqüência, das pessoas (ou vice e versa?), por que põe em xeque o conceito geral de felicidade. Na época do crime, Suzane era uma garota de shopping center, relativamente bonita, rica, moradora de um bairro bacana - feliz. Sob o conceito de felicidade atual, só a palavra rica já seria suficiente pra tornar a moça feliz.
Talvez até a palavra shopping.

* * *

O espaço dedicado ao caso faz bem à audiência, mas parece ir além disso. Parace gritar `como pode uma pessoa feliz fazer o que fez Suzane, matar os pais a pauldas junto com dois caras, na cama, dormindo, de bruços?`. As contradições confundem. Se pudessemos produzir seres humanos previsíveis - e estamos quase lá - Suzane certamente faria parte das castas superiores; livre, realizada e feliz, como acreditou Aldous Huxley Por ironia, em vez da realização plena, hoje ela veste uma roupa cáqui (dedicada aos presos), exatamente a mesma cor dos uniformes usados pelos seres menos desenvolvidos em Admirável Mundo Novo.

julho 16, 2006

Rescaldo da Copa

O que faltou pra Seleção Brasilera sobra nesse vídeo feito em homenagem ao time argentino depois da eliminação. Emocionante.

Autosatisfacción masculina

Esses caras vendem vaginas, bocas e anus em lata.
Eu também não acreditei.

Trabalhe para os Rolling Stones

O site do disco 'A Bigger Bang' anda sorteando duas vagas de roadie pra turnê dos Rolling Stones. É a chance que você estava esperando pra carregar as polainas brancas do Mick Jagger e levar um bituca acesa pro Keith Richards. O sorteado vai "trabalhar" por um dia nos bastidores de um show da banda, jantar e dormir em um hotel de luxo. E vale duas passagens aéreas de primeira classe pra levar a mamãe ou a vovó.

Pra quem odeia Stones, um alento: a possibilidade de você ser cliente do American Express ou a Luciana Gimenez é muito remota.

O Diarinho

Um das coisas mais surreais da internet brasileira é o jornal Diarinho.
As manchetes são sensacionais:

"Figurão acusa Marieta de fraude na grana do SUS"
"Câmara aprova lei para melar a vida da primeira-dama"
"Malandros assaltam farmácia e se ferram"
(e a melhor de todas)
"Aprovados no concurso público tão chupando o dedo"

Diversão garantida.

Venha para o mundo de Maubôro

Nada de mensagens animadoras de inauguração, nada de explicações, sequer um aceno de olá. Sou um blogueiro iniciante, esse é meu primeiro post e eu não quero desperdicá-lo explicando os objetivos do blog. A seguir, um pouco da comédia da vida, jornalismo parcial, música, literatura, sentimentalismos embriagados e um homem-placa que vende ouro, compra vale e corta cabelo.
Venha comigo pra fase do aproveite agora!
Venha para o mundo de Maubôro!

E passemos ao próximo post, por favor.