Na mesma linha do post da Mirella, como ir a falencia em menos de um mes vivendo em Montreal:

Billy Idol - 27.08
Avril Lavigne - 03.09
Green Day - 04.09
Seu Jorge - 10.09
Nouvelle Vague - 15.09
White Stripes - 17.09
M.I.A. - 24.09
Beck - 28.09

Tambem tem show do The Kills e do Interpol por esses dias, mas esqueci da anotar a data. Isso sem contar a metaleira pesada de System of a Down, Magadeth, Dream Theater e Judas Priest.

[sem acentos por um bom tempo]

Maldito blogueiro que sou. Estou em Toronto, esperando conexao pra Montreal, e nao poderia deixar de aproveitar o LOUNGE da Air Canada pra postar alguma coisa. Afinal o cafe e' liberado e estou sendo observado por executivas vestindo tailleur cinza-claro e discutindo a abertura das bolsas hoje pela manha.

A viagem foi tranquila, levando em consideracao as doses cavalares de vinho tinto, champagne, salmao defumado, mousse de cointreau e selecao infinita de filmes para entreter o voo. Dormi feito uma crianca. Preciso viajar mais assim.

Ao aterrisar o ceu recem alaranjava uma pequena neblina que cobre a cidade, o sol refletindo por tras da CN Tower. Cityscape.

Vou ali pegar mais um cafe.

Logo mais embarco rumo ao país gelado para acompanhar competições de slalon gigante e ouvir je t'aime over and over again. Saio daqui de porto as 16:45, para aqueles que cogitarem uma despedida. Ainda devo passar algumas horas vagando pelo aeroporto em Guarulhos, onde pretendo terminar a leitura do Dedo e quem sabe até tomar uma última cerveja observando o vai e vem de malas rolantes. Eu viajo de mochila.

Enquanto a idéia de conhecer uma garota rica no avião (que me leve pra casa, sirva vinho e trufas e vá esquiar nos finais de semana) fica apenas idéia, estarei hospedado no Auberge de Montréal. Também conhecido como o lugar onde eu quase roubei um parquímetro em 2002.

Tentarei atualizar o blog na medida do possível, mas não esperem grandes movimentações minhas pela rede por pelo menos um mês. Depois eu volto. Eu sei que eu não conseguiria viver longe. Maldito junkie.

Fui.

Jovens insanus extasiados depois de comer um arroz com lingüiça feito na cerveja. Muita pimenta, Paris Combo e Brahma Extra para acompanhar. Mais fotos aqui. Conhecendo a hiperdocumentação, certamente outros albuns surgirão em breve.

Went to a party
I danced all night
I drank 16 beers
And I started up a fight

Too drunk to fuck
Too drunk to fuck
Too drunk, to fuck
I'm too drunk, too drunk, too drunk
To fuck

Diante da cobertura da crise que os colegas do insanus vêm promovendo, achei interessante fazer um levantamento dos votos de cada um nas últimas eleições. Como eu já esperava, a maioria votou no PT tanto para presidente quanto no pleito municipal. Isso mostra que o insanus acreditou nas possibilidades de mudança no país com uma possível vitória da esquerda.

Sendo assim, os atuais posts contra o governo não são coisas "da oposição" ou de uma juventude vinculada ao PSDB, ou pior, ao PFL. O que o coletivo está mostrando é nada mais que a sociedade civil indignada com os rumos tomados pelo PT, que afundou esperanças e mostrou que, se tratando de poder, todos acabam entrando na mesma panela.

Igualmente constrangedor e durando os mesmos DOZE minutos e QUASE TRINTA segundos, o novo capítulo do nosso podcast vai pro ar. Na pauta, a entrevista com o Cardoso durante o lançamento do seu livro Cavernas & Concubinas e mais algumas coisas aleatórias no meio do caminho.

Do primeiro programa recebi opiniões diversas. Alguns acharam legal o formato alternando o caos inicial com o JORNALISMO logo em seguida, outros ficaram completamente horrorizados. Teve gente que achou minha locução muito FM Cultura, logo inaceitável, outros gostaram justamente por causa disso. Pelo jeito precisaremos de vários programas pra contemplar todos...

Opiniões, sugestões de formato, pauta, e até comentários em mp3 vão para o e-mail radio@insanus.org. Ou ali embaixo na janela de comments mesmo. Baixem o programa na página do podcast insanus.

Chego em Montreal e a primeira coisa que preciso fazer é ir atrás é de um apartamento. Muito barato, na linha do metrô, e se possível onde eu consiga roubar a conexão wi-fi de algum vizinho.

Estarei de olho no blog da Lari pra arranjar algumas dicas "de casa", mas uma das poucas coisas que tem me deixado transtornado é ter que cozinhar diariamente. Pois ok, não me preocupo e até me divirto com o eventual fettucini ao funghi ou um filé com apargos que deixa qualquer um fora de si, mas encarar o dia-a-dia são outros quinhentos.

Enquanto não me conformo com a idéia de Cup Noodles, Miojo com salsicha e pratos congelados, estou aceitando receitas. De preferência simples, que possam ser feitas em excesso e guardadas na geladeira para a semana.

Nada melhor que uma boa festa pra me deixar com saudades dos amigos do sul. Farei minha despedida na quinta-feira, dia 18 de agosto, no Dissonante (Plínio, 75) - mesmo lugar onde foi a nossa primeira. Estarei arruinando tudo no som, como de praxe. Afinal terão começado as aulas na fabico, e todos precisamos de um pouco de eurodance pra animar o semestre.

Custará míseros 5 reais (2 consumíveis), então EXIJO a presença de todos os amigos nessa função insanus.

O que? Festa Torra-Chefe
Quando? Quinta-feira, 18 de agosto, 22h
Onde? Dissonante - Plínio, 75 - estacionamento ao lado
Quanto? 5 pila (3 ingresso + 2 consumação)

– Do you wanna go to California with me?
– I don't even know you...
– Please?
Please?
Will you please come with me?

Vincent Gallo não consegue escrever um diálogo que faça sentido no seu Brown Bunny. Passa o filme inteiro tentando construir um personagem transtornado pelas lembranças da jovem Daisy, mas tudo o que consegue é um filme vazio. Não lento, pois lento é bom. Vazio.

Por instantes parei e pensei que era uma produção fabicana, afinal todos os elementos estavam ali: as cenas fora de foco pra parecer cool; o sexo fácil; as drogas; o não-sentido generalizado. Mas principalmente o roteiro ruim - até mesmo aqueles que tentam ser indie caem por causa disso.

Gallo chega a ser canalha a ponto de colocar nomes de flor em todas as mulheres nas quais Bud, o protagonista, busca conforto. Violet, Rose, Lilly. Mas nunca Daisy, minha amada Daisy, ó Daisy, por que??!! Quase chorei.

Pra não dizer que está tudo perdido, a cena na Bonneville Speedway é realmente bonita. Nada melhor que um pouco de sal na cara pra curar qualquer mágoa de amor, deve ter pensado o produtor/diretor/escritor/ator principal/maquiador/ (a lista iria longe).

Parado no meio da planície branca, Bud estaciona seu furgão preto, baixa sua honda amarela, e começa a andar em direção ao horizonte. Se o filme tivesse terminado aí, eu teria respeitado. Mas não, ele teve que continuar até Los Angeles.

Já o boquete final incrivelmente se justifica. Praticamente um grito dizendo "ok, eu admito, é uma bosta", Vincent Gallo não gozou.

Deveria ser proibido ser apresentado pra lindas garotas holandesas no dia em que estão indo embora de Porto Alegre.

Exato momento em que Steve Robinson se desprendeu do braço mecânico e começou a flutuar lentamente para longe da estação espacial, caíndo cada vez mais no fundo e infinito cosmos.

Ou apenas um auto-retrato tirado durante o conserto da espaçonave Discovery, no dia 3 de Agosto. Nada como caminhar no ÉTER FÍSICO e sacar uma bela foto pra colocar no seu fotolog.

ali da NASA

Ta no ar a entrevista que fiz pra Trip com o John "Maddog" Hall, que é presidente da Linux International e ícone do movimento do software livre - praticamente a figura do Papai Noel com um pinguin bordado no peito. Falei com ele durante a sexta edição do Fórum Internacional do Software Livre, que aconteceu entre 1 e 4 de junho ali na PUC.

Além da entrevista pra revista, o encontro rendeu um perfil pra cadeira de redação da Fabico. Segue no "continue lendo" pra não ocupar todo o espaço aqui.

A foto é do Ado Henrichs.

Código aberto de um cachorro louco

No meio da multidão que circula pelo prédio de eventos da PUC/RS uma figura sorridente e rechonchuda se destaca. Talvez pela grande barba branca, ou pelo grupo que se concentra à sua volta. Praticamente um veterano em meio a uma horda de jovens programadores, distribui autógrafos e posa para fotos. Uma depois da outra, depois da outra, depois da outra... Levanto o braço pra chamar sua atenção e grito “Maddog”. Ele se vira e abre mais um sorriso. Acha que quero tirar um retrato ao seu lado. No peito um pingüim bordado, carinhosamente chamado de Tux pelos iniciados, indica sua relação com o Linux. Mas esse não é apenas mais um usuário.

Entrei agora no site da UFRGS pra ver se eu precisava fazer alguma coisa, tipo me matricular, e recebo de cara a resposta em vermelho: Aluno sem vínculo atual com a Graduação.

Realmente, agora só vai. 19 dias e contando.

Porco capitalista? Nah, só tentando cobrir os custos mensais do servidor.

Desde ontem temos GoogleAds na capa. Funciona assim: a cada clique em algum anúncio nós ganhamos uns míseros centavos. Míseros mesmo, então se vocês quiserem nos dar uma mão é só clicar em alguns de vez em quando.

A grande jogada do Google seria mostrar apenas anúncios relacionados ao conteúdo da página, mas confesso que fabricante nacional de chuveiros lava-olhos de emergencia e fragmentamos o seu arquivo morto tem me intrigado um pouco. Vou tentar otimizar as coisas nos próximos dias, mas se alguém tiver dicas seriam bem vindas.

Não se preocupem que a idéia não é atrolhar o insanus de propaganda. Os únicos espaços que estão disponíveis são a capa e as janelas de comentários. Interessado? Temos um departamento comercial que pode resolver o seu problema: comercial@insanus.org.

De resto, alguém achou que essa história de anúncios na capa ficou uma merda?

Aos poucos tenho ouvido opiniões pessimistas em relação ao futuro do podcasting. Comentando dois posts atrás, o Solon compara a nova onda de programas pessoais de audio ao que aconteceu com o streaming anos atrás. Outros também têm relacionado os podcasts com as rádios web, e tentado encontrar um motivo pra justificar todo esse hype em torno dos novos programas.

No meu ver, o momento é completamente distinto, o que favorece o crescimento da onda de podcasts pelos seguintes motivos:

(1) Está cada vez mais barato manter um servidor no ar. Disponibilizar 20/30MB por semana pra centenas de ouvintes alguns anos atrás era algo inviável para o usuário doméstico. Hoje, os custos de transferência estão muito mais acessíveis. É claro que esse não é o modelo ideal, e a grande virada vai ser quando alguém aparecer com um sistema gratuito de publicação de podcasts. Chegarei a isso em seguida.

(2) O grande trunfo do podcasting é aliar RSS ao iPod (ou qualquer outro tocador de mp3 portátil). O primeiro pois facilita a distribuição: eu digo que quero ouvir tal podcast e não preciso ficar acessando o site de quem o produziu pra escutar alguma coisa nova. O segundo, pois garante mobilidade, e mobilidade é essencial. As pessoas querem ouvir programas de audio quando estão no ônibus, dirigindo para o trabalho ou até mesmo andando de bicicleta, não presas na frente de um computador. E o tocador de mp3 portátil permitiu isso. On demand. On the road.

(3) As tecnologias de gravação também se popularizaram. O que antes era visto como apenas coisa de profissional, hoje já entrou no ambiente doméstico, na digital lifestyle. Gravar e editar um programa de audio passa a parecer muito mais fácil. E aqui coloco como exemplo os aplicativos da Apple como o iMovie e o GarageBand, mas devem existir outros por aí.

E estou falando de parecer mais acessível para o tipo de usuário que hoje é maioria na blogosfera: não entende coisa alguma de programação mas tem um blog porque é simples ter um blog.

Imaginem um serviço que tenha um botão REC, um botão STOP, meia dúzia de firula pra botar trilha e deu. Clica em "publish" e vai tomar um Campari por conta da casa. Quando for simples ter um podcast, daí sim teremos uma reviravolta tremenda.

Preciso de um mouse novo. Cada vez que eu clico sinto uma coisa estranha nos dentes. Deve ser algo com o timbre do roçar das peças que fica ressonando na minha cavidade bucal. Ou, pensando bem, talvez não seja do clique, mas do arrastar do rato. Vou parar de mexer nele por enquanto, ver se ele se aquieta e deixa meus molares em paz.

Não bastasse ter um blog, agora vocês poderão me ouvir no podcast do insanus. Pelo menos durante os primeiros programas, enquanto não me voy pra terras estrangeiras.

Nessa edição inaugural tentamos descobrir o que afinal é esse tal de podcast que todo mundo anda comentando. Eu e o Menezes fomos até o centro da cidade pra saber o que que os transeuntes da Rua da Praia achavam dessa nova onda virtual. Também no programa, uma rápida entrevista com Alex Primo, que confessa que está preparando seu próprio podcast com ênfase em assuntos da cibercultura.

Pra fechar bem, fazemos a pergunta que irá intrigar a todos: Podcast é literatura? Cardoso, levemente transtornado, TENTA ler um trecho do seu novo livro, Cavernas & Concubinas.

Bom, ouçam e deixem seus comentários. Podcast insanus com direito ao legítimo sotaque portoalegrense. Baixe o mp3 ou pegue o link pro RSS ali na página do programa.

Temei.