Como o comunismo pode destruir a América
Quer coisa mais comunista que um furacão? Que tal um furacão chamado Ernesto?
Se todos os anos a temporada de furacões do norte já torna regiões nos EUA interamente comunistas (todos dormem no mesmo abrigo, comem da mesma comida, compartilham das mesmas angústias e até, milionários e mendigos, têm assunto em comum) imagine o estrago psicológico que pode fazer um furacão chamado Ernesto - primeiro nome de Che Guevara -, que chega com potencial de destruição na América exatamente um ano depois da tragédia do Katrina e um dia após ter passado por Cuba. Êta ventinho emblemático esse.
Hoje, Bush andou por lá, com a imagem ainda arranhada pela pífia atuação no ano passado, quando só sobrevoou a área atingida. E o que é pior: o governo dos EUA ainda retém dinheiro que deveria ajudar a reerguer New Orleans. Já viram as fotos da cidade? Não é arquivo, não, essas fotos foram distribuídas pelas agências internacionais hoje. Não se fala de outro assunto.
Enquanto áreas de brancos e ricos (redundância?) já foram limpas e reconstruídas como se fossem a Disney, os bairros mais pobres próximos dos diques de contenção de água ainda parecem uma zona de guerra. New Orleans está 3 metros abaixo do nível do mar, e os tais diques - já fracos e obsoletos na época - ainda não foram totalmente reconstruídos. Quer dizer, se outro furacão atingir com força o Golfo do México, pode ser a pá de cal.
Por essas ironias da vida (e pela total incompetência do governo) é a primeira vez que um Ernesto tem reais chances de entrar na América. E destruí-la.