Por deus, fechem a América Latina
Não podemos continuar levando a sério um continente que reúne tantos comediantes vestidos de políticos. Não há Cirque du Soleil que absorva tanta mão-de-obra. Abaixo, um resumo da opereta bolivarista em atos.
ATO UM - Nasce Chávez. Sentado em cima de um poço de petróleo, o homem dá sucessivos golpes pra fazer uma ditadura dercy gonçalves (=eterna) na Venzuela.
ATO DOIS - Raúl Reyes, sub-treco das Farc, é morto na selva pelo exército colombiano. Álvaro Uribe serve Pó & Puta pra comemorar.
ATO TRÊS - Chávez "acusa" a Colômbia de ter matado Reyes em território equatoriano e atiça o país equatorial a tomar providências equatovalentes. Numa atitude G. W. Bush, Venezuela e Equador fecham suas embaixadas na Colômbia, expulsam os embaixadores colombianos e mandam "tropas" pras fronteiras com o país do pó. Além disso, Chávez pede um minuto de silêncio pela morte do sub-treco.
ATO QUATRO - O governo da Colômbia acusou hoje o Equador de "convivência" com as Forças Armadas Revoluconárias da Colômbia (Farc) e assinalou que isso explica sua reação irada pela morte em seu território do número dois dessa guerrilha, Raúl Reyes, durante uma operação militar das forças colombianas. (Terra)
ATO CINCO - O comandante policial da Colômbia disse hoje que documentos encontrados no acampamento onde um líder das Farc foi morto num ataque mostraram evidências de que o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, deu US$ 300 milhões aos guerrilheiros. (Estadão)
ATO CONTÍNUO - Equador e Venezuela mantêm tropas acampadas na fronteira com a Colômbia. Estão lá se mostrando o bigolim pra ver quem é mais macho.
Lulla já falou com Uribe e Corrêa. Vai falar com Cristina Kirchner (musa botox portenha). Não consigo imaginar uma série de conversas mais improdutiva e sem sentido.
Em um sinal de confiança & crédito & amizade com os vizinhos, a Colômbia pediu mediação da União Européia para o conflito. A Organização (hshshs) dos Estados (hshshs) Americanos deve se reunir amanhã pra um cafezinho e, nos intervalos, discutir a questã.
Celso Amorim (mais perdido que Chávez na presidência da PDVSA), diz que a hipótese de o Braziu se envolver no confronto é "remotíssima" (=incapacidade armamentista).
Vou pra Murici contar meus boi$ e já voLLto
"Viu, Veja? Saí hoje para aparecer em todas as capas da Mídia Golpista no sábado"
Depois de começarem a botar um pé de José "Meu nome é Vovô" Alencar na cova com a possibilidade de termos mais um quase-presidente-mineiro semana que vem, passei o dia pensando na mesma coisa que Lula pela primeira vez na vida: "Esse alagoano não continua presidente do Senado nem fodendo".
O pronunciamento de Renan Calheiros foi uma das coisas mais deprimentes que ouvi em três dias. E olha escrevo isso enquanto escuto aquela música tenebrosa da nova propaganda da Phillips. Para completar o quadro, o elevador que ele usou para sumir do Congresso parou por causa do peso de todos os seguranças. Espero que Calheiros vá descansar ao lado de outro senador afa$tado que o Estado de Alagoas elegeu e faz todos nós pagarmos a conta das férias: Fernando CoLLor.
Abaixo, a íntegra do pronunciamento.
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"'Peguei R$ 3 milhões'
Um afilhado de Renan Calheiros, em depoimento à polícia, diz que buscou sacolas de dinheiro para o senador. A origem da propina seriam negociatas com ministérios controlados pelo PMDB
A denúncia foi feita no ano passado em depoimento à Polícia Civil de Brasília pelo advogado Bruno Miranda Ribeiro Brito Lins, afilhado de casamento de Renan, e está sendo investigada pela Polícia Federal. De acordo com Bruno, o empresário Luiz Carlos Garcia Coelho, seu ex-sogro, montou um esquema de arrecadação de dinheiro para o presidente do Senado em ministérios chefiados por pessoas indicadas pelo PMDB, como a Previdência Social e a Saúde. Bruno disse à polícia - e confirmou em duas conversas gravadas com ÉPOCA - que, em pelo menos seis ocasiões, foi pessoalmente buscar o dinheiro da suposta propina."
Resto da matéria exclusiva da Época aqui (a Veja traz a mesma denúncia, com detalhes adicionais sobre uma falcatrua entre Luiz Carlos Garcia Coelho e Renan para dar um golpe no fundo de pensão dos Correios, o Postalis).
A Veja traz a foto de Renan e Coelho, certamente armando algum trambique:
Foto: Felipe Barra
Muito tédio neste momento? Então clique DJÁ na imagem abaixo para se divertir com o laranjal do Renaaaaaaaaaaaan:
Mensalão: história pra boi dormir
Alan Marques/Folha Imagem
Cezar Peluso boceja durante leitura do voto de Joaquim Barbosa
Em um post do início da manhã de hoje, José Dirceu escreveu que sua prioridade é a defesa no Supremo Tribunal Federal para que conquistasse minha anistia a sua anistia. E acrescentou: "Não tenho planos futuros". Era de se esperar que o Zé, depois de ser acusado como chefe de quadrilha pelo procurador-geral da União, partisse para o ataque logo depois.
Não há quase nada em seu site sobre a decisão do Ministério Público, que entrou com cinco ações de improbidade administrativa contra o bando. O Palácio do Planalto está encagaçado com a possibilidade de ver o ex-ministro, Delúbio "Tudo is so vai virar uma piada em dois anos", Silvinho "Land Rover" Pereira e companhia.Dirceu se resignou a publicar o artigo de um advogado sobre o assunto.
Um trecho: "Com tristeza, tenho verificado que, à falta de uma acusação específica, a polícia e o Ministério Público têm indiciado ou denunciado cidadãos que rigorosamente não praticaram concretamente qualquer delito punível".
O outro lado positivo da história é que o próximo da lista do STF é o senador Eduardo Azeredo (PSDB), acusado de praticar crime de peculato por ser o pai do valerioduto.
"Jornalista afirma que recebeu de Renan R$ 418 mil
(...) a PF aguarda a chegada de um novo lote de documentos, repassados pela jornalista, nos quais consta o registro de que ela recebeu do senador um total de R$ 418.853,20 no período de 15 de março de 2004 até o último dia 5 de agosto." (Folha de S. Paulo, 16/08/07)
Falando nisso, segundo o Ancelmo.com, começa hoje a função: "Mônica Veloso vai fotografar hoje e amanhã para a revista "Playboy" na casa do arquiteto Thiago Bernardes, no Itanhangá, no Rio."
Sai daí duma vez, Renaaaaaaaaaaaaan!
A Veja que começa a circular neste sábado traz uma entrevista com o usineiro João Lyra, que confirma ter participado de uma sociedede com Renaaaaaan Calheiros para a formação da JR Radiodifusão. A revista também conseguiu a planilha de vôos de um jatinho e um helicóptero da LUG Táxi Aéreo, de Lyra, que foi colocado à disposição do senador bovino e pago pelas usinas Laginha e Taquara, também de propriedade do usineiro, o dono de tudo. Renaaaaan utilizou o mimo 23 vezes, totalizando a migalha de 200.000 reais.
O resumo do história toda nós postamos no sábado passado. Dois dias depois, Renaaaan divulgou aquela carta deveras interessante na qual não explicava nada sobre o rolo denunciado pela revista. Claro, não tinha o que explicar mesmo.
"Em entrevista a VEJA, ele confirmou que Renan Calheiros era dono de metade de uma sociedade secreta montada entre os dois para comprar uma emissora de rádio e um jornal em Alagoas, que mais tarde deu origem à JR Radiodifusão. Renan investiu 1,3 milhão de reais no negócio, parte paga em reais, parte em dólares. Nada disso – a origem do dinheiro, a sociedade, a rádio, o jornal – foi declarado pelo senador à Receita Federal ou à Justiça Eleitoral. Em 2005, a sociedade foi desfeita.
Veja – Como era sua sociedade com o senador Renan Calheiros?
Lyra – Renan foi um bom sócio. Todos os compromissos que assumiu comigo ele honrou. Foi bom enquanto durou.
Veja – O senhor se refere a compromissos financeiros?
Lyra – Sim. Inclusive financeiros. Na compra das rádios e do jornal ele pagou tudo direitinho. Não tenho do que me queixar do senador.
Veja – O senhor nunca teve curiosidade de saber de onde vinha o dinheiro do Renan? Pagamentos em dólar costumam chamar atenção...
Lyra – Sinceramente, no decorrer da minha vida, nunca me preocupei muito com as coisas dos outros. Cada um deve responder pelo que faz.
Veja – Além das empresas de comunicação, que outros tipos de negócio havia entre o senhor e o senador Renan?
Lyra – Eram negócios privados. Não gostaria de me estender sobre eles.
Veja – Por que Renan não quis aparecer como sócio na compra do jornal e da rádio?
Lyra – Ele me disse que não tinha como aparecer publicamente à frente do negócio, mas não explicou as razões. Por isso, pediu para colocarmos tudo em nome de laranjas. Eu topei."
Pobre Renaaaaaaaaaaan, o desespero é tanto para garantir o ganha pão e o leite das crianças depois que vier o ABRA$$O, que o senador bovino perdeu o controle:
"Presidente do Senado autoriza nova rádio para empresa que seria de seu grupo
O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), assinou NA TERÇA-FEIRA um decreto legislativo aprovando uma nova concessão de rádio para a empresa JR Comunicação. Segundo a revista "Veja", a empresa pertence ao próprio senador, por intermédio de laranjas.
O decreto, publicado ontem no "Diário Oficial", autoriza a União a assinar contrato de concessão de uma rádio FM, na cidade de Joaquim Gomes (Alagoas), com a JR Radiodifusão." (Folha Online)
Lá vai:
"Faço saber que o Congresso Nacional aprovou, e eu, Renan Calheiros, Presidente do Senado Federal, nos termos do art. 48, inciso XXVIII, do Regimento Interno, promulgo o seguinte DECRETO LEGISLATIVO º 158, DE 2007
Aprova o ato que outorga permissão à JR RADIODIFUSÃO LTDA. para explorar serviço de radiodifusão sonora em freqüência modulada na cidade de Joaquim Gomes, Estado de Alagoas.
O Congresso Nacional decreta:
Art. 1º Fica aprovado o ato a que se refere a Portaria nº 179, de 3 de abril de 2006, que outorga permissão à JR Radiodifusão Ltda. para explorar, por 10 (dez) anos, sem direito de exclusividade, serviço de radiodifusão sonora em freqüência modulada, na cidade de Joaquim
Gomes, Estado de Alagoas.
Art. 2º Este Decreto Legislativo entra em vigor na data de sua publicação.
Senado Federal, em 7 de agosto de 2007
Senador RENAN CALHEIROS
Presidente do Senado Federal"
Je$u$ nos acuda, não pára. É uma bomba por semana. Enquanto Renaaaan continuar esperneando pelo poderrrr, não vai parar de levar pancada. Sai daí rápido!, já diria o Bob.
Novamente, quem traz a bomba é a Veja que começa a circular neste sábado. Segundo documentos divulgados pela revista, o senador bovino teria pago 1,3 milhão de reais em dinheiro vivo para se tornar sócio oculto de uma empresa de comunicação em Alagoas.
A investida teria iniciado em 1998, quando Renan começou a pensar em disputar o governo de Alagoas. CoLLor, com seu império midiático malvado, fazia oposição ferrenha a Renan. Era preciso reverter a situação, de preferência ocultando a vinculação direta de Renan com qualquer veículo de comunicação concorrente. Solução: encontrar uns laranjas para comprar o grupo O Jornal, avaliado em 2,6 milhões de reais e proprietário do segundo maior jornal em circulação no estado, O Jornal.
Clique djá para continuar lendo a falcatrua:
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Enquanto o Bananão é anestesiado pela mídia má com sua cobertura do PAN no Favelão e com a procura de pelo menos um motivo para se sentir superior a alguém, o pau está comendo no Bovinão com a falcatrua dos selos na Assembléia Legislativa gaúcha.
Ubirajara Amaral Macalão, ex-diretor do Departamento de Serviços Administrativos da Assembléia, é o pivô da chinelagem que causou, por baixo, um rombo de R$ 2 milhões ao contribuinte bovino.
Macalão: "Vergonha, vergonha. Vergonha". (Foto: Cynthia Vanzella/ZH)
Para quem anda compenetrado demais torcendo para o Bananão ultrapassar a República Dominicana no ranking de melhadas dos Jogos PANdemência e quer conhecer o Macalão, a Zero Hora de ontem tem uma matéria resumindo a trajetória do trambiqueiro zeloso e dedicado funcionário, segundo seus colegas. Na Zero Hora de hoje tem uma entrevista de Macalão, que resolveu abrir a boca e falar sobre todas as falcatruas que rolam na Assembléia bovina e, de brinde, tentar tirar o corpo fora. No final da entrevista, um resumo do caso todo.
"ZH - A partir desse momento, o senhor seguiu fornecendo selos a deputados?
Macalão - Está no contrato, sempre fui um servidor que seguiu normas. Se dá ou não dá, está no papel, não quero nem saber. A pressão era do assessor. "O deputado pediu." Não vou te dar. "Então pode ter certeza de que tu vai perder o cargo." Essa era a pressão. Pressão contundente, de quase enfiar o dedo na minha cara. Está no papel. Está no contrato, eu faço. Agora, por que eu não abri para todos? Imagina se eu abrir para 55 deputados."
Só faltaram os nomes dos deputado$. A boiada gaúcha exige os nomes!
Da Renata Lo Prete no Painel da Folha de hoje:
"O empreendedor - Ameaçado de ser arrastado pela crise que se abateu sobre o irmão, o deputado Olavo Calheiros (PMDB) também teve estrondosa evolução patrimonial nos últimos anos. Em três eleições, ficou milionário. Na Câmara por cinco mandatos, Olavo declarou à Justiça Eleitoral, em 1998, um patrimônio de R$ 95,5 mil (corrigidos pela inflação). Já era fazendeiro, mas fechou o ano com dívidas no Banco de Brasil e com terceiros. Quatro ano depois, disse ter quase R$ 2,8 milhões. Comprou duas fazendas, um flat em Brasília, um apartamento e salas comerciais em Maceió. Às vésperas da eleição de 2006, seu patrimônio subiu para R$ 4 milhões, incluindo parte da Conny Refrigerantes, adquirida por R$ 27 milhões pela Schincariol."
Enquanto isso, na capital do Bovinão...
A campanha do PSOL para o ABRA$$O em Renaaaan toma conta do país de norte a sul. O Conselho Editorial da Nova Corja, só por uma curiosidade besta, quer saber de onde está saindo a grana para tanto outdoor.
Para animar o findi, além da Veja vale a pena também dar uma conferida tanto na ISTOÉ quanto na ISTOÉ Dinheiro.
A ISTOÉ traz uma entrevista com nosso querido Zuleido Bron$on, injustamente esquecido devido ao ritmo frenético da demência que é acrescentada à bananada nacional a cada semana. Falou, falou e não disse absolutamente nada. Bron$on 2010 djá!
"Sou só um peixe pequeno. Um lambari. (...) Nenhum empresário, mesmo fazendo a coisa certa, resistiria a tanto tempo de grampo."
Também vale uma olhada na matéria que explica mais detalhadamente as falcatruas de Gim Argello, o suplente de Roriz.
E para quem estava reclamando que Nenê Constantino, presidente do Conselho de Administração da Gol e dono do cheque de R$ 2,2 milhões "emprestado" para Joaquim Roriz, andava meio sumido, a ISTOÉ Dinheiro traz uma matéria mostrando atividades para lá de suspeitas do empresário:
"No início de março, ele [Nenê Constantino] foi avalista da compra de um terreno de 80 mil metros quadrados ao pé de uma estação de metrô de Brasília, entre o Park Shopping, o maior da cidade, e a Sociedade Hípica, local onde está prevista a construção da futura rodoviária da Capital. A compra foi fechada em R$ 47 milhões. O terreno, que pertencia ao Regius, o fundo de pensão do funcionários do BRB, havia sido vendido, dez meses antes e sem licitação, por R$ 15,2 milhões, ao ex-deputado federal Wigberto Tartuce. Nesse ínterim, em tramitação fulminante, a Câmara Legislativa permitiu que se ampliasse a área do terreno destinada à construção de 56 mil m2 para 128 mil m2. Com isso, hoje o imóvel é avaliado em R$ 128 milhões. Poucos dias depois da transação, Roriz e Franklin de Moura foram flagrados pela Polícia na conversa sobre a partilha do cheque.
(...)
"A jóia da coroa de Constantino, no entanto, é um novo shopping às margens do Lago Paranoá. A obra começou no Carnaval e deve ser inaugurada em setembro. O terreno pertence à filha dele, Cristiana, e está sendo tocada pelo genro, Vitor Forest. (...) o projeto, que era previsto em 4,3 mil m2, passou para 30 mil m2 e inclui até mesmo uma academia de ginástica que tem como sócio o jogador de futebol Ronaldo Fenômeno. Mesmo sem nenhum indício de irregularidade, há uma ação na Justiça contra a construção."
Bezerra nasce com duas cabeças no interior de SP
Teotonio Vilela Filho, governador de Alagoas e grande amigo de Renaaaaan, finalmente saiu da toca:
"Quero crer que este momento está sendo superado. Vamos dar um tempo. Ele (Calheiros) tem sido absolutamente seguro nisso. Ele está sendo vítima de um linchamento, não quero apontar setores, isso pressupõe a participação de várias unidades. Não creio em complô. Tem um componente político muito forte." (Terra)
Da Veja quentinha nas bancas:
"Na semana passada, VEJA encontrou outro negócio no qual os Calheiros merecem medalha de ouro. Trata-se de uma fábrica de tubaína, construída em 2003, que, nas avaliações mais otimistas, vale menos de 10 milhões de reais. Em maio do ano passado, porém, os Calheiros conseguiram vendê-la à Schincariol, a segunda maior cervejaria do país, por 27 milhões de reais.
(...)
"Em 2003, o deputado Olavo Calheiros, irmão do senador, resolveu abrir a Conny Indústria e Comércio de Sucos e Refrigerantes, em Murici, no interior de Alagoas, terra natal dos Calheiros. Ganhou, de graça, um terreno de 45.000 metros quadrados, avaliado em 750.000 reais. O doador foi a prefeitura de Murici, na época comandada por Remi Calheiros, irmão de Olavo e Renan."
Além do terreno, a fábrica de tubaína bovina, segundo a Veja, conseguiu as seguintes benesses:
- Isenção da prefeitura por três anos no pagamento de água para fabricar a tubaína;
- Empréstimo de 6 milhões de reais com vencimento em vinte anos, por intermédio do Banco do Nordeste (BNB) junto ao BNDES. A garantia? A escritura de uma fazenda que o Ministério Público tem suspeita de que seja falsificada;
Resultado da empresa três anos depois:
- Detentora de apenas 0,1% do mercado nordestino de tubaína;
- 150.000 reais de dívida em contas de luz;
- 9,9 milhões de reais em dívida ao BNDES;
- Teve que entrar com ação judicial para não pagar 1.600 reais anuais ao Conselho Regional de Química;
- Mesma coisa para escapar dos 3.600 reais anuais de taxa de fiscalização ao Ibama;
- Cobrança de 900 reais pelo Inmetro por irregularidades.
Resultado: a fábrica foi vendida para a Schincariol por 27 milhões de reais. 17 milhões foram embolsados pelo deputado Olavo Calheiros e os outros 10 milhões teriam quitado parte das dívidas. A venda foi aprovada pela Secretaria de Acompanhamento Econômico do Ministério da Fazenda.
Além da fazer aquela porcaria de cerveja, a Schincariol, como todos sabem, está metida até o pescoço em falcatruas. Em 2005, a Polícia Federal enquadrou a família Schincariol na Operação Cevada. É ai que entra Renaaaaaan. Segundo a Veja, o senador bovino andou mexendo uns pauzinhos no Ministério da Justiça e no INSS para livrar a barra da cervejaria.
"A suspeita que o negócio desperta é a seguinte: será que, além de usar o lobista da Mendes Júnior, o próprio senador Renan Calheiros se converteu num lobista da cervejaria Schincariol? Ninguém sabe, mas há duas certezas na história. Uma delas é que a cervejaria tem apreço pela família Calheiros, tanto que foi a principal financiadora da campanha do deputado Olavo Calheiros e do seu outro irmão, o deputado Renildo Calheiros. Ambos receberam 200.000 reais da empresa."
"Dá um tempo
Eu, Roberto Jefferson, conversei ontem com o Gim Argello e o aconselhei a não assumir o cargo deixado vago pelo ex-senador Joaquim Roriz. Gim é frágil, é do PTB, e se nem o PMDB, partido forte no Congresso, foi poupado, não vai ser ele, de um partido pequeno como o nosso, que o será. Vai ser mais uma cortina de fumaça na tentativa de dar tempo a Renan Calheiros para sua difícil defesa. Melhor esperar que tudo seja devidamente esclarecido e deixar que o segundo suplente assuma o cargo.
Postado por Roberto Jefferson às 12:17"
"Suplente "some" e pode assumir em 90 dias
Grupo ligado a Roriz cogitou renúncia coletiva, mas não localizou o suplente; ele é investigado por prejuízo de R$ 1,7 mi na Câmara do DF
Acusado de causar um prejuízo de R$ 1,7 milhão à Câmara Legislativa do Distrito Federal, entre outras pendências com a Justiça, o primeiro-suplente de Joaquim Roriz, Gim Argello, não renunciou juntamente com o peemedebista, como era cogitado. Com isso, ele tem prazo de 60 dias, renováveis por mais 30, para assumir a vaga de senador até janeiro de 2015.
Segundo aliados de Roriz, Argello -um dos vice-presidentes nacionais do PTB- "desapareceu" nos últimos dias.
Clique na imagem e conheça djá o site de Gim Argello
(...)
A Folha ouviu de um aliado de Roriz a frase de que Argello "não dura 30 dias no Senado", o que dá a entender que, se não houver um acerto entre os dois, Roriz e seus aliados podem municiar a imprensa com denúncias de irregularidades contra seu ex-aliado.
Levantamento da Folha em tribunais e órgãos públicos mostra que Argello tem pendências com a Receita, responde a pelo menos seis processos ou inquéritos civis e criminais, foi acusado em 2002 de receber 300 lotes como propina, além de responder a processo pelo suposto prejuízo de R$ 1,7 milhão à Câmara do DF na época em que presidiu a Casa -ele cumpriu dois mandatos (1998 a 2006)." (Folha de S. Paulo, 05/07/07)
Tô muito emocionada de ficar aqui pertinho da Hebe
Com vinte anos de atraso - porque não tem como acompanhar toda a demência -, e para quem ainda não assistiu, lá vai a entrevista da Mônica Veloso para a cientista social Hebe Camargo na segunda-feira passada, 25 de junho:
"TRE não vai apurar possível suborno a juízes no caso Roriz
O presidente do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Distrito Federal, Otávio Augusto Barbosa, deixou para o Ministério Público Federal a decisão de investigar ou não se o senador Joaquim Roriz (PMDB-DF) pagou propina a integrantes do tribunal para absolvê-lo de uma acusação de propaganda ilegal na campanha passada. Em nota divulgada nesta segunda-feira, 2, Barbosa promete punição rigorosa, se forem “efetivamente verificados desvios de conduta” de juízes, mas não anuncia nenhum procedimento interno de apuração.
(...)
Em outubro, Roriz foi absolvido por 4 votos a 2 no TRE, depois que José Luiz da Cunha Filho, mudou o voto e rejeitou a acusação. Segundo a revista Veja [post abaixo], Roriz teria usado parte dos R$ 2,2 milhões emprestados do empresário Nenê Constantino para pagar o suborno." (Estado)
A ONG Contas Abertas descobriu que o Senado Federal, entre uma reforminha de um único apartamento em Brasília por R$ 485,1 mil e o pagamento de R$ 41,5 mil para o tratamento dentário do ex-senador Divaldo Suruagy (AL), também liberou uma graninha para o pobretão do senador Joaquim Bezerra Nelore Roriz (R$ 4.489.278,95).
Dentadura
Ou melhor, não diretamente para Roriz, mas para sua senhoura, a dona Weslian Roriz. O Senado teria emitido uma nota R$ 12,2 mil para pagar um tratamento dentário da esposa do senador bezerrístico. O Senado não teria dado resposta ao pedido de esclarecimentos da ONG.
Joaquim Bezerra Nelore Roriz, o eterno retorno
These are strange times in Brazil. Achou que a falcatrua do final de semana tinha acabado com o Silvinho Land Rover? Pois não. A Veja acabou com tudo em outra matéria sobre nosso insuperável senador Joaquim Bezerra Nelore Roriz.
A revista afirma sem rodeios: "se parte do dinheiro foi mesmo usada para pagar uma bezerra, outra parte teve destino explosivo – serviu para subornar juízes do Tribunal Regional Eleitoral que livraram Roriz de cassação em 2006."
A Veja teria obtido a informação de um político próximo a Roriz que presenciou a confissão do suborno da própria boca do senador bezerrístico em conversa com seu suplente, o ex-deputado distrital Gim Argello:
"Argello – O Agnelo (refere-se a Agnelo Queiroz, ex-ministro e candidato derrotado ao Senado) me disse que a decisão foi comprada. É isso mesmo?
Roriz – É isso mesmo. Achei que o processo não ia dar em nada, mas tivemos de resolver. Tivemos de comprar dois [juízes do TRE]."
Os juízes teriam recebido 1,2 milhão dos tais 2,2 milhões do cheque de Nenê Constantino, presidente do Conselho de Administração da Gol:
"O caso que livrou Roriz da cassação foi julgado em 23 de outubro, mas começou no dia 19 de setembro, quando o Ministério Público o acusou de uso político da máquina pública do governo do Distrito Federal. Na época, Roriz deixara o cargo de governador para concorrer ao Senado, e a estatal de abastecimento de água, a Caesb, mudara em propagandas seu número de atendimento telefônico de 115 para 151 – número de Roriz nas urnas. O placar do julgamento no TRE estava em 3 a 2 contra Roriz. Um juiz pediu vistas e, dias depois, quando a sessão foi retomada, votou a favor de Roriz, cravando um empate em 3 a 3. Antes que o presidente do tribunal desse seu voto de Minerva, um dos juízes que votaram contra Roriz subitamente mudou de idéia. Com isso, Roriz livrou-se da cassação por 4 a 2."
A Veja não facilita muito e não dá o nome dos juízes. Mas com uma rápida busca no Pai Google descobre-se todas as informações no site vermelho.org (para alguma coisa tem que servir), já que foi o PCdoB que entrou com a representação contra o senador por abuso de poder político. Quem pediu vistas foi o juiz Romes Gonçalves Ribeiro, que também andou pedindo vistas em outros casos estranhos. Quem decidiu trocar o voto de uma hora para a outra foi o juiz José Luiz da Cunha Filho.
Vai feder mais ainda.
Renaaan = núcleo profundo do Pê Tê e do comunismo mundial
Do Estado:
"´Acharam que era fácil me derrubar´, desafia Renan
Depois da acolhida do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e de manifestações de apoio de ministros, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), encerrou a última quinta-feira, 28, em tom de comemoração, alardeando sua resistência política e pessoal "ilimitada" para enfrentar a "saraivada de denúncias de todo lado". No fim do dia, falou da onda de "denuncismo que atinge os três Poderes" e comparou o seu processo no Conselho de Ética às denúncias contra parentes de Lula.
"Quando houve a crise com Lula, eu o apoiei com a mesma compreensão", disse. "O denuncismo não faz bem à democracia; ressuscita a UDN no momento em que todos querem que o Brasil trabalhe, gere renda, gere emprego e aumente o superávit." O senador afirmou que, "infelizmente", o processo democrático "tem dessas coisas" e insistiu em que Lula passou por um processo semelhante ao seu. "Devassaram a família dele, mas não conseguiram."
As declarações acima poderiam ser somente uma mania de grandeza de Renaaaaan, se não fosse a maneira com que o Pê Tê, desde que surgiram as denúncias, se dividiu entre um silêncio profundo e uma defesa aberta do senador bovino. Os baluartes da defesa aberta de Renaaaan foram nossos queridos senadores Sibá Sibazinho Machado (Pê Tê-AC), com todo seu empenho de cachorrinho obediente para enrolar o máximo possível qualquer decisão, e a senadora Ideli Salvatti (Pê Tê-SC), que até ontem estava botando pressão máxima contra a escolha de Renato Casagrande (PSB-ES) para a relatoria do processo contra Renaaaan.
Mas sempre há uma saída para o Pê Tê. Segundo a Renata Lo Prete no Painel de Folha de hoje, a saída seria esta:
"Uma saída discutida pela tropa de Renan é colocar Inácio Arruda (PC do B-CE) no Conselho de Ética e em seguida indicá-lo para a relatoria. O senador novato é um divulgador da criativa tese segundo a qual as denúncias contra o presidente da Casa são uma manobra para enfraquecer Lula."
Relaxa, goza e não reclama. Não tem $alva$ão.
Lá do blog do Lauro Jardim:
"Um suplente à altura | 12:24
Se o caso Roriz tiver a conseqüência que deve ter - ou seja, a cassação do mandato do senador - o país será apresentado ao seu suplente: o petebista Gim Argello. É um político à altura de Roriz. Em 2002, por exemplo, quando era deputado distrital em Brasília, Argello foi acusado de receber lotes de terra como propina. Tem gente apostando que a vaga de senador acaba no colo de Marcos de Almeida Castro, que vem a ser irmão do advogado Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay."
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"O suplente de Roriz | 16:32
A propósito da nota postada às 12h24, sobre Gim Argello, suplente de Joaquim Roriz: seu nome deve surgir a qualquer momento na mesma história que enrolou de vez o complicado Roriz na semana passada. Argello tem ligações fortes com o empresário Nenê Constantino, o dono da Gol."
"Roriz chora, nega corrupção e promete abrir sigilo
Em discurso no Plenário do Senado, o senador e ex-governador do Distrito Federal, Joaquim Roriz (PMDB-DF), negou nesta quinta-feira qualquer tipo de ato ilícito e colocou à disposição da Polícia Federal e do Supremo Tribunal Federal os sigilos fiscal, bancário e telefônico seu e de sua família. Por alguns momentos de sua defesa, o senador chegou a chorar. Ao final de seu discurso, Roriz também prometeu ir à catedral de Brasília e se postar de joelho até o anoitecer." (Terra)
$en$a$ional.
Roriz, que estava sumido depois das denúncias que explodiram no final de semana, resolveu falar, chorar e prometer se ajoelhar.
No G1 tem um trecho da lengalenga do discurso de Roriz. Mas há momentos até mais instrutivos no discurso do que a promessa de se arrastar de joelho:
Mídia má: “A imprensa quando quer massacra, destrói. Veja o que está acontecendo com nosso amigo, presidente dessa Casa, senador Renan Calheiros. Será que é justo tanta maldade com um homem que tem um relevante trabalho prestado a seu país e a seu estado em particular?”
Roriz, um sem-teto: “Existe algum artigo dizendo que pedir dinheiro emprestado é crime? É ilegal? Quem em sua vida não pediu um empréstimo a um amigo ou a um banco qualquer?”
A desculpa para justificar a gravação em que é pego negociando a entrega de 2,2 milhões com o ex-presidente do BRB, Tarcísio Franklin de Moura, continua bovina: seriam somente R$ 270 mil empretados do dono da Gol e ex-caminhoneiro Nenê Constantino para pagar a dívida da compra de uma bezerra, mais R$ 28 mil para ajudar um "parente" que estaria com problemas de saúde.
Declaração de bens do senador Joaquim Bezerra Nelore Roriz ao TSE no ano passado:
- 50% DA SALA - ED. MARISTELA - BRASÍLIA/DF - R$ 61.833,00
- APARELHO CELULAR ADQUIRIDO EM 1996 - R$ 1.124,57
- APLICAÇÃO RENDA FIXA - BRB - R$ 86.362,58
- AÇÕES DA TELEBRASÍLIA ADQUIRIDAS EM 1974 - R$ 6.153,14
- AÇÕES DO BEG S/A - R$ 0,10
- CASA - SMPW Q. 08 CONJ. 01 CASA 13 - R$ 600.558,19
- CRÉDITOS À RECEBER DA AGROPECUÁRIA PALMA LTDA - R$ 500.046,41
- DINHEIRO EM ESPÉCIE - R$ 3.500,00
- IMÓVEL RURAL - ÁREA NA FAZENDA UNIÃO E ÁREA NA FAZENDA JUREMA - R$ 100.000,00
- POUPANÇA - BRB - R$ 9.953,17
- POUPANÇA - HSBC - R$ 965,18
- QUOTAS DE CAPITAL - BRAVAL TRATORES LTDA - R$ 54.000,00
- UMA QUOTA DA COOPERATIVA AGRÍCOLA DO DF - R$ 1,22
- VEÍCULO - FORD F250, XLT - R$ 93.000,00
- ÁREA DE 662,7419 HECTARES - LOTEAMENTO NO RIO BAGAGEM - NIQUELÂNDIA/GO - R$ 61.531,39
- 6.227 BOVINOS - R$ 2.850.050,00
- 51 SUÍNOS - R$ 5.100,00
- UM TRATOR 785 VALMET - R$ 28.600,00
- UM TRATOR VALMET COM COMANDO - R$ 26.500,00
TOTAL - R$ 4.489.278,95
Leomar Bubalino Muar Quintanilha
Wellington Vou-desligar-o-transponder-doidão Salgado (PMDB-MG), Sibá Sibazinho Machado (Pê Tê-AC)... é cada um que surge com o Renaaaaangate...
A mais nova figura é o recém eleito presidente do Conselho de Ética do Senado, o senador Leomar de Melo Quintanilha (PMDB-TO). Aliado de Renaaan, Quintanilha venceu o senador Arthur Virgílio (PSDB-AM) por 9 votos a 6 e vai substituir Sibá Sibazinho Machado (Pê Tê-AC), que abandonou o cargo na terça-feira.
"Sempre fui comunista."
Nascido em uma família pobre em Goiânia, Quintanilha, 61 anos, deu duro na vida. Foi balconista, vendedor de frutas, trabalhou na reitoria da Universidade Federal de Goiás, até que foi aprovado em um concurso para o Banco do Brasil em 1965. A partir daí começa a politicagem e, em 1976, é eleito presidente do Diretório Municipal da ARENA em Araguaína - na época em Goiás, hoje no norte do Tocantins. Candidata-se à prefeitura da cidade no mesmo ano, mas perde. Perdeu novamente a eleição, para o mesmo cargo, em 1982.
Com o estado de Tocantins já criado, Quintanilha consegue eleger-se deputado federal pelo PDS, $u$e$$or da Arena, em 1989, mas é deslocado para exercer o cargo de Secretário de Estado da Educação e Cultura de Tocantins. Reeleito em 1991, chega finalmente ao Senado em 1994, sendo reeleito em 2002.
Até aí tudo indo aparentemente bem. Fazendeiro e dono de um patrimônio declarado de R$ 1.975.844,63 e depois de ter circulado pelo PP, PFL e PMDB, Quintanilha filia-se ao PCdoB em 2005 e, em 2006, disputa o cargo de governador de Tocantins. Ficou em terceiro colocado, com 9.206 votos (Siqueira Campos ficou em segundo com 310 mil votos e Marcelo Miranda foi eleito no primeiro turno com 341 mil, ou 51,48% dos votos). Em dezembro do ano passado, mal-agradecido, o senador deixou o PCdoB e voLLtou para o PMDB de Renaaaaaan.
Atualmente, Quintanilha é presidente da Federação Tocantinense de Futebol. Ninguém melhor para exercer o cargo, já que descolou uma ajudinha de R$ 200 mil para a construção do estádio de Barrolândia, no sul de Tocantins.
O senador tem alguns projetos interessantes como, por exemplo, a "proibição do uso de viseiras escuras ou protegidas por material refletivo que impeçam a identificação dos seus usuários". O objetivo é facilitar a identificação da bandidagem sobre duas rodas.
Mas certamente o de maior relevância é a proposta de realização de um plebiscito para a criação do estado do Carajás. A nova unidade da federa$ão englobaria alguns dos seguintes municípios do atual estado do Pará: Bannach, Breu Branco, Cumarú do Norte, Curionópolis, Novo Repartimento, entre outros.
Ah, sim, ia quase esquecendo... o bem de maior valor do senador Quintanilha, de acordo com sua declaração ao TSE em 2006, é este:
REBANHO DE BOVINOS, BUBALINOS, CAPRINOS,OVINOS, ASININOS E MUARES - R$ 758.124,00
Renaaaaan não serve pra nada mesmo
Do Daniel Castro na Folha de hoje:
"Ibope da TV Senado cai com ‘Renangate’
Diferentemente das CPIs que investigavam corrupção no governo federal em 2005, o escândalo envolvendo o presidente do Senado, Renan Calheiros, não agregou audiência à TV Senado, 43º canal pago mais visto do país.
Dados do Ibope mostram que, pelo contrário, o "Renangate" pode ter afastado telespectadores da TV Senado. O alcance diário do canal na TV paga caiu 7,3% do período entre 15 de março e 14 de maio para o bimestre compreendido entre 15 de abril e 14 de junho, último relatório disponível e o único que engloba a crise no Senado."
Lerdeza pro ABRA$$O, lerdeza pra Playboy...
Da Mônica Bergamo na Folha de hoje:
"A direção da "Playboy" jantou com Mônica Veloso no hotel Mercure, em SP, no domingo. O "cachê" que a revista pretende pagar à mãe da filha de Renan Calheiros está beeeem distante da cifra de R$ 1 milhão que já faz parte do imaginário dos leitores da revista. A "Playboy" confirma o jantar, mas diz que não revela os valores de suas negociações."
"Renan vai ao Planalto pedir socorro e ganha apoio de Lula
O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), teve uma conversa de 40 minutos com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no Palácio do Planalto, antes de chegar ao Congresso, pouco depois das 10 horas da manhã.
(...)
Um dirigente do PMDB revela que, no encontro, os dois avaliaram que o conflito entre partidos governistas (PT e PMDB, basicamente) em torno do processo disciplinar movido contra Renan no Conselho de Ética do Senado ganhou outra dimensão. "Diante da declaração de guerra do partido Democratas ontem (terça), ficou claro que o que existe, agora, é uma batalha política entre governo e oposição", resumiu Renan a Lula.
O resultado prático desta avaliação é que o presidente Lula decidiu entrar pessoalmente na ofensiva dos aliados para solucionar a crise política em torno do caso Renan." (Estado)
"Após afirmar que posaria nua, "Playboy" volta a cobiçar Mônica Veloso
Um dia após declarar em entrevista exclusiva à Folha que tem interesse em posar nua, a jornalista Mônica Veloso, peça-chave no escândalo que envolve o presidente do Senado Renan Calheiros (PMDB-AL), passou a ser alvo da revista "Playboy".
(...)
Nesta segunda-feira, no entanto, a "Playboy" confirmou seu interesse em despir a "musa do escândalo" mais recente em Brasília e, por meio de sua assessoria, disse já ter entrado em contato com Mônica." (Folha Online)
"Está claro que querem assassinar minha honra. Mas não vão assassinar porque não têm provas de absolutamente nada." - Renaaaaaaaan
Réplica à Mônica Veloso/Renaaaan
Maria Verônica Calheiros, mulher chifrada oficial do senador Renaaaaan Calheiros, também resolveu falar. Matéria genial, aberta, no Estadão de hoje. Melhores momentos:
"Da casa oficial onde mora em Brasília, a mulher de Renan, Maria Verônica Calheiros, observou a espiral política que paralisou a pauta do Congresso Nacional e reduziu tudo em uma notável reflexão doméstica: “Não sei como meu marido caiu nessa... Homem é mesmo muito besta!”
Verônica Calheiros é uma mulher de 43 anos. Fala com um timbre de voz infantil e prefere frases longas. Fez faculdade de Artes Plásticas, é evangélica e gosta de cuidar de suas mais de mil matrizes de orquídeas."
(...)
"Renaaaaaaaaaaaaaaan besta!"
"“Renan foi a maior vítima nisso tudo. Ele e a criança. Ele, claro, também tem culpa, porque todo ser humano é falho. Mas todos sabem que existe um assédio em cima dos representantes do poder. Fiquei surpresa por ele ter caído...”"
(...)
Mônica [Veloso] disse que resolveu denunciar o ex-amante só porque estava sendo apontada como “pessoa desclassificada”. Verônica afirma que é mentira. “Depois que ela engravidou, sumiu e só reapareceu com quatro meses. Renan assumiu a criança depois de um teste de DNA e pagou pensão, mas ela queria mais dinheiro. Ele me disse que ela estava ameaçando fazer chantagem, procurar a imprensa e contar tudo. Ela não fez nada por amor, fez por interesse. No primeiro encontro já estava gravando tudo.”
(...)
"“Ele não é promíscuo, apenas errou, contou tudo a quem devia ter contado e se desculpou. Eu escolhi perdoar, mas antes disse a ele: ‘Se você estiver apaixonado por ela, eu seguro a barra, meu filho’. A princípio, sou contra separações. Mas não vou segurar um vaso todo colado porque uma hora as peças se soltam. Tenho base, tenho história política, tenho tradição de esquerda, atuei no PC do B. Casei aos 17 anos com o homem que amava e entre nós existe amor e companheirismo.”"
Lá vão os trechos politicamente relevantes da entrevista da pistol jornalista Mônica Veloso à Folha de S. Paulo de hoje:
FOLHA - Você pode dizer que amou o presidente Renan?
MÔNICA - Claro que sim. Amei, amei muito. Ele é um homem extremamente inteligente.
FOLHA - Engravidou por descuido?
MÔNICA - Não vou responder.
Foto: Anderson Schneider - Veja
(...)
FOLHA - Você teve relacionamentos com outros políticos?
MÔNICA - Não, inventaram toda sorte de relações. Eu virei o terror da cidade.
FOLHA - Nem o Luís Eduardo Magalhães [morto em 1998]?
MÔNICA - Não. Eu o conhecia, estive com ele em várias ocasiões, mas nunca houve nada.
(...)
FOLHA - Recebeu alguma proposta para posar nua? Aceitaria?
MÔNICA - Até agora ninguém me ligou. Para eu poder fazer um comentário precisaria ser uma coisa oficial, mostrando como seria feito. Sem isso não dá nem para fazer conjectura.
(...)
FOLHA - Segue qual religião?
MÔNICA - Evangélica, batista, da Vale do Amanhecer.
FOLHA - Freqüenta cultos?
MÔNICA - Não vou demais, vou às vezes. Sou crente nova.
"Gol volta atrás e confirma cheque a Roriz
Antes, porém, a assessoria da Gol havia dito que Constantino não reconhecia o cheque. Informou no fim da tarde deste sábado (23) que houve um equívoco na primeira versão sobre o caso.
NOTA DE ESCLARECIMENTO
O Sr. Constantino de Oliveira informa que utilizou o recebimento do valor de R$ 2,2 milhões, proveniente da venda de uma fazenda de sua propriedade para a Agrícola Xingu, para realizar empréstimo de R$ 300 mil em forma de contrato de mutuo e emissão de nota promissória em março de 2007 ao senador do Distrito Federal, Joaquim Roriz.
Roriz, na ocasião, retornou R$ 1,9 milhão para o Sr. Constantino de Oliveira, mantendo assim os R$ 300 mil como empréstimo.
Além disso, o Sr. Constantino de Oliveira esclarece que não tem conta bancária no BRB - Banco de Brasília.
SÃO PAULO, 23 de junho de 2007." (G1)
Vai pegar avião no sabadão e não consegue relaxar e gozar? Compra a mídia má Veja e a Época para ajudar.
A edição da Veja desta semana, com a capa mais genial do mundo, prossegue na demolição das falcatruas bovinas versões de Renaaaan Calheiros para justificar o pagamento da pensão milionária à pistol jornalista Mônica Veloso. Mas não fica só nisso. A revista também foi atrás da evolução patrimonial do senador alagoano.
Após visitar as propriedades de Renan e consultar especialistas, a reportagem chega à conclusão de que os bens do senador, declarados em 1,7 milhão de reais, totalizam, na verdade, praticamente 10 milhões de reais. A evolução é impressionante:
"• Entre 1979 e 1982, enquanto exerceu um mandato de deputado estadual, Renan ganhou o equivalente a 6 700 reais por mês. Nesse período, seu patrimônio cresceu a um ritmo de 2.000 reais por mês. É uma economia possível para quem é capaz de poupar 30% de sua renda todo mês.
• Entre 1983 e 1990, como deputado federal, ganhou o equivalente a 12.265 reais por mês. Seu patrimônio cresceu a um ritmo de 8.000 reais por mês. É difícil, mas há quem consiga guardar 65% do salário.
• Entre 1991 e 1994, Renan não teve mandato. Por um ano, presidiu uma subsidiária da Petrobras por indicação do presidente Itamar Franco. Seu patrimônio, nesse período, refletindo a distância de um cargo eletivo, caiu de 880.000 reais para 755.000 reais.
• Entre 1995 e 2002, como senador, Renan recebeu 12.277 reais por mês. Seu patrimônio cresceu a um ritmo mensal de 8.800 reais. É quase impossível poupar 72% do salário. Mas os poupadores fenomenais chegam lá."
Tá achando que a boiada já passou? Claro que não. A segunda falcatrua descarada revelação do final de semana é partilhada entre a Veja e a Época (matéria aberta aqui). As duas revistas colocam na roda o senador Joaquim Roriz (PMDB-DF). A demência é tanta que a Operação Aquarela (videozinho sobre a operação aqui), realizada no último dia 14 e que prendeu 19 pessoas em quatro estados por desvio de verbas, ia passar sem maiores destaques. Ia.
Joaquim Bezerra Nelore Roriz e Constantino Nenezinho Dono de Tudo de Oliveira
Um dos presos na operação foi Tarcísio Franklin de Moura, ex-presidente do BRB (Banco de Brasília) de 1999 a 2006. Moura é conhecido por se envolver em diversas roubalheiras atividades um pouco estranhas. Na campanha de 2002, foi acusado de fazer parte de um esquema de desvio de verba para a campanha de Roriz. A operação consistia em tirar grana do governo do DF, passá-la pela empresa pública Companhia de Desenvolvimento do Planalto (CODEPLAN), depois por um tal de Instituto Candango de Solidariedade (ICS), para finalmente chegar nas empresas Adler e Linknet, que prestariam serviços à campanha eleitoral de Roriz. O doleiro Fayed Traboulsi teria feito dois saques de R$ 2,310 milhões e de R$ 3,5 milhões direto do BRB. Aí que entra Tarcísio Franklin de Moura, presidente do banco nomeado por Roriz, governador do DF na época.
A ligação de Moura e Roriz, portanto, é antiga. O que vazou para as duas revistas semanais são trechos de conversas dos dois falcatruas amigos combinando a entrega de uma bolada de 2,2 milhões de reais em dinheiro vivo ao senador. A grana teria saído da conta do empresário Constantino de Oliveira, o Nenê Constantino, dono da Gol, mais novo proprietário da falida Varig e notório devedor do INSS. Obviamente, você lembra que quem deu uma forcinha para fechar a compra da Varig pela Gol foi justamente o adevogado e compadre de Lula, o grande Roberto Teixeira, que intermediou a visita de Nenê Constantino e de seu filho Constantino de Oliveira Júnior a Lula, no Planalto.
Nenê Constantino afirmou à Veja que nem possui conta no BRB. A Época afirma que há um relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) comprovando que houve um saque de R$ 2,2 milhões da conta de Constantino no BRB no dia 13 de março. É o mesmo dia em que rola a gravação delícia:
"Tarcísio – Então eu vou ter que... Porque não tem jeito, não tem como... Onde é que vai pôr esse dinheiro?
Roriz – Não tem um cofre, tesouraria?
Tarcísio – Saiu da tesouraria tem que entregar para alguém.
Roriz – Não tem um cofre, não?
Tarcísio – Mas pra isso tudo não tem, não. (Risos)"
A última mentira versão para a transação, obviamente, foi bovina:
“O senador estava apertado e pediu um empréstimo de R$ 300 mil ao Constantino para comprar parte de uma bezerra nelore da Universidade de Marília”, disse Neves. “Pagou R$ 271 mil e repassou R$ 29 mil ao Benjamin, que também estava com dificuldade financeira. O resto do dinheiro teria ficado com Constantino.” Neves apresentou cópia da nota fiscal de venda da bezerra por R$ 532 mil e o comprovante do depósito relativo ao pagamento de R$ 271 mil. A diferença, segundo ele, deveu-se a um desconto concedido pelo vendedor. Neves também apresentou cópia de um contrato de empréstimo de R$ 300 mil assinado por Roriz e Constantino e uma promissória assinada pelo senador." (Época)
A pergunta você já sabe: vai ou não vai pro ABRA$$O o Roriz?
"Renan declarou como seu gado que era da própria mãe
Os resultados da perícia elaborada pelo Instituto Nacional de Criminalística (INC), da Polícia Federal (PF), aos quais o Estado teve acesso na terça-feira, constatou que as Guias de Trânsito Animal (GTA) emitidas no Estado de Alagoas "foram apresentadas de forma desvinculada das notas fiscais de venda" de gado. Os peritos informam, também, que três lotes de animais vendidos supostamente por Renan pertenciam a outros vendedores de gado, como a mãe do senador, Invanilda Calheiros, a quem caberiam "29 GTAs, correspondente a 508 animais", e a seu irmão Remi Calheiros, para quem há "uma GTA, por 20 animais". (Estado)
Da Mônica Bergamo na Folha de hoje:
"NERO
O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), tem dito a seus colegas mais íntimos que pode cair atirando. Diz que pretende incentivar a abertura da célebre CPI das Empreiteiras, proposta há décadas pelo senador Pedro Simon (PMDB-RS). E tem citado, nas conversas, supostos casos extraconjugais de personagens que circulam em Brasília."
Fala, Renaaaaaan!
"Um cheque, duas vendas
Há mais incongruências na defesa de Calheiros. Em dois casos, os recibos de venda de gado apresentam o mesmo cheque para justificar duas compras distintas. Em 14 de fevereiro de 2006, por exemplo, o senador atesta que vendeu 336,06 arrobas de bois para a empresa GF da Silva Costa. O pagamento se deu por meio de dois cheques, um dos quais de número 161, da agência 3411 do Bradesco. Menos de um mês depois, em 7 de março, o senador voltou a vender para a GF da Silva Costa, dessa vez 333,06 arrobas no valor de R$ 18.992,40. Um dos cheques usados no pagamento foi novamente o de número 161 do Bradesco.
Um caso semelhante ocorreu em 21 de abril de 2004. O cliente, na ocasião, foi Marcelo Nunes de Amorim. Uma das vendas alcançou o valor de R$ 95.232, e a outra, R$ 30.800. Dois cheques de mesmo número - 409.571, da agência 1767-3 do banco HSBC - teriam sido usados nas transações." (Zero Hora, 18/06/07))
O Rio Grande exige explicações
Como assim o mundo bovino alagoano vale mais que a bovinagem gaúcha?
Os Pampas exigem investigação imediata! Acorda, Yoda, e salva nossa honra!
"Pecuarista de dar inveja a gaúcho
Os negócios do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), em suas fazendas de Alagoas são de dar inveja aos melhores pecuaristas gaúchos, a se julgar pelas informações fornecidas por ele ao Conselho de Ética da Casa. Enquanto o preço do gado no Rio Grande do Sul atingia a média de R$ 48,9 a arroba (medida de peso equivalente a cerca de 15 quilos) em 2005, Calheiros conseguiu vender seus bois em um Estado sem excelência pecuária a aproximadamente R$ 69,3 a arroba.
(...)
Com os números na ponta do lápis, o pecuarista Frederico Wolf, da Wolf Genética, vendeu cada cabeça de gado por uma média de R$ 740 no último ano. No mesmo período, Calheiros faturou R$ 918 por animal. Um resultado alto para o Nordeste, ainda mais no momento em que o Rio Grande do Sul paga o melhor preço pelo gado no país.
(...)
A incredulidade dos gaúchos se explica. Além de não ser uma referência na produção nacional de carne bovina, Alagoas enfrenta sérios problemas sanitários. Diferentemente do Rio Grande do Sul - livre de febre aftosa com vacinação -, o Estado nordestino está no limbo da vigilância. O Ministério da Agricultura considera-o área desconhecida para aftosa - sem controle da doença -, o que desqualifica a produção local." (Zero Hora, 16/06/07))
"Contas confusas
O pizzaiolo Epitácio Cafeteira, relator do caso Renan no Conselho de Ética, não viu nenhum problema nas contas apresentadas pelo presidente do Senado. Não é para menos. Veja-se a prestação de contas que Cafeteira encaminhou ao TRE do Maranhão depois de sua eleição para o Senado em 2006. Cafeteira garante que gastou 81 274 reais para eleger-se (sua previsão de gastos era de 2,5 milhões de reais, conforme o TRE). Dá 8 centavos por voto – um recorde. Campanha barata, hein? Na verdade, o que há é um festival de omissões visível. Por exemplo: ele fez, é claro, campanha de rádio e TV. Só que em sua declaração de despesas não consta nenhum gasto em produção de programas. Não há dúvida de que Cafeteira mediu Renan pelo seu próprio metro." (Radar, Veja, 20/06/07)
Com ensino médio completo e atualmente aposentado, o senador Epitácio, segundo declaração de bens na última eleição de 2006, acumula um nada desprezível patrimônio de R$ 2.878.642,24. Veja a lista abaixo.
Epitáciogate djá!
Continue lendo...
Talvez a coisa mais patética em todo o Renangate seja o silêncio dos petistas.
Os comentários sobre o Renangate nos blogs petistas são mínimos. Um dos poucos que se atreveu a comentar alguma coisa foi nosso querido Zé Dirceu, com sua opinião favelada de sempre de que "nossa mídia parece não ter limites quando quer destruir a reputação de alguém".
Outro que se atreveu foi o clássico jornal petista fora de controle A Hora do Povo, aquele que quer ver o Mainardi a sete palmos:
Como sempre, o Pê Tê fica constrangido porque a denúncia partiu da Veja, a mídia má suprema. Depois de ontem, quando a mídia má do Jornal Nacional se enfiou nas bibocas do Ceará para implodir a versão bovina de Renaaaaan, a coisa piorou. Como citar a mídia má?
A demência da falcatrua bovina é tamanha que Romero Jucá (PMDB-RR), líder do governo, propôs hoje a suspensão da sessão do Conselho de Ética do Senado. Ficou, portanto, para terça-feira a votação do relatório do senador Epitácio Cafeteira (PTB-MA) que absolve o senador bovino.
Cai ou não cai o Renaaaaan, Pê Tê?
Impossível morrer de tédio no Bananão.
A Veja que começa a circular neste final de semana toca mais lenha na fogueira no que agora já se convencionou chamar de Renangate. A revista traz uma entrevista exclusiva com Mônica Veloso, mãe da filha do senador Renaaaan Calheiros (PMDB-AL).
Mônica confirma o que já havia dito por meio de seu advogado, Pedro Calmon Filho: toda a grana que recebeu durante quase dois anos (entre fevereiro e março de 2004 a novembro de 2005) sempre foi entregue, em dinheiro, pelo lobista Cláudio Gontijo, amigão de Renan. As entregas, com poucas exceções, eram feitas no escritório da construtora Mendes Júnior em Brasília (nome, identidade, hora e sala eram registrados). Segundo Mônica, Renan e ela nunca falavam de dinheiro e o senador jamais comentou a origem da bufunfa.
Foto: Anderson Schneider - Veja
A Veja comparou detalhadamente os extratos bancários de Renan, as datas fornecidas por Mônica e o contrato de alguel da casa no Lago Norte (aluguel de R$ 40 mil, por 1 ano, pago na bucha) e do apartamento alugado após Mônica deixar a casa devido à insegurança causada pelas ameaças que teria sofrido.
Além da história da boiada de Renan - que, segundo dados do Fernando Rodrigues na Folha de hoje, teria lhe rendido R$ 1,92 milhão entre 2003 e 2006 (média de R$ 1.009 por cada um dos 1.902 bois vendidos em ALAGOAS, onde os bovídeos não costumam ser lá muito gordinhos) -, a conclusão da análise dos extratos parece ser só uma: sim, no geral e teoricamente, a conta fecha, haveria dinheiro para efetuar todos os pagamentos, mas a manobra contábil para encaixar tudo precisa ser grande. Renan fez grandes saques de suas contas - o que pesa a seu favor - mas, para fechar os pagamentos de Mônica, ora ele teria que manter o dinheiro embaixo do colchão por semanas a fio, ora teria se alimentado só de salsicha por boas semanas.
Desta vez o Renaaaaaan Calheiros (PMDB-AL) parece que escapou.
A Re$eita Federal mandou ofício para o Senado dizendo que Renan não retificou suas declarações de imposto de renda passadas depois que apareceu a denúncia de sua relação com o lobista Cláudio Gontijo.
Quem afirmou que houve as alterações foi o jornalista Amaury Ribeiro Jr., na edição do Correio Braziliense de anteontem.
Desta vez não vai ser o Renaaaan que vai para o Abra$$o.
Deu$, que ABRA$$O que não chega nunca...
O Josias de Souza explica a nova bomba que caiu na careca do Renan Calheiro$:
"Não bastassem todas as interrogações que já assediam o presidente do Congresso, descobre-se agora que ele pode ter retificado declarações de Imposto de Renda que enviara à Receita Federal. E o teria feito com o objetivo de respaldar a tese de que foi ele mesmo quem pagou a pensão alimentícia da filha que teve com a jornalista Mônica Veloso.
Deve-se a novidade ao repórter Amaury Ribeiro Jr. (assinantes do Correio). Ele informa que, perscrutando o cotidiano fiscal de Renan, auditores da Receita verificaram que o senador fizera retificações de última hora em suas declarações de rendimentos. Alterações desse tipo são previstas em lei. O contribuinte pode retificar uma declaração de Imposto de Renda até cinco anos depois de sua entrega. O que chama a atenção no caso de Renan é que as moficiações teriam sido protocoladas na Receita depois que o lobista Cláudio Gontijo, da Construtora Mendes Júnior, passou a freqüentar o noticiário como pombo-pagador de Renan."
Renaaaaan nega tudo. Notinha de nega$ão divulgada lá no blog do Noblat.
Lá do blog do Noblat:
"A jornalista Mônica Veloso disse, por intermédio de seu advogado, Pedro Calmon Filho, ser falsa a versão do lobista da empreiteira Mendes Júnior, Cláudio Gontijo, de que parte dos recursos dados a ela por Renan Calheiros (PMDB-AL), presidente do Senado, foram depositados em sua conta bancária.
Em nota, o advogado disse que repassará aos senadores cópia do extrato bancário de Mônica dos dias em que Gontijo afirmou ter feito os depósitos. Mônica insiste que todos os valores que recebeu de Gontijo “foram entregues em suas mãos, em moeda corrente”.
"Mônica Veloso não posará nua, diz advogado
Pedro Calmon, advogado da jornalista Mônica Veloso, que teve uma filha com o senador Renan Calheiros (PMDB-AL), negou nesta quinta-feira (31) que sua cliente tenha recebido convite para posar nua na revista "Playboy". A jornalista ganhou visibilidade após denúncia da revista "Veja" de que as pensões mensais eram pagas por lobista de uma construtora.
(...)
Segundo o G1 apurou, "Playboy", de fato, tem interesse na ex-namorada do presidente do Senado por ser "bonita, ter nome forte e estar na mídia", de acordo com uma fonte da publicação." (Parlatório)
Calada deste que estourou a bomba, Mônica deu uma entrevista-esquiva para a Folha de S. Paulo de hoje. Dá para conferir lá no blog do Josias.
E para quem estava se contorcendo de curiosidade para ver algum vídeo de quando Mônica era apresentadora, aqui está. É um trecho do jornal DFTV de 1993. Mas CUIDADO para não cuspir café no monitor com a "apresentação" do vídeo.
Dica literária de Zuleido Bron$on
Perigo: Como Sobreviver a Situações Limite
JOSHUA PIVEN
DAVID BORGENICHT
"Um guia de sobrevivência indispensável para situações difíceis. Especialistas ensinam passo a passo e com ilustrações, o que se deve fazer em diferentes ocasiões como escapar de areia movediça, como escapar de tubarão, como saltar de um penhasco para um rio, como escapar de um carro que está afundando, como identificar uma bomba, como sobreviver à deriva no mar, como sobreviver se seu paraquedas não abrir, como evitar ser atingido por um raio."
Estadão: No avião, Zuleido lê auto-ajuda
Lá da Folha de S. Paulo de hoje:
"Renan fez emendas para obra da Mendes Jr.
Construção de um cais de contêineres no porto de Maceió, orçada em R$ 46,5 milhões, sofre contestações do TCU
Senador afirmou que não se lembra de todas as emendas à LDO; empreiteira negou qualquer influência sobre o presidente do Senado
Uma obra da Mendes Júnior -a construção de um cais de contêineres no porto de Maceió- recebeu emendas à Lei de Diretrizes Orçamentárias do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), suspeito de ter contas pessoais pagas por um lobista da empreiteira. A obra, orçada em R$ 46,5 milhões, foi contestada pelo Tribunal de Contas da União, que ordenou, em 2005, tomada de contas especial para averiguar possíveis irregularidades.
As emendas foram feitas em maio de 2004 e em junho de 2005 para os Orçamentos dos anos seguintes. Foi nesse período que Cláudio Gontijo, lobista da Mendes Júnior, fez, a pedido de Renan, pagamentos à jornalista Mônica Veloso, com quem o senador tem uma filha." (Folha de S. Paulo, 31/05/07)
Para complementar, a Zero Hora entrevistou Eduardo Antonio Lucho Ferrão, advogado de Renan Calheiros. Ferrão já defendeu o mensalista Pedro Corrêa e Aloizio Mercadante (no caso do Dossiegate).
A Cristiana Lôbo dá a chave de ouro para explicar por que Renan não cairá se depender do Conselho de Ética do Senado:
"O comando do Conselho de Ética do Senado está nas mãos de dois senadores que lá chegaram sem enfrentar o eleitor: Sibá Machado (PT-AC), é suplente da ministra Marina Silva e Adelmir Santana (DEM-DF) é suplente do vice governador do Distrito Federal, Paulo Octávio.
Toda vez que aparece uma tarefa difícil para ser cumprida, os partidos indicam os nomes que mais distantes estão da avaliação do eleitor. Será por que?"
"Um dos mais irritados, ontem, era o senador Almeida Lima (PMDB-SE). Exaltado, chamou de "calhordas, canalhas, sem-vergonhas" os empresários que dão presentes, antes de admitir que recebeu uma gravata da Gautama e de garantir que a devolveu. O senador também disse que a gravata era uma porcaria:
- Encaminharam, por um funcionário do meu gabinete, uma porcaria de uma gravata que eu mandei devolver no rastro. Portanto, não preciso de empresa vagabunda, moleca, sem-vergonha nenhuma. Se o meu nome consta dessas listas, deveria ter constado a devolução de uma porcaria de uma gravata.
Mais adiante, no mesmo discurso, acalmou-se e confessou gostar de gravatas [A/C Sobel]:
- Quando preciso de uma gravata, e gosto muito bem de usá-las, assentadas, sei onde comprá-las. Recentemente, desculpem-me a falta de modéstia, eu comprei uma na Quinta Avenida, em Nova York, quando lá estive." (Zero Hora)
A Folha Online publicou ontem a lista dos políticos que receberam mimos da Gautama.
Também ontem, em entrevista para o Paulo Henrique Amorim (Pê Tê-SP), o deputado Chico Alencar (PSOL-RJ) soltou a lista de todos os parlamentares que receberam grana de empreiteiras na última campanha. O levantamento foi feito pelo DIAP (Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar). Alguns dados interessantes sobre os deputados de São Paulo:
José Genoino (PT) – R$ 100 mil (OAS)
Aldo Rebelo (PCdoB) – R$ 150 mil (Carmargo Corrêa)
Paulo Renato de Souza (PSDB) – R$ 150 mil (Camargo Corrêa)
E os dados gerais de doações para os senadores:
- Total de valor doado por todas construtoras e empreiteiras: R$ 4.988.668,00;
- Principais doadoras (construtoras e empreiteiras) e seus respectivos valores:
1 – Construtora e Empreiteira Camargo Corrêa e suas subsidiárias: R$ 25.000,00;
2 – Construtora e Empreiteira OAS e suas subsidiárias: 285.000,00;
3 – Construtora e Empreiteira Barbosa Mello e suas subsidiárias: 300.000,00;
4 - Construtora e Empreiteira Norberto Odebrecht e suas subsidiárias: 760.000,00.
O deputado ca$$ado Roberto Jefferson, presidente nacional do PTB, comenta a declaração de Renan Calheiros
"Apelou para a condescendência dos brasileiros para os casos extraconjugais, defendeu-se das acusações de usar um lobista, mas não provou que o dinheiro para pagar a jornalista mãe de sua filha era dele. Para piorar, não gostei de ele expor a esposa; ela o fez por amor a ele e à família; já ele a expôs, por desamor a ela. Ela deveria ter ficado em casa. Não se faz isso a uma mulher." (Parlatório, citando o próprio blog do Bob)
Gentleman.
VoLLta!
Lá vão as última$ do Renan:
- Renan vai a almoço e não disfarça constrangimento
- PSOL entra com representação no Conselho de Ética contra Renan
- Renan reconhece não ter comprovantes de todos os depósitos
- Sobel: acordo com Justiça foi 'humano'
Lá do meu blog favorito:
"Os documentos e o tom humilde e emocionado do discurso convenceram os senadores que fizeram fila no plenário para cumprimentar Renan. Mas, ao que tudo indica, não convenceram a mídia que continua tentando encontrar brechas, lacunas e contradições no discurso de Renan. Horas depois do discurso, o Jornal Nacional, da TV Globo, exibiu uma entrevista telefônica com o advogado da jornalista, onde ele tenta desmentir alguns dos pontos da defesa de Renan.
(...)
Realmente, nossa mídia parece não ter limites quando quer destruir a reputação de alguém. Cabe, agora, ao presidente do Senado o direito da tréplica, para reafirmar sua inocência, inclusive, se necessário, recorrendo à Justiça. (Blog do Zé Dirceu)
Quem assistiu ao Jornal Nacional de ontem já sabe: Pedro Calmon Filho, advogado da jornalista Mônica Veloso, desmentiu boa parte do discurso de Renan Calheiros no Senado.
"Não existe um fundo para educação da menina”, contou Calmon Filho. “O pagamento foi feito para complementar os valores de pensão alimentícia", afirmou o advogado, que explicou que os 100.000 reais declarados por Renan serviram para cobrir a queda no valor da pensão - de 12,500 reais para 3.000 reais – após o reconhecimento da paternidade da criança.
O advogado confirmou a reportagem de VEJA, que mostrou que era o lobista Cláudio Gontijo quem entregava envelopes de dinheiro à jornalista mensalmente, no escritório da empreiteira Mendes Junior, onde trabalha. "Quem fazia era o Cláudio Gontijo, e era rigorosamente da forma que foi relatada pela revista 'Veja', confirmou Calmon Filho." (Veja)
Agora pelo menos já se $abe de onde vieram parte das denúncias contra Renan publicadas na Veja. De qualquer forma, ninguém com mais de dois neurônios acreditou em alguma coisa dita pelo senador.
Sai daí rápido, Renan!
"Explicação de Renan convenceu, diz Jucá
Líder do governo acredita que Conselho de Ética não fará representação.
O líder do governo no Senado, senador Romero Jucá (PMDB-RR), avaliou que o pronunciamento do presidente da Casa, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), "foi convincente e esclareceu tudo" em relação à denúncia de que um lobista da empreiteira Mendes Júnior tenha feito pagamentos de pensão e do aluguel de um apartamento à jornalista Mônica Veloso, com quem Renan Calheiros tem uma filha." (G1)
Ah: o texto com a íntegra do discurso do Renan pode ser conferido aqui.
- 15h49 - Discurso atrasado. Fala logo, Renan.
- 15h50 - Caso Renan esvazia depoimentos de controladores à CPI no Senado; PSDB adia início de seminário para ouvir defesa de Renan Calheiros
- 15h52 - Sai daí, Ideli (Pê Tê-SC)!
- 15h59 - Começou. Citou a Constituição = pastor citando a Bíblia = culpado.
- 16h - Verônica, mulher traída de Calheiros, está presente. Renan pede descuLLpa. Depois, pediu desculpas aos colegas parlamentares por expor o Senado a mais esse constrangimento. Só faltou pedir desculpas às pessoas que o elegeram.
- 16h03 - Tá, Renan, ninguém quer saber se o sexo com a pistoleira era bom.
- 16h07: O presidente do Senado não quer tornar público seu relacionamento, mas descreve todas as circunstâncias que o envolvem. Falar de onde saiu a grana, nada.
- 16h08: Citou um filósofo. O Conselho Editorial da Nova Corja nunca ouviu falar.
- 16h10: não envie sua opinião para nós. Não estamos interessados nela.
- 16h11: Renan falou adivugadu e Mendi Júniu. O Conselho Editorial da Nova Corja não entendeu.
- 16h12: Renan afirma ser amigo de Gontijo. Pediu descuLLpas ao lobista.
- 16h13: "As matérias jornalísticas derivam de especulação política". Elas também derivam das gravações da Polícia Federal, Renan.
- 16h14 - Renan denuncia a mídia má, que está acabando com a dignidade da família brasileira. Obviamente não podia faltar a Mídia, Má Feia e Bobona. Renan pede descuLLpas mais uma vez - com a voz embargada - e culpa "jornalecos provincianos".
- 16h15 - Citou Cícero e Roma. Culpado.
- 16h21: "Vossas excelências não terão em mim nenhuma surpresa". Era o que temíamos.
- 16h22: Acabou o pronunciamento. FARSA GROTESCA. Cairá antes do próximo final de semana.
Abra$$o. (Foto: José Cruz/ABr)
"ARQUIVO APAIXONADO - Uma das coisas que deixaram Renan "estarrecido", de acordo com alguns de seus melhores amigos, foi o fato de Mônica ter colecionado documentos que revelam detalhes da convivência deles, como cartões magnéticos de hotéis, notas fiscais de restaurantes e outros papéis. (Mônica Bergamo, Folha de S. Paulo, 28/05/07)
Para começar a semana zuleidisticamente
Adeílson: "Eles têm que fazer um estudo preliminar em 15 dias [...].
Denisson: "Rapaz, em 15 dias não sai."
Adeílson: "Foi esse o prazo que o Enéas [de Alencastro Neto, representante do governo de Alagoas em Brasília] ficou preso lá e a gente prometeu a Renan que a gente fazia".
Denisson: "Como é que você vai fazer uma coisa dessa sem topografia? É chute".
Adeílson: "É chute mesmo, não é projeto executivo [...]. É só um documento para o Renan pressionar a Dilma na liberação do recurso". (Folha de S. Paulo, 28/05/07)
Diálogo gravado pela PF dia 30 de março entre Adeílson Teixeira Bezerra e Denisson de Luna Tenório, na época respectivamente secretário e subsecretário de Infra-estrutura de Alagoas.
O "estudo" refere-se à obra na barragem do rio Pratagy, em Maceió (AL). Abocanhada pela Construtora Gautama e incluída no PAC, a contrução começou com previsão de R$ 70 milhões (R$ 30 milhões já repassados) e teve um upgrade pós-PAC para R$ 120 milhões.
Renan passou o domingo inteiro reunido com os senadores Romero Jucá (PMDB-RR), líder do governo, José Sarney (PMDB-AP) e o ex-senador Luiz Otávio preparando o discurso para se defender das acusações da Veja de que teria despesas pessoais pagas pelo lobista Cláudio Gontijo, da construtora Mendes Júnior. O pronunciamento na tribuna do Senado está marcado para as 15h30 desta segunda-feira.
Se der tempo, Renan também já pode prestar algum esclarecimento sobre a nova falcatrua que circula nos jornais de hoje:
"Senador e irmão foram denunciados ao MP por usar primo como laranja
Renan e seu irmão, o deputado Olavo Calheiros (PMDB-AL), são acusados, em um procedimento administrativo instaurado no Ministério Público Federal de Alagoas, de ocultar que são donos de propriedades rurais na região de Murici (AL).
Dimário - primo legítimo e irmão de criação do senador - procurou o MP depois de ter descoberto que, pelo menos em documentos públicos, constava como dono de uma fazenda em Murici sem nunca ter adquirido as terras. Ele acredita ter sido usado como laranja pela própria família, que estaria de olho em indenizações a serem pagas pelo Ibama, já que as terras, situadas na Estação Ecológica de Murici, serão desapropriadas, e os donos, ressarcidos pela União." (Zero Hora, com mais alguns detalhes no blog do Noblat, citando o Globo).
"Jornalista atuou em campanha para Roseana
Personagem central das denúncias que levantaram incertezas quanto ao futuro político do senador Renan Calheiros (PMDB-AL), a jornalista Mônica Veloso já foi apresentadora de TV e trabalhou na campanha da senadora Roseana Sarney (PMDB-MA), em 1998, para o governo do Maranhão.
Mineira, Mônica fez jornalismo em Brasília. Foi âncora do jornal local da Rede Globo na década de 90. Saiu para abrir uma empresa. Segundo amigos, atualmente ela não trabalha.
Até 2006, ela recebia pensão informal de Renan, com quem tem uma filha, hoje com dois anos e oito meses, de R$ 16,5 mil mensais, segundo a revista "Veja". Ela ganha outra pensão, do ex-marido, com quem tem um filho. A Folha procurou Veloso, mas seu advogado disse que ela não daria declarações." (Folha de S. Paulo, 27/05/07)
"Na casa de R$ 4,5 milhões no condomínio Encontro das Águas (região metropolitana de Salvador), ele [Zuleido Bron$on] pouco fica. Durante a semana vai a São Paulo ou Brasília. Quando está em casa, joga tênis em sua quadra particular. Não usa o campo de futebol. Prefere emprestá-lo a amigos, como em 18 de março. Naquela noite, após show em Salvador, o cantor Chico Buarque rumou para o condomínio a fim de jogar futebol, como sempre faz em suas turnês. A assessoria do artista informou que ele não conhece Zuleido."
kdsjhgdskfjgldajldhkjaldhkjads.
Genial demais. Bron$on dono do universo inteiro.
Matéria completa da Folha sobre os hábitos de Bron$on abaixo:
Continue lendo...
Marisa Inácio da Silva, Lula Inácio Letícia da Silva, José Renan Calheiros e Verônica Vasconcelos Calheiros.
Renan Calheiros divulgou nota ontem em resposta às acusações publicadas na Veja. Ninguém em Brasília nem no resto do universo achou suficiente. Os políticos que comentaram o caso deram a entender que o senador tem que se virar sozinho. Curiosamente, um dos que deu apoio mais direto a Renan, indo visitá-lo no seu apartamento em Brasília, foi o senador Wellington Vou-mergulhar-doidão-sem-transponder Salgado (PMDB-MG). Ah: o deputado Jááááder Vila Amazônia-Sudam-Banpará Barbalho (PMDB-PA) também também foi outro que colocou a mão no fogo por Renan.
A nota de Renan, sintomaticamente, não nega a existência do flat, do apartamento de quatro quartos e nem o pagamento da pensão à jornalista Mônica Veloso. Renan simplesmente diz que "meus compromissos sempre foram honrados com meus próprios recursos". Não precisaria nem desta nota para responder às acusações. Como todos os brasileiros que não conseguem emprestado avião ou lancha (pobreza), Renan também deve guardar os comprovantes de seus pagamentos. Apresenta e pronto.
De qualquer jeito, a situação de Renan não é nada muito interessante. Romeu Tuma (DEMO-SP) convocou ontem a primeira reunião do ano do Conselho de Ética para a próxima quarta-feira, 30. A situação de Renan será avaliada. O pessoal da "terceira via" (hshshs) já está pedindo o afastamento do senador da Presidência do Senado até que as denúncias sejam apuradas.
República da Banana de Alagoas
Dois familiares do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), compõem a lista dos mais agraciados pelo Executivo nos meses que antecederam as eleições de 2006. O governo comprometeu R$ 1,9 milhão em orçamento para as emendas do então líder do PCdoB na Câmara, Renildo Calheiros (PE) e outros R$ 1,2 para seu irmão Olavo Calheiros (AL). Indiciado pela PF, Olavo negou a liberação de qualquer emenda em favor de obras tocadas pela Gautama do Bron$on. Não é para menos.
A receita de Olavo saltou de mirrados R$ 146.350 na campanha de 2002 para R$ 1.521.959 na de 2006. Em cinco meses de trabalho, o irmão do senador compareceu a 47% das sessões no plenário - total de 69 até agora -, sendo que 28 foram ausências justificadas. Mas aproveitou a boca e gastou R$ 60.383 em verbas de gabinete - R$ 42.800,00 em "consultorias, assessorias, pesquisas e trabalhos técnicos" e R$ 17.583,08 em "combustíveis e lubrificantes" para veículos.
Mas não é isso que chama a atenção na atuação do deputado. São as emendas ao orçamento feitas encaminhadas por ele somente nesta legislatura: R$ 5.600.000 espalhados em 16 pedidos para o Estado de Alagoas. Foram autorizadas emendas para "Desporto e Lazer" - 150.000 -, Saúde - 2.000.000 -, e a cereja no bolo. Obras em "Urbanismo" foram agraciadas com R$ 3.450.000.
A maioria delas responde como "Implantação ou melhoria de obras de inrfa-estrutura urbana em municípios com até 100 mil habitantes" em cidades como Porto Calvo, que tem cerca de 25 mil residentes. A emenda para este município está orçada em R$ 500 mil. Se o prefeito deconhecido de Porto Alegre tivesse acesso a uma grana dessas, lamberia os beiços. Leia a matéria publicada pela Folha de S.Paulo em fevereiro de 2005 e entenda a razão do berço da família, Murici, também ter sido presenteada com R$ 500 mil na lista de Olavo.
Toda a opulência das obras em Porto Calvo
Essas emendas já foram autorizadas, falta apenas a execução. Se aberrações como estas passaram pelos deputados, não é de se espantar que eles estejam cagados com as investigações da PF. Imagine o quanto não estão torcendo para o PAC ser aprovado de uma vez.
Olavo recebeu doação de R$ 65.000 da Construtora Camargo Corrêa, mas o seu maior doador de campanha foi o Comitê Financeiro Único do PMDB-AL, R$ 394.459. Seria uma boa abrir essa caixa preta para começarmos a descobrir do que eles têm tanto medo.
"Zuleido chorou ao ver ministro, diz preso
Companheiro de cela na Polícia Federal relata que dono da Gautama, ao assistir à TV, afirmou que Silas Rondeau é inocente
No único beliche de uma das celas, empresário dormia junto com o filho embaixo, enquanto João Alves Neto lia a Bíblia na cama de cima
Zuleido Veras, dono da Gautama, chorou no sábado passado ao ver pelo "Jornal Nacional", de sua cela na Polícia Federal em Brasília, que a Operação Navalha atingira o então ministro de Minas e Energia, Silas Rondeau.
O relato foi obtido pela Folha de uma das seis pessoas que dividiram a cela da PF com Zuleido. O entrevistado pediu para não ter o nome publicado.
Na noite do dia 17, os presos viram dois homens dormindo abraçados na cama de baixo do único beliche da cela. Eram Zuleido e seu filho Rodolpho. Nas noites seguintes, os dois se abraçavam até o pai dormir.
Na cama de cima, estava João Alves Neto, filho do ex-governador de Sergipe João Alves Filho (DEM), que leu mais de 200 páginas da Bíblia. (...)
A cela, com cerca de 2,5 m por 4 m, tem uma mesa e uma cadeira de concreto, um banheiro com sanitário sem assento que servia de pia para escovar os dentes e sobre o qual está o chuveiro com água fria. (...) Na prisão, a comida era sempre arroz, feijão e picadinho de carne. O banho de sol durava duas horas. (Folha de S. Paulo)
Lembra da proposta do senador Wellington Salgado (PMDB-MG) de pedir autorização à CPI do Apagão no Senado para fazer uma reconstituição do acidente com o avião da Gol (alguns posts abaixo)?
Desliga o transponder do universo e deixa cair.
O senador fornece mais alguns detalhes de seu projeto em entrevista à jornalista Mônica Bergamo na Folha de hoje:
"Vou desligar o transponder e mergulhar mil metros"
Mesmo depois de ser ironizado por colegas no Congresso, o senador Wellington Salgado (PMDB-MG) mantém a decisão de apresentar à CPI do Apagão Aéreo um requerimento para que a Presidência da República lhe ceda um jato Legacy para refazer a rota do avião que se chocou com o Boeing da Gol, em 2006. Ele falou à coluna:
FOLHA - O senador Demóstenes Torres (DEM-GO) disse que, caso a sua idéia vingue, os senadores vão receber auxílio-funeral em vez de diárias da viagem.
WELLINGTON SALGADO - Mas tu acha que aquilo é o Triângulo das Bermudas? Que vai vir outro avião da Gol e bater? Você está convidado a ir comigo, para perder esse medo. O Legacy é seguro. Mas já começaram as piadas. Recebi um e-mail dizendo: "Leva a senadora Ideli Salvatti [PT-SC] de aeromoça". Estou desconfiado que foi o senador Heráclito Fortes [DEM-PI] que mandou.
FOLHA - Algum senador já se ofereceu para ir no avião?
WELLINGTON SALGADO - O Romeu Tuma [DEM-SP] falou que vai comigo. É meu companheiro, não tem medo de nada. Acho que o Arthur Virgílio [PSDB-AM] também é macho o bastante. Isso você conta no dedo aqui.
FOLHA - Como a reconstituição pode ajudar a elucidar o acidente?
WELLINGTON SALGADO- Existe no local do acidente o chamado "buraco negro" [do espaço aéreo], que hoje eles falam que está coberto pelos radares. Eu iria desligar o transponder do avião, botar um senador na torre [onde ficam os controladores do tráfego aéreo] em terra, e falar: "Está me vendo? Sumi?". Depois, mergulhava mil metros e falava: "Está me vendo? Em que altura estou?". Claro que mandando os outros aviões saírem dali na hora, né? Quero um senador esperto na torre, o Mário Couto [PSDB-PA]. Se botar o [Eduardo] Suplicy [PT-SP], é perigoso.
FOLHA - Levaria o Suplicy no avião?
WELLINGTON SALGADO - Desde que ele não fosse até a cabine. Vai que, na hora de desligar o transponder, ele aperta o botão que desliga a turbina! (Mônica Bergamo, Folha de S. Paulo, 26/05/07)
Mês passado postei uma notinha da Folha sem maiores pretensões sobre Renan Calheiros (PMDB-AL) ter reconhecido a paternidade de Maria Catharina Freitas Vasconcellos Calheiros, de 2 anos, filha da jornalista Mônica Veloso.
Pois a Veja - que antecipou em 1 dia a edição da próxima semana - arruinou com o universo. A revista deixou um pouco de lado a amizade de Renan com Zuleido Bron$on - que botou uma bela grana na campanha derrotada do senador em 1990 - para ir atrás das falcatruas do presidente do Senado com Cláudio Gontijo, que ocupa o cargo de assessor da Diretoria de Desenvolvimento da Área de Tecnologia da Construtora Mendes Júnior, mas que, na verdade, é lobista da empresa:
"• O lobista da Mendes Júnior coloca à disposição do senador um flat num dos melhores hotéis de Brasília, o Blue Tree. O flat, número 2 018, é usado para compromissos que exijam discrição. Está em nome de Cláudio Gontijo.
• O lobista da Mendes Júnior pagou, até março passado, o aluguel de um apartamento em Brasília para o senador. O imóvel tem quatro quartos e fica em uma área nobre da capital federal. O aluguel saía por 4.500 reais.
• O lobista pagava 12.000 reais mensais de pensão para uma filha do senador, de 3 anos de idade. A pensão foi bancada por Cláudio Gontijo de janeiro de 2004 a dezembro do ano passado.
• O lobista ajuda nas campanhas do senador Renan Calheiros e nas de sua família. Já ajudou o próprio senador, seu filho e seu irmão."
(...)
Nos últimos três anos, a pedido de Renan, o lobista pagou os 4.500 reais de aluguel do apartamento de quatro quartos. No imóvel, até recentemente, morava a jornalista Mônica Veloso, com quem o senador tem uma filha de 3 anos, que recebe a pensão do lobista. Todos os meses, a jornalista ia ao escritório da Mendes Júnior, no 11º andar do Edifício OAB, situado na Asa Sul, onde pegava um envelope branco, timbrado, com o endereço, os telefones e o nome de Cláudio Gontijo. O envelope era identificado com suas iniciais – MV. Dentro havia sempre 16.500 reais. Era o aluguel mais a pensão de 12.000 reais para a criança. VEJA teve acesso ao contrato de locação do imóvel. Nele, Gontijo assina como fiador. Seguindo orientação do senador, o lobista contratou uma empresa de vigilância para garantir a segurança de Mônica Veloso e sua filha. A direção da Mendes Júnior diz que isso tudo é "questão pessoal" de Gontijo e que desconhece esses pagamentos. Procurada por VEJA, Mônica Veloso preferiu não se manifestar."
A Veja destaca que a renda de Calheiros é de R$ 12.700 mensais mais alguns alegados "rendimentos agropecuários". A relação de bens do senador, apresentada em 2002, quando foi eleito senador, é esta:
- Casa na SHIS, QI 25, CONJ. 04, LOTE 20, LAGO SUL, BRASÍLIA - D.F.
- TOYOTA HILUX SR5, 2001, COR PRATA
- APARTAMENTO 703, ED. TARTANA, AV. SILVIO VIANA 2727, PONTA VERDE - MACEIÓ - AL
- APARTAMENTO 1014 NO FLAT ALVORADA, BLOCO A, BRASÍLIA - D. F.
- MITSUBISH L - 200 GLS, 2002, COR AZUL. (Políticos do Brasil - em PDF)
Aliás, como complementa o Lauro Jardim, hoje mesmo tem audiência de conciliação entre Renan Calheiros e Mônica Veloso para decidir o valor da pensão da filha dos dois. Cláudio Gontijo é uma das testemunhas. "Renan pediu ao juiz permissão para entrar no tribunal pela garagem. O juiz negou."
O Conselho Editorial da Nova Corja quer muito mandar um ABRA$$O para Renan.
O Zuleido Bron$on está arruinando a minha vida. A última quentinha, na Folha de S. Paulo de hoje:
"Wagner "esqueceu" que lancha era de Zuleido
Governador atribui à "cervejinha" o fato de não se lembrar muito do passeio com a ministra Dilma Rousseff no ano passado
O governador da Bahia, Jaques Wagner (PT), sabia, mas não se lembrava, que a lancha em que passeou em Salvador com a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, era do dono da empreiteira Gautama, Zuleido Soares Veras, preso desde o dia 17 sob acusação de chefiar uma quadrilha corruptora de políticos e funcionários públicos. (...)
A questão é que Wagner relata não se lembrar muito das quatro horas de navegação. "DOMINGO DE SOL, VOCÊ PASSEANDO DE LANCHA, UMA CERVEJINHA..."
Matéria do jornalista Sérgio Torres, na íntegra, abaixo.
Só complementando: a Mônica Bergamo, também na Folha de hoje, traz mais algumas informações interessantes sobre o publicitário Guilherme Sodré Martins, o Guiga, ex-marido da atual mulher do Jaques Wagner, Fátima Mendonça, e que descolou a lancha Clara, de Bron$on, para o famoso passeio:
"CONFRARIA BAIANA
Guilherme Sodré, o Guiga -que providenciou a lancha de Zuleido Veras (Gautama) para passeio do governador Jacques Wagner, da BA, e da ministra Dilma Roussef - fez sucesso no Fórum Empresarial de Comandatuba, organizado por João Doria. Guiga circulava entre alguns dos maiores empresários do país com o "título" de "melhor amigo do governador baiano", como o próprio Jacques Wagner costuma defini-lo.
CONFRARIA BAIANA 2
Guiga é também amigo e conselheiro do banqueiro Daniel Dantas, do Opportunity. Ele chegou a ser cotado para dirigir a "Isto É" na época em que Dantas tentou comprar a revista de Domingo Alzugaray." (Folha de S. Paulo)
Lembra quem mais é amigão do baiano Daniel Dantas? O também baiano Prof. Dr. Mangabeira Unger, futuro titular da SEALOPRA, Secretaria de Ações de Longo Prazo. A posse até já foi confirmada para o dia 13 de junho.
E sabe quem indicou o baiano Unger para a Secretaria? O baiano João Santana, marketeiro de Lula na campanha para a reeleição (R$ 5 milhões - favelado). Santana é ex-sócio de Duda Mendonça e tem no currículo um rol interessante de campanhas: Antonio Britto (ex-PMDB, hoje no PPS) para governador do RS em 98, Delcídio Cheque Pré-datado Amaral (Pê Tê-MS) e, principalmente, Antônio Paloffi para a Prefeitura de Ribeirão Preto em 2000.
Foi Paloffi que indicou Santana para Lula. A coisa deu tão certo que mesmo depois da campanha Santana continuou sendo conselheiro do presidente. É dele a criação da sigla "PAC", do Plano de Aceleração do Crescimento, aquele que Zuleido Bron$on estava prontinho para abocanhar.
Continue lendo...
Esse não é o Bron$on que eu conheço
Mas é um falcatrua mesmo esse Zuleido Bron$on. Lembra do passeio de lancha do governador Jaques Wagner (Pê Tê-BA) com a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Roussef (Pê Tê-RS)? A diversão toda foi bancada por Bron$on a pedido do amigão do governador, o publicitário Guilherme Sodré Martins, ex-marido da atual mulher de Wagner, Fátima Mendonça.
A novidade é que a GLT Comunicações, empresa de Sodré, tem um contrato com a Gautama desde 2004. O problema, segundo o próprio publicitário, é que as coisas não vão lá muito bem: "A GLT trabalha para a Gautama desde 2004. A rescisão deve ser agora. Não presto mais serviço para ele, já não vinha prestando por conta de que ele estava sem me pagar."
Para não nos xingarem de mídia má, também vale lembrar de outro político que teve a$$e$$or metido na falcatrua: o deputado Antonio Carlos Magalhães Neto (DEMO-BA), o popular e grande ACM Neto:
"Bruno Reis, assessor parlamentar do deputado Antonio Carlos Magalhães Neto (DEM-BA), aparece nos grampos da Operação Octopus da Polícia Federal, que deu origem à Operação Navalha. O parlamentar disse não acreditar que Reis tenha cometido atos ilícitos. Nas conversas, o assessor negocia com o ex-superintendente da PF na Bahia Joel de Almeida de Lima e o lobista Francisco Catelino, que foram acusados na Operação Navalha de ajudar o dono da Construtora Gautama, Zuleido Soares Veras, com informações privilegiadas, obtidas com grampos ilegais, e de vender privilégios dentro da PF." (G1)
"Comunico que na tarde de hoje entreguei ao excelentíssimo senhor presidente da República o cargo de ministro de Estado de Minas e Energia que, honrosa e dedicadamente, exerci por sua confiança." - ministro de Minas e Energia Silas Rondeau. (Folha Online)
Atenção, porque este entende do a$$unto:
"Berzoini pede afastamento do ministro Silas Rondeau
O presidente nacional do PT, Ricardo Berzoini, pediu nesta terça-feira o afastamento do ministro de Minas e Energia, Silas Roudeau ($ic), até que terminem as investigações sobre as acusações do susposto envolvimento do ministro com a máfia das obras. "O ministro Rondeau prestou um bom serviço ao governo do ponto de vista técnico, mas o ideal é que se afaste do cargo, ao menos até que se esclareça o caso", disse Berzoini à rádio Jovem Pan." (Estado)
Para quem estava reclamando da baixa atuação do Pê Tê na falcatrua gautamística, além do senador Delcídio Me-Freta-Um-Avião-Aí-Que-Depois-Eu-Pago Amaral (Pê Tê-MS), hoje foi a vez de um dos governadores mais queridos de Lula, Jaques Wagner (Pê Tê-BA), confessar que passeu com sua amiguinha ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Roussef (Pê Tê-RS), em lancha (três suítes, 52 pés, avaliada em US$ 1,5 milhão) bancada por Zuleido Bron$on:
"Na verdade, a ministra veio aqui no final do ano passado, para me ajudar na questão da transição de governo, e eu tinha prometido a ela que iríamos passear. (...) Como eu não tenho lancha [pobre], pedi a um amigo para me conseguir uma e ele me disse que teria como alugar."
O amigo que o governador fala - assim como o amigo de Delcídio que fretou o avião - é amigão de longa data. No caso do baiano, é mais ainda: trata-se do publicitário Guilherme Sodré, ex-marido da atual mulher de Wagner, Fátima Mendonça, e pai do único filho dela. Tudo em família e dividindo mulher.
"Sou amigo dele há 20 anos, mas só ontem, quando voltei da Argentina, ele veio me dizer que não foi um aluguel, mas que pediu a lancha emprestada para um amigo dele - e, infelizmente, o amigo dele era esse cidadão [Zuleido Bron$on]. Ele devia ter me contado antes... (...) Eu o conheço [Bron$on], já o conhecia antes, já o vi em avião, já o encontrei no Parlamento... Ele é uma pessoa que circula, mas não tenho nenhuma intimidade com ele."
Só não con$egui entender como o governador sisqueceu totalmente, "até ontem", de ver como ficou o pagamento de uma lancha alugada em 25 de novembro do ano passado.
"Sem licitação 1. Segundo o inquérito da PF, o ex-secretário de Infra-Estrutura de Alagoas preso pela PF, Adeilson Bezerra, pediu a Zenildo garotas de programa para um encontro de secretários estaduais em abril deste ano.
Sem licitação 2. O empreiteiro repassou a incumbência ao diretor financeiro da Gautama, Gil Jacó Carvalho Santos, também preso. "Apesar dos esforços" de Gil, afirma a PF, Adeilson reclamou a Zuleido porque as moças "não eram de qualidade"." (Renata Lo Prete, Painel, Folha de S. Paulo, 22/05/07)
Tarso Genro, Ministro da Justiça:
"No inquérito, você vai ver que a PF diz que não há nenhuma prova física de entrega [de propina da Gautama] e comprometimento presencial do ministro Silas. (...) Vocês não vão arrancar de mim uma frase que a presença de uma pessoa portando dinheiro no ministério é algum comprometimento do Silas Rondeau." (Folha Online)
Senador Renan Calheiros, presidente do Senado:
"Não há nada, absolutamente nada no presente momento que comprove o envolvimento do ministro. Quando não se avança, não se esclarece, fica na especulação dos fatos. Você não sabe a extensão da responsabilidade de cada um e é o que está acontecendo com relação ao ministro." (Folha Online)
José Alencar, vice-presidente:
"Ali não há nada de condenação, há acusação. Ele já se defendeu no Paraguai e disse que gostaria de ser investigado além de fazer sua defesa na Justiça. Vocês sabem o quanto considero essas coisas erradas [fraudes]. Mas não posso condenar uma pessoa com indícios." (Folha Online)
Senador José Sarney:
"Por meio de sua assessoria, Sarney disse que "não acredita que o ministro tenha sido capaz de qualquer erro ou ato escuso" e ressaltou que os dois se conhecem "há muito tempo"." (G1)
O engraçado é que ABSOLUTAMENTE NINGUÉM - muito menos a PF - falou que há provas contra $ilas. A questão não é esta. A questão é que há o vídeo de Ivo Almeida Costa, a$$e$$or direto do Ministro, recebendo propina em uma sala que está localizada AO LADO da sala do Ministro. Claro, no Braziu isso não quer dizer nada (Dirceu, Waldomiro...)
Outro que se estrepou mais ainda é o senador Delcídio Amaral, que prometeu e de fato foi ao plenário tentar se defender. Novamente, uma não-questão. Ninguém está interessado se a Gautama pagou ou não o fretamento do bimotor que levou o senador para Barretos. O que interessa é que PARECE que a maioria dos brasilerio$ tem um pouco de dificuldade de fretar avião com pagamentos a perder de vista.
Mas enfim... descuLLpa, com todo esse pessoal DE FÉ defendendo o $ilas, certamente ele não tem nada a ver com as falcatruas. Só que agora não pode mais demitir, senão vai ficar feio punir um homem tão inocente. Para evitar o constrangimento, o governo espera que a velha tática de chutar o cachorro morto funcione.
Cai ou não cai o $ilas, Lombardi?
Quem assistiu ao Fantástico ontem já deve estar sabendo que a nova bomba do gautamismo caiu na cabeça do ministro de Minas e Energia Silas Rondeau Cavalcante Silva.
A Polícia Federal acusa o apadrinhado do senador José Sarney (PMDB-AP) de receber R$ 100 mil de propina para favorecer a construtora Gautama em uma licitação do programa 'Luz para Todos', coordenado por José Ribamar Santana, também envolvido na falcatrua.
A PF acompanhou e filmou todo o trajeto da grana que saiu de uma agência da Caixa Econômica Federal em Salvador e foi parar nas mãos do assessor especial do Ministério, Ivo Almeida Costa, já devidamente afastado e resguardado no xilindró. A entrega da dinheirama foi feita dentro do Ministério em Brasília. História completa e vídeo do Fantástico com a reportagem aqui no G1.
Segundo o Estadão, a PF e o Ministério Público vão propor delação premiada ao dono da Gautama, Zuleido Bron$on. Fala Zuleido!
Outros desdobramento$:
- Sobrou para o sobrinho de ACM, o deputado federal Paulo Sérgio Paranhos de Magalhães (DEMO-BA). A PF possui gravações de conversas de Zuleido com o deputado e diz que ele recebeu pessoalmente R$ 20 mil de Florêncio Vieira, empregado da Gautama que também foi preso na Operação Navalha (Folha de S. Paulo).
- Ex-deputados: também estão na lista negra da PF Pedro Corrêa (PP-PE), cassado na época do mensalão (agora é acusado de tráfico de influência junto ao Ministério das Cidades), Humberto Michiles (PL-AM) e Ivan Paixão (PPS-SE) (falcatruas no Ministério da Integração Nacional para obra da adutora do rio São Francisco, de responsabilidade da Gautama).
- A coisa também está ficando feia para o presidente do Senado, Renan Calheiro$ (PMDB-AL), citado em uma conversa como facilitador da liberação de grana para uma obra em Pratagy (AL). Entra no mesmo saco o governador de Alagoas, Teotônio Vilela Filho (PSDB).
- Segundo o Noblat, citando matéria do Globo de hoje, a PF tem gravação de Luiz Gonzaga Salomon, o Zaga, amigão do senador Delcídio Amaral (Pê Tê-MS), conversando com seu também amigão Zuleido Bron$on e pedindo para ele agilizar o avião para Delcídio ir ao enterro do sogro no último dia 4 de abril:
"Zaga - Zuleido, deixa eu te fazer uma pergunta franca. Me ligou agora há pouco o senador Delcídio, que morreu o sogro dele, e ele precisa ir pra Barreto (sic). Estou movimentando aqui e ver se eu consigo avião para ele. Você topa ajudar isso?
Zuleido - Topo, sem dúvida. Pode mandar bala."
"O "chefe dos chefes" da quadrilha [Zuleido Soares Veras, dono da Construtora Gautama] é um homem suprapartidário. Fez contribuições eleitorais para candidatos do PT, PMDB, PDT, PSDB e do antigo PL, mas seu interesse maior é sempre pelos inquilinos atuais do poder. No dia 25 de novembro do ano passado, emprestou sua lancha, batizada de Clara, um espetáculo de 1,5 milhão de dólares com 52 pés e três suítes, ao governador da Bahia, Jaques Wagner, para ele passear pelas águas da Baía de Todos os Santos com a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff – que, por coincidência, e não existe nada que vá além da mera coincidência mesmo, é a coordenadora do PAC, o programa sobre o qual os quadrilheiros pretendiam avançar, conforme mostra a investigação da PF. A ministra Dilma Rousseff diz que não conhece o empreiteiro e, no passeio pela Baía de Todos os Santos, soube apenas que a lancha fora alugada por um assessor do governador baiano. Jaques Wagner não quis falar do assunto. Nem da lancha, nem da prisão do prefeito de Camaçari, o petista Luiz Caetano, seu amigo e, dizem as más-línguas, seu caixa informal de campanha." (Veja)
Outro que acabou envolvido no gautamismo é o senador Delcídio Amaral (Pê Tê-MS), ex-presidente da CPI dos Correios. Segundo matéria do Globo citada pelo Noblat, em uma das pastas apreendidas na Construtora Gautama há uma planilha com um "Delcídio Amaral/R$ 24 mil/aluguel de jatinho". O sogro de Delcídio faleceu em Barretos e o petista precisou se deslocar com urgência para a cidade. Pediu que seu amigo Luiz Gonzaga Salomon conseguisse qualquer coisa que voasse. O pedido foi atendido e um bimotor (coisa de pobre) foi alugado na empresa Ícaro. Salomon, supostamente sem grana, deu um cheque-caução no dia do aluguel do avião e pediu - por motivos ainda não explicados - que o Dono do País, Zuleido Bronson, pagasse a conta, o que não teria sido feito. Delcídio, por sua vez, se mantém na defensiva:
"Pedi a meu amigo que ele arrumasse um avião e que depois eu pagava e fui para o enterro em Barretos. Não sei o que o Gonzaga fez depois do meu pedido, mas vou tirar isso a limpo. Não ando de jatinho."
A história toda - por enquanto - nada prova contra Delcídio, mas mostra muito bem o grau de influência de Bron$on.
Só espero que Delcídio tenha voado a vida toda de bimotor.
"A Construtora Gautama, apontada pela Polícia Federal na Operação Navalha como a principal beneficiada do esquema de fraude em licitações de obras públicas, foi responsável pela construção da sede da PF em São Paulo em 1997. Em valores da época, a empresa cobrou R$ 41,6 milhões pela construção." (G1)
A opinião praticamente unânime da mídia má é a de que vai estourar muita merda ainda (leia-se: Renan Calheiros).
VoLLta, crise de 2005.
Imenso complô do MP contra filósofo de Lula
Falando em filósofos lulistas, não podemos esquecer que, além da Chaui e do Mangabeira, tem um outro, mais importante de todos, responsável praticamente pelo dia-a-dia de Lula: é Gilberto Carvalho, filósofo, teólogo e secretário particular do presidente.
Em um evidente complô contra Lula e contra o Pê Tê, o "Ministério Público pediu judicialmente bloqueio de bens no montante de R$ 5,3 milhões do PT e do filósofo Gilberto Carvalho, secretário particular do presidente Lula, por suposto envolvimento em esquema de propinas que teria operado na área de transporte coletivo durante a administração Celso Daniel, prefeito de Santo André assassinado em janeiro de 2002." (Estadão)
Além de Carvalho e outros petistas, também foi indiciado Sérgio Gomes da Silva, o popular Sombra, ex-segurança de Celso Daniel que, como todo mundo sabe, estava com o prefeito no momento em que ele foi tirado do carro para depois ser executado.
O MP pede a condenação de Carvalho e de todos os outros acusados, bem como a suspensão de seus direitos políticos, perda da função pública e ressarcimento do Tesouro. O rombo na Prefeitura de Santo Andre é estimado em R$ 5,3 milhões, parte embolsada e o grosso destinado a financiar campanhas do Pê Tê.
A participação de Carvalho na maracutaia não é nada filosófica - e muito menos teológica:
“O dinheiro amealhado era, em parte, separado e entregue a Gilberto Carvalho, que o transportava, em seu veículo particular, ao escritório de José Dirceu, que recebia os recursos ilícitos em espécie, na qualidade de presidente do PT, para o financiamento de campanhas do interesse daquela agremiação.”
Tudo complô do Ministério Público com a imprensa, pode ter certeza.
... a Polícia Federal conclui que a campanha do atual senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG) pela reeleição ao governo de Minas em 1998 recebeu, de fato, grana pública.
Azeredo, nosso xerife da internet, é o pai do Valerioduto. Azeredo é a origem tucana do petismo:
"A CPI dos Correios revelou que, em 1998, Valério tomou dois empréstimos no Banco Rural, num total de R$ 11,3 milhões. O publicitário diz que as transações foram feitas a pedido do então tesoureiro de Azeredo, Cláudio Mourão. A CPI identificou R$ 1,6 milhão em repasses via DOC ou depósitos em dinheiro para 82 políticos ou pessoas ligadas à campanha da coligação tucana naquele ano. (...) Ao mesmo tempo, as empresas de Valério receberam dinheiro via contratos de publicidade com o governo mineiro. Estatais como a Companhia Mineradora de Minas Gerais (Comig) e a Companhia de Saneamento de Minas (Copasa) pagaram pelo menos R$ 3 milhões à SMPB, agência de Valério, por conta de serviços de publicidade." (Estado)
Obviamente, nada acontecerá.
Dica para as próximas eleições
Juvenil, Valdebran e Gedimar, Cleuber, Feu, Helenildo, Ildeu, Jonival, Basílio, Cornélio, Eber, José Alekandro, Laíre, Magno, Aroldo e Arolde, Genebaldo...
Incrível a quantidade de nomes bizarros envolvidos em escândalos. É claro que não chegam a ser maioria, mas têm uma representação estatística muito maior nas falcatruas públicas do que na população brasileira. Ou seja, se você quiser moralizar a política, um bom começo é não votar em nenhum candidato de nome idiota. Injustiças serão cometidas, é claro, e nem os escândalos deixarão de aparecer, mas de repente dá para diminuir em 1/3 ou 1/4 com essa medida. E manter nomes patéticos fora da mídia ainda tem a vantagem de não incentivar ninguém a dá-los a seus filhos.
Como não encontramos a sede da Ala Jovem do PFL, neste Dia dos Finados registramos o aniversário de um ano da homenagem póstuma ao partido que vendeu a maior utopia política do Brasil e os parabéns a quem enganou 60 milhões de pessoas no seguinte.
Picanha ou alcatra, Luiz Ináffio?
"MJ – DEPARTAMENTO DE POLÍCIA FEDERAL
SUPERINTENDÊNCIA REGIONAL EM MATO GROSSO
DELEGACIA DE PREVENÇÃO E REPRESSÃO A ENTORPECENTES
Inquérito Policial : 623/2006-SR/MT - portaria;
Início: 19/09/2006;
Incidência Penal: artigos 305 do Código Penal e 1º, inciso V e VII, da Lei 9.613/1998.
Indiciados: Gedimar Pereira Passos, qualificado às fls. 119.
Podemos dizer, sem medo de errar, que em todas as declarações, depoimentos e interrogatórios juntados nos autos não se retira uma indicação sobre a origem do dinheiro. JORGE LORENZETTI, pelo que se sabe até esse momento, foi a pessoa que articulou no âmbito nacional a compra do dossiê. Pediu que GEDIMAR PASSOS fizesse o contato inicial com VALDEBRAN PADILHA, dando funções específicas a EXPEDITO VELOSO e OSVALDO BARGAS. Pediu também que GEDIMAR fosse a São Paulo para receber o dossiê e entregar a HAMILTON LACERDA. Tudo sob seu comando e, estranhamente, não sabia do dinheiro."
O Ali Kamel responde à última edição da revista Carta Capital, que acusou a mídia - e principalmente a Globo - de ter tramado um golpe contra Lula ao negociar as fotos do dinheiro do dossiegate. Só os três trechos seguintes já aniquilam a revista do Seu Mino:
"Agiram mal a TV Globo e toda a imprensa ao divulgar as fotos? De maneira alguma, elas eram de extremo interesse público. Agiu mal a TV Globo ao preservar a fonte? Também não, porque ao mesmo tempo em que preservou a fonte, não fez, em nenhum momento, o que ela pediu: alegar que os CDs haviam sido furtados. Desde o primeiro instante a TV Globo disse a seus telespectadores que conseguira os CDs de uma fonte graduada da Polícia Federal, com isso deixando claro que se tratava de alguém da hierarquia da polícia. Em nenhum momento dissemos que os CDs por nós obtidos eram fruto de furto ou roubo."
"O que mais impressiona é a parte da reportagem em que se destaca a frase do delegado: "Tem de sair hoje à noite na TV. Tem de sair no Jornal Nacional". Trata-se de um caso de omissão cujo objetivo pode ter sido dar a entender que a intenção do delegado era vazar as fotos prioritariamente para a TV Globo. Nada mais falso."
"A essa altura, um dos repórteres pergunta se as fotos só podem sair na TV no dia seguinte (tenta deixar o furo para os jornais impressos). O delegado esclarece então que devem sair ainda naquela noite, no primeiro jornal da Globo, à noite, mas não à tarde. E acrescenta a frase, citada apenas pela metade pela revista: "Tem de sair no Jornal Nacional. Se for o SBT, Ana Paula Padrão". A preocupação do delegado, ao citar os dois telejornais, é mostrar que ele gostaria que as fotos saíssem nos primeiros telejornais da noite, e não nos últimos."
"Três delegados da Polícia Federal contaram ao repórter Márcio Aith que Freud Godoy se encontrou à sorrelfa com o tabajara Gedimar Passos enquanto ele estava preso na Polícia Federal. A PF nega que isso tenha acontecido. Pouco custaria ao ministro e ao diretor-geral da polícia que requisitassem as fitas do circuito interno de vídeo do prédio onde Freud teria entrado na noite do dia 18. Tanto as fitas das portarias e dos corredores que dão acesso à sala do delegado onde Gedimar teria conversado com Freud como as da carceragem onde estava hospedado. Recolhem os vídeos e os examinam, na companhia do procurador que acompanha o caso. Ao final dessa trabalheira, Thomaz Bastos, Paulo Lacerda e o procurador contam o que viram, empacotam as fitas e as lacram. Elas serão prova de um delito (o acobertamento da ida de Freud ao encontro de Gedimar) ou de uma mentira (a denúncia de que esse encontro aconteceu)." (Elio Gaspari, Folha, 18/10/06)
É triste ver o petismo da Carta Capital. Mino Carta está desesperado com o afundamento moral do PT. Sua revista afunda na mesma velocidade. A edição desta próxima semana traz matéria de capa que supostamente explica tudo sobre o complô da mídia para acabar com Lula, levando as eleições para o segundo turno com a divulgação das fotos da montanha de dinheiro aprendida com os petistas para a compra do dossiê.
A matéria tem o título de "A trama que levou ao segundo turno" e, na capa, aparece o símbolo da Globo junto com um tucano. O site do PT publicou um trecho mais longo da matéria (a íntegra somente na versão impressa, por enquanto).
A revista apresenta detalhes da negociação do delegado Edmilson Pereira Bruno (autor da prisão dos petistas) para liberar as fotos para a imprensa como se a operação fosse uma grande novidade. O próprio delegado, depois de negar, assumiu que foi o responsável pelo vazamento. Todo mundo já sabe disso há muito tempo. Todo mundo já sabe que a informação da prisão dos petistas vazou para a imprensa, todo mundo já sabe que uma equipe do PSDB chegou praticamente ao mesmo tempo que a imprensa na sede da PF.
A Carta Capital não consegue provar nada sobre as intenções políticas do delegado Bruno. Se ser contra a bandidagem petista é ser tucano, eu sou o maior tucano deste país.
No final das contas, o Josias de Souza dá a opinião mais sensata sobre o assunto:
"Resta uma pergunta: a mídia errou ao encobrir as segundas intenções do delegado? Sim. Os jornalistas que receberam o CD estavam obrigados, por dever de ofício, a manter o sigilo da fonte. Mas havia formas de mencionar a avidez de Edmilson Bruno sem romper esse compromisso. Algo que é mais fácil enxergar agora do que no calor do fechamento de uma edição de jornal. Mas carimbar o episódio como um complô da mídia para prejudicar Lula é como atribuir ao termômetro a responsabilidade pela febre. Quem envenenou os planos do presidente foram os “aloprados” de seu partido, não os jornalistas. Se o petismo não tivesse instalado uma usina de encrencas na cozinha de seu comitê de campanha a imagem do dinheiro sujo não existiria."
Não é que essa disputa presidencial tenha dividido o país entre ricos e pobres. A divisão é outra: é entre bandidos e não-bandidos. Quem vota em Lula está fechando os olhos para toda a bandidagem que o petismo instaurou no governo. Explicar o voto em Lula usando a desculpa do Bolsa Família é coisa de sociologia de universidade pública. Quem vota em Lula compactua com toda essa lama e não pensaria duas vezes antes de pisar em cima do Código Penal.
Quem é pego com dinheiro sujo deve ser punido. Os lulistas sabem que o Tribunal Superior Eleitoral acabará pedindo a cassação do mandato de Lula. É a lei. José Dirceu, Marco Aurélio Garcia, Ricardo Berzoini e Tarso Genro já declararam que aplicar a lei contra Lula é golpe. Tarso Genro alertou para o risco de um "golpe branco", um "golpe eleitoreiro", um "golpe jurídico", um "golpe brando". Na última quinta-feira, num artigo publicado no Globo, ele chegou até mesmo a chamá-lo de "golpe legal". Se o golpe é legal, a defesa da legalidade só pode ser golpista.
Abaixo, como de praxe, a íntegra da coluna do Diogo Mainardi na Veja desta semana.
Continue lendo...
O que é bom a gente fatura, o que é ruim a gente esconde
"PT entra com representação no TSE contra divulgação de fotos - Durante a visita de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à fábrica da Ford, em São Bernardo do Campo, o coordenador de campanha à reeleição do presidente, Marco Aurélio Garcia, disse que já entrou com uma representação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e no Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TER-SP) para impedir a divulgação das fotos do dinheiro apreendido que seria usado para a compra de um dossiê contra políticos do PSDB." (do RSS do G1, link falido)
Update: O link falando que o PT entrou com a representação. E outro dizendo que "Coligação de Lula pedirá impugnação de Alckmin"
Demência sem limites.
Update 2: "O Tribunal Superior Eleitoral negou o pedido do Partido dos Trabalhadores para que o Grupo Estado suspenda a divulgação de imagens dos R$ 1,75 milhão apreendidos pela Polícia Federal com petistas para a compra do dossiê Vedoin."
Tive o desprazer de morar 6,5 anos de minha vida em Campinas, interior de São Paulo. Em todo esse tempo, sempre ouvi falar de Aloizio Mercadante como um bom nome dentro do PT. Economista, professor licenciado da PUC e da Unicamp, um bigode de respeito.
Mas não. Nunca acredite em nenhum petista. Jamais. Em hipótese alguma.
Ontem, Mercadante insistiu que não tem nada a ver com Hamilton Lacerda, o ex-assessor de comunicação da sua campanha que entregou a mala de dinheiro aos petistas Gedimar Passos e Valdebran Padilha. Segundo o jornal Folha de S. Paulo, "Mercadante minimizou o papel de Lacerda na campanha, dizendo que sua única atribuição era acompanhar os programas de TV e rádio." Quase um desconhecido esse tal de Lacerda.
Eis que, hoje, temos a surpresa:
"Hamilton Lacerda, acusado de envolvimento com a compra de um dossiê que supostamente envolvia candidatos tucanos com a Máfia das Sanguessugas, acumulava os cargos de coordenador de comunicação da campanha de Aloizio Mercadante (PT) ao governo de São Paulo e de assessor parlamentar do candidato, também senador."
Mas, como todo petista, Mercadante é um homem de bem. Não conhece Hamilton, seu assessor parlamentar. Também não tem idéia de onde veio essa coisa abaixo:
Tudo golpismo da imprensa.
"O núcleo de petistas e ex-sindicalistas envolvidos na compra do dossiê Vedoin contra os tucanos Geraldo Alckmin e José Serra tinha como próximo alvo o governador mineiro Aécio Neves, do PSDB, que concorre à reeleição. Fontes da área de inteligência da Polícia Federal dizem que a tropa de choque do PT estava tentando contatos com o lobista Nilton Monteiro, o mesmo que divulgou a lista de Furnas, no início deste ano, para obter um dossiê "embaraçoso" contra Aécio." (G1)
A PF descobriu que dos US$ 248 mil apreendidos com os aloprados petistas, US$ 110 mil vieram de um tal de Banco Sofisa.
Já ouviu falar? Nem eu.
O Banco Sofisa tem agências somente em três cidades: Rio de Janeiro, São Paulo (na Al. Santos, para não nivelar por baixo) e, é claro, Campinas, fonte de 95% das desgraças deste país. Segundo o site do banco:
"Operam ainda sob a marca Sofisa outros dois bancos, o Sofisa Bank of Florida, que no ano de 2004 completa 5 anos de vitoriosa operação no mercado americano e o Sofisa Bank Limited, com sede em Saint John's, Antígua."
Para quem não sabe, Antígua fica no Caribe, fonte de 95% do dinheiro sujo do mundo. Será que o Zé Dirceu já passou as férias lá?
Piada de sindicalista churrasqueiro
- Cumpanheiro da Intelijênsia, qual é o primeiro passo para fazer um surrasco?
- Roubar uma vaca.
(Do blog do Reinaldo Azevedo)
1) Não vai parar. A Folha de hoje revela o que Gedimar Passos, um dos petistas preso com os R$ 1,7 milhão, disse à Polícia Federal:
"Foi para tirar de circulação um calhamaço com cerca de 2.000 páginas com denúncias contra vários partidos, principalmente contra o PT, que petistas estariam dispostos a pagar R$ 2 milhões para Luiz Vedoin, chefe dos sanguessugas. A afirmação foi feita pelo ex-policial federal Gedimar Pereira Passos, preso na sexta-feira negociando o dossiê. Os documentos, disse ele, desapareceram."
A coisa toda só piora.
2) A origem da grana está próxima e agora já sabem ao certo de quais bancos o dinheiro foi sacado:
"A Polícia Federal já sabe que os saques foram realizados em agências dos dois bancos em São Paulo, nos bairros da Barra Funda e da Lapa, e no Rio de Janeiro (Duque de Caxias e Campo Grande)."
Espero realmente que o adevogado criminalista não esteja botando pressão na PF para segurar a revelação da fonte da grana até as revistas semanais saírem. Mas como os petistas sempre acabam com o que me resta de esperança...
Outro update. Sem parar:
"Cópia do comprovante do saque foi entregue há pouco pela Polícia Federal aos deputados Fernando Gabeira (PV-RJ) e Carlos Sampaio (PSDB-SP), sub-relatores da CPI dos Sanguessugas. Eles receberam também cópias de todos os depoimentos colhidos pela polícia até agora."
Foto: MÔNICA ZARATTINI/AGÊNCIA ESTADO/AE
Olha o complô da mídia aí, gente
O site da revista Veja está em chamas. Poucas vezes a edição da revista foi tão aguardada. Tortura.
Já antecipando a possível bomba, são citadas duas matérias do Estadão de hoje:
1) "De acordo com reportagem publicada nesta sexta-feira pelo jornal O Estado de S. Paulo, a PF descobriu que onze petistas estão envolvidos ao ouvir diálogos telefônicos interceptados com autorização judicial. Seis dos envolvidos já foram identificados."
2) "Órgãos ligados ao governo federal repetem no atual escândalo do dossiê a mesma demora notada em investigações do mensalão. O Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), por exemplo, ainda não informou quem foram os sacadores do dinheiro da compra do material contra os tucanos, apesar do procedimento ser muito fácil e rápido - o sistema é informatizado e on-line."
Duas informações, portanto, que o país inteiro espera: quem são os outros petistas e de onde veio o maldito dinheiro?
Tem uma coisa nessa palhaçada toda de dossiê contra os tucanos que parece escapar à maioria dos meus coleguinhas repórteres e ao público em geral: foi a Polícia Federal, subordinada ao ministro da Justiça Márcio Thomaz Bastos e ao presidente Lula, que impediu a negociata com Vedoin e prendeu os integrantes do PT envolvidos.
Cadê a reportagem contando como isso foi feito, de quem foi a decisão, como ela não foi barrada pelas instâncias superiores? Cadê o analista político para explicar como um governo decide comprar ilegalmente um dossiê contra inimigos e ao mesmo tempo manda agentes seus melarem o negócio? Cadê o herói da história, o policial de conduta ilibada que se arriscou a ser enviado para uma delegacia em Roraima para impedir uma sacanagem de seu governo?
Só há duas explicações para o silêncio da mídia: incompetência ou má-fé.
ATUALIZAÇÃO: Evidentemente, faltou a possibilidade de incompetência extrema do próprio governo em não se certificar de que a própria polícia estava fora do caso antes de mandar comprar o dossiê. A denúncia da Folha pode indicar que: 1- a idéia foi dos paulistas do PT e Lula não ficou sabendo; 2- Lula ficou sabendo, mas é burro além de qualquer medida. Como já trabalhei em campanhas, sinto-me inclinado à primeira. O candidato raramente sabe tudo que seus coordenadores e tesoureiros fazem, até porque estão mais preocupados em beijar criancinhas. Enfim, a matéria diz o que se tentou fazer depois, mas ainda não responde às duas primeiras perguntas.
Lula vencerá no primeiro turno
A entrevista do Presidente do PT, Ricardo Berzoini, para o Canal Livre, ontem à noite, só serviu para mostrar que o PT continua sendo a quadrilha que sempre foi.
Berzoini, como ex-sindicalista, é bom de palavra. Mesmo assim, se enrolou para explicar que diabo de mudança é essa que o PT fez depois da crise, aprovando a candidatura a deputado de três mensaleiros (João Paulo Cunha, Professor Luizinho e José Mentor). Berzoini disse que o partido decidiu deixar o povo julgar o deputados. Fernando Mitre questionou se o partido não deveria, no mínimo, ter adotado um “filtro”. Berzoini enrolou e não respondeu.
Eis que a Folha de hoje traz matéria dizendo que “João Paulo pode ter recebido R$ 30 mil a mais de Valério”:
“A equipe técnica da CPI dos Correios encontrou indícios de que o deputado João Paulo Cunha (PT-SP) pode ter recebido pelo menos R$ 30 mil a mais do "valerioduto" do que os R$ 50 mil já admitidos por ele. Um cruzamento de dados feito pela já encerrada CPI mostra que Silvana Paz Japiassu, assessora de João Paulo, esteve duas vezes na agência do Banco Rural em Brasília, onde o mensalão era distribuído.”
O cruzamento de dados também aponta que Silvana Paz Japiassu trocou 187 ligações com empresas do Marcos Valério. A relação entre Cunha e Valério é intima. Uma das agências de Valério fez a campanha de Cunha para a presidência da Câmara em 2003. Depois disso, a “SMPB venceu licitação para cuidar da publicidade da Câmara por um ano e pelo valor de R$ 9 milhões. Ainda na gestão João Paulo foram assinados dois aditivos ao contrato, no valor total de R$ 3,84 milhões. Enquanto o deputado recebia uma caneta Mont Blanc de Valério, Silvana foi agraciada com um pacote turístico no valor de R$ 3.600.”
Esse é o novo PT: muito mais falcatrua para você.
Acareação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Tráfico de Armas, tarde do dia 25 de maio. Sergio Wesley Cunha, advogado do Primeiro Comando da Capital (PCC) e acusado de comprar a gravação de uma reunião secreta da mesma CPI, é interrogado pelos deputados:
- Você aprendeu bem com a malandragem - provocou o deputado Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP), referindo-se ao PCC.
- A gente aprende rápido aqui - respondeu o advogado, antes de ser algemado por desacatado à autoridade. Ou por ter falado a verdade.
Eduardo Suplicy é mesmo um idiota. Quando surgiu a CPI dos Correios para investigar irregularidades no governo PT, o senador foi lá e assinou o requerimento. Quando a CPI dos Bingos decidiu chamar Francenildo Costa para expôr a corrupção no Ministério da Fazenda petista, Suplicy também foi voto favorável. O senador já chegou até a pedir que Lula vá ao Congresso explicar o que diabos está acontecendo no governo, se é que ele ou alguém sabe.
Agora o senador quer que Márcio Thomaz Bastos, o ministro da Justiça, explique seu encontro com Daniel Dantas, o satã da Carta Capital. Suplicy não percebeu ainda que existe uma lei suprema no governo. Só por que o governo é a favor de investigações e esclarecimentos sobre todos os escândalos mencionados, não significa que o governo precisa apoiar qualquer medida que investigue ou esclareça. Quase uma lei de Newton, de tão lógica.
Infelizmente Suplicy não vai abandonar a sigla. Ele alega uma tal de "fidelidade partidária". Infeliz para ele. Muito mais infeliz para o PT, que tem de aturá-lo.
A Veja desta semana mente.
A revista semanal continua a investigação sobre a lista de supostas contas bancárias de petistas no exterior, fornecida por Daniel Dantas.
A revista afirma:
“Dantas teve um encontro secreto com o ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, na noite da última quarta-feira, em Brasília.” (...) O simples fato de um cidadão com o histórico policial de Daniel Dantas deter uma lista com supostos segredos financeiros da cúpula do governo deveria causar uma reação enérgica do Estado contra o banqueiro. Estranhamente, Lula e seus principais ministros decidiram poupá-lo. Em vez de apurarem o conteúdo da mensagem, insurgiram-se contra o mensageiro. (...) Ao mesmo tempo que VEJA era atacada pelo governo e por colunistas e editorialistas crédulos, loucos para acreditar em tudo que favoreça o governo, o ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, reunia-se secretamente com Dantas. O encontro ocorreu em Brasília, na noite de quarta-feira 17. VEJA apurou que Dantas e Bastos celebraram uma trégua. O governo não colocaria a Polícia Federal na cola do banqueiro desde que Dantas e seu investigador fechassem a boca – e que o banqueiro segurasse seus sócios e cúmplices, caso eles viessem a ser convocados a depor na CPI dos Bingos.”
O ministro Márcio Thomaz Bastos é um homem íntegro, jamais se submeteria a esse tipo de encontro com Dantas. O governo Lula jamais faria qualquer acordo com Daniel Dantas. A revista Veja só pode ter inventado esse encontro. Jamais algo desse tipo poderia ter ocorrido. O teor de uma reunião desse tipo nem precisaria ser revelado. Se um encontro desse tipo tivesse acontecido, o ministro teria que ser demitido imediatamente. É claro que não aconteceu.
E as invenções da revista não param por aí. Veja afirma ter recebido a “transcrição da ata de uma conferência telefônica realizada no dia 10 de fevereiro de 2005 entre o banqueiro, sua turma e a direção da Kroll”, obtida nos EUA e que ainda estaria em sigilo:
“Na transcrição da conversa, Dantas diz que Dirceu estava disposto a defender os interesses do Opportunity junto ao governo. Em troca, Dirceu exigiria a garantia de não ser alvo de espionagem. Em outro trecho, o banqueiro diz que o governo Lula como um todo ficaria satisfeito em evitar investigações. Afirma ainda conhecer "elementos" da Polícia Federal que, "se corrompidos, poderiam atuar como mercenários". Um dos participantes da conversa é o investigador Frank Holder, a quem Dantas diz ter conhecido apenas superficialmente. Outro é o esquisitão Mangabeira Unger, o guru de aluguel contratado por Dantas para assessorá-lo. Na ocasião, a Kroll já era investigada no Brasil pela PF.”
Todos nós conhecemos a integridade do filósofo brasileiro Roberto Mangabeira Unger, professor na Faculdade de Direito de Harvard. Conhecemos suas posições políticas, lemos seus artigos semanais no jornal Folha de São Paulo. Mangabeira jamais se envolveria com gente como Daniel Dantas, muito menos em conversas desse teor.
Que acusações absurdas.
A revista Veja publicou matéria na edição dessa semana sobre as cruéis condenações de três dirigentes do PT no Rio Grande do Sul: "Para se safar do processo e deixar de correr o risco de parar no xilindró, fizeram um acordo com a Justiça: aceitaram doar cestas básicas a uma instituição de caridade em Porto Alegre. A quantidade de cestas básicas é que chama atenção: uma por mês, durante cinco meses. E nada mais. No total, cada réu terá de desembolsar R$ 1.750, divididos em cinco suaves parcelas de R$ 350 para a APAE de Porto Alegre. Os três dirigentes são réus confessos. Eles admitiram que pegaram R$ 1,2 milhão através do Valerioduto e disseram ter usado o dinheiro para pagar despesas de campanha do PT gaúcho".
Tudo muito lindo, fora a parte que menciona o conhecimento geral sobre isso no RS desde o estouro da crise em meados de 2005. O presidente estadual do partido à época, David Stival, admitiu ter recebido a grana de Marcos Valério à imprensa e no dia seguinte desmentiu tudo. Meses depois, disse no Ministério Público que "não sabia de onde vinha o dinheiro. É culpa do Delúbio". A matéria da Veja ia bem até aí.
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Sérgio Lima/Folha Imagem
"Se ocorreu alguma distorção, foi na minha cabeça", admite Sílvio Pereira
Ao Vivo – O ex-secretário-geral do Partido dos Trabalhadores (PT) Sílvio Pereira presta depoimento em sessão da CPI dos Bingos sobre a entrevista divulgada no último domingo no jornal O Globo. Na entrevista, Silvio afirma que o publicitário Marcos Valério Fernandes de Souza pretendia arrecadar R$ 1 bilhão com o PT no governo.
11h41: Sílvio começa falando sobre a negligência de seus ex-companheiros: "Fiquei um ano sem falar com pessoas com quem convivi por 22 anos".
11h44: Com voz embargada e visivelmente sob efeito de calmantes, Sílvio explica o colapso nervoso durante a entrevista ao O Globo.
11h46: "Tenho orgulho daquilo que possuo. Um apartamento financiado pelo Bradesco durante oito anos. Dei de entrada dois carros".
11h49: Pela dose de Lorazepam, Sílvio mal consegue explicar o contexto da matéria. Vai surtar quando comçarem as perguntas.
11h52: "Eu queria assistir o jogo de futebol e a repórter não me deixava em paz".
12h01: "Quem me conhece no PT sabe que eu nunca fazia ligações. Nunca soube desse negócio de bingo".
12h03: Sílvio joga a bomba dos bingos nas mãos do então secretário Jorge Bittar (PT/ RJ).
12h05: "O tesoureiro era quem dava as ordens. Era quem comandava tudo". Delúbio Soares agradece.
12h06: "Vários petistas que estão nessa sala participavam das reuniões e sabem como funcionava o financiamento".
12h08: sobre o esquema de arrecadação do R$ 1 bilhão, Sílvio diz que "não se lembra do que disse". "Não sei o que a repórter escreveu. Não li a matéria. Não sei dizer daonde eu tirei essas informações".
12h09: "Mas o senhor tem amnésia?", pergunta Garibaldi Alves (PMDB/ PI).
12h12: Baixou a Marilena Chauí em Sílvio Pereira: "Não li a matéria. Não li jornal. Não vi o noticiário".
12h14: Até agora, o depoimento favorece de maneira clara o PT. Sílvio diz que nunca estava à mesa com os principais líderes do partido.
12h16: sobre o diálogo com Ricardo Berzoini (presidente do PT), "a partir do momento em que você sai do PT você não fala com o PT e o PT não fala com você. Berzoini, eu participei por 22 anos do PT. Me coloco à disposição para falar com vocês". "Você se vira", teria dito Berzoini.
12h38: Pausa para almoço. O meu, claro.
13h56: [Onyx Lorenzoni (PFL/ RS)] me conta que o senhor chegou em Porto Alegre e eles estavam com dificuldades financeiras para a campanha de Raul Pont (PT/ RS) e você deu o dinheiro a eles", acusa Álvaro Dias (PSDB/ PR).
13h57: "Realmente, em Porto Alegre eles estavam mal financeiramente", admite Sílvio Pereira. Cadê aquele processo que queriam mover contra nós por causa do link à matéria do jornal Já que tratava disso e foi publicada em julho de 2005?
14h12: "Quero observar ter notado que era seu desejo ter conversado sobre todos esses fatos e acho isso mais do que justo. Quero que Ricardo Berzoini abra essa possibilidade", pede o senador Eduardo Suplicy (PT/ SP).
Não dá para crer no circo montado. Fica difícil acreditar em uma pessoa tenha se esquecido do que disse em dois dias consecutivos à repórter do principal jornal da maior empresa de comunicação do país. Porque o cara subiu nas tamancas, sumiu, foi acusado de maluco, chorou e fez beicinho quando viajou para Brasília não deveria sequer ter aceito falar com a jornalista do O Globo.
Pereira diz que sequer leu o jornal e faz troça de todos completamente dopado de tranqüilizantes. Confirma o atestado de maluquice dado a ele por todos os envolvidos na matéria publicada sábado passado. Que conveniente para todos. Quando José Genoino sair do quarto dos fundos para depor a estratégia deverá ser parecida. Tarja preta tem limite.
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Silvio "Land Rover" Pereira terá que depor hoje às 11h. O STF rejeitou o pedido da defesa de Pereira, que queria restringir as respostas do ex-secretário-geral do PT a questões relacionadas com os bingos. Sílvio alegou estresse pós-traumático, depressão e distimia. No laudo, os médicos atestam que Pereira estava "descompensado emocionalmente" e "com ideações de menos valia bem como de auto-extermínio".
O depoimento será uma incógnita. Ao mesmo tempo que Sílvio pode acrescentar detalhes que não havia dito em seu primeiro depoimento e complicar de vez o governo, bancar o maluco na entrevista ao O Globo deu a senha para que seus argumentos não sejam levados a sério. O discurso afinado dos petistas sobre o colapso nervoso do ex-secretário do partido também leva a crer que Sílvio talvez seja a laranja da vez para livrar a cara do presidente Lula. Talvez.
As mãos cheias de petróleo escancaram o fato. Cortem a conversa mole. Eleições já.
"Antônio Alves Filho alega ter emprestado o dinheiro para Eurípedes porque o empresário, além de amigo, 'é um cidadão'. Segundo ele, foi para 'salvar a vida' de Soares, por causa da situação em que se meteu por conta das denúncias de Francenildo Costa. 'Vi a agonia do homem, tinha o dinheiro em casa, emprestei mesmo', conta. Mas não foram 10 mil reais, diz, mas somente 7 mil. 'Os outros 3 mil você tem que perguntar a ele onde arranjou. 'O empréstimo foi feito em espécie, e é coisa dele mesmo, não houve, segundo ele, uma terceira pessoa'.
Um bocado de dinheiro, portanto, guardado em casa, um imóvel alugado, sem acabamento e de poucos cômodos, cercado de barro e lama. Na porta lateral da casa, Alves inquieta-se com as perguntas, fica ainda mais irritado, baixa os olhos e bate, insistentemente, o pé na terra batida enquanto fala."
Por mais grotesco que tenha sido o episódio da quebra de sigilo do caseiro Francenildo, o histórico do seu extrato bancário sempre foi envolvido em uma cortina de fumaça. Os envolvidos, suas declarações e suas movimentações financeiras estão aquém de suas posses. Francenildo diz que procurou vários parlamentares do PSDB desde janeiro deste ano.
O abafa da grande imprensa a respeito da grana que caíra no bolso do caseiro escancara a agenda (não tão) secreta . Logo descobriu-se que Nildo é funcionário de um advogado filiado aos tucanos e que o caseiro esteve, poucos dias antes de depor à CPI, no gabinete do senador Antero Paes de Barros (PSDB-MT). História esquisita.
Tem um Franceniduto pronto para ser descoberto.
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A crise permamente está um fastio completo. Os nove meses de denúncias hiperdocumentadas acabaram por tornar a discussão política despida de sentidos, depois que o objeto foi exposto a todas as racionalizações e reações possíveis. O depoimento prestado pelo ministro Marcio Thomaz Bastos no Congresso é um exemplo disso. No final, ficou como os políticos queriam. As notícias se avolumam e objetificam o eleitor. Estamos no caminho de volta à Estaca Zero. E nem fomos muito longe. Hooray.
Que venham as eleições.
O Retorno do Guerrilheiro Nescau
A cobertura da Crise Permanente estava sem graça sem ele. Bob Fernandes deixou a chefia de redação da Carta Capital no fim de 2004 e a qualidade da revista foi junto com ele. O Terra Magazine estreou hoje com a sua assinatura e um formato que, se não é inédito, ao menos é o que dá pra fazer para movimentar um pouco a qualidade do Jornalismo na Internet. O Melhor Repórter do País eles têm.
Meu interesse pelo Paloccigate diminuiu muito depois que o ministro caiu. O quanto há de verdade nos crimes do ministro será desvendado nos próximos dias, mas um dos dois principais objetivos dos inimigos do Palocci já foi atingido. O outro - o uso eleitoral do episódio durante a campanha - ainda estamos para ver.
Nos resta acompanhar as investigações para saber 1) quem era culpado e quem fez o que e 2) como será o papel das instituições na investigação de agora em diante. Hoje a polícia fez mais um Indiciamento Padrão.
Juro que me esforcei pra sentir compaixão pelo Deputado Estadual Flávio Koutzii (PT-RS), depois de ler sua entrevista na Zero Hora de sábado. Não consegui.
O PT acabou e agora é tarde. A história do PT é igual à da Varig: ninguém se importa. Não tem como se importar com quem constrói, previsivelmente, a própria ruína.
Koutzii se diz um “pós-graduado em derrotas”: “A primeira foi a partir de 1964, quando a esquerda perdeu o enfrentamento contra a ditadura. Deixo o Brasil em 1970 e entro num projeto na Argentina (Koutzii foi militante do Partido Revolucionário dos Trabalhadores - Exército Revolucionário do Povo, organização de extrema esquerda dizimada pela ditadura militar argentina instaurada em 1976). Sou preso por quatro anos, torturado e expulso do país. É outra derrota, com a morte da metade do meu grupo.”
As trajetórias de Lula, Dirceu, Gushiken, Delúbio, Silvio Pereira não são muito diferentes. Mesmo assim, estes senhores não hesitaram, na primeira oportunidade, em passar por cima de toda e qualquer normal de conduta.
Koutzii está deprimido com a crise de seu partido, não será candidato nas próximas eleições. Mas, mesmo assim, continua sendo o líder do PT na Assembléia gaúcha.
Uma coisa que torna os seres humanos extremamente patéticos é a falta de coragem de desistir das coisas. Desistir é ótimo. Quando algo não dá mais certo, o melhor é cair fora imediatamente - na medida do possível, sem ressentimentos, e partir pra outra. Acabou e era isso. O PT acabou, os petistas minimamente decentes deveriam cair fora o quanto antes.
Sem nenhum esforço de reportagem, é possível adivinhar o que as revistas semanais brasileiras vão dizer, antes mesmo de chegarem às bancas. Acabaram virando caricaturas delas mesmo.
O assunto da semana é o veredito do procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza, sobre o mensalão. A Veja diz que o documento de 136 páginas é uma "necrópsia do PT". Vai além e descreve "o que talvez seja – com exceção da nomenklatura soviética – a maior quadrilha jamais montada [na história da humanidade] com o objetivo de garantir a continuidade no poder de um mesmo grupo político."
A Carta Capital, então, extrapola. Acusa o procurador de ser contaminado pelo caráter político da CPI dos Correios (que outro caráter existe na CPI, pergunto eu). Questiona por que o governo pagaria o mensalão para aprovar projetos que receberiam apoio natural dos parlamentares (receberia, pergunto eu). E conclui: "ou o MP descobre mais beneficiários ou será difícil sustentar a tese do mensalão." Não será difícil, sustento eu.
O fim do texto é um clássico carta-capitalista. Relata como o empresário Daniel Dantas foi indiciado aos 45 do segundo tempo. Quem leu a Carta Capital uma vez na vida sabe que da bomba de Hiroshima ao assassinato de Kennedy, tudo, de alguma forma, foi obra de DD (ou o "Orelhudo"). Daniel Dantas? Who cares?
E a IstoÉ? Não, obrigado.
Berzoini defende a Nação Petista
Atividade criminosa: criada pela mídia denuncista para você. Assine o jornal e receba um petista cassado.
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A gente critica o governo, mas também elogia quando merece. Antonio Fernando Souza, procurador-geral da República, merece reconhecimento por denunciar Ali PT e os 40 ladrões. Para quem não lembra, durante os oito anos de reinado de dotô FHC, Geraldo Brindeiro foi apelidado de "engavetador-geral", por sua resistência a acusar qualquer integrante do governo nos MUITOS escândalos. Do mesmo modo, a Polícia Federal parece muito mais atuante nas investigações contra a máquina pública e o crime organizado.
Se Lula acertou em algo, foi na escolha dos integrantes dos cargos judiciários e policiais. Irônico é que esse acerto tenha acabado por se voltar contra ele mesmo. Houvesse feito como todos os outros, escolhendo um compadre para barrar qualquer tentativa de investigação contra o governo, Lula não estaria agora ainda mais atolado na crise.
O relatório de Osmar Serraglio foi excelente para o Planalto. Livrou Lula e seu filho Lulinha de indiciamentos. Diante do revés, a oposição chegou a se arrepender de não ter jogado mais pesado contra o governo. Onyx Lorenzoni (PFL/ RS) não perdeu a chance: "Se a oposição imaginasse que seria tão fácil, teríamos ido mais longe". Não resisti e utilizei o formulário do site que serve para fazer sugestões, dúvidas ou reclamações ao nobre veterinário em seu site:
Assunto: Agenda Secreta da oposição
Mensagem: Ido mais longe, caro deputado? Quão Longe? As denúncias e acordos que os senhores têm feito no Congresso evitaram que se chegasse ao real fundo do poço? Por que PFL e PSDB, que conhecem todos os escândalos e os escondem – sem falar nos seus próprios rabos presos – da população esperam a hora certa para divulgá-los?
Todos em Brasília e na Imprensa sabem do envolvimento de Paulo Okamotto com o pagamento de dívidas do presidente Lula desde meados do ano passado e têm provas disso. A oposição não divulga sua agenda para sangrar o governo porque pode acabar como Eduardo Azeredo (PSDB/ MG) e se enrolar com o esquema do Valerioduto. Nos diga logo quais são as próximas maracutaias para marcarmos na agenda ao invés de esperar as capas das revistas semanais.
A única sorte que temos – e, ironicamente, vocês também – no Rio Grande do Sul é que ninguém sabe da existência do PFL e do PSDB. Espero uma resposta sua, parlamentar.
Biografia de Marcelo Netto, na Folha de S. Paulo:
Militante do PC do B (Partido Comunista do Brasil) na juventude, Netto foi preso em Vitória (ES) no começo dos anos 70 e, na prisão, casou com Miriam Leitão, sua primeira mulher. O jornalista também foi casado com Ana Paula Padrão, apresentadora do "SBT Brasil".
A acareação entre o presidente do Sebrae, Paulo Okamotto, e o secretário municipal de Campinas (SP) e de São José dos Campos (SP) durante gestões do PT, Paulo de Tarso Venceslau. O ex-militante petista acusa Okamotto de praticar tráfico de influência em prefeituras comandadas pelo partido. Também disse que que teve a vida vasculhada, foi torturado pela Direita – teria sido internado no Hospital Militar duas vezes em coma – e sofreu ameaças do PT. Sobre as administrações da deputada dançarina, Ângela Guadagnin, na prefeitura de São José do Rio Preto, acusou-a de pagar vereadores para que não entrassem com o processo de impeachment contra ela. Abaixo, alguns techos da baixaria:
13h45: a TV Senado tem problemas de transmissão durante cinco minutos da pergunta do senador Antônio Carlos Magalhães (PFL/ BA). Os espectadores agradecem.
13h52: "Naquele momento eu queria preservar o Lula, que achava que era preservável", diz Venceslau.
13h53: Antonio Carlos Magalhães pede novamente que o amigo de Lula, Paulo Okamotto, abra seu sigilo bancário. ACM cita que a renda de Okamotto é de R$ 44 mil e ele tirou R$ 29 mil para pagar a conta de Lula com o PT. Ter que ouvir o ACM falar de quebra de sigilo é o fim da picada.
14h26: Eduardo Suplicy (PT/ SP) acha que alguém é idiota e fala em "declarar os gastos de campanha na Internet". Okamotto diz que acha melhor antes de começar a campanha já dizer quanto vai gastar e quem vai doar. Deve ser para calcular melhor o Caixa 2.
14h48: a transmissão ao vivo da Globonews divide e tela e mostra o discurso do senador Tião Viana (PT/ AC) ao lado dos protestos dos jovens contra a Lei do primeiro Emprego na França. Pena que não é o lado de fora do Congresso, em Brasília.
14h59: Tião Viana diz que Paulo de Tarso foi isolado pelos "amigos do PT" e alerta que o ex-militante deveria exercer auto-julgamento crítico sobre isso. Logo depois, pede que a quebra de sigilo das contas de Okamotto seja feita de uma vez para mostrar a "dignidade" do presidente do Sebrae. Aí dá pra trás e pede que isso seja feito "fora do âmbito da CPI".
15h01: Paulo de Tarso pede que Viana volte 10 anos no tempo e se lembre de Suplicy e outros membros do PT diziam que as suas declarações na época eram tidas como "estapafúrdias, obssesivas e absurdas". A roda gira. Menos no PT, que ainda vai redescobrir o fogo e dar o crédito a si.
15h25: "Espero que os dois Paulos possam fazer como na história na Bíblia e nos ajudem a esclarecer o país. Hã, tem mais detalhes? Bem, o meu amigo aqui que é evagélico – senador Magno Malta (PL/ PI) conhece melhor o caso", afaga o senador Romeu Tuma (PFL/ SP). Um doce de pessoa.
15h26: "A Bíblia todo mundo tem que saber", advoga Paulo Okamotto. Aleluia.
16h05: "Eu fui [denunciar] no diretório municipal, no diretório estadual, no diretório nacional. Eu era O Louco. Essa história durou quatro anos. (...) Você não sabia, Paulo Okamotto? Diz pra mim que você não sabia", acusa Paulo de Tarso. A câmera da TV Senado foca o amigo do presidente Lula engolir a saliva sete vezes em dez segundos.
O Bolão da Impeção está de volta
Instituído no início da crise política em julho de 2005, foi abandonado, jogado às traças. Petistas e tucanos tentaram tirar uma grana através das apostas do Bolão, mas até nisso são incompetentes. Fracassaram miseravelmente e envergonharam todo mundo. As apostas podem ser feitas ao lado, no blogroll. O Bolão da Impeção será permanente, mas terá algumas enquetes adjacentes para avaliar todas as possibilidades interativas – e mais importante, cognitivas – do eleitor brasileiro.
Rodrigo Alvares diz:
Tarso Genro ministro da Defesa
Walter diz:
"mas ele vai pro Supremo"
Rodrigo Alvares diz:
"estou esperando"
Rodrigo Alvares diz:
"ai, política é um território fluido"
Walter diz:
ksjhdasd
Rodrigo Alvares diz:
gefhenb
Rodrigo Alvares diz:
será que a gente consegue uma entrevista com ele agora?
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"Palocci está correndo com medo", diz caseiro
Francenildo Santos Costa andava ontem à tarde por uma rua da cidade-satélite de Brasília quando recebeu uma ligação do O Globo. Eram 17h30, minutos depois da demissão do ministro Antonio Palocci ser divulgada. Ao ouvir a notícia, levou um susto:
- Ué, mas já? - perguntou.
O caseiro respirou fundo, emudeceu por uns três segundos e fez um desabafo:
- Ele falou que quem tava mentido é (sic) eu! Então o homem tá devendo então? Tá correndo com medo... É o pega na mentira como os senadores falaram na CPI dos Bingos - exclamou.
Perguntado se tinha ficado contente, não vacilou: disse, com suas palavras, que a demissão provava que ele estava falando a verdade. E dispensou o repórter:
- Vou ligar o rádio!
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* Vindo de uma fonte gaúcha em Brasília, o boato chegou a Porto Alegre. A atual mulher de Rogério Buratti teria tido um caso com o ex-ministro Antônio Palocci. O relacionamento, ocorrido anos atrás. Depois disso, ela se casou com Rogério Buratti, compadre de Palocci na mansão do 25, no Lago Sul. A denúncia de Buratti contra Palocci teria origem nessa história. Dizem.
* Em um outro dia na casa, recheada de companheiras de Jeany Corner e do pessoal da República de Ribeirão Preto, o ex-ministro da Economia, digamos, "não compareceu". Então foi na porta do quarto e gritou pro assessor ir comprar um Viagra. Fontes confiáveis garantem que o jornal Estado de São Paulo teria uma entrevista sobre isso pronta para ser publicada, mas o ex-ministro conseguiu fazer um acordo na última hora para tentar se preservar. A entrevista comprovaria de forma veemente as visitas freqüentes de Palocci à mansão da República de Ribeirão Preto.
A escolha de Guido Mantega não chega a surpreender e causará pouco espanto no mercado financeiro. Antes da posse de Lula, em 2002, o economista era o mais cotado para a pasta da Economia. Da Folha de S. Paulo, no caderno especial da transição de governo: "Principal assessor econômico de Lula, o professor universitário compôs a equipe que elaborou o programa de governo e pode ter cargo de assessor especial do Planalto ou até assumir o Ministério da Fazenda".
Acabou no Ministério do Planejamento. Passou despercebido em Brasília com as freqüentes quedas de braço de Palocci X Dirceu, Governo X PT etc. Teve um rendimento abaixo do esperado e trocou farpas com o ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, que chamou o italiano de "vagabundo". Nas internas, também já foi chamado de "esforçado" pelo ex-presidente Fernando Henrique. Quando Carlos Lessa foi enxotado do BNDES, Mantega assumiu a bronca em nome do partido. Finalmente chegou ao ministério desejado, mas na pior hora possível.
Dos dezessete ministros e secretários petistas empossados por Lula no início de seu governo, em janeiro de 2003, onze caíram ao longo do caminho. As piores baixas foram no então chamdo Núcleo Duro do PT. José Dirceu, Luiz Gushiken e Luiz Dulci formavam com Antônio Palocci o cordão ao redor do presidente. Enquanto os próprios petistas se engalfinhavam para conseguir mais poderes, também avançavam na máquina pública do Estado. A centralização das pautas governamentais que Dirceu praticou na Casa Civil é uma prova disso. O documentário de João Moreira Salles sobre a campanha de Lula, Entreatos, mostra de forma bem clara o afã petista pelo sucesso a qualquer custo do governo. Uma vez lá, o partido que se destacava pelas plenárias democráticas país afora deixou claro quem mandava e quem deveria obedecer.
No vale tudo de Brasília, é difícil acreditar que, em mais 20 anos de representação, o PT não soubesse das maracutaias no Congresso e como a máquina parlamentar funcionava: à base de propinas. O caso da saída de Olivio Dutra (PT/ RS) foi o mais emblemático: foi fritado em fogo baixo para dar lugar a um indicado de Severino Cavalcanti (PP/ PE). Depois disso, o estouro do Mensalão, dólares na cueca e a quebra do sigilo bancário de um caseiro – para ficar em alguns exemplos. Os petistas mentem, roubam, acossam e deixam claro que não estão nem aí. Deve ser porque "não conheciam as regras do jogo de Brasília".
Ouvidos moucos, um projeto de poder e poucos esclarecimentos depois, o presidente Lula tem apenas dois ministros históricos do PT e hoje o último bastião do Núcleo Duro está ameaçado em razão de mais uma porquice partidária. O PT acreditou que os fins garantiriam os meios. Do alto da sua arrogância ética, paga caro pelos erros que cometeu. O cordão de Lula não existe mais, e de agora em diante, ele terá de responder sozinho pelos seus erros e contradições.
Os editoriais de capa da Folha de S. Paulo têm a fama de trombetear o fracasso iminente e amaldiçoar a vida do objeto de suas acusações. A família Frias não tem o costume de ser frívola para usar esse recurso e expor suas opiniões. Entre os casos mais famosos dos últimos 25 anos, estão os textos a favor do então presidente eleito Tancredo Neves – foi para o vinagre dias antes da posse; a crítica à invasão da Polícia Federal à redação do jornal feita pelo ex-presidente Fernando Collor e o pedido de renúncia ao mesmo, anos depois. Hoje, a Folha publicou na primeira página outro desses editoriais. Dessa vez, contra o governo petista, sob o título de Abuso de poder(para assinantes):
"Da Lei da Mordaça contra o Ministério Público ao abortado projeto de um Conselho Nacional de Jornalismo, da tentativa de expulsar do país o correspondente do jornal "The New York Times" aos sucessivos embaraços antepostos à ação das CPIs, o governo Lula deu mostras de que convive mal com a liberdade de imprensa e com a procura da verdade (sic). Ultrapassou, contudo, o terreno das propostas legislativas desastrosas, como ultrapassou também o terreno das bazófias, chicanas e do cinismo militante, para se aventurar na prática da chantagem e do abuso de poder."
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Nem vale mais a pena se irritar com as coisas que o Congresso faz.
Valeria a pena ir lá e tacar fogo em tudo. Talvez devêssemos importar uns estudantes franceses.
Alguém acha mesmo que Dimas vai à CPI dizer "a lista é real" ou qualquer outra coisa que leve as investigações adiante? Quem neste país ainda espera alguma coisa de depoimentos à CPI?
A propósito, o depoimento de Dimas Toledo, programado para às 11h, na CPI dos Correios, foi remarcado para o período da tarde. Dimas obteve habeas-corpus no Supremo Tribunal Federal (STF) que lhe garante o direito de se manter em silêncio durante o depoimento na comissão.
CPMI dos Correios ouve Dimas Toledo hoje
A CPMI dos Correios ouve hoje o depoimento do ex-diretor de Furnas Centrais Elétricas Dimas Toledo. Ele irá prestar esclarecimentos sobre a existência ou não da chamada Lista de Furnas, suposta relação de 156 nomes de políticos que teriam recebido recursos de caixa dois da estatal para a campanha de 2002. O depoimento está marcado para as 11h 16h30, em local a definir. Dimas não deverá ventilar muito. O ex-diretor de Furnas ganhou ontem do STF uma liminar que lhe dá o direito de calar diante de perguntas que possam incriminá-lo. A conferir.
"A corda está arrebentando. Eu estou pedindo pelo amor de Deus para ir na CPI dos Correios. Me coloca para ir hoje, amanhã, eu preciso ir. Eu já protocolei um pedido. Porque eu vou mostrar como é feito crime nesse Brasil, como é que o PSDB cometeu tanto crime e está tão certinho."
Nilton Ribeiro, o lobista que divulgou a lista de Furnas, em entrevista à CBN.
Geraldo Alckmin voltou a desqualificar hoje a Lista de Furnas: “Isso aí é coisa gravíssima, e há a necessidade de identificar quem é que cometeu o crime. Já tivemos o tal do dossiê Cayman. Levou anos e anos para poder se comprovar a fraude e o crime”.
Roberto Jefferson voltou a afirmar que recebeu dinheiro de Furnas (R$ 75 mil). E que José Dirceu herdou o esquema que liberava dinheiro ao PSDB e PFL. No acordou feito com Dirceu, o PDT receberia R$ 1,5 milhões todo mês, relevou com exclusividade ao blog do Josias de Souza.
O importante é que não houve um acordão; que tentou-se fazer num primeiro momento, mas depois a própria oposição voltou atrás. Hoje foi aprovada com unanimidade a convocação de Dimas Toledo e Duda Mendonça pela CPI dos Correios.
Depois desses dois depoimentos, provavelmente chegará a vez da CPI ouvir o lobista Nilton Monteiro, o responsável pela divulgação da Lista de Furnas. Diz ter muito o que revelar.
Diante da pressão do PFL e PSDB, ao afirmaram ontem que votariam um requerimento para convocação do ex-presidente de Furnas, Dimas Toledo, o relator da CPI dos Correios, Osmar Serraglio voltou atrás e disse que levará o requerimento a voto nesta quinta-feira. O depoimento de Dimas deve ocorrer na próxima quarta, segundo a Folha.
"Sobre o intitulado 'dossiê Furnas', confirmo que vi o original e, de posse de cópia, adotei os mesmos procedimentos realizados no caso Azeredo, entregando os documentos aos Ministérios Públicos Estadual e Federal e à Polícia Federal para apuração". É o que diz o deputado estadual Rogério Correia (PT-MG) em nota publicada hoje no site do PT.
Enquanto isso, o relator da CPI dos Correios, Osmar Serraglio (PMDB-PR), diz não ter motivos para a convocação nem de Dimas Toledo (ex-diretor de Furnas) nem do publicitário Duda Mendonça. "Isso não é assunto nosso, deveria ser investigado por uma CPI específica. Deviam colher assinaturas para montar uma CPI sobre esse assunto", disse Serraglio. Vale lembrar que quinta passada houve o acordo ligeiro entre governo e oposição para adiarem a votação do requerimento para convocação de ambos.
E após entrevista de ontem no Roda Viva, que FHC apoiou a investigação da lista de Furnas e a convocação Dimas Toledo, o PFL e o PSDB recidiram investir na mesma retórica. Anunciaram que vão apresentar um requerimento para que o ex-diretor de Furnas preste depoimento na CPI dos Correios. "Corre a notícia de que nós, do PFL, estaríamos protelando a convocação de Duda Mendonça por causa do conteúdo da lista. Quero deixar claro que meu partido não faz acordo, acordinho ou acordão. Dimas Toledo e Duda Mendonça terão de vir ao Congresso para que não fique nenhum indício de dúvida sobre a índole da oposição", disse o líder do PFL no Senado, Agripino Maia (RN).
"Acordo entre governo e oposição na CPI dos Correios deverá poupar de nova convocação o publicitário Duda Mendonça e evitar o depoimento do ex-diretor de Furnas Dimas Toledo, apontado como um dos cabeças de um suposto esquema de arrecadação de recursos de campanha em favor de candidatos do PSDB, nas eleições de 2002." (Estadão)
A Polícia Federal está na tentativa de comprovar a autenticidade de uma papelada que lista o nome de 156 beneficiários do caixa dois da estatal Furnas Centrais Elétricas. O desvio consta no valor de R$ 40 milhões.
Um dos nomes citados é o do ex-deputado Roberto Jefferson. Nesta quarta-feira, durante seu depoimento à PF, Jefferson confirmou ter recebido R$ 75 mil da estatal em 2002. Confirmou também a veracidade do documento.
Não há petistas citados na lista. Jefferson explicou o fato devido o PT não ser governo em 2002 e que Dimas Toledo, ex-diretor de Furnas, não ajudava o partido. A lista traz então políticos de todas as esferas que davam suporte político a FHC.
Serra e Alckmin estão entre os citados. Serra teria levado R$ 7 milhões, Alckmin R$ 9,3 milhões. Ambos negam. Serra disse que documento é mais falso que o Dossiê Cayman. Alckmin chamou a denúncia de “irresponsável”. Jefferson disse: "Se perguntarem ao Alckmin, ao Serra, é possível que eles neguem. Quanto a mim, a lista é verdadeira. Quando denunciei o esquema do PT, o Valério, o Delúbio, todos negaram, e eu confirmei."
O caso promete esquentar na imprensa nos próximos dias. E Jefferson promete acabar com o país mais uma vez.
Leiam sobre no Estadão e na Folha.
Direto da paróquia da CNBB: "Oração contra a corrupção e a violência no Brasil". Nesse caso, acho nem Jesus salva. via noblog
A senadora e presidenciável do PSOL Heloísa Helena (AL) foi o centro das atenções na festa de fim de ano dos senadores, realizada anteontem, em Brasília. Ela causou impacto já ao chegar, de vestido no lugar das tradicionais calças jeans. Também no sorteio do amigo secreto foi ela o destaque: ganhou um facão de presente da senadora Iris Araújo (PMDB-GO), com a qual se deixou fotografar. [Folha de S. Paulo, 16/12/05]
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Lula é bandido; Marcio Fortes, Ministro das Cidades, é bandido; TODOS que dizem UMA VÍRGULA a favor deste governo são bandidos
"Na prática, após largar o mandato para fugir da cassação, Severino Cavacanti tornou-se ministro das Cidades do governo do presidente Lula. É isso mesmo: Severino é o ministro das Cidades, um ministro informal, pois seu nome não saiu no Diário Oficial da União, mas mais poderoso que muito ministro formal. No Ministério das Cidades, Severino é tratado pelos funcionários como o que de fato é – ou seja, a maior autoridade do pedaço. Ele despacha rotineiramente no ministério, cujo orçamento para este ano chega a 2,7 bilhões de reais. Usa a garagem e o elevador privativos do ministro e recebe políticos na sala de reunião no 2º andar, bem ao lado do gabinete do titular oficial da pasta, Marcio Fortes, aquele cujo nome foi publicado no Diário Oficial da União. A rotina de Severino no ministério não deixa margem para dúvidas: ele é o verdadeiro sucessor do petista Olívio Dutra...
(...)
O ministro Severino tem agenda intensa. Nos fins de tarde, muitas vezes ele se instala dentro do próprio gabinete do ministro e, na sala ao lado, atende prefeitos e parlamentares em busca de recursos para suas bases eleitorais. Em média, recebe uns dez políticos por dia. Ouve com atenção as reivindicações, promete empenho pessoal na liberação das verbas e – o que é mais importante – tem sido altamente bem-sucedido
(...)
Na semana passada, o formal viajou e, sem cerimônia, o informal voltou a instalar-se no gabinete ministerial. Além das questões de saneamento e habitação, próprias de sua pasta, o ministro Severino foi acionado pelo governo para dar uma mãozinha a José Dirceu na luta contra a cassação" [Veja]
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Tereza Cruvinel é lulista do PC do B.
Kennedy Alencar continua sendo assessor de imprensa do PT.
Franklin Martins é José Dirceu até a morte.
Eliane Cantanhêde é da turma de Aloizio Mercadante.
Luiz Garcia é lulista, sem dúvida nenhuma.
Alberto Dines é seguidor de Dirceu, e só se cerca de seguidores de Dirceu.
Paulo Markun, da TV Cultura, tem simpatia por qualquer um que seja minimamente de esquerda.
Paulo Henrique Amorim é lulista de linha bolivariana.
Mino Carta é subordinado a Carlos Jereissati.
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Morre ex-deputado João Alves, da máfia dos anões
O ex-deputado federal João Alves morreu ontem em Salvador. Cassado em 1993, ficou conhecido por seu envolvimento no escândalo da máfia dos anões do orçamento e por ter explicado a origem de sua fortuna ao fato de ter ganho na loteria mais de 200 vezes. A investigação começou com denúncia de assessor da Câmara, que deu origem a CPI. Internado há três semanas num hospital, tinha câncer e estava com 85 anos.
Lembro das gargalhadas dos deputados quando o ilustre presunto depôs na CPI. Pena que não era bem dele que estavam rindo.
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