Ao menor sinal de encontro todas as máquinas começam a pipocar seus flashs. Hoje à noite, em vez de duas, cinco, tinham a ânsia de registrar cada momento. Vatapá para os amigos, vinho entre dois ou três, e não tenho dúvida que terminamos com algumas centenas de imagens.
Maldita era do digital em que descarrego o cartão e me vejo diante de 220 fotografias. Cortando umas trinta totalmente descartáveis, continuo com um belo bocado pra tentar selecionar e fazer algo a respeito.
Desde que a nova máquina digital entrou na residência Pillar, o procedimento padrão tem sido gravar as fotos em um cd e ignorá-las momentaneamente. Isso quando o cartão de giga não tiver sido preenchido, dificultando o processo de arquivamento.
O que antes era apenas memória, hoje registramos em pixels. A Carol já tinha comentado sobre o momento de hiperdocumentação pelo qual estamos passando. Desse excesso de registros o que vai sobrar no final?
São 04:35 e já estou nostalgico do que aconteceu instantes atrás.