Lost in Translation é isso, simplesmente ela. Personificada em Charlotte, personagem vivida pela belíssima Scarlett Johansson, Sofia faz um filme lento e intenso. Perdida, nada melhor que representar sua angústia em um país distante onde tudo à sua volta é estranho e o canto dos monges não lhe diz nada.
Os diálogos são poucos e curtos, alternados por cenas de pura melancolia; o constante olhar pela janela vendo aquela Tóquio distante - o próprio mundo distante. Imagens simples, cruas, reais. Tão reais quanto a celulite de Scarlett.
É em Bob Harris (Bill Murray) que ela encontra companhia, ou simplesmente um abraço pra lhe segurar. Uma figura de pai - com referências para o próprio pai de Sofia, Francis Ford Coppola.
Não tão intenso como As Virgens Suicidas, mas definitivamente um filme envolvente. Assistam.