foto de Simone Bruno/Ciranda
Feministas e pelados em manifestações na noite do Acampamento da Juventude
O que começou com meia dúzia de homens nus durante o banho numa noite de Acampamento da Juventude terminou com quase cem pessoas caminhando com suas coisas de fora. O clima era festivo, em contraponto ao movimento feminista que também mobilizou algumas centenas em marcha contra a violência.
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Criador do Creative Commons Lawrance Lessig durante painel no FSM2005
As possibilidades de flexibilização de direitos autorais e liberdades no meio digital foram os temas abordados na manhã de hoje durante o painel Revolução Digital: Software Livre, liberade do conhecimento e liberdade de expressão na Sociedade da Informação. A conferência, organizada pelo projeto Software Livre Brasil e pela organização Creative Commons em conjunto com o Minstério da Cultura, contou com a presença do sociólogo espanhol Manuel Castells, do Ministro Gilberto Gil, e dos 'papas cibernéticos' John Perry Barlow e Lawrence Lessig, ambos ávidos defensores da revolução digital.
Apresentando formas concretas de enfrentar o monopólio das empresas de software e garantir uma livre distribuição do conhecimento através da rede mundial de computadores, os palestrantes foram recebidos com entusiasmo pelo público que lotou a sala montada junto ao Cais do Porto.
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Sindicato Geral dos Professores do Japão - ou quase isso
Mais fotos da marcha de abertura do Fórum Social Mundial 2005, aqui.
Caminhava agora pela manhã em direção ao Gigantinho e ouvia ao longe os gritos e palavras de ordem contra o governo Lula. Entre uns e outros mandando o presidente a todos os lugares possíveis, de preferência para bem longe do Fórum, alguém gritava: "Vocês estão cansados? Então vamos andar mais rápido pessoal", obviamente tentando contornar o prejuízo da noite virada em claro.
Alguns até conspiram que o show do Manu Chao foi deliberadamente atrasado até as três da manhã de hoje para que isso acontecesse. Afinal com toda a diversidade de idéias e tendências presentes em Porto Alegre nesse final de Janeiro, não é de se espantar que tal imaginário possa brotar em meio a uma barraca e outra.
Eram nove da manhã, e a fila em torno do ginásio já beirava as dezenas de milhares. A maioria simpatizantes vestindo camisetas de 100% Lula, além de inúmeros estrangeiros ainda deslumbrados com nossa incrível democracia (sic).
Em meio à Chamada Global para a Ação Contra a Pobreza, campanha lançada por uma coalizão mundial de ONGs, Lula falou sobre o crescimento do processo democrático na América Latina. Em seu discurso, disse que agora o momento é de nos voltarmos para a África, re-estabelecer uma relação com os países daquele continente e garantir um auxílio brasileiro à região. "Ou nós nos juntamos, ou nós não teremos saída", disse em oposição aos Estados Unidos e às grandes potências européias.
Lula também aproveitou para exaltar o crescimento econômico do país nos últimos dois anos. Este crescimento é associado pelos seus opositores à políticas neoliberais e aproximações com a especulação financeira que pouco diferem de seu antecessor Fernando Henrique Cardoso. Porém a restrição no número de pessoas e o forte esquema de segurança montado no Gigantinho fez com que essas vozes contrárias ao presidente não passassem de trinta. Duas a mais ou a menos.
À esses poucos, Lula ostentou com arrogância: "Esses que são contra, que não querem ouvir, são os filhos do PT. Um dias eles amadurecerão, e à casa voltarão."
No final da conferência, do lado de fora e cercados por policiais da brigada, partidários do PSTU e do P-SOL discursavam em cima de um carro de som. Longe das câmeras. Nenhum veículo gosta de mostrar muitas pessoas de vermelho reunidas.
Se a mídia tratava esta manhã como decisiva para mensurar o apoio da esquerda mundial ao governo brasileiro, aos seus olhos nosso torneiro mecânico se deu bem. Lula embarca hoje as 15:30 para Davos, onde vai participar do Fórum Econômico Mundial e possivelmente aproveitar os Alpes suíços para tirar algumas fotos andando de ski.
Hora de almoçar.
1. iPodding through the World Social Forum
Não bastou meia hora sentado em frente ao Gasômetro para reparar os iPods na multidão. Pelo menos três, em rostos do mais variado estrangeiro, seja saíndo do bolso ou pregado à mochila, mas sempre ostentando a marca indefectível dos fones brancos. O pequeno player mp3 virou estilo de vida e não poderia deixar de aparecer em Porto Alegre - entre aqueles revolucionários de primeiro mundo, obviamente.
A onda mundial do iPod está claramente representada durante o evento que busca convergir todas as vozes anti-alguma coisa. Deve ser porque o mac sempre esteve inserido na não-conformidade, quase como uma conspiração da Segunda Vinda de Jobs clamando contra o império. Mesmo que este seja aquele sob domínio de um tal Bill.
2. Porque nós estamos aqui pela gritaria
Quem circulava no início da noite de hoje pelos setores de imprensa veria uma senhora brandando injúrias contra o SISTEMA. No mínimo uma revolucionária querendo aparecer um pouco mais, se aproveitando dos inúmeros crachás vermelhos que circulavam pelo gasômetro. Lá pelas tantas uma moçoila de não mais que vinte anos juntou-se aos gritos e arrematou mais um aglomerado de curiosos no saguão da usina.
Digo que levei uns bons minutos pra compreender o que se passava, ainda mais que o assunto começou a desviar para tsunamis e a sua relação com a ausência das águas da Fonte Ijuí nas bancas adjacentes ao Território, mas logo tudo foi esclarecido com os risos daqueles que passavam chinelando a velha. Eis que o motivo de tanta balbúrdia era o fato de só haver caixa eletrônico do Banco do Brasil nas imediações, e não de algum banco estrangeiro no qual ela e a família poderíam retirar seu dinheiro.
Quando será que começam as movimentações com a moeda do FSM? A especulação está ferrenha, e a previsão é que o mercado abra com uma leva alta em relação ao iene. Sempre apostando no overnight pra poder comprar algumas tiras a mais de mel com cachaça.
3. E o acampamento da juventude...
Não mudou absolutamente nada desde a sua primeira edição quatro anos atrás. Certo, fora o fato de que a única maneira de comprar uma cerveja decente é no mercado negro ou levando no contrabando. Com a proibição da venda de produtos produzidos por multinacionais, o único líquido disponível 'oficialmente' é o incrível Chopp Kilsen, e eventualmente uma cerveja Colônia. Para aqueles adeptos aos não-alcoolicos, Fruki e assemelhados. Coca-cola light só pulando a cerca, mesmo.
Domingo de tarde aproveitei o já comum sol de 40 graus para dar uma conferida no Território Social Mundial, ou para aqueles que não andam acompanhando nada sobre Porto Alegre Verão 2005, o local onde vai acontecer a quinta edição do Fórum.
Tranferido da PUC, as conferências e demais atividades vão acontecer debaixo de grandes tendas à beira do Guaíba. Com o calor extremo que é o nosso verão, espera-se que as construções se transformem em verdadeiras estufas humanas. A proximidade com o rio, que alguns julgariam refrescar os 200mil participantes esperados em Porto Alegre, vai é tornar o "território" o local mais insuportável de se estar nessa próxima semana.
Como raramente consigo ficar longe de qualquer muvuca intercontinental desse nível, estarei novamente dando uma de jornalista e na medida do possível (ou do meu tempo livre), escrevendo algumas coisas por aí. Dessa nossa corja insanus já sei que seguirão a mesma linha o Suruba e muito provavelmente o Bruno e o Träsel.
5 reais pro primeiro que ouvir Festa no Apê tocando em algum canto do Acampamento da Juventude.
Ok, concordei. O cara é bom.
Ficam meus cumpriemntos aos amigos Antenor, Elvis e Francsico por teram garantido a sua permanência por no mínimo mais quatro anos nas dependências de nossa Universidade Federal. Que o direito ao uso do RU, ficha escolar, e estágios no serviço público seja bem aproveitado por todos.
E como época de listão é sempre uma diversão à parte, deixo também minhas saudações aos seguintes indivíduos, por nenhuma razão em especial:
Barttíria Valleda da Luz - Química
Balbino de Sousa Mascarenhas Neto - Física
Zigmunt Lucian Wislocki - Engenharia Metalúrgica
Wolseley Henrique de Menezes - Publicidade/Propaganda
Yáskara Matielli Posser - Engenharia Química
Tayron Bassani - Medicina
Thirzá Amaral Berquó - Direito
Tony Chu Lau - Engenharia Metalúrgica
Tupan Leal Paz - Engenharia da Produção
Suélyn Féderle - Farmácia
Surya Garber - Direito
Quismara Corrêa dos Passos - Ciências Contábeis
Noadja Tavares de França - Medicina
Mégui Fernanda Del Ré - Ciências Sociais
Jaslin Alexandra Settin Taffarel - Engenharia de Alimentos
Joubert Gouvea da Silveira Vidor - Artes Plásticas
Edreiézer Gustavo Lima - Agronomia
Dinler Amaral Antunes - Biomedicina
Sem esquecer, é claro, dos irmãos Massimiliano Emerson Trevizan Delazeri e Massimino Anderson Trevizan Delazeri, ambos aprovados no curso de Relações Públicas.
Vida besta.
Este site traz fotografias belíssimas de uma mega-estrutura que foi construída em Tokyo para recolher a água em caso de enchentes. Não entendo bulhufas de japonês, mas de acordo com uma rápida busca no Google, o projeto G-Cans começou há 12 anos pra impedir o alagamento dos rios no entorno da cidade. O sistema no subsolo é composto por 64km de túneis que chegam a ter 32m de diâmetro e silos de armazenamento com 65m de profundidade.
A nerdice me faz imaginar cenários do Myst ou até do saudoso Marathon. Digo que vale o click, mesmo.
também publicado aqui.
Em mais um episódio no combate à proliferação de spam nos comentários, a comunidade blogueira se aliou ao Google pra cortar o problema pela raíz. Usando um código de HTML por muito tempo deixado de lado, os programadores poderão impedir que determinadas URLs sejam contabilizadas pelo sistema de ranking do Google. A decisão, que também tem o apoio do Yahoo! e do MSN, não promete acabar completamente com o problema, mas pelo menos vai fazer com que ninguém saia beneficiado desses ataques, garante um post no blog do Google.
A partir de agora, quando o Google encontrar a tag rel="nofollow" no código de um endereço, o link não entrará no seu ranking de páginas. Isso impede que spammers tirem proveito deste recurso que garante uma maior eficiência nos resultados de busca.
A solução ainda requer que a comunidade adote as mudanças em suas páginas, mas pelo ritmo em que os grandes portais têm aderido à campanha, a medida deve se espalhar rapidamente. Blogger, Flickr, MSN Spaces, MovableType e diversos outros serviços de blogs já anunciaram o seu apoio.
Ultimamente o spam vem afetando duramente a comuniade blogueira ao redor do mundo. Como a maioria das ferramentas de comentários é aberta a contribuições de qualquer usuário, os blogs acabam se tornando alvos fáceis para os ataques.
A técnica utilizada pelos spammers consiste em inundar milhares de blogs com a sua URL, fazendo com que páginas de pornografia ou venda de remédios, por exemplo, apareçam entre os primeiros resultados de uma busca. No sistema utilizado pelo Google, os sites lincados por um maior número de páginas são considerados os mais importantes e assim apontados em altas posições em seu ranking.
Nós aqui do insanus já aderimos à medida usando um plugin disponibilizado hoje cedo pela SixApart. Caso você esteja blogando via Movable Type, faça um bem à todos e instale no seu sistema também. O plugin adiciona o código de nofollow a todos os links que forem inseridos nos comentários do blog.
Eu tenho medo de certas coisas que aparecem na internet.
Este é o homem cara mais rico do mundo em foto tirada em 83 pra revista Teen Beat (!!). Fora a putice incontestável, vale notar que o computador ao fundo (na direita) é um Mac. Pelo ano só pode ser um protótipo do 128K, já que o mesmo só foi lançado em 1984.
Se alguém REALMENTE quer ver outra foto do Bill, clique aqui.
update - OK, como de praxe sempre tem algum geek pronto pra desmentir a Slashdot. O EXIF tag das fotos mostra a seguinte descrição:
Bill Gates, CEO of Microsoft, reclines on his desk in his office soon after the release of Windows 1.0. 1985 Bellevue, Washington, USA.
Então nada de protótipo, aquele Mac deve ser um 512k mesmo. E como já estou arrumando coisas aqui, por que não colocar mais uma foto? Eu juro que não saio por aí procurando essas coisas, mesmo. Elas simplesmente surgem e começam a se replicar em ritmo acelerado.
Fui ao cinema sábado à noite esperando ver em Os Sonhadores uma exaltação à primavera de 68, mas ao contrário encontrei uma bela história e justa crítica às suas supostas revoluções. Praticamente consigo ler jovem é uma merda naquelas pichações pelas ruas de Paris, mas daí seria esperar demais do Bertolucci.
A história é apresentada aos olhos de Matthew, um estudante Americano que vaga pelas salas da Cinematheque durante os princípios de revolução em Paris '68. Matthew aparece como um intruso nas relações incestuosas de Isabelle e Theo, momentaneamente tragado por aquelas ilusões, porém o único que consegue manter um contraponto aos falsos idealismos. Em um mês de sexo grupal, amor entre irmãos e o melhor do vinho francês, nós espectadores observamos tudo através de espelhos, como se apenas a lente da câmera não fosse suficiente para mostrar a distorção daquelas estruturas.
E são os últimos dois minutos de filme que dão a tônica à crítica de Bertolucci. No momento em que "a rua entra na casa", e os três saem a gritar como se estivesssem desde o início envolvidos com os protestos, os personagens são prontamente descontruídos. Merda ao ímpeto revolucionário daqueles jovens cinéfilos parisienses que só se movimentam no descontexto da baderna. Afinal, toda a liberação sexual não representava mudança alguma senão para diante dos pais. "O que você quer fazer, jantar com eles?" questionava a mãe ao impedir o pai de acordar os amantes, abandonando-os à seu próprio desgosto.
"We accept him, one of us" é a frase que ecoa enquanto pessoas pequenas pulam em cima da mesa do circo.
O novo formato deste blog abre precedência pra que ele seja justamente isso, simplesmente um blog. Isso me da a liberdade de, de uma hora pra outra, sair de divagações sobre fractais e propriedades emergentes e vagar pelas mais pessoais das publicações (sim Cisco, eu sei que estou devendo o post sobre o ID).
Nesse campo, vejo que o ápice é a letra de música. No Vertigo que agora se torna o meu diário colado na janela da rua, a música não diz absolutamente nada pro espectador de fora. Ou melhor, grita aos olhos de todos uma sensação que só eu estou tendo com a canção, tentando encontrar consolo naqueles que possam vir a vislumbrar nem que seja o ínfimo sentimento comum. Só para então sentar de canto e assoviar qualquer verso seu.
Isto é, sem entrar nos méritos da música ser um ótimo enchedor de linguiça.
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Ausencia
Cesaria Evora canta Goran Bregovic, da trilha de Underground, do iuguslavo Emir Kusturica.
Ausencia, ausencia
Si asa um tivesse
Pa voa na esse distancia
Si um gazela um fosse
Pa corrê sem nem um cansera
Anton ja na bo seio
Um tava ba manchê
E nunca mas ausencia
Ta ser nôs lema
Ma sô na pensamento
Um ta viajà sem medo
Nha liberdade um tê'l
E sô na nha sonho
Na nha sonho miéforte
Um tem bô proteçäo
Um tem sô bô carinho
E bô sorriso
Ai solidäo tô'me
Sima sol sozim na céu
Sô ta brilhà ma ta cegà
Na sê claräo
Sem sabe pa onde lumia
Pa ondê bai
Ai solidäo é um sina
Ausencia, ausencia
The misfits. The rebels. The troublemakers.
The round pegs in the square holes.
The ones who see things differently.
They’re not fond of rules.
And they have no respect for the status quo.
You can praise them, disagree with them, quote them,
disbelieve them, glorify or vilify them.
About the only thing you can’t do is ignore them.
Because they change things.
They push the human race forward.
While some see them as the crazy ones,
we see genius.
Because the people who are crazy enough to think
they can change the world, are the ones who do
No próximo sábado, dia 15, tem show do Latino no Sítio do Beto, em Gravataí. Sim, aquele Latino que tem um gingado sensual que enlouquece as mulheres. Os ingressos custam QUINZE reais na hora ou DEZ antecipado, à venda nas lojas Colombo (do centro de da Assis Brasil, obviamente).
A idéia é lotar o fuscão e ir pra lá. Quem se habilita?
"As nossas líderes de torcida fazem isso o tempo todo."
Este foi o argumento utilizado pela defesa do militar norte-americano Charles Graner para justificar as pirâmides humanas feitas com prisioneiros nus em Abu Ghraib, no Iraque. Graner está sendo julgado em corte marcial pelos abusos que vieram a público depois que inúmeras fotos foram divulgadas pela imprensa.
De acordo com matéria da Reuters, o advogado militar Guy Womack também disse que o uso de uma coleira para controlar os prisioneiros é algo completamente normal. "No Texas a gente laçaria eles e arrastaria-os de lá", declarou. Se condenado, Graner deve cumprir uma pena de dezessete anos e meio.
O que me lembra que em abril do ano passado escrevi este post a respeito da situação periclitante no Iraque.
Update: Tirei a foto porque estava me deixando um tanto transtornado. Para vê-la, clique no link abaixo.
Continue Lendo...Agora pela manhã foi postado na Slashdot a chamada Google lança uma linha do tempo dos 20 anos da Usenet. Lindo, não fosse coisa de três anos atrás. Nesses tempos modernos em que a internet nos alimenta com quilos de informação diária, uma notícia de três dias atrás já está mais do que passada. Qualquer meme não dura uma semana e já é tachado como de antigamente, e aquele que postar com atraso é porque está excluído dos meios de circulação, fora das redes sociais que movimentam esse amontoado de pixels.
Mas apesar do atraso, a Linha do Tempo não deixa de ser interessante. Elaborada depois que o Google adquiriu os arquivos da Deja.com em 2001, o compêndio de centenas de milhares de posts da Usenet data desde 1981 e constitui uma bela fonte para a história da rede mundial de computadores.
Nada como ler o post do Tim Berners-Lee anunciando o projeto da World Wide Web e ver as primeiras repercussões do que viria a se tornar esta por onde andamos agora. Ainda sobre o mesmo, é interessante notar que nos projetos do CERN já existia uma certa flexibilização dos direitos autorais. Dalhe CC na cara do tio Bill.
In article <1991Aug2.115...@ardor.enet.dec.com> kan...@ardor.enet.dec.com (Nari Kannan) writes:> Is anyone reading this newsgroup aware of research or development efforts in the following areas:
> 1. Hypertext links enabling retrieval from multiple heterogeneous sources of information?The WorldWideWeb (WWW) project aims to allow links to be made to any information anywhere. The address format includes an access method (=namespace), and for most name spaces a hostname and some sort of path.
We have a prototype hypertext editor for the NeXT, and a browser for line mode terminals which runs on almost anything. These can access files either locally, NFS mounted, or via anonymous FTP. They can also go out using a simple protocol (HTTP) to a server which interprets some other data and returns equivalent hypertext files. For example, we have a server running on our mainframe (http://cernvm.cern.ch/FIND in WWW syntax) which makes all the CERN computer center documentation available. The HTTP protocol allows for a keyword search on an index, which generates a list of matching documents as annother virtual hypertext document.
If you're interested in using the code, mail me. It's very prototype, but available by anonymous FTP from info.cern.ch. It's copyright CERN but free distribution and use is not normally a problem.
(...)
The WWW project was started to allow high energy physicists to share data, news, and documentation. We are very interested in spreading the web to other areas, and having gateway servers for other data. Collaborators welcome! I'll post a short summary as a separate article.
Tim Berners-Lee t...@info.cern.ch
World Wide Web project Tel: +41(22)767 3755
CERN Fax: +41(22)767 7155
1211 Geneva 23, Switzerland (usual disclaimer)
Devo concordar com o Saulo que é simplesmente impossível não comentar o calor em dias como esse que passou. E só pra completar o cenário brasil suado, as previsões indicam uma sensação térmica de até 48º amanhã em Porto Alegre. Belo momento para perceber que a água da cidade está intragável, muito pior do que durante a última seca.
A única solução para o domingo será ligar para todos os conhecidos que têm piscina em casa e XISCAVANHAR no auto-convite. Aquelas de mil litros também estão valendo.
Pois o que choca são sempre as frases tiradas de contexto e divulgadas como manchete. Seguindo a melhor linha daquele bom e velho jornalismo, têm circulado pela rede uma declaração do Bill Gates afirmando que essas história de flexibilização de direito autoral, copyleft e open source é bem coisa de comunista mesmo. Quando perguntado se era necessário modificar as regras de copyright em entrevista ao portal ZDNet, Gates respondeu:
No, I'd say that of the world's economies, there's more that believe in intellectual property today than ever. There are fewer communists in the world today than there were. There are some new modern-day sort of communists who want to get rid of the incentive for musicians and moviemakers and software makers under various guises. They don't think that those incentives should exist.
Do outro lado da força diversos sites parodiando o símbolo de copyleft (um © invertido) em motes soviéticos estão fazendo sucesso: aqui, aqui e aqui.
Chega o início do ano e os olhares macmaníacos ao redor do globo voltam-se para São Francisco. Ali ao lado de Cupertino, berço da companhia da maçã mordida que criou o Macintosh em 1984, a feira promete inúmeros lançamentos da própria Apple, além de gadgets e gizmos para a plataforma que deixarão nerds como eu na expectativa de gastar todo o seu salário. A MacWorld vai rolar entre os dias 10 e 14 próximos, mas o ponto alto será a keynote do CEO Steve Jobs, que acontece no dia 11 às 9:00 (hora de lá).
Diferente dos outros anos, nesta edição a apresentação do Jobs não será transmitida ao vivo via QuickTime Streaming nem via satélite, o que deixou muitos fãs decepcionados. Apesar disso, sempre é possível acompanhar a cobertura ao vivo feita pelo pessoal do Mac Rumors, que provavelmente estará por lá digitando freneticamente via wi-fi para colocar as últimas informações online.
Como de praxe, ao longo dos últimos meses a comunidade vêm arrecadando rumores e mais rumores sobre supostos novos produtos. Enquanto até o dia 11 permanecem apenas isso, a recente ação judicial movida pela Apple contra o portal Think Secret pode vir a confirmar muitas dessas previsões.
Entre os produtos mais cotados para serem apresentados pela Maçã, está o Mac Sem Cabeça, uma versão mais barata do popular iMac que pretende chegar pedalando o mercado de PCs. Sem monitor, o computador especificado como um G4 1.2GHz com 256MB de RAM e hd de 60GB USB2.0 Firewire e Combo Drive, venderia a menos de $600, tornando-o uma boa opção para o mercado dos switchers. Segundo consta, o sucesso do iPod entre usuários de PC contribuiria para a troca de plataforma.
iPod que promete chegar em edição revisada na Expo, sendo agora oferecido com 5GB na versão Mini e possívelmente num modelo sub-$200 baseado em memória flash. Se confirmado, isso abriria as portas para um nicho de players de mp3 low-end ainda não alcançado pela marmita de música mais conceituada do momento.
Na linha consumer de edição de áudio, o lançamento será o Asteroid, uma interface de áudio firewire que permite a integração de instrumentos reais com o programa Garage Band. O software que faz parte do pacote iLife também virá em versão 2.0, junto com uma penca de novos instrumentos virtuais e loops para a composição de músicas.
A já confirmada parceria entre a Apple e a Motorolla também pretende render alguns frutos. Enquanto o iPhone fica só no imaginário macmaníaco, a possibilidade de um celular Motorolla equipado com programas como o iTunes é a previsão mais sensata para o momento.
Já lançamentos na linha profissional, como o Powerbook G5, bem como a nova versão do OS X, não estão cotados para serem apresentados semana que vêm. O mais provável é que o laptop com processador 64bits venha mesmo só lá por Junho, quando acontece a WWDC (World Wide Developer Conference), também em São Francisco.
Saiote nos chifres / esconde o falópio
comia na guerra / priminha e arroz
Adiós Rubem Sosa / Me voy de Carona
Evite bagulho / "saber leva a luz"
o sangre está / onde está a vodka (irei)
lute, arrota, arrote calor
aqui é a Armênia? / se há, há amor maior
basta de estopa / isso é melhor
Seguindo a linha de apoio à projetos DIGNOS, a partir de hoje vocês poderão acessar o glosioso Basta de Estopa pelo link bastadeestopa.insanus.org. O burburinho na nossa linha direta com o Kremlin informa que em breve os bravos cantadores da pátria mãe estarão de volta para uma re-edição da grande ressaca de 1968. Preparem a vodka que estaremos passando por aí no topo de um linha turismo da Carris.
cena de A Scanner Darkly, dirigido por Richard Linklater.
Estou bastante apreensivo diante do lançamento cinematográfico de dois grandes clássicos da ficção científica. Em épocas de lapso criativo em que adaptações e cinebiografias estão em voga, War of the Worlds (Guerra dos Mundos) e The Hitchhiker's Guide to the Galaxy (O Guia do Mochileiro das Galáxias) chegam às telas este ano prometendo produções que ao que me parece não irão convencer os mais ávidos apreciadores do gênero.
Quem já leu o Guia dos Mochileiros sabe que a cada capítulo pode-se visualizar as movimentações e nuances de cena com uma clareza que fez o próprio Douglas Adams escrever o roteiro do seu livro. Cena não, sketch seria a palavra mais adequada, afinal o livro traz em si o melhor da comédia inglesa.
Claramente é algo que deveria ter sido filmado pelo Monty Python, o que faz com que o nome de Garth Jennings na direção não seja extamente o nonsense adequada à balbúrdia toda. Pelo menos ele é inglês, e apesar de não ter feito nenhum longa metragem, apresenta um trabalho interessante em clipes e comerciais (vide Cofee and TV, do Blur). Não vou nem entrar na questão do elenco inexpressivo oriundo das comédias românticas e dos seriados de tv, pois é com Guerra dos Mundos que as minhas expectativas caem ainda mais.
A versão Steven Spielberg para o clássico de 1898 de H.G. Wells peca numa questão essencial que é a sua localização temporal. Enquanto o livro faz um relato da invasão marciana de 1895, Spielberg joga a situação para o século XX. Sai da escura Londres retratada nos primeiros contos góticos do século retrasado e chega nos subúrbios americanos como se fosse apenas uma questão de trocar A por B.
Wells, e muito bem as primeiras obras da ficção científica, têm seus pés fincados na revolução industrial. O contexto é a máquina, ou melhor o medo diante da nossa condição de meros humanos. É o que motiva Frankenstein, publicado cinquenta anos antes, e é o que fomenta o medo dos marcianos e suas máquinas de destruição.
Enquanto na sua locação original podemos vislumbrar algo além de uma história de criaturas estranhas, Spielberg transforma a ameaça alienígena em apenas um outro Dia Depois de Amanhã. Ainda espero estar equivocado, mas esse é simplesmente o jeito Hollywood de ser.
Mas então 2005 está perdido para o sci-fi? Aguardo o lançamento de A Scanner Darkly, do Philip K. Dick, com direção de Richard Linklater (Waking Life). Sim, tem o Keanu Reeves fazendo o papel de Bob Arctor, mas pra isso a gente da um desconto. Nada que a Winona Ryder e a rotoscopia não resolvam.
Duas partes de vodka, uma de cointreau, duas de suco de cranberry e um esguicho de limão. Misture tudo em gelo e sirva num copo de martini. Sem guarda-chuva, afinal estamos nos anos 90.
Ok, já sei preparar um cosmopolitan, agora só falta eu começar a fazer pilates e entrar de vez no hype novaiorquino que aflige nossa cidade - com no mínimo oito anos de atraso.
Será que realmente as coisas não mudaram muito na última década, ou é a diferença de fuso mais uma pequena dose de jetlag que deixou Porto Alegre ainda admirando franceses até poucos minutos atrás. Hoje o bairro que mais inspirava ares europeus ostenta o loft como o melhor lugar para se viver e vende mais Wall Street Journals que Le Mondes.
O que tenho a fazer é preparar uma pasta de couro e começar a investir todo meu salário em ações da empresa que deposita na minha conta. Rápido antes que esses novos yuppies portoalegrenses que dizem entender a Bloomberg e lêem Diogo Mainardi o façam.
O avião vermelho passou zunindo pela gente e ninguém percebeu, muito menos parou de assoviar. É hora de esquecer que nada mais faz sentido, que Strawberry Fields ficou para trás e que o retrô não serve o vazio. Pois chegam momentos em que talvez o antigo fosse o mais interessante. Novos anos.
Feel the vertigo volta à ativa, assim como meu ímpeto louco de fazer alguma coisa acontecer com toda essa lambisgóia que nos acompanha. Escrevo na vertigem, no nada ou no meio de algo, completamente transtornado e esperando ansiosamente o regresso.
Pode deixar que eu consigo esperar alguns meses. Mas apenas o necessário para voltar e encher de loucuras e beijos esses lapsos de inconsciência. Daqueles que sentimos esvair em núvens, mas que ao menos mantêm-se constantes à sua virtude.
O novo não me choca mais, citava em posts anteriores, vendo que das coisas abandonadas muitas não deveriam ter sido.
Ah, e além do visual um pouco mais blog-friendly, coloquei um punhado de posts de outras épocas. As imagens eu não tenho mais, desilustrando muitos dos textos, porém não é nada que os impeça de ruminar por tempos menos perturbados.