Pesquisadores estão desenvolvendo uma nova droga estimulante que supostamente pode garantir dias em claro sem qualquer efeito colateral (dias!). Parece ser um bom substituto para minhas jarras de café no meio da noite.
O CX717, composto que integra a classe dos chamados Ampakines, está sendo pesquisado como possível tratamento para doenças como narcolepsia, DDAH e Mal de Alzheimer. A droga também teria efeitos positivos em pessoas saudáveis.
Segundo notícia publicada na NewScientist, o CX717 gera um estado de alerta no córtex sem estimulação. A droga atua impulsionando a atividade do glutamato, um neurotransmissor, resultando em uma melhora nos processos de codificação da memória.
De acordo com testes realizados no início de maio no Reino Unido, "o uso da droga resultou em uma melhora na memória, atenção, estado de alerta, tempo de reação e solução de problemas em homens saudáveis privados do sono."
Ao contrário de outros estimulantes como a cafeína, anfetaminas, e drogas como a Ritalina, as Ampakines parecem não ter qualquer efeito colateral.
Entediado numa manhã de chuva?
1) Abra um drive USB e retire a placa
2) Use uma lima para abrir espaço dentro de uma peça de LEGO
3) Force a placa para dentro do LEGO
4) Feche tudo com outra peça mais fina
5) TA-DAH !
O modelo ainda precisa de alguns ajustes, mas pelo menos deu pra ver que funciona.
Continuando a série de uploads fabicanos pro YouTube, subi hoje o Diversões Eletrônicas, vídeo produzido no final de 2004. Mais uma vez roteiro, direção e edição são meus.
Como toda boa produção que sai da Fabico, o audio é tosco, e o roteiro necessariamente contém 1) referências ao uso de drogas e 2) alguma crítica a Porto Alegre. Esse diverte ainda por uma péssima atuação minha como ator e uma trama levemente incompreensível mas inegavelmente bonita.
Baseado em uma canção homônima de Arrigo Barnabé, Diversões Eletrônicas contou com um pouco mais de recursos e pessoas envolvidas que o anterior - não que seja muito difícil evoluir de bolas de sinuca, uma pedra e um guarda-chuva. Além disso, uma boa atuação de Leonardo Barlson no papel de Cabral, ator conhecido no sul por alguns comerciais da Polar.
Passei um bom tempo sem assistir esse vídeo, e só recentemente consegui uma cópia. Confesso que eu esperava muito menos, e até havia cogitado refazer a edição. Isso até descobrir que uma garota havia gravado por cima das nossas fitas. Ah, temos que amar a Fabico.
Clique abaixo para assistir.
Continue Lendo...Fiquei muito assustado quando todos se levantaram e começaram a cantar o hino nacional diante da imagem de uma bandeira flamulando na tela. Pouco depois estavam aplaudindo uma das mulheres mais ricas do estado, que subia ao palco para parabenizar aqueles que estavam ali. Enquanto batiam mais palmas, olhei pro lado e disse "acho que nos metemos numa bomba." Poderiam ter tocado a versão redux, aquela usada em jogos de futebol.
Participar do evento promovido pela Parceiros Voluntários hoje pela manhã no Salão de Atos da UFRGS foi um verdadeiro exercício de paciência. Por instantes achei que chegaria ao nirvana, mas no final tudo que me deram foi um sanduíche de queijo com tomate e a instrução de imprimir o certificado quando chegasse em casa. Pelo menos começar a semana podendo dizer que participei de um congresso de direita pode garantir algumas boas piadas.
A idéia era assistir Humberto Maturana, biólogo chileno que cunhou a autopoiesis junto com Francisco Varela, imaginando uma palestra nas linhas do que eu havia lido anos atrás. Confesso que não me surpreendi tanto quando cheguei no evento e vi que o título da apresentação seria "O amar como fundamento do humano." Há algum tempo eu suspeitava que a parte de ciência ficava mesmo por conta do Varela, mas bem, antes de me precipitar em conclusões era preciso encarar outros dois conferencistas.
O movimento naquele salão bem que parecia um último suspiro do neoliberalismo. Com sua organização a la Fórum Econômico Mundial, um grande tapete persa no meio do palco e quatro poltronas de couro arranjadas em par, o discurso ali era em favor do humanismo. Afinal "o ser humano é muito bonito, e apenas felizes é que nossos trabalhadores serão mais produtivos". Fico pensando se as pessoas da platéia já tiveram algum contato com Huxley... sem chances.
Esse boom de um discurso em favor da vida é ultimamente uma maneira de preservar as estruturas econômicas existentes. Essa posição ficou clara na apresentação de Ronald Fry, pesquisador norte-americano de psicologia organizacional. Fry sustenta a idéia de que devemos ver o que temos de bom no mundo, tudo que é tão lindo, e construir o futuro a partir disso. "De nada adianta ficarmos com essas picuinhas de mudar o modelo, de começar tudo de novo, bobagem" (talvez não exatamente nessas palavras). Um conservadorismo travestido de ajuda ao próximo.
Abstendo-se das noções econômicas, Maturana manteve a mesma linha das apresentações anteriores. "É tudo muito bonito, e tudo é interligado, vejam, vamos ser felizes" (mais uma vez, não exatamente nessas palavras). Limitando-se a leitura de um powerpoint de seis anos atrás, o seu discurso é vazio e panfletário - da maneira em que pesquisadores como Capra e Barabási são panfletários. A diferença é que esses outros fazem melhor, ficando difícil esconder a decepção.
Saí do Salão de Atos disposto a assistir o último filme do X-Men, igualmente irrelevante e mal feito. Mais sobre isso em algum post a seguir.
Conversando com o Träsel hoje de manhã surgiu uma dúvida quanto a real eficiência da hipertextualidade. Assim, pergunto:
Vocês conseguem perceber que as palavras em vermelho são links pra outras páginas ou imagens?
Para alguns a pergunta pode parecer ridícula, mas penso que muita gente passa batido por esses indicadores de conexões.
Ao que parece, o YouTube começa rapidamente a ser invadido por usuários brasileiros. Ainda tenho minhas dúvidas se isso vai colar por aqui ou se vai ser um movimento parecido com o do podcast - ao meu ver um grande fracasso. Isso se deve ao fato de (1) ainda termos uma inacessibilidade à tecnologia que permitiria a produção de algo decente e (2) pela tendência da internet brasileira de ser mera usuária de um ferramental disponível e não uma produtora de coisas novas.
São especulações, é claro, mas realmente não consigo enxergar pessoas usando um serviço como o YouTube pra qualquer coisa além de pirataria de programas humorísticos e divulgação de uma que outra cena captada com o modo 'vídeo' de câmeras fotográficas. Tirando um restrito grupo de "homens nos seus 30 ligados à tecnologia, com tempo de sobra e dinheiro pra comprar Mac", ninguém vai produzir pra esse meio (lembrando que estou falando do usuário doméstico, e não de empresas que já estão começando a explorar novas mídias).
Mas esse não era pra ser um post analisando o perfil do usuário brasileiro do YouTube.
Assim se faz cinema
Há meses tenho uma conta, porém nunca tinha me ocorrido subir qualquer material pro YouTube. Assim, passo a publicar algumas produções minhas que de outra maneira ficariam restritas a exibições na sala de casa.
A primeira pérola é Sangre Latino, tosco-produção realizada na FABICO em 2003 com muita chuva e uma mesa de sinuca. Direção, imagens e edição são minhas, e o roteiro foi escrito em parceria com a Vanessa.
Clique abaixo para assistir.
Continue Lendo...É incorreta a informação publicada no Correio do Povo desse sábado de que os autores do insanus eram todos "hospedados primeiro no Exquisite, que fechou". O insanus já existia e crescia rapidamente desde o início de 2004, e somente algumas das pessoas que vieram a escrever por aqui tinham espaço no finado Exquisite. Dessas restaram apenas o Träsel, o Hermanoe o Uba. A maioria de nós começou no insanus (como grupo, ao menos), e não tivemos qualquer vínculo com o lado de lá.
Over and out.
Foto tirada na festa de ontem, que comemorou os aniversários meu, do Suruba (que de agora em diante será chamado apenas de UBA), e do Cardoso (que roubou a minha manta). Uma noite bacana, com direito a banhos de fumaça, pessoas penduradas no teto e beberagens à altura. Entre as presenças, o grande Ateneor Swaldi e até o notório no show estiveram por lá, levando consigo bem mais blogueiros que aquela tal festa do copo.
Não fosse a fumaça excessiva o Pinacoteca teria tudo pra ser um bom lugar. A ventilação é inexistente, o que acaba deixando muita gente transtornada. Quem chegava da rua via uma nuvem espessa envolvendo os jovens ao fundo, que gritavam pedindo mais cerveja. "Janelas abertas nem pensar," garantiu o garçom.
Dores de cabeça à parte, acordei lembrando que ganhei um belo adesivo da Mauren, gravei vídeos ensandecidos em que revelo uma vontade de degustar os dois patos com carinho, e fotografei loucamente todos aqueles momentos kodak. Uma noite dessas não poderia terminar sem aquele poperô rasgado e um pouco de rnr no caminho pra casa.
Coloquei um álbum com as fotos ali no flickr (requer cadastro e autorização como 'amigo').
As mãos do segurança tremiam ao pegar nossos cartões de embarque hoje à tarde no aeroporto de Congonhas. A faixa de luz vermelha emitida pelo leitor de código de barras saltando pra lá e pra cá em frustradas tentativas de nos deixar passar. Ali, fixo na testa daquele jovem funcionário que recebia com alívio a resposta em bip-bips garantindo que sim, realmente éramos apenas mais dois passageiros, ficava claro a situação tensa pela qual está passando a cidade de São Paulo.
Na fila ao lado o senador Cristóvão Buarque abria os braços uma, duas, três vezes ao entrar pelo detector de metais, que apitava como se naquele instante a intensidade fora elevada ao nível máximo. O saguão do aeroporto recém havia sido evacuado, alvo de um suposto atentado à bomba.
Vão fechar o metrô mais cedo por causa de uma ameaça por lá também; a polícia declarou toque de recolher, 20h; você viu que metralharam uma viatura no Higienópolis agora de tarde? Os rumores circulavam rapidamente, e a impressão que tive era de que os acontecimentos do final de semana finalmente estavam dando um tapa na cara de todo mundo
O que no domingo era visto como uma chacina de policiais e na manhã de hoje havia se tornado um feriado forçado, passaria a ser calamidade apenas quando o engarrafamento atingisse a marca dos 200 km. O vôo de volta pra Porto Alegre foi a fuga de uma cidade em chamas, as lanternas amarelas e vermelhas dos carros já enfileiradas pela Marginal Tietê.