Largar milhares de bolinhas de borracha de cima de uma lomba deve ser muito divertido. Supostamente foi feito para um comercial da Sony.

Ah, publicitários são todos jovens.

via Boing Boing

Vatapá = pão + leite de côco + azeite de dendê + peixe + pimenta + camarão. Não exatamente nessa ordem. Tendo apenas observado, acho que é isso que deve ser feito:

Aqueça o pão com o leite de côco, formando uma pasta levemente líquida. Misture cebola bem picada, tempero verde, cominho coentro e tomate para fazer o molho. Cozinhe o peixe, despedace o mesmo e separe a água. Junte o peixe à pasta de pão, adicionando logo depois o molho. Ferva. Coloque o azeite de dendê, pimenta, sal, e um pouco da água do peixe. Misture. Ao final, coloque o camarão e castanha do pará em pedaços. Sirva com arroz branco.

Segundo consta o pão pode ser substituido por farinha de milho, e, em casos extremos, o peixe por frango.

Sempre é bom lembrar que posso estar incrivelmente equivocado.

Ao menor sinal de encontro todas as máquinas começam a pipocar seus flashs. Hoje à noite, em vez de duas, cinco, tinham a ânsia de registrar cada momento. Vatapá para os amigos, vinho entre dois ou três, e não tenho dúvida que terminamos com algumas centenas de imagens.

Maldita era do digital em que descarrego o cartão e me vejo diante de 220 fotografias. Cortando umas trinta totalmente descartáveis, continuo com um belo bocado pra tentar selecionar e fazer algo a respeito.

Desde que a nova máquina digital entrou na residência Pillar, o procedimento padrão tem sido gravar as fotos em um cd e ignorá-las momentaneamente. Isso quando o cartão de giga não tiver sido preenchido, dificultando o processo de arquivamento.

O que antes era apenas memória, hoje registramos em pixels. A Carol já tinha comentado sobre o momento de hiperdocumentação pelo qual estamos passando. Desse excesso de registros o que vai sobrar no final?

São 04:35 e já estou nostalgico do que aconteceu instantes atrás.

insanus depois de um quilo de vatapá, quatro garrafas e meia de vinho e três engradados de cerveja.

Voltei pra casa com três cds novos debaixo do braço. Um tem a Pâmela Anderson semi-nua na capa, outro o Mikey, e o terceiro é um CD-R provavelmente impresso no meio da favela. Presente de uma amiga, obviamente recém chegada do Rio de Janeiro.

Entre faixas do melhor (e pior) do funk proibidão, uma e outra começa com som de metralhadora, aquecem os ânimos com algum morro de cá ou de lá e usurpam qualquer romantismo que sempre emplaquei na música carioca.

Temei.

Preciso comprar meias.

Pois a partir do próximo mês Vertigo vai virar mais um blog de viagem. Me junto ao rol de correspondentes internacionais do insanus em busca de um clima um pouco mais gelado que o inverno portoalegrense.

Embarco para Montreal no dia 22 de agosto, onde devo passar o inverno aprimorando minha técnica no hóquei e quem sabe até jogar curling nas horas vagas. Ou, como disse o Menezes, passarei cinco meses aprendendo a falar francês apenas para voltar e virar um galanteador barato. Je t'aime.

Longe de almejar as olimpíadas de inverno em Torino, 2006, vou para estudar durante um semestre na Concordia University, no curso de Estudos de Cultura e Comunicação. No início do ano me inscrevi em um programa de intercâmbio da UFRGS com as universidades da província do Quebec, e pouco mais de um mês atrás fiquei sabendo que fui aceito para o birirí.

Com passagem, visto, matrícula e casaco de inverno na mão, tudo que me resta nesse mês é tentar fechar alguns projetos intermináveis que ficariam por meses na gaveta se eu não fizer nada a respeito antes de viajar. Eu ouvi podcast do insanus? Ainda nessa semana, espero.

E não foram cinco, mas oito tiros disparados à queima roupa contra o brasileiro em Londres. Segundo relatos, Jean Charles de Menezes foi morto quando já estava imobilizado na estação de Stockwell, terra da rainha.

O Träsel argumenta que o erro maior foi do brasileiro, por ter fugido de homens sem identificação que corriam com pistolas automáticas na mão, prontos pra atirar. Hmmmm, sei.

A pior coisa que pode existir é um policial à paisana. Especialmente em Londres onde historicamente a força policial não porta armas de fogo. Essa medida, acredito, é um fator determinante em erros como esse. De acordo com a Wikipedia, apenas 7% dos policiais londrinos são treinados para usar armas. Longe de ser acidente ou paranóia terrorista, os tiros de 22 de julho seriam fruto da imperícia dos britânicos.

A Wikipedia também relata um caso que aconteceu em 1999, quando um irlandês foi morto no mesmo estilo "atire primeiro, pergunte depois". Em 22 de setembro daquele ano, Harry Stanley foi atingido por policias quando saía de um pub com uma perna de cadeira dentro de um saco: "an Irishman with a gun".

E de repente paro pra pensar no que aconteceria se isso fosse no Brasil e vejo que a coisa não mudaria muito de figura.

Faltava o livro do grafômano obsessivo-compulsivo Cardoso, titular de um dos blogs mais acessados da web nacional: Tripa nelas tudo. Ei-lo aqui, sem o desconforto da leitura em monitor, estreando em 41 prosas seletas que vagam entre a crônica, o causo gaúcho, o jornalismo gonzo e a ficção mais desvairadamente nonsense.

Lançamento do livro do ruivo, hoje às 19h, na Palavraria (Vasco da Gama, 165)

Gostei do post do Bruno listando coisas relevantes que ele escreveu no blog ao longo dos tempos. Algumas semanas atrás fiz algo semelhante mas mantive só para consumo interno.

Compartilho minha lista de posts, cada qual selecionado pelo simples motivo de.

- Tea Buddy
- Realmente há algo de podre...
- Ucho ucho ucho
- Será? e A incrível máquina de fazer Woody Allens
- Erre quarenta e um
- Porque vertigo.
- Como passar um carnaval digno
- Hugo Chávez y banda
- Manhattan
- Das coisas que fizeram 2004
- Tudo começou quando dissemos sim ao negro celso
- Voltando ao pago
- Sexo com polvos
- Estrelas
- Bienvenidos a Tihuana
- Live audio coding
- Diários íntimos
- Não leio nem recomendo
- Devaneios
- Por ruas
- Entre os dias do nada e do tudo

Chega de férias.

Depois de quinze dias completamente desligado do mundo, volto hoje ao ritmo padrão de sociabilidade, mesmo que eu continue dormindo até o meio-dia. Foram duas semanas de muita comida e bebida, o suficiente pra me manter ocupado com assuntos outros que não trabalho, leituras, e-mails e principalmente blog. Porque pra algumas coisas é melhor sentir na carne e só depois contar o que aconteceu. Não durante. Ou melhor, nem contar.

Mas não foi de todo improdutivo esse lapso temporal. A foto abaixo é do primeiro ensaio com nossas incríveis camisetas. Nos próximos dias entrará no ar junto com algumas pequenas mudanças na capa. Nada drástico, porém necessário.

Volto no momento devido para acertar coisas no insanus e em Porto Alegre. Fico por aqui até o final de Agosto e depois me voy. Mais detalhes na segunda parte do post "saiba o que se passa na vida de Gabriel Pillar". Ainda hoje, aqui mesmo.

E tudo que as pessoas têm a fazer é virar para o lado com medo, se esconder num canto e torcer para que passem sem perceber os olhos debaixo da escada.

Quem dera fossem os franceses, marchando ponte adentro revoltados com as olimpíadas no outro lado do Canal da Mancha. Mas as tropas não estão lá, e mais uma vez a única coisa que conseguimos ver é a explosão e um bilhete escrito chega.

A boca livre do momento é o Universo dos Vinhos, feira que está acontecendo ao lado dos cinemas do shopping Bourbon Country. Vinho, champagne, queijo, salame, tudo liberado pra quem tem alguma dose de cara de pau.

É só fazer as contas:
Deve ter umas dez banquinhas, cada uma oferecendo no mínimo duas variedades de vinho. De cada um, é servido mais ou menos 1/4 de taça - quem sabe um pouco mais se ficares amigo das moças bonitas que atendem. Na área central, queijo à vontade e, em um canto obscuro, uma máquina de café igualmente liberada.

Da pra fazer tudo isso durante a 1h de estacionamento gratuito e ainda voltar no outro dia com uma camisa diferente.

É também um bom aquecimento pra assistir Guerra dos Mundos - coisas explodindo by Spielberg. Mas tente ir numa quinta-feira de tarde. Não pague caro pra ver isso. Mesmo.

Das coisas que só o insanus faz pra você

Já podes encontrar nos arquivos insanus a gravação do Conjunto Comercial na Rádio Gaúcha. Me confirmem a data, mas acho que foi no final de dezembro 2004.

mp3 de 23 minutos (8.1MB) com direito a versões ao vivo de "Daiane...", "Osama's Song", "I Just Called to Say Perón" e "Bingo, Linha, Velha, Quadra".

Ouça aqui.