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novembro 4, 2007

anota aí, borra

Tabela do Brasileirão vai acabar assim, no final (os 4 estarão na Libertadores)

São Paulo
Grêmio
Santos
Cruzeiro

O Santos não será o vice-campeão.
Palmeiras e Flamengo ficarão de fora.

Acabei de ler isso aqui na borra do café.
Boa semana.

novembro 1, 2007

será?

O Branco ta olhando pra mim ali embaixo, apontando aquele dedinho e eu pergunto, será? Ontem meu irmão disse "que parece que é quente que o Flu vai trazer o Riquelme". Será?

outubro 23, 2007

LSD anal

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"Mas é só um por dia, viu?"


DIRIGENTE MOVIDO A SUPOSITÓRIO ALUCINÓGENO: SEU TIME AINDA VAI TER UM.

setembro 3, 2007

Adriano

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Sempre o MESTRE DO UNIVERSO.

agosto 10, 2007

maldito mapa booleano

Piedade com os bandeirinhas, senhores comentaristas de VT: é tudo culpa do mapa rotulado booleano. Um estudo publicado essa semana pela revista Science defende que a visão humana apanha pra captar o movimento de dois ou mais objetos ao mesmo tempo, assim como mais de uma cor ou orientação espacial simultaneamente. Ou seja, esse sistema cerebral com nome de seita mística explica os TRÊS jogadores do Boca impedidos no primeiro gol da final da Libertadores. "Grêmio, campeão moral booleano Fifa 2007." Placa no Olímpico já.

agosto 6, 2007

chama o STJD

15 minutos do segundo tempo, o São Paulo já havia cometido 23 faltas contra apenas sete do Grêmio.

junho 29, 2007

Béque

Novo zagueiro gremista é apresentado:
"Vem ni mim, xirú".

Ex-chiavi

Obrigado, Riquelme

Depois desse lançamento não me sinto mais tão mal por ter perdido a Libertadores pro Boca.

junho 25, 2007

De volta aos anos 50

Só mesmo o futebol pra nos levar de volta aos anos 50. Não pra época mágica das estrelas ingênuas, mas pra da política descaradamente ligada ao esporte. A Venezuela é uma ilha em preto-e-branco nos tempos atuais, e a Copa América realizada no país vai mostrar a face Peter Pan pós-comunista do país.

Os treinamentos da Seleção Brasileira são prova do que está por vir. Jogadores correndo em um gramado novíssimo, mas dentro de um estádio ainda em obras a poucas horas do primeiro jogo. Na cancha, somente propagandas políticas de governadores aliados de Hugo Chávez. As placas, geralmente dedicadas a grandes marcas, são ocupadas por feitos del comandante.

O centro de treinamentos da Seleção é guarnecido por soldados fortemente armados, como se fosse a Copa do Mundo de Israel. Chávez precisa mostrar força, expor seus homens. Homens felizes: pra competição, o presidente acertou um aumento salarial de 30% pras tropas. Nada de cara feia em um evento com alcance mundial. O presidente precisa provar, para si, para os seus e para nós, que a Venezuela é um país legal.

Em seu programa de televisão, hoje, Chávez pediu que os soldados da Venezuela recebam bem os estrangeiros. Como quem diz “desta vez passa, boludos”.

junho 21, 2007

Obrigado, Grêmio.

junho 20, 2007

O fato e o sonho

Se chutasse uma lâmpada mágica nas cercanias do Olímpico pediria ao gênio que me concedesse um único favor: fazer o tempo parar. A última coisa que quero, nesse momento (ouvindo duas rádios ao mesmo tempo e zapeando todos os canais de esporte na TV) é que a final da Libertadores aconteça. Não por medo do Boca Juniors, longe disso. Que venha o Boca, esse Caxias com grife, na descortesia maravilhosa de Paulo Pelaipe. Não tenho dúvidas de que nosso futebol Brasil-Cisplatino será muito superior ao deles, como foi em La Bombonera, a despeito do placar. Quem tem Sandro Goiano não pode sentir falta de Riquelme. Sandro é um benchmarking de jogador do Grêmio. Na Europa, com ele em campo, Kaká jamais ganharia o troféu de melhor jogador do mundo – bastaria um “bú” do volante tricolor pra borrar a cinta-liga do meia do Milan. Kaká casou virgem, logo, teve medo até de mulher até os 24 anos, afinal.

Acontece que essa síndrome de Peter Pan é justificável pois duvido que, mesmo que ganhe novamente a América, a torcida gremista consiga manter o mesmo clima que paira sobre Porto Alegre neste momento. A cidade está elétrica, já tomei dez choques na porta do carro mesmo só tendo tocado duas vezes nela. E me preveni com dinheiro no bolso desde segunda-feira, pois tenho certeza de que não há um caixa eletrônico funcionando em toda a região metropolitana. Porto Alegre está em pane.

O clima de euforia é tamanho que sequer os colorados estão se manifestando. O Boca enfiou TRÊS gols no Grêmio em Buenos Aires, tem uma vantagem monstruosa na final da competição, e nem mesmo isso é suficiente para que nossos rivais se entusiasmem. A corneta colorada é pura bola de segurança, estão dizendo ironicamente que o Grêmio vai levar a taça – uma chave bem arrumada pra caso de derrota ou vitória. O próprio técnico do Inter teve o desplante de falar que o jogo da Libertadores não interfere no clássico do próximo domingo. Esse cara sabe o que é um Grenal? Treinador de futebol tinha que ter aula sobre gauchismo antes de pisar no estado.

O momento do Clube é tão especial que até mesmo Galvão Bueno e Juca Kfouri viraram tricolores. Paulo Vinícius Coelho, a bíblia viva do futebol, chegou a dizer que os jogos do Grêmio, sim, é que são bonitos de ver, contradizendo toda a tese histórica dos “brasileiros” (esse párias), que sempre teimaram em confundir futebol com balé. Na tese de PVC, futebol arte, mesmo, era o do Dinho. Só não falo que os dirigentes do Inter estão calados por que, todos sabem, o Inter está temporariamente sem dirigentes.

Fato é que o Grêmio conquistou o direito de jamais ser considerado morto.

O único que vi contrariar a paixão usando a realidade foi Milton Neves (o marketeiro que mais entende de futebol no Brasil). Disse que mudará seu nome pra Dercy Golçalves Neves se o Grêmio levar o título. Milton Neves usou a lógica, usou os três gols de vantagem do Boca e comparou Riquelme a Tcheco pra provar que, camisa 10 por camisa 10, os argentinos não precisam nem entrar em campo. No fundo, Milton Neves é um sem coração, mas o mais realista de todos os cronistas esportivos. Milton Neves tem na mão os fatos, e nós, o sonho. Impossível saber quem estará certo (mesmo depois do resultado consolidado). Mas, entre os fatos e o sonho, é preferível sonhar.

junho 19, 2007

Podem comprar a vela

O futebol vai acabar. Podem comprar a vela, encomendem a coroa e o caixão, está visto que o futebol, como o conhecemos, vai acabar. Aquela cabeçada do Zidane na Copa foi o clique que faltava pra decretar a derrocada do ludopédio que tanto nos encantou no último século. Choro pelo fim do futebol.

O que me surpreendeu na última semana foi uma declaração do próprio Zidane (o meia da década) dizendo que a camisa 10 vai acabar. “Estará extinta em alguns anos”, decretou. Zidane tem razão, na medida em que o próprio drible foi extinto na mais recente Copa do Mundo. Assistimos na competição, a exemplo dos campeonatos nacionais em todo o mundo, a um futebol burocrático, de puro toque de bola, arremates de fora da área e cruzamentos em profusão, ávidos por uma cabeça salvadora. A exceção, é claro, foi a exibição de luxo do mestre Zidane contra o Brasil, único lampejo de bom futebol nos últimos anos.

No futebol inglês, milionário, cheio de estrelas e certamente o mais badalado do momento, entre os 100 gols mais bonitos de 2006, 100 são chutes de fora da área. E não falo do futebol inglês jogado por ingleses, ávidos por uns tendões expostos. Falo de um futebol que compra metade dos craques do mundo todo a cada temporada.

Como o fim do mundo deve começar pelos países periféricos, o Campeonato Brasileiro nos dá as pistas evidentes da tragédia anunciada. Zé Roberto era, de longe, o melhor jogador do país. Mas Zé Roberto, comparado ao Riquelme, não cruza a linha da mediocridade. E o Riquelme só estava no Boca, justamente, por que amargava o banco no Villarreal da Espanha, depois de uma passagem fracassada pelo Barcelona.

Como se a extinção do meio de campo já não bastasse, dois exemplos no ataque comprovam a tese do fim do futebol. Dodô, com 33 anos, é o melhor atacante do país – dando banho de eficiência em qualquer garoto prodígio como Alexandre Pato. E Romário, com 41 (!), não treina, entra em campo quando quer e faz chover na área, ante zaguerões de 18 anos cheios de leite, mas com pouca bola no pé.

A pobreza do futebol dos nossos dias provoca uma aberração interessante entre os torcedores. Hoje, um jovem de 20 anos já é saudosista dos “bons e velhos tempos” de Raí no São Paulo, Jardel no Grêmio, Rivaldo no Palmeiras... times montados nos seculares anos 90.

outubro 8, 2006

Ainda não

É mentirosa a afirmação de que o São Paulo está com a mão na taça, assim como é uma piada a estatística apresentada hoje pela Sport TV. Segundo os dados, o caneco já é 77% do tricolor paulista. Se pesquisa boca-de-urna já erra (e o voto depende somente da pessoa) imaginem uma projeção dessas. Alguém combinou com os adversários do São Paulo?

Uma coisa que ninguém está falando é que o São Paulo tem pela frente dois jogos-chave. A estatística apresentada hoje estaria correta se o tricolor já tivesse enfrentado seus adversários diretos, Grêmio e Santos, o que ainda não aconteceu. E, pelo retrospecto desses adversários dentro de casa, serão duas derrotas anunciadas, ou uma derrota e um empate na melhor das hipóteses.

Primeiro, o tricolor paulista vai a Porto Alegre pegar o Grêmio, que não costuma perder em casa. Jogo de seis pontos e, se confirmado o favoritismo, o Grêmio avança três e segura o São Paulo. Depois, é a vez de um clássico paulista: o tricolor vai à baixada encarar o Santos que, em casa, é ainda mais imbatível do que o Grêmio. Se não me engano, no Campeonato Brasileiro deste ano o Santos venceu 11 partidas em casa e perdeu só uma ou duas. Ou seja, ao que tudo indica, mais uma derrota do São Paulo e mais um jogo de seis pontos, que, além de não vencer, o tricolor vê um adversário direto subir.

Se ambas as previsões se confirmarem, a diferença entre o São Paulo e o Santos, atual vice-líder, ficaria em apenas 1 ponto (é claro, se os jogos fossem na sequência). Um cenário assim não me parece tão definido.

Além do mais, há ainda dez rodadas pela frente, nada menos do que 30 pontos em disputa. E 30 pontos é muita coisa pra tanto otimismo.

agosto 15, 2006

Gauchismo velho sem porteira

Essa coisa de gauchismo já tá demais. Desde que vim morar no Rio Grande do Sul (há uns 6 anos) me deparei com esse jeito peculiar de gostar das coisas da terra simplesmente... por elas serem da terra. O slogan de um banco já diz tudo: "é melhor porque é daqui", como se gaúcho nascesse com um certificado de garantia amarrado no dedão. Até agora tentei suportar, mas a coisa foi tomando corpo e dominou por completo a principal rede de comunicação do Estado. Hoje, na RBS, pode cair o World Trade Center, mas a manchete sempre será "Gaúcho conta como escapou da tragédia". E se dominou os meios, certamente se instalou na mente da maioria.

Apesar de soar meio brega e recalcada, essa visão de mundo nada teria de errado enquanto os limites não fossem ultrapassados. Mas alguém precisou se arriscar do lado de lá do bom senso. Ouçam o Pedro Ernesto Denardin - um cantor gauchesco que faz bico na Rádio Gaúcha - narrando o segundo gol do Inter contra o São Paulo na semana passada. Está certo que a polêmica ganhou dimensões carnavalescas, mas essa narração, realmente, não dá pra engolir.

Meus agradecimentos ao Bob Fernandes.

agosto 9, 2006

Internacional, afinal?

Hoje é o dia pro Inter. O jogo contra o São Paulo não representa somente uma final, ou talvez um título. Conquistar a Libertadores significa se livrar, depois de mais de 20 anos, da vergonha auto-imposta por não ter nenhuma taça sul-americana em sua galeria, enquanto o Grêmio ostenta duas no Olímpico. Hoje, o Inter pode dar o grande passo de sua história para se tornar, afinal, Internacional.

Há muitos anos se diz que a torcida do Inter é apaixonada, viciada, ensandecida, enquanto se relega à torcida gremista a pecha de apática, silenciosa, fria. Tenho a tese de que a torcida do Inter é tudo o que seu time gostaria de ser dentro de campo. Afinal, fibra, garra, coração - bolas - quem sempre demonstrou foi o Grêmio. O Apelido de Imortal Tricolor não é em vão. Enquanto a torcida colorada viu seu time morrer na praia nas duas últimas décadas, os torcedores gremistas puderam esnobar títulos. Talvez venha daí a desfaçatez com que os tricolores trataram seus times meramente medianos - mesmo que estes fossem, na maioria das vezes, acima da média e melhores que os do rival.

O tempo passou e acho que os gremistas caíram na real: não dá pra imitar o Inter e ficar 20 anos vivendo de taças empoeiradas. Tirando a Copa do Brasil de 2001, o Grêmio já marca dez anos sem um título que preste. Talvez por isso, a própria torcida tenha mudado. Hoje, quem vê os jogos do Grêmio sabe o que é um torcedor de verdade. Depois da Segundona, as arquibancadas do Tricolor ganharam vida novamente.

Veremos se hoje, enfim, os vermelhos farão valer a fama de sua torcida. Ou se, mais uma vez, se comportarão em campo como um clássico e inigualável time... do Internacional.

julho 16, 2006

Rescaldo da Copa

O que faltou pra Seleção Brasilera sobra nesse vídeo feito em homenagem ao time argentino depois da eliminação. Emocionante.