Falência múltipla dos orgãos.
Era o estado em voga naquele momento. O pessoal do bar já perguntava se queríamos morrer, e a galera fabicana só respondia com mais um copo de cerveja ou uísqui (com i porque era Natu). Afinal, até a 1h era DE GRÁTIS.
[*] Um balão surpresa sendo estourado: bêbados pelo chão atrás de balas e vale beijo.
[*] A imagem de uma garrafa de cachaça na mão da Michele.
Não me lembro de muito mais.
Noites alucinantes ainda podem rolar no Garagem.
"Mas vão extender o prazo do coquitéu, né?" - Frase da Nanda prum segurança, quando descobriu que o recinto não estava aberto ainda. Foi o começo de uma noite de sexta-feira, na frente da L.OVE.
Porque chinelo é foda, consegue convites pra entrar de graça e ainda sai correndo pra beber tudo o que conseguir até a meia-noite.
É lindo perceber a cena destoante: uma gama de meninas com saltos e glitters, e alguns fabicanos de mochila e camiseta do Butecão.
Assim que pararam de servir bebida gratuita a trupe seguiu seu rumo até o Revolver, só pra se deparar com ceva a QUATRO REAIS.
"Ô magrão, passa o Habib's." Foi a última frase citável da noite, ao ser abordado por quatro indivíduos no caminho pra casa.
Ao que parece, estou sendo BOICOTADO. É impossível acessar o insanus.org de qualquer computador dentro da rede da UFRGS. Fiz o teste: acessei de casa e abriu, então configurei o browser com o Proxy.ufrgs.br e NÃO entrou. Malditos.
Amanhã ligarei pro CPD.
O Woody Allen deve estar rindo e dizendo "eu já sabia". No seu filme Sleeper, de 1973, o próprio acorda num futuro onde as pessoas não têm relações sexuais. Havia uma máquina chamada Orgasmotron encarregada desses estímulos.
Eis que médicos norte-americanos estão começando a testar um aparelho de mesmo nome que provoca um orgasmo instantâneo através de eletrodos inseridos na espinha.
Está no terra.
No filme Barbarella a belíssima Jane Fonda se depara com um mundo um tanto semelhante. Se não me engano o sexo era feito tomando uma pílula. No final, o vilão Duran Duran tenta matá-la de prazer em uma máquina que daria a ela um orgasmo fatal. Vale a pena assistir.
É impressão minha ou O SUL foi o único jornal de Porto Alegre a ostentar a manchete (em letras garrafais) na capa de hoje: Governo diz que vai liberar jogo, inclusive cassinos.
Além de ser um jornal RUIM, se dão ao luxo de tentar um suposto 'furo'. PQP.
Ah, e eu não leio Zero Hora também.
Dominic Simler é o inventor de um aparelho que mistura qualquer bebida alcoólica com oxigênio puro. O resultado é uma nuvem de álcool que pode ser inalada: AWOL - Alcohol With Out Liquid-, como pretende ser comercializado. Segundo o prof. Pardal: "O efeito é diferente de qualquer experiência tida até hoje. O vapor produz um BARATO imediato, sem ressaca no outro dia."
Não bastasse a tal pílula russa que impede a embriaguez, agora querem tirar o gosto daquela cervejinha gelada, perfeita prum sol portoalegrense. Certo, talvez eu esteja exagerando, mas imagina alguém numa mesa de bar cheirando um potinho: "Vai uma pinga aí?"
Dread Zeppelin
Cortesia do amigo Alexaris, eis que surge essa coisa que toca Led em ritmo de Reggae, com voz (e cara vestido de) Elvis. Acho que não preciso dizer mais nada. Vide foto ilustrativa. Sim, eles têm DVD gravado.
King Missile
Em uma das minhas noites de sábado nerdeando em casa, encontrei esse grupo que surgiu em NovaIorque em 1986, projeto experimental do poeta John S. Hall. Debandou-se em 94, mas deixaram 5 discos gravados com coisas muito bizarras. Destaque pra música Detachable Penis, que conta a história de um cara que acordou de ressaca num dia, e percebeu que tinha perdido seu penis, de novo. Acaba ele tendo que comprá-lo de volta de um hippie que tava vendendo-o junto com um bando de quinquilharías.
Domingo é bom assim mesmo: dormir, se ATOLAR comendo, deitar num sol de 40º, assistir um filme, dormir.
Trilha do dia: Baldwin - Mister Sandman
Depois de encher minha cota semanal de gordura com um X do tamanho de um BONDE lá no MacAureo, do lado do Beira Rio, eis que me deparo com uma figura vendendo um GRAMOFONE na esquina da Dona Laura-Goethe. Deve estar lá ainda, parado entre os carros, debaixo de um sol de 33º, segurando o tal do aparelho com um pedaço de papel escrito VENDE-SE.
estou começando a me divertir com essas voltas pra casa.
Ela veio na minha direção, desconectou os fones de ouvido de seu iPod, e indicou-me o plug com seus olhos.
Fui cumprimentado por uma onda de techno.
Uma nova forma de compartilhamento de música vem surgindo entre os usuários do player de mp3 da Apple.
As pessoas chegam e plugam seus fones nos iPods de outrem, mesmo sem se conhecer. Brevemente compartilham seu gosto musical e depois cada um segue seu rumo, sem trocar uma palavra sequer.
Imagina alguém chegando no meio da rua: "Oi, quer plugar no meu iPod?"
Bizarro.
O artigo está aqui
Lá estou eu, almoçando tranquilamente no Ocidente pela uma e meia da tarde de hoje (horário em que os frequentadores moderninhos já foram embora), quando o recinto é subitamente invadido por uma HORDA de promoters vestindo roupas VERDE-LIMÃO. Andam de mesa em mesa passando um gel refrescante em todos ali presentes, e oferencendo goles de um líquido marrom-escurecido de uma empresa que não merece ser citada aqui.
Não tomarei.
Voltando pra casa essa noite, torto de noites mal dormidas, me deparo com um banner de loja na esquina Ramiro-Independência. Não sei se era eu que enxergava tudo embaçado, ou se dizia mesmo: "Para você mulher, VOLÚVIA SEXUAL. "
Dobrei. Só para encontrar mais uma fila estrondosa no HABIB'S.
Poisé, eis que surge esse tal de blogui denovo.
Enfim, por enquanto tem umas poucas fotos do Butecão 33 ali do lado, selecionadas aleatoriamente e numa ordem sem sentido algum. Assim que eu tiver tempo vou fazer algo decente. Ahh, ou não também, vou largando ali.
Vejam. Quem não foi PERDEU.
Sentado na frente do computador há horas, radiação nos olhos e um cansaço desgraçado, já não via graça nenhuma naquele momento. Os blogs alheios já tinham sido todos vasculhados. A pornografia gratuita já não interessava. A menina tentava puxar conversa, mas o ambiente calmo, silencioso, verde-água em que estava, não permitia qualquer aleatoriedade. Ele precisava dessa desordem. Mas tudo era muito normal! O vento não entrava pela fresta, a água não tinha gosto de madrugada portoalegrense e nem se ouviam os gemidos da vizinha do lado. O clima de melancolia total o fazia pensar em borboletas, contemplando uma vida de sonhos e realidades fluidas. Afinal, tudo o que precisava era uma trupe de alienígenas invadindo pelo teto. Verdes, baixinhos, e com antenas, na melhor visão estereotipada dos extra-terrenhos. Abririam um buraco, pulariam, e ficariam atônitos ao tentarem se comunicar com uma samambaia que acreditavam ser o líder. Mas nem isso. Ao fundo tocava Smashing Pumpkins. Pegou suas tralhas e foi dormir para ver se as coisas melhoravam. Acordou sentindo um frio desgraçado, uma brisa que entrava por baixo de suas vestes, estranhamente folgadas naquela manhã; acordou e se viu em cima de uma montanha, encostado na única rocha do cume, ainda manchada de sangue.
Sempre escrevi pra mim mesmo. Me referia à um suposto leitor plural, mas no fundo no fundo, era apenas eu. Ou melhor, vários eus. A gente lia e relia, e acabava comentando nos próprios textos. Claro, quem eram estes se não mais um eu. Existia uma relação de interdependência entre a gente, esses eus diveros. Faziamos tudo juntos, tudo mesmo, mas as vezes a timidez tomava conta de mim, e ele, eu, nós -já nem sei,- ficava jogado num canto, pensativo. Sem demora, desses momentos surgiu a busca incessante pelo eu essencial, o eu mor que dera origem à essa loucura toda e seus semblantes diversos. E fiquei eu, nos meus vários instantes de lucidez, buscando, buscando, buscando. Até que um dia percebi que tudo não passava de uma grande ilusão. Os eus, inclusive o próprio, eram sim sonhos, criações do inconsciente de uma borboleta. Toda noite imaginava uma vida de cerveja, filosofia barata e um sexo casual com umas e outras. Então voltava para sua vidinha de sempre, pairando por entre um prédio cinza e outro, este num colorido-desbotado talvez. De vez em quando parava para olhar o sol, que a cegava, mas ao mesmo tempo acabava com aquela sua existência, transformando novamente a realidade em algo que nunca havia sido antes.